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PSIQUIATRIA RAPS – rede de atenção psicossocial Lei nº 10.216 que afirma os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) Centros de Convivência (Cecos) Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais Oficinas de geração de renda As Unidades Básicas de Saúde cumprem também uma importante função na composição dessa rede comunitária de assistência em saúde mental NASF – núcleo de apoio a saúde da família Equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das equipes de Saúde da Família e das equipes de Atenção Básica, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob a responsabilidade destas equipes. Os Nasfs não se constituem como serviços com unidades físicas independentes. Devem, a partir das demandas identificadas no trabalho com as equipes, atuar de formaintegrada à Rede de Atenção à Saúde e seus serviços, além de outras redes. CAPS – centro de atendimento psicossocial Possuem caráter aberto e comunitário, dotados de equipes multiprofissionais e transdisciplinares, realizando atendimento a usuários com transtornos mentais graves e persistentes, a pessoas com sofrimento e/ou transtornos mentais em geral sem excluir aqueles decorrentes do uso de crack álcool ou outras drogas. CAPS I - Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de quinze mil habitantes; CAPS II - Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de setenta mil habitantes. CAPS III - Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de cento e cinquenta mil habitantes. CAPS AD - atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de setenta mil habitantes. CAPS AD III - Indicado para municípios ou regiões com população acima de cento e cinquenta mil habitantes. CAPS I- atende crianças e adolescentes que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou regiões com população acima de setenta mil habitantes. PSIQUIATRIA NO HOSPITAL GERAL Psiquiatria base unicamente biológica X Saúde Mental transcende as dimensões exclusivas da saúde biológica, seguindo os novos conceitos propostos pela recém criada OMS. Vantagens da UPHG Diminuição do estigma da doença mental Proximidade de acesso Maior transparência da pratica psiquiátrica Melhor atenção a saúde fisica Intercâmbio interdisciplinar Desvantagensda UPHG Espaço físico Terapêuticas somáticas Altas precoces INTERCONSULTA Atuação de um profissional da saúde mental que avalia e indica um tratamento para pacientes que estão sob os cuidados de outras especialidades. A presença do psiquiatra no serviço é esporádica, responde a uma solicitação específica. Os objetivos da interconsulta psiquiátrica são prover tratamento específico a pacientes acometidos por transtornos mentais, atendidos em serviços não psiquiátricos, modificar a estrutura assistencial centrada na doença para uma forma de trabalho centrada no paciente, valorizar o papel da relação médico-paciente, aprofundar o estudo da situação do doente e dos profissionais nas instituições médicas e aproximar a psiquiatria de outras especialidades médicas e profissões da área da saúde. Pacientes-problema Dependente insaciável Reivindicador arrogante Rejeitador Autodestrutivo Relações entre médicos e psiquiatra Médico demasiadamente ávido Médico “toma lá dá cá” Médico esquecido Médico apologético Médico expert Médico punidor Tipos de encaminhamento: O encaminhamento elaborado O encaminhamento automático O encaminhamento bomba-relógio O encaminhamento por falta de tempo EXAME PSIQUICO Apresentação: aparência física, tipo constitucional, condições de higiene e cuidados pessoais, adequação do vestuário. Contato: dificuldade com que as informações foram obtidas pelo entrevistador, é uma sensação subjetiva de aproximação com o paciente. Normalmente classificada em fácil ou difícil. Atitude: colaborativo, arrogante, hostil, suspicaz, evasivo, negativismo (ativo ou passivo) Consciência – obnubilação: lentidão de compreensão, dificuldade de integrar a informação - Sonolência: facilmente adormece, tem dificuldade em ficar acordado - Sorpor: só desperta com estímulos energéticos - Coma Orientação – autopsíquica: verifica se o paciente se reconhece como individuo, se reconhece - Alopsíquica: orientação no tempo e no espaço A desorientação pode ser delirante, apática, confusional e oligofrênica. Atenção: Voluntária: Concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto Espontânea: Suscitada pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto Diminuída/Aumentada Hipotenaz/Hipervigil Hipoprosexia/Hiperprosexia/Distração/Distraibilidade Pensamento: faz-se avaliação de curso (lentificação, acelerado), forma (afrouxamento, desagregação) e conteúdo - Delírio: ideia falsa da qual o paciente tem plena certeza. Pode ser incompreensível, impenetrável, irremovível, ininfluenciável, irredutível, incorrigível. - Ideias obsessivas: ideias que a pessoa contra mas não consegue parar de pensar. O paciente sabe que não é real 8. Sensopercepção - Alucinação: a pessoa cria o próprio estimulo. - Ilusão: o estímulo existe mas a pessoa percebe isso de outra forma. - Alucinose: a pessoa cria o estímulo mas ela sabe que não é real. 9. Humor: estado emocional em que se encontra um indivíduo, é subjetivo e duradouro penetra o psiquismo como um todo. Exemplos de alterações: Hipotímico, hipertímico, disfórico, ansioso. 10. Afeto: como o cara expressa e modula suas emoções. Ex.: a pessoa fica triste quando ela ta contando algo triste. Pode ser distanciamento que seria o não apresentar emoções ao contar as coisas e o embotamento 11. Memória: dividida em memoria imediata, de fixação e evocação. Alterações são: amnesia, hiperminésia e confabulação. 12. Linguagem: algumas alterações são logorreia, bradifasia, mutismo, ecolalia, palilalia, mussitação, coprolalia. 13. Psicomotricidade: Expressão motora que o paciente dá ao seu estado psíquico interno. Exemplos de alterações: Lentificação, agitação, ecopraxia, esteriotipia, maneirismo (buscam um objetivo) 14. Volição: energia, disposição, vontade, capacidade do indivíduo realizar ou não realizar ações. Etapas: Desejo (quero fazer), intenção (como farei?), deliberação (será que devo?) e execução (faço). Exemplos de alterações: Hiperbulia, Hipobulia, Compulsão, Impulsividade 15. Pragmatismo: capacidade de realizar o ato volitivo, em geral descrito como preservado ou comprometido. 16. Noção de doença: consciência que o indivíduo tem sobre o seu próprio estado de saúde, em geral descrito como preservado ou comprometido em intensidades variáveis. Não é uma questão de tudo ou nada. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA Personalidade: rótulo descritivo do comportamento observável do indivíduo e de sua experiência interior subjetiva relatada. A totalidade do indivíduo descrita dessa forma representa tanto aspectos públicos como privados de sua vida. - Conjunto de representações – de si e dos outros – ligadas a estados afetivos e que se manifestamnos relacionamentos interpessoais CARACTERISTICAS Emotividade em excesso, necessidade de estar no centro das atenções, atitude sedutora e teatral. Essas pessoas empreendem grandes esforços para agradar e seduzir de maneira indiscriminada e tem afeto superficial e inconstante. São bastante sugestionáveis e podem desenvolver relacionamentos de grande dependência. Episódios dissociativos e de somatizações são comuns, assim como a comorbidade com transtornos do humor. Esses indivíduos costumam fazer ameaças de suicídio, normalmente relacionadas a intolerância a frustrações. Não se sabe quantos efetivamente o cometem, mas o risco existe e não deve ser subestimado. Fatores Genéticos: Há evidências de que os transtornos de personalidade apresentam um componente genético importante. (estudos com gêmeos monozigóticos, parentes biológicos com transtornos de eixo I) Fatores Biológicos: Altos níveis de Hormônios Sexuais, Baixos Níveis de MAO nas plaquetas, movimentos oculares sacádicos, ondas lentas no EEG. Neurotransmissores (serotonina e dopamina) Fatores Psicodinâmicos: Freud sugeriu que traços de personalidade se relacionam com a fixação em um estágio psicossexual do desenvolvimento. Reich criou o termo armadura de caráter para descrever os estilos defensivos característicos das pessoas para se proteger dos impulsos internos e da ansiedade interpessoal em relacionamentos significativos. Outro aspecto central são as relações com objetos internos. - Mecanismos de defesa: fantasia, dissociação, isolamento, projeção, cisão, agressão passiva, atuação, identificação projetiva - Aspecto do self é projetado > coerção para se identificar > unidade entre o recipiente da projeção e o que projeta DSM 5 TRATAMENTOS Deve-se obedecer certa hierarquia na terapêutica: manejo de crise (cujo objetivo é fazer com que o paciente retome seu funcionamento de base) abordagem a sintomas-alvo alterações cognitivas e identificação de gatilhos para a crise (que ocupariam posição intermediária) abordagem à psicopatologia central, em relação ao self e a interação com os outros Cluster C: ambulatorial, com consultas psiquiátricas e psicoterapia. Cluster A ou B: tratamento mais intensivo no CAPS ou hospital-dia. É importante avaliar o risco no início da abordagem Internação: Ideação suicida ou graves tentativas de suicídio, alto risco de hetero e autoagressividade, episódios psicóticos transitórios ou episódios dissociativos graves. TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS E CONVERSIVOS CARACTERISTICAS Perda parcial ou completa da integração normal entre as memórias do passado, consciência de identidade, sensações imediatas e controle dos movimentos corporais. Os transtornos conversivos são inerentemente dissociativos, já que envolvem a exclusão de conteúdos mentais do controle e da consciência do individuo. Por isso em alguns locais são tratados como um módulo único. O início e o término dos estados dissociativos costumam ser súbitos e tendem a remitir em horas, dias ou semanas, particularmente se o início estiver associado à situação traumática. O fato de o diagnóstico dos quadros dissociativos basear-se primariamente na exclusão de afecção orgânica torna bastante complexa a tarefa do médico. No entanto, alguns dados da história do paciente, bem como particularidades dos exames físico e neurológico, podem auxiliar o avaliador nessa tarefa. Dissociação como módulos mentais semindependentes: seria a coexistência de sistemas mentais separados que deveriam estar integrados na consciência, na memoria ou identidade. Transtornos de personalidades múltiplas, estados de transe, flashbacks de memórias traumáticas. Dissociação como perda de conexão entre o indivíduo e o ambiente: desrealização e despersonalização Dissociação como mecanismo de defesa inconsciente: amnésia dissociativa, la belle indiference, fuga dissociativa CID-10 Amnésia dissociativa Fuga dissociativa Estupor dissociativo Transtornos de transe e possessão Transtornos motores dissociativos Convulsões dissociativas Anestesia e perda sensorial dissociativas Transtornos dissociativos (ou conversivos) mistos Outros transtornos dissociativos TRANSTORNO CONVERSIVO Etiologia Teoria: psicanalítica (repressão de um conflito intrapsíquico inconsciente, convertido em um sintoma físico). Modelo do aprendizado DSM 5 Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada Achados físicos evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as condições medicas ou neurológicas encontradas O sintoma ou déficit não é mais bem explicado por outros transtorno mental ou medico O sintoma ou déficit causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras aeras importantes da vida do individuo ou requer avaliação medica TRANSTORNO CONVERSIVO (de sintomas neurológicos funcionais) O surgimento do transtorno é geralmente agudo, mas um crescendo de sintomas pode ocorrer. Os sintomas ou déficits são usualmente de curta duração. A ocorrência de um episódio é preditor para a ocorrência de outros. Tratamento: baseia-se em psicoterapia. A medicação é adjuvante ao tratamentp TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS Transtorno de sintomas somáticos é caracterizado por pelo menos 6 meses de preocupação geral e não delirante relacionada ao medo de ter, ou a ideia de que alguém tenha, uma grave doença, isso tudo baseado em uma interpretação errônea de sintomas corporais. É importante descartar qualquer possibilidade de que os sintomas possam decorrer de uma condição médica geral. Descartar simulação e transtorno factício. Tratamento: Terapia em grupo. Atendimentos médicos programados são recomendáveis. Tratamento de comorbidades e de sintomas psiquiátricos TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA Compreende uma variante do transtorno de sintomas somáticos. Neste transtorno existem poucos ou não existem sintomas somáticos, e o fator de ansiedade está voltado mais para a ideia de ter alguma doença. Tratamento: semelhante ao Transtorno de sintomas somáticos TRANSTORNO FACTÍCIO Pacientes com transtorno factício simula, induzem ou agravam doenças para receber atenção médica, independentemente de estarem doentes ou não. Eles podem infligir ferimentos dolorosos, deformantes ou até potencialmente letais em si próprios, em suas crianças ou dependentes. A motivação primária não é evitar seus deveres, nem é ganho financeiro ou algum interesse objetivo. A motivação é simplesmente receber cuidados médicos e participar do sistema médico. Síndrome de Munchausen: Transtorno factício crônico, com predominância de sinais e sintomas físicos, acompanhado de mitomania e peregrinação MEDICAMENTOS Diazepam: Ainda não está suficientemente claro o perfil farmacocinético do DZP em relação a sua administração IM. Embora existam recomendações para que essa via de administração não seja usada, em virtude de sua absorção errática, ALGUNS autores sugerem que a aplicação no músculo deltoide possa ser confiável, evitandose o glúteo e a coxa PSICOTERAPIA Terapia psicodinâmica Explora as sutilezas do efeito da conexão entre o corpo e a mente; examina a interação da neurobiologia com as experiências do indivíduo durante o ciclo de vida e seus efeitos sobre o comportamento e sobre a esfera introspectiva, bem como sobre a vida interpessoal. Visa alterar atuais padrões de comportamento mal-adaptativos por meio da compreensão da relação entre os comportamentos sintomáticos presentes e as experiências passadas que criaram o modelo para tais comportamentos e para a percepção cognitiva e emocional adulta. Pontos-chave A transferência ocorre em todos os relacionamentos interpessoais Os mecanismos de defesa são recursos cognitivos que visam reduzir a ansiedade e outros sentimentos dolorosos. O desenvolvimento na primeira infância estrutura o desenvolvimento cerebral e gera padrões de sentimentos, pensamentos e relacionamentos. A psicoterapia é uma abordagem efetiva, assim como muitasoutras intervenções médicas. O relacionamento de trabalho com o paciente, fundamentado na realidade, é chamado de aliança terapêutica. A terapia psicodinâmica pode ser breve, intermitente ou longa. Os princípios da terapia psicodinâmica são utilizados em várias iterações médico-paciente além desse método terapêutico Terapia cognitiva Pontos-chave Os estudos sobre o processo de informações nos transtornos mentais observaram padrões de cognições associado a emoções disfóricas e comportamentos mal-adaptativos O tratamento com terapia cognitiva envolve modificação de cognições disfuncionais e de seus comportamentos associados A terapia cognitiva é um tratamento ativo, caracterizado por uma relação terapêutica altamente colaborativa. A estrutura, a psicoeducação e as tarefas para casa são componentes importantes o tratamento Os terapeutas cognitivos ajudam os pacientes a identificar e mudar pensamentos automáticos e crenças centrais. Os métodos comportamentais são usados para reverter a desesperança, a apatia, a evitação e outros sintomas centrais dos transtornos mentais Terapia de apoio Pontos-chave Pode ser definida como um tratamento que utiliza medidas diretas para aliviar sintomas e mantes, restaurar ou melhorar a autoestima, as funções do ego e as habilidades adaptativas. É essencial parear a técnica da psicoterapia ao ponto no qual o paciente localiza-se no continuum psicopatológico. As principais estratégias envolvem o fortalecimento das defesas, a manutenção e a reparação da aliança terapêutica o aumento a autoestima e o uso do modelo e da transparência por parte do terapeuta. As principais intervenções da psicoterapia de apoio incluem um estilo informal de comunicação, reforços, tranquilização, encorajamento, aconselhamento, racionalização, reformulação, ensaio, clarificação e confrontação. A psicoterapia de apoio endoca mais a relação real e menos a transferência. Uma relação de amparo não é psicoterapia de apoio. Terapia Breve Pontos-chave A terapia breve consiste de um grupo de abordagens de psicoterapia e inclui modalidades de curta duração para terapia psicodinâmica, comportamental, cognitiva, estratégica e voltada para a solução de problemas. As diferentes terapias breves variam quanto à duração médica de tratamento, seus alvos para mudança e suas pressuposições em relação ao processo de mudança Há vários aspectos comuns às terapias, tais como tratamento circunscrito, grande atuação por parte do terapeuta e do paciente, ênfase na geração de experiências novas e critérios de inclusão para os pacientes. Em geral, as terapias breves são eficazes, porém, elas apresentam maios probabilidade de beneficiar pacientes prontos para aceitar mudança e com condições recentes, não graves e simples do que paciente com transtornos graves e crônicos. Apesar de uma proporção razoável de pacientes obter ganhos com intervenção de curto prazo, a relação entre o tempo e a mudança é complexa, mediada pela natureza dos resultados avaliados, pelo momento de avaliação do progresso e pelo grau de incapacitação do paciente. As terapias breves parecem ser eficazes devido à intensificação de fatores comuns responsáveis pela mudança em todas as abordagens. TRANTORNO DE PERSONALIDADE ANTISOCIAL Trata-se da incapacidade de se adaptar às normas sociais que ordinariamente governam vários aspectos do comportamento do indivíduo adolescente e adulto. Embora relacionados com atos anti-sociais e criminosos não é sinônimo de criminalidade. Psicopata X antissocial X Sociopata Sintomas Clínicos Sintomas de humor: ausência de ansiedade/culpa -> hedonistas -> não se apega emocionalmente a outras pessoas Sintomas Cognitivos: parecem inteligentes -> habilidades verbais e sociais -> racionalizam seu comportamento inapropriado Sintomas Motores: comportamento impulsivo -> causam prejuízo emocional e financeiro -> atos de agressão A necessidade de repetir a sedução e manter relações sociais com parceiras corresponde à incapacidade de estabelecer vínculos afetivos. Tratamento: Objetivos 1 nível – diminuir os sintomas 2 nível – modular a dimensão temperamental da personalidade 3 nível – reduzir o prejuízo no funcionamento social e profissional 4 nível – modificar o caráter ou os esquemas de personalidade A farmacoterapia é usada para lidar com sintomas incapacitantes como ansiedade, raiva e depressão, mas, como os pacientes com frequência abusam de substâncias, os fármacos devem ser usados de forma criteriosa. TRANSTORNOS DISRUPTIVOS, DO CONTROLE DE IMPULSOS E DA CONDUTA Transtorno de oposição desafiante (TOD): Transtorno Explosivo intermitente Transtorno de conduta: Transtorno der personalidade antissocial. Piromania. Cleptomania TRANSTORNO DE CONDUTA E TOD Uma constelação de comportamentos agressivos e anti-sociais que podem se tornar proeminentes na infância, persistir ao longo da adolescência e mesmo na vida adulta Fatores de risco FATORES DA CRIANÇA - Temperamento - Déficits neuropsicológicos - Dificuldades iniciais de comportamento - Dificuldades acadêmicas - Disfunção serotoninérgica - TCE - Convulsoes - Comorbidades psiquiatricas FATORES DOS PAIS E DA FAMÍLIA - Complicações pré e perinatais - Comportamento criminoso na família - Historia familiar de personalidade antissocial - Abuso de substancias - TDAH - Supervisão deficiente - Ma qualidade nas relações sociais - Discordia conjugal - Tamanho da família - Baixo nível socioeconomico FATORES RELACIONADOS COM A ESCOLA - Ambiente escolar inadequado - Turmas grandes - Ênfase na individualidade pobre - Precariedade - Falta de conhecimento dos profissionais Fatores de proteção - ser primogênito - auto estima, auto controle - adultos do mesmo sexo com papel importante em seu desenvolvimento (além dos pais) Tratamento TRATAMENTOS PSICOSSOCIAIS COM BEM - Treinamento de manejo pelos pais - Treinamentos de habilidades cognitivas - Terapia multisistemica - Treinamento de manejo da raiva - Terapia familiar funcional TRATAMENTOS FARMACOLOGICOS - Estimulantes x comportamento desinibido - Estabilizadores de humor X descontrole comportamental - Antipsicoticos X nível de ativação do SNC - Adrenérgicos X intolerância a frustração OUTRAS INTERVENÇÕES - serviços intensivos com base na comunidade - escolas terapêuticas - tratamento residencial TRANSTORNO OPOSITIVO-DESAFIADOR Um padrão de comportamento desafiador, hostil e negativista. Recusa ativa em obedecer regras e os comportamentos irritantes excedem as expectativas para crianças dessa idade e com ausência de violações sérias de normas sociais ou dos direitos dos outros Quadro ClínicoLeve: os sintomas limitam-se a apenas um ambiente (ex em casa, na escola, no trab com os colegas Moderada: Alguns sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes Grave: alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes Demostração de ressentimento Aborrecimento com facilidade Discute com adultos Descontrole fácil Culpa os outros por seu maus comportamento Aborrece deliberadamente as pessoas Desafia regras e solicitações Revela rancor TRANSTORNO DE CONDUTA É um conjunto persistente de comportamentos que evoluem com o tempo, em geral caraterizados por agressão e violação dos direitos dos outros Leve: poucos problemas de conduta além daqueles necessários para o diagnostico, e estes causam danos pequenos aos outros (ex mentir, faltar na aula) Moderada: numero de problemas de conduta e o efeito sobre os outros estão entre leves e graves (ex furtar sem confrontar a vitima, vandalismo) Grave: muitos problemas de conduta com danos consideráveis aos outros (ex sexo forçado, crueldade física) Agressão a pessoas e animais Destruição de propriedade Falsidade ou furto Violações graves de regras Ausência de remorso ou culpa Insensível (falta de empatia) Despreocupado com o desempenho Afeto superficial ou deficienteDISFUNÇÕES SEXUAIS Geralmente são caracterizadas por uma perturbação clinicamente significativa na capacidade de uma pessoa responder sexualmente ou de experimentar prazer sexual. Formam grupo heterogêneo. Uma mesma pessoa pode ter várias disfunções ao mesmo tempo Ejaculação retardada Transtorno erétil Transtorno do orgasmo feminino Transtorno do interesse/excitação sexual feminino Transtorno da dor genito-pélvica/penetração Transtorno do desejo sexual masculino hipoativo Ejaculação prematura Disfunção sexual induzida por substância/medicamento Outra disfunção sexual especificada e não especificada TRANSTORNOS PARAFÍLICOS PARAFILIA: qualquer interesse sexual intenso e persistente que não aquele voltado para a estimulação genital ou para carícias preliminares com parceiros humanos que consentem e apresentam fenótipo normal e maturidade física São expressões anormais da sexualidade que pode variar de um comportamento quase anormal a um comportamento destrutivo ou danoso somente para a pessoa ou também para o parceiro, até um comportamento considerado destrutivo ou ameaçador para a comunidade como um todo Os pacientes costumam ter pelo menos 3 parafilias Uma parafilia por si só não necessariamente justifica ou requer intervenção clínica (ex BDSM) Fatores psicossociais: Modelo psicanalítico clássico – imaturidade no desenvolvimento que leva ao ajustamento heterossexual – escape de impulsos sexuais e agressivos que seriam canalizados para o comportamento sexual apropriado Fatores biológicos DSM 5 Período de pelo menos seis meses Comprometimento funcional e sofrimento significativo Exclusão de outras causas TRANSTORNO VOYERISTA Também conhecido como escopofilia, é a preocupação recorrente com fantasias e atos que envolvem observar pessoas que estão nuas, ou se vestindo, ou em atividade sexual A masturbação até o orgasmo geralmente acompanha ou segue-se ao evento O primeiro episódio costuma ocorrer na infância Mais comum em homens – 42% já participaram de atividades tipo voyer Quando são presas a acusação geralmente é de vadiagem – mais comum entre os comportamentos com potencial de desrespeito as leis TRANSTORNO EXIBICIONISTA Este é um impulso recorrente de expor os genitais a um estranho ou a uma pessoa desavisada A excitação sexual ocorre em antecipação a exposição e o orgasmo ocorre durante ou após o evento Quase 100% dos casos são homens que se expões as mulheres TRANSTORNO FROTTEURISTA Caracterizado pelo ato de tocar ou esfregar-se em individuo que não consente, tipicamente um homem que esfrega seu pênis contra as nadegas de uma mulher ou em outra parte do corpo vestida para alcançar o orgasmo TRANSTORNO DO MASOQUISMO SEXUAL Pessoas com masoquismo sexual tem a preocupação recorrente e intenso prazer com impulsos e fantasias sexuais envolvendo o fato de serem humilhadas, espancadas, amarradas ou de alguma forma submetidas ao sofrimento Mais comuns nos homens Muitas pessoas só experimentam sentimentos sexuais quando estes forem seguidos de uma punição TRANSTORNO DO SADISMO SEXUAL Qualquer interesse e fantasias sexuais ou comportamentos envolvendo atos nos quais o sofrimento físico ou psicológico de outra pessoa (vítima) é a fonte de prazer Inicio ates dos 18 anos em homens Demonstração de poder – estupro TRANSTORNO FETICHISTA Neste caso, o foco sexual está em objetos inanimados ou um foco altamente específico em uma parte do corpo (partes não genitais do corpo) Inicia na infância e tende a ser crônico TRANSTORNO TRANSVÉRICO Consiste na fantasia e impulsos sexuais de vestir-se com roupas do sexo oposto como meio de excitação e como adjuvante da masturbação e do coito. Inicia na infância ou na adolescência TRANSTORNO PEDOFÍLICO Envolve impulsos ou excitação sexual recorrentes e intensos em relação a crianças de 13 anos de idade ou menos por um período de pelo menos 6 meses. Isso significa que o portador é sexualmente atraído exclusivamente, ou quase exclusivamente É um transtorno de difícil diagnóstico e tratamento 20% dos molestadores de crianças preenchem critérios e adolescentes Etiologia: teorias psicossocias, experiências traumáticas e de abuso, fatores genéticos e fatores neuro-hormonais OUTROS TRANSTORNOS PARAFÍLICOS ESPECIFICADOS Não caracteriza um transtorno específico embora haja especificidade Ex: escatologia telefônica, necrofilia, zoofilia, coprofilia, urofilia, asfixiofilia Tratamento das parafilias Até o momento não há cura. Tratamentos biológicos e psicoterápicos Objetivos gerais: Controlar fantasias e comportamentos parafílicos Controlar os impulsos e urgências sexuais Diminuir o nível de estresse e prejuízo dos pacientes com parafilias – paradoxal a medidas publicas e judiciais Medicamentos: antidepressivos, antipsicóticos, estabilizadores de humor, antiandrogênicos (castração física e química) Avaliação de risco – continuum Variáveis de risco e proteção estáticas – não são mudadas com o tratamento Variáveis dinâmicas – em que tratamento pode ser eficaz (Abuso de substancias, impulsividade, comorbidades) AUTISMO O Autismo é um transtorno complexo que envolve atrasos e comprometimentos nas áreas de interação social e linguagem, incluindo uma ampla gama de sintomas emocionais, cognitivos, motores e sensoriais Tipicamente, surge em crianças antes dos 3 anos e com frequência já desperta atenção dos familiares antes dos 18 meses por atraso na linguagem conforme o esperado e persiste por toda a vida O termo autismo passa constantemente por um processo de investigação no que diz respeito a sua definição, sendo, no entanto considerado o mais grave distúrbio da comunicação humana, associado as diversas síndromes. Os prejuízos estão diretamente relacionados ao grau de autismo que a pessoa apresenta. Algumas, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Algumas parecem fechadas e distantes, outras presas a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO Deficiência Intelectual: Transtornos da comunicação Transtorno do espectro autista Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: Transtorno especifico de aprendizagem Transtornos motores Transtornos de tiques Outros transtornos do desenvolvimento TIPOS DE TEA Transtorno autístico ou autismo Transtorno desintegrativo da infância Transtorno de Asperger Transtorno de Rett Transtorno invasivo ou global Traços comportamentais similares: problemas de comunicação, habilidades sociais, padrões de comportamento ou grupos de interesse CARACTERISTICAS Transição gradual Heterogeneidade de sintomas Dois domínios de diagnostico Deficiências na comunicação social Comportamentos restritos e repetitivos O desenvolvimento e uso de linguagem aberrante deixaram de ser considerados uma característica básica do transtorno Via de regra o TEA se torna evidente no segundo ano de vida TIPO DESCRIÇÃO Hereditário Envolvimento de genes múltiplos 50x mais prevalentes em irmãos 60 a 90% em gêmeos monozigóticos Associação com síndromes genéticas conhecidas (X-frágil e esclerose tuberosa) Modificações precoces no desenvolvimento embrionário Danos pré-natais devido a infecção, toxinas e abuso de drogas ou etiologia desconhecida Achados em neuroimagens Aumento ventricular Hipoplasia cerebelar Cerebros maiores do que em crianças com desenvolvimento típico Anormalidades de neurotransmissão Glutamato, Serotonina, Dopamina, opióides e gaba e doenças auto-imunes contra receptores DIAGNOSTICOS E CARACTERISTICAS CLÍNICAS Sintomas centrais Deficiências persistentes na comunicação e interação social Padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades Características físicas associadas ? Sinais comportamentais Podem ou não ocorrer Perturbações no desenvolvimentoe uso da linguagem Deficiência Intelectual Irritabilidade Instabilidade no humor e afeto Resposta a estímulos sensoriais Hiperatividade e desatenção Habilidade precoces Insônia Diagnostico diferencial Transtorno da comunicação social Esquizofrenia com inicio precoce Incapacidade intelectual com sintomas comportamentais Transtorno de linguagem Surdez congênita ou deficiência auditiva Privação social TEA (autismos) X TID (desintegrativo da infancia) Grupo fenotipicamente heterogêneo de síndromes neura evolutivas, com hereditariedade poligênica, que se caracteriza por ampla gama de problemas na comunicação social e comportamentos restritos e repetitivos TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA INFÂNCIA Após um desenvolvimento aparentemente normal nos primeiros três a quatro anos de vida, apresentaram uma perda muito grave das habilidades sociais e comunicativas. Há desenvolvimento normal por pelo menos 2 anos com início abrupto ou insidioso com perdas de habilidades antes adquiridas nos campos funcionais e motricidade TRANSTORNO DE ASPERGER Se caracteriza por comprometimento e esquisitice na interação social, além de interesses e comportamentos restritos que lembram os observados no transtorno autista. Ao contrario do autismo neste não há atrasos significativos em linguagem, desenvolvimento cognitivo ou habilidades de autoajudas adequadas a idade Apesar de existirem algumas semelhanças com o Autismo, as pessoas com Síndrome de Asperger geralmente têm elevadas habilidades cognitivas (pelo menos Q.I. normal). Crianças com Síndrome de Asperger, podem ou não procurar uma interação social, mas têm sempre dificuldades em interpretar e aprender as capacidades da interacção social e emocional com os outros. AUTISMO T. DESINTEGRATIVO T. RETT T. ASPERGER TID SOE Caracteristicas Padrão Grave Grave Alto funcionamento Atipico Inteligencia RM grave RM grave RM grave RM leve a normal RM leve a normal Idade 0-3 anos Maior que 2 anos 6 meses a 2 anos 5 a 7 anos Variavel Comunicação pobre pobre pobre boa Variavel Socialização Limitadas Limitadas Limitadas Regulares a boas Variavel Perda de habilidades Não Sim Sim Não Não Interesses restritos Sim Não Não Variavel Variavel Epilepsia Frequente Frequente Frequente Raro Raro Curso de vida adulta Estavel Declina Declina Estavel Estavel Sexo M > F M > F F M > F M > F Prognóstico Pobre Muito pobre Muito pobre Regular Regular TRATAMENTO Focar comportamentos básicos e aumentar as habilidades para viver uma vida independente no longo prazo Intervenção Precoce – consenso Melhorar funcionamento e habilidades sociais Melhorar Comunicação – funcional e espontânea Melhorar habilidades adaptativas Diminuir comportamentos negativos ou mal adaptativos Promover funcionamento acadêmico e melhorar cognição Intervenções psicossociais Intervenções psicofarmologicas Abordagem multidisciplinar que deve ser precedida por ampla investigação diagnóstica Setting adequado – individual e baseado no modelo escolar ABORDAGEM ALVO Intervenções comportamentais e educacionais Organizar o ambiente e prover condições ótimas para criança ser ensinada Apoio e psicoeducação familiar Grupos de apoio, aconselhamento e cooperação mutua Encaminhamento para tratamentos especializados Fisioterapia, T.O, Fonoaudiologia Antipsicoticos Agressão, agitação, irritabilidade, hiperatividade e auto-agressão ISRS Ansiedade, perseveração, Compulsões, depressão e reclusão social Estimulantes Hiperatividade e desatenção Agonistas alfa-2 Agressividade e desregulação de sono Naltrexona Auto-agressão Estabilizadores de Humor Autoagressividade e Impulsividade Melatonina Desregulação de sono
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