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UNIVERSIDADE FUMEC – FEA FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO/CIVIL PROJETO VIÁRIO ENGENHARIA DE TRANSPORTE E INFRAESTRUTURA DE ESTRADAS Aline Bento Rodrigues Javier Etrusco Curilem Mardones GRUPO 20 Belo Horizonte Junho/2015 Aline Bento Rodrigues Javier Etrusco Curilem Mardones PROJETO VIÁRIO O Relatório final a ser apresentado à Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade FUMEC, visa à aplicabilidade dos conceitos estudados na disciplina Engenharia de Transporte e Infraestrutura de Estradas, como requisito para aprovação. Belo Horizonte Junho /2015 2 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO ................................................................ 3 2 METODOLOGIA ................................................................... 4 2.1 ESTUDOS ............................................................................ 4 2.2 PROJETOS ........................................................................ 10 2.3 COMPLEMENTOS ............................................................. 14 3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ............................... 15 3.1 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ....................................... 15 3.2 SEÇÃO TRANSVERSAL TIPO .......................................... 15 3.3 TRAÇADO DO PROJETO NO PLANO HORIZONTAL ...... 16 3.4 TRAÇADO DO PROJETO NO PLANO VERTICAL ............ 17 3.5 PROJETO DE TERRAPLENAGEM .................................... 18 3.6 PROJETO DE DRENAGEM ............................................... 19 3.7 PROJETO DE INTERSEÇÕES .......................................... 21 3.8 PROJETO DE SEGURANÇA VIÁRIA (SINALIZAÇÃO) ..... 22 4 CONCLUSÃO ..................................................................... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 25 3 1 APRESENTAÇÃO Os alunos da disciplina Engenharia de Transportes e Infraestrutura de Estradas apresentam o Relatório Final referente ao trabalho realizado em sala sobre o conceito de como executar um projeto executivo de uma, englobando as diversas fases a serem envolvidas no projeto, a serem implantadas ao longo da Estrada nas Estacas 0 até Estaca 86. Foram fornecidas pelo professor as características da via a ser construída, assim como a planta com o traçado do projeto no plano horizontal. Foram realizados os cálculos de estaqueamento e os pontos fundamentais no plano horizontal e transferidos para o plano vertical e no presente Relatório constará a memória de cálculo do mesmo. Foram levados em conta, durante a execução do projeto, as observações e análises do comportamento dos motoristas que irão percorrer esta estrada, do meio ambiente e até de outras estradas. O projeto teve início em Fevereiro de 2015 e sua entrega final será em 27 de junho de 2015. O Professor e Engenheiro responsável pelo projeto é o Sr. Márcio Aguiar. O projeto executivo envolve os seguintes projetos: geométrico, terraplanagem, drenagem e obras de arte correntes, artes especiais, pavimentação, sinalização e segurança, interseções rodoviárias, desapropriação e mobilidade urbana. 4 2 METODOLOGIA Segundo consta no art. 6º da LEI Nº 8666, DE 21 DE JUNHO DE 1993, o projeto executivo é definido como o conjunto de elementos necessários e suficientes a execução completa da obra de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. O projeto executivo deve ser elaborado em três fases: • Estudos • Projeto • Complementos O projeto executivo deve ser confeccionado de forma precisa e completa com todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita execução dos serviços. 2.1 Estudos Para a implantação de estradas/rodovias, é necessário um estudo detalhado da do local. Com o objetivo de estudar a geomorfologia da região, estudos topográficos do solo da região, a fim de mensurar a real necessidade, pensando sempre em viabilizar melhores condições e segurança para futuros usuários e menor impacto ambiental possível. Os estudos preliminares envolvem coletas de dados do local e da cidade onde o projeto será executado. Nesta fase, procura-se avaliar os impactos ambientais, através do RITU (Relatório de Impacto no Trânsito Urbano). Um projeto de rodovia pode ter subdivisões inter-relacionadas conforme as necessidades de cada projeto, mas de uma forma geral, os Projetos de Engenharia são informalmente padronizados, compreendendo os seguintes tópicos: 5 2.1.1 Estudos de tráfego Figura 1 – Estudo de tráfego de uma estrada FONTE: http://www.s2sports.com.br/s2-na-estrada-copa-pro-tork-minas-gerais-de-mx/ Conforme o Manual de estudos de Tráfego do DNIT, o objetivo dos estudos de tráfego é obter, através de métodos sistemáticos de coleta, dados relativos aos cinco elementos fundamentais do tráfego (motorista, pedestre, veículo, via e meio ambiente) e seu inter-relacionamento. Através deste estudo conheceremos o número de veículos que circula por uma via em um determinado período, suas velocidades, os locais onde seus condutores estacionam seus veículos e onde ocorrem mais acidentes. Permitem a determinação quantitativa da capacidade das vias e, em consequência, o estabelecimento dos meios construtivos necessários à melhoria da circulação ou das características de seu projeto. Estabelece o número "n" e suas prováveis variações. Envolverá o estudo da área, como se há muitas indústrias, o que envolverá grande volume de veículos de carga, etc. Um ponto que definirá as características futuras da estrada é o trafego que ele deve suportar. O estudo do tráfego irá possibilitar o correto dimensionamento de todos os elementos da estrada. Para fins de análise econômica, é necessário que se distingui os vários tipos de tráfego: • O tráfego Existente ou Normal é aquele que já se utiliza de um determinado trecho, independente da realização ou não do investimento; 6 • O Tráfego Desviado é aquele que por razão das melhorias introduzidas em um trecho, é desviado de outras rotas para o trecho em questão; • O Tráfego Gerado é aquele constituído por viagens criadas pelas obras realizadas no trecho; • O Tráfego Induzido é aquele criado por modificações socioeconômicas da região de influência do trecho. 2.1.2 Estudos de topográficos Figura 2 – Estudo topográfico Fonte: http://www.seinfra.ba.gov.br/exibe_noticia_banco.asp?id_noticia=7945 Os estudos topográficos têm a finalidade de estabelecer uma base de referência para a realização dos estudos e elaboração do cadastro topográfico, abrangendo as marcações do eixo de referência na borda da pista, correlação do estaqueamento implantado para a marcação do eixo com os pontos notáveis indicados no PNV do trecho estudado e a elaboração de diagrama linear com a identificação e marcação dos pontos notáveis. Conforme o site Mensural, a topografia fornece dados obtidos através de cálculos, métodos e instrumentos que permitem o conhecimento do terreno, dando base para execução de projetos e obras realizadas por engenheiros e arquitetos. Representa graficamente, através da planta de levantamento topográfico, todas as características de uma área, incluindo o relevo, curvas de nível, elementos que 7 existe no local, metragem, cálculoda área, pontos cotados, norte magnético, coordenadas geográficas e até acidentes geográficos. 2.1.3 Estudos de viabilidade técnica-econômica Tem por objetivo dar subsídios para seleção das alternativas de traçado mais viáveis, determinar as características técnicas mais adequadas em função dos estudos de tráfego e definir a viabilidade econômica do projeto. É desenvolvido ainda na fase preliminar dos serviços, ou seja, de Reconhecimento da área a ser projetada. 2.1.4 Estudos hidrológicos Segundo o Manual de Hidrologia Básica do DNIT, os estudos hidrológicos visam o dimensionamento dos dispositivos capazes de conduzir satisfatoriamente as vazões afluentes, os métodos usuais empregados buscam a quantificação das descargas através de procedimentos matemáticos. No estudo hidrológico são analisadas a pluviometria, que é a quantidade de água das chuvas sobre a região da estrada com valores diários médios e máximos, e suas variações durante o ano, para assim se caracterizar os parâmetros climáticos e ser feito adequado planejamento do processo de implantação das obras. Além do estudo das vazões das bacias de contribuição, para efeito de dimensionamento das obras de drenagem e escoamento. No dimensionamento das estruturas de drenagem das rodovias, deve se considerar os fatores de risco de superação e do grau de degradação que possam ocorrer devido a longas exposições da estrada aos efeitos de precipitação. 2.1.5 Estudos geológicos e geotécnicos O estudo geológico e geotécnico tem como base os dados coletados no estudo do tráfego. Aqui estabelece as áreas do solo mais instáveis e as soluções para cada tipo de solo. É feito a análise dos materiais presentes ao longo do traçado para que possam ser utilizados na obra. No estudo geológico é possível descrever a situação geográfica, o clima, os solos, tipo de vegetação, aspectos fisiológicos e geomorfológicos, aspectos geológicos 8 (estratigráficos, tectônicos, litológicos), aspectos hidrogeológicos e ainda ocorrências de materiais para pavimentação da região estudada para elaboração do projeto. Nos estudos geológicos, deverá ter um mapeamento geológico da estrada, indicando: • As ocorrências de materiais de construção e as informações preliminares; • Zonas de solos talosos; • Zonas de sedimentares recentes, com presença de solos compressíveis; • Zonas de rochas aflorantes; • Aspectos estruturais, tais como, direção e mergulho da camada; • Xistosidade, fraturas; • Orientação do nível médio do lençol freático; • Zonas de instabilidade que necessitem estudos especiais de estabilização com caracterização da natureza do material, através da simbologia; • Outros elementos de interesse da geologia aplicada à engenharia rodoviária. Como solução para problemas construtivos da rodovia, decorrente da formação geológica da região estudada deverá ser feito cortes e aterros em zonas de instabilidade e aterros nos solos compressíveis. Os estudos geotécnicos serão desenvolvidos em duas fases: • Anteprojeto; • Projeto. Na fase de Anteprojeto deverão ser realizados o estudo do subleito e o estudo de empréstimos e ocorrências de materiais. Será feito inspeção expedita no campo, sondagens, coleta de amostras e ensaios de laboratório. Segundo o DNIT, será executada, no mínimo, uma sondagem nas seções centrais das gargantas das linhas selecionadas (e também nas encostas íngremes, zonas 9 coluviais e de tálus), com o objetivo da definição da profundidade da rocha, espessura da camada de solo, classificação dos materiais. Na fase do Projeto, será feito o estudo do subleito, mas com sondagens realizadas com espaçamento de 100m a 100m e nos intervalos quando houver variação do material. Os ensaios serão feitos em todos os furos de sondagem e nos furos alternados. Também será feito o estudo de empréstimo para o corpo de aterro, estudo de fundações de aterro, estudo de ocorrências de materiais para pavimentação (Pedreiras, areias, cascalheiras, saibreiras e depósitos de materiais terrosos), estudo dos locais das fundações das obras-de-arte-especiais, caso houver e estudo de estabilidade dos taludes Fonte: www.goianesiafundacoes.com.br 2.1.6 Estudos de impactos ambientais Deverá ser desenvolvido estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental ao longo do trecho estudado. Através destes que se obtém a Licença Ambiental Prévia (LP), junto à Secretaria do Meio Ambiente. Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – é o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos da avaliação de impacto ambiental; deve conter o esclarecimento de todos os elementos da proposta em estudo, de 10 modo que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão. 2.2 Projetos Fase de Projeto Executivo A Fase de Projeto Executivo, específica para Projetos Executivos de Engenharia, é desenvolvida com a finalidade de detalhar a solução selecionada, por meio da elaboração dos itens de projeto do Projeto Executivo, fornecendo plantas, desenhos e notas de serviço, que permitam a construção da rodovia. Devem ser fornecidos os seguintes elementos: a) Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra; b) Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra; c) Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços, fornecimentos dos materiais e transportes propriamente avaliados; d) Informações para a instrução dos processos desapropriatórios. 2.2.1 Projeto geométrico Tem por objetivo o completo estudo e consequente definição geométrica de uma rodovia, das características técnicas tais como raios de curvaturas, rampas e plataforma, com precisão que permita sua conformação espacial, sua quantificação, correspondente orçamento e possibilite a sua perfeita execução através de um adequado planejamento. Neste projeto se analisam os planos horizontal, vertical e transversal. 11 2.2.2 Projeto de terraplenagem / obras de arte correntes Consiste na determinação dos volumes de terraplenagem, dos locais de empréstimos e bota-fora de materiais e na elaboração de quadros de distribuição do movimento de terra, complementado pela definição das Obras de Arte Correntes. Fonte: www.leforti.com.br 2.2.3 Projeto de drenagem Conforme o Manual de Drenagem de Rodovias, a drenagem de uma rodovia deve eliminar a água que, sob qualquer forma, atinge o corpo estradal, captando-a e conduzindo-a para locais em que menos afete a segurança e durabilidade da via. Fonte: www.rj.gov.br Temos a Drenagem de transposição de talvegues que visa eliminar águas pertencentes à bacia que, por imperativos hidrológicos, devam ser desviadas para não comprometer a estrutura da rodovia. Este objetivo é alcançado com a introdução de bueiros, pontes ou pontilhões. 12 Ainda segundo o Manual de Drenagem, os bueiros podem ser dimensionados como canais, vertedouros ou orifícios. A escolha do regime a adotar depende da possibilidade da obra poder ou não trabalhar com carga hidráulica, a montante, que poderia proporcionar o transbordamento do curso d’água causando danos aos aterros e pavimentos e inundação a montante do bueiro. A Drenagem superficial tem o objetivo de interceptar e captar, conduzindo o deságue seguro das águas provenientes de suas águas adjacentes e aquelas que se precipitem ao longo da estrada. Os dispositivos são: valetas de proteçãode corte e de aterro, sarjetas de corte e de aterro, valeta de canteiro central, descidas d’água, saídas d’água, caixas coletoras, bueiros de greide, dissipadores de energia escalonamento de taludes, corta-rios e ainda drenagem de alívio de muros de arrimo. Segundo o DNIT, Drenagem do pavimento ou subsuperficial tem o objetivo de defender o pavimento das águas que possam danificá-lo, devido a infiltrações diretas das precipitações pluviométricas e provenientes de lençóis d’água subterrâneos. Os dispositivos são: camada drenante, drenos rasos longitudinais, drenos laterais de base e drenos transversais. Interceptar e rebaixar o lençol d’água subterrâneo para impedir a deterioração progressiva dos suportes das camadas dos terraplenos e pavimentos é o objetivo da chamada drenagem subterrânea ou drenagem profunda. Os dispositivos são drenos profundos, drenos espinha de peixe, colchão drenante, drenos sub-horizontais, valetões laterais e drenos verticais. A Drenagem de travessia urbana visa o escoamento das águas das áreas urbanas, protegendo a rodovia e propriedades particulares dos efeitos das chuvas. Os dispositivos são sarjetas, bocas-de-lobo e poços de visita. 2.2.4 Projeto de pavimentação Objetiva estabelecer a concepção do projeto de pavimento, a seleção das ocorrências de materiais a serem indicados, dimensionamento e definição dos trechos homogêneos, bem como o cálculo dos volumes e distâncias de transporte dos materiais empregados. 13 2.2.5 Projeto de obras de arte especiais Consiste na concepção, no cálculo estrutural e confecção das plantas de execução de pontes e viadutos. 2.2.6 Projeto de interseções, retornos e acessos Consiste na identificação e concepção de projeto, detalhamento e demonstração das plantas de execução destes dispositivos. 2.2.7 Projeto de obras complementares É desenvolvido em função dos demais projetos, complementando-os conforme análise de necessidades de implantação de dispositivos de funcionalidade e de segurança do complexo da obra de engenharia, com definições, desenhos e localizações detalhadas dos dispositivos projetados; também envolve os projetos especiais de paisagismo e locais de lazer nas áreas adjacentes à via em estudo a partir de um cadastro pedológico e vegetal. 2.2.8 Projeto de sinalização É composto pelo projeto de sinalização horizontal e vertical das vias, interseções e acessos, também pela sinalização por sinais luminosos em vias urbanas, onde são especificados os tipos dos dispositivos de sinalização, localização de aplicação e quantidades correspondentes. 2.2.9 Projeto de desapropriação É constituído de levantamento topográfico da área envolvida, da determinação do custo de desapropriação de cada unidade, do registro das informações de cadastro em formulário próprio, da planta cadastral individual das propriedades compreendidas, total ou parcialmente na área e, por fim, relatório demonstrativo. 2.2.10 Projeto de Paisagismo Para a realização do projeto de recuperação ambiental, deve ser considerado a vistoria de campo, o levantamento topográfico da área e levando em conta os projetos de drenagem, terraplenagem e geotecnia. O seu objetivo é identificar, analisar e recomendar a adoção de medidas preventivas e corretivas de proteção ao 14 meio ambiente, que assegurem a execução adequada e ambientalmente correta para melhorar o aspecto do trecho em estudo. 2.3 Complementos 2.3.1 Projetos de instalações para operação da rodovia É constituído de memória justificativa, projetos e desenhos específicos e notas de serviços dos dispositivos tais como postos de pedágio, postos de polícia, balanças, residências de conservação, postos de abastecimento, áreas de estacionamento, paradas de ônibus, etc. 2.3.2 Orçamentos Consiste na pesquisa de mercado de salários, materiais, equipamentos.. Para o cálculo dos custos unitários dos serviços e estudo dos custos de transportes para confecção do orçamento total da obra. 2.3.3 Planos de execução dos serviços Apresenta um plano de ataque dos serviços considerando a forma e equipamento para execução, bem como os cronogramas e dimensionamento/ “lay-out” das instalações necessárias a execução da obra. 2.3.4 Documentos para licitação Visam identificar e especificar as condições que nortearão a licitação dos serviços para execução da obra. 15 3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 3.1 Características Técnicas Principais características adotadas são: 1. Plano horizontal: 1.1. Velocidade diretriz: 60 Km/h 1.2. Raio mínimo: 132,24m 1.3. Taxa de superelevação máxima: 8% 1.4. Faixa de domínio: 30m para cada lado 2. Plano vertical: 2.1. Rampa máxima: 9,00% 2.2. Rampa mínima: 1,00% 3. Seção transversal: 3.1. Declividade transversal nas tangentes: 3,00% 0,03m/m 3.2. Faixa de tráfego: 3,5 x 2 = 7,00m 3.3. Acostamento: 1,5 x 2 = 3,00m 3.4. Dispositivo de drenagem superficial: 1,0 x 2 = 2,0m 3.5. Plataforma: 12,00m 3.2 Seção Transversal Tipo Figura 1 - Seção Tipo 16 Para a seção Transversal, após o cálculo do Greide reto, fizemos a Nota de Serviço e juntamente com a tabela de seção transversal retirado diretamente da nossa planta, fizemos as seções no papel milimetrado e depois de todas as seções prontas preenchemos a tabela de Cubação. 3.3 TRAÇADO DO PROJETO NO PLANO HORIZONTAL Figura 2 - Traçado Horizontal O lançamento do traçado é feito com base nas distancias horizontais e angulares do terreno. Alguns pontos específicos foram verificados para o lançamento do mesmo para que houvesse compensação de corte e aterro: rios, lagos, terrenos argilosos, postes de alta tensão, sistemas públicos e etc. Depois de efetivado este levantamento e o traçado foram realizados o estaqueamento do terreno foi realizado de 20 em 20 metros e enumerados de forma crescente a partir de um ponto inicial denominado Estaca Zero. A Superelevação máxima adotada no projeto foi - emax= 8,5%. A Superlargura do acréscimo planimétrico adotou para esse projeto uma variação mínima de 0,80 m. A velocidade diretriz do projeto é 60 Km/h. 17 3.4 TRAÇADO DO PROJETO NO PLANO VERTICAL Em perfil Figura 3 - Perfil O traçado do projeto no plano vertical também é chamado de greide reto. A declividade é calculada é expressa pela tangente do ângulo e é demonstrado em porcentagem. Os valores podem ser positivos (rampas ascendentes) e negativos (rampas descendentes). O greide possui duas classificações: • Retos: possuem uma inclinação constante em um determinado trecho. • Curvos: quando é utilizado uma curva de concordância para concordar os greides retos. À interseção dos greides retos dá-se o nome de PIV (ponto de interseção vertical). Os pontos de tangência são denominados de PCV (ponto de curvatura vertical) e PTV (ponto de tangência vertical), por analogia com a curva circular do projeto em planta. O perfil da futura estrada deve ser escolhido de tal forma que permita aos veículos que percorrerem a estrada uma razoável uniformidade de operação. 18 No trabalho, o greide reto foi lançado com a inclinação máxima de 9,00% e a mínima com 0,50% de inclinação, a fim de se obter um equilíbrio entre corte e aterro. 3.5 PROJETO DE TERRAPLENAGEM O projeto de terraplenagem deve ser elaborado em três fases: estudos preliminares, projeto básico, projeto executivo. Estudos Preliminares: São os estudos geológicos e geotécnicos devem ser desenvolvidos de acordo com as Instruções de Projeto correspondentes, é necessáriodefinir os diversos tipos de materiais que serão encontrados ao longo da rodovia, assim como as seções transversais a serem adotadas em relação às declividades, utilização de bermas e alturas dos taludes de cortes e aterros. Projeto Básico: Nesta fase, os horizontes dos diversos materiais devem estar caracterizados ao longo do eixo da via como materiais de 1ª, 2ª e 3ª categorias, solos moles, solos inadequados para aterros ou aproveitáveis somente para corpo, isto é, núcleo, de aterros. Os materiais previstos devem ser caracterizados para a finalidade pretendida. Para cálculo de volume deve-se considerar a espessura da caixa de pavimento; nos locais em corte deve-se adicionar o volume, enquanto que nos locais de aterro deve-se subtrair o volume em relação ao greide projetado. Os taludes de corte e aterro definidos nos estudos preliminares devem ser reavaliados, em função das sondagens e ensaios realizados pelos estudos geotécnicos nesta etapa. Deve-se elaborar a movimentação dos volumes de terraplenagem, com as compensações longitudinais. Os volumes e os seus respectivos momentos de transportes devem ter grau de precisão suficiente para contratação dos serviços e devem fornecer subsídios para refinamento do projeto executivo de geometria, visto que o projeto de terraplenagem é decorrente do projeto geométrico. Projeto Executivo: Seu objetivo principal é o desenvolvimento do projeto em nível final de engenharia, permitindo a determinação dos quantitativos e do orçamento da obra com maior precisão e a perfeita implantação da obra. O serviço de terraplenagem tem como objetivo a regularização do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como rodovias, ferrovias, aeroportos, 19 pátios industriais, edificações, barragens e plataformas diversas. Deve ser feito com cuidado pois inviabilizar a construção de uma obra. 3.6 PROJETO DE DRENAGEM A drenagem superficial tem por objetivo captar, conduzir e descarregar adequadamente as águas precipitadas sobre a plataforma e áreas adjacentes, com finalidade de evitar que estas causem danos à estrutura implantada. Serviram como subsídio para o lançamento e dimensionamento dos dispositivos de drenagem superficial, os estudos hidrológicos, o projeto geométrico, os estudos geotécnicos e o projeto de terraplenagem. Na planta de drenagem são representados os dispositivos de drenagem superficial projetado, quadros contendo as extensões e os quantitativos dos dispositivos de drenagem. Segundo a EMPAER-MT, em projetos de estradas rurais é necessário o direcionamento das enxurradas no leito da estrada entre outros fatores para que não tenha erosões também deve ser feito vários procedimentos. Os principais dispositivos que devem ser instalados nas estradas rurais são: • Bueiros Construídos com a finalidade de drenar ou para a passagem da água embaixo do leito da estrada. 20 Fonte: www.paranaita.mt.gov.br • Sarjetas Dispositivo com capacidade de levar a contribuição das águas superficiais para o ponto de deságue no encontro do corte com aterro. • Valetas As valetas de proteção de cortes têm como objetivo interceptar as águas que escorrem pelo terreno natural a montante impedindo-as de atingir o talude de corte. Figura 4 – Valeta de Proteção (Valec) As valetas de proteção de aterros servem para interceptar as águas que escoam pelo terreno a montante, impedindo-as de atingir o pé do talude de aterro. E ainda recebem as águas das sarjetas e valetas de corte, conduzindo-as com segurança, ao dispositivo de transposição de talvegues. • Dissipadores 21 Este dispositivo é aplicável à saída de bueiros tubulares e descida d’água de aterros. Dispositivo destinado a dissipar energia do fluxo d’água, reduzindo, consequentemente, a sua velocidade no deságue no terreno natural. Figura 5 – Dissipador de Energia (Valec) Caixas Coletoras As caixas coletoras têm como objetivos principais coletar as águas provenientes das sarjetas, de áreas situadas a montante de bueiros de transposição de talvegues, das descidas d'água de cortes, conduzindo-as ao dispositivo de deságüe seguro e permitem a inspeção dos condutos que por elas passam, com o objetivo de verificação de sua funcionalidade e eficiência e ainda possibilitar mudanças de dimensão de bueiros. 3.7 PROJETO DE INTERSEÇÕES Conforme descrito no Manual de Projeto de Interseções, a definição de Interseção é a área em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam, abrangendo todo o espaço destinado a facilitar os movimentos dos veículos que por ela circulam. As interseções são classificadas em duas categorias gerais, conforme os planos em que se realizam os movimentos: interseções em nível e interseções em níveis diferentes. O projeto de interseções deverá assegurar circulação ordenada dos veículos e manter o nível de serviço da rodovia, garantindo a segurança nas áreas em que as suas correntes de tráfego sofrem a interferência de outras correntes, internas ou externas. 22 3.8 PROJETO DE SEGURANÇA VIÁRIA (SINALIZAÇÃO) Compreende a concepção e o detalhamento dos sistemas de sinalização horizontal e vertical, complementados por dispositivos de segurança, de maneira a proporcionar ao usuário um desempenho seguro no fluxo de tráfego. O Projeto de Sinalização Horizontal consiste na determinação dos seguintes dispositivos (pinturas a serem feitas no pavimento): • Linhas de Divisão de Fluxos Opostos (LFO); • Linhas de Divisão de Fluxos de Mesmo Sentido (LMS); • Linhas de Bordo (LBO); • Linhas de Continuidade (LCO); • Linhas de Canalização; • Dispositivos de Canalização Permanente (Zebrados) e; • Setas. O Projeto de Sinalização Vertical consiste no posicionamento das placas de regulamentação, de advertência e de indicação ao longo da rodovia, conforme as necessidades geométricas e de acessibilidade. As legendas e os símbolos das placas de regulamentação e advertência são padronizadas, suas dimensões devem ser adotadas, seguindo as características para as vias de velocidade igual a 60 km/h. Deve ser adotado para as placas de regulamentação o diâmetro de 1,00m, para as placas de advertência o lado terá a dimensão de 1,00m e para as placas indicativas as alturas de letras adotadas serão de H = 200mm para as placas posicionadas no solo, já as placas suspensas afixadas em pórticos ou semi-pórticos a altura das letras serão de H = 250mm. 23 Fonte: www.area14.com.br 4 CONCLUSÃO A execução deste trabalho nos proporcionou um grande conhecimento, realizando o trabalho proposto com as orientações, informações dadas em sala de aula, utilizando todas as técnicas necessárias para a confecção do projeto executivo. O objetivo do projeto viário é promover o desenvolvimento da circulação das cidades, melhorando o trânsito de pedestres e veículos, que envolve a segurança das pessoas, dos animais e dos ciclistas dependendo do projeto. 24 25 ANEXO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anotações em sala de aula DNIT. Disponível em:< http://www.dnit.gov.br >. Acesso em 16/06/2015. Topografia Geral. Disponível em: <http://www.topografiageral.com/Curso/ >. Acesso em 17,18 e 19/06/2015. Lei 8666. Projeto Executivo. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm>. Acessoem 17/06/2015. DNIT. Estudo de Tráfego. Disponível em: < http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_estudos_trafego.pdf >. Acesso em 20/06/2015. DNIT. Estudos Topográficos. Disponível em: < http://www1.dnit.gov.br/download/DiretrizesBasicas.pdf >. Acesso em 20/06/2015. MENSURAL. Estudos Topográficos. Disponível em: < http://www.mensural.com.br/Topografia >. Acesso em 20/06/2015. DNIT. Estudos Hidrológicos. Disponível em: < http://ipr.dnit.gov.br/publicacoes/715_Manual_de_Hidrologia_Basica.pdf >. Acesso em 20/06/2015. 26 DNIT. Estudos Geológicos e Geotécnicos. Disponível em: < http://www1.dnit.gov.br/download/DiretrizesBasicas.pdf >. Acesso em 20/06/2015 DNIT. Drenagem. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Drenagem_de_Rodovias.pdf>. Acesso em 21/06/2015. Drenagem em estrada rural. Disponível em: <http://www.empaer.mt.gov.br/tecnologias/exibir.asp?cod=7>. Acesso em 17/06/2015. Projeto de Sinalização. Disponível em: <http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublicodl/Temas/BHTRANS/manual- projetos-viarios- 2013/Manual%20de%20Elaboracao%20de%20Projetos%20Viarios%20para%20o%20Munic ipio%20de%20BH%20-%20PublicaC3A7C3A3o%2017-11-11_0.pdf> Acesso em 18/06/2015. Projeto de Interseções. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/publicacoes/718_MANUAL_DE_PROJETO_DE_INTERSECOES.pdf.>. Acesso em 19/06/2015
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