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ALVENARIA ESTRUTURAL

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EDUARDO DA SILVA BERTOCCI 
FRANCIELE NUNES DOS REIS 
IGOR CASTRO DA SILVA 
LETICIA DE OLIVEIRA SILVA 
MARIANA LOPES GALLATI 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALVENARIA ESTRUTURAL: 
Montreal Residence 
 
 
 
 
 
ASSIS - SP 
2016 
 
EDUARDO DA SILVA BERTOCCI 
FRANCIELE NUNES DOS REIS 
IGOR CASTRO DA SILVA 
LETICIA DE OLIVEIRA SILVA 
MARIANA LOPES GALLATI 
 
 
 
 
 
ALVENARIA ESTRUTUAL: 
Montreal Residence 
 
 
 
Trabalho de Atividades Práticas 
Supervisionadas para Engenharia Civil 
entregue a Universidade Paulista- UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSIS- SP 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Obstáculo é aquilo que você enxerga, 
quando tira os olhos do seu objetivo." 
(Henry Ford) 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho foi feito a partir de uma visita técnica realizada no edifício 
residencial “Montreal Residence”, obra executada em Alvenaria Estrutural. 
Inicialmente é abrangida a história e evolução da Alvenaria Estrutural, posteriormente 
as definições a respeito de armações da parede, grautes, técnicas construtivas, 
matérias e equipamentos utilizados. Foi apontado suas vantagens e desvantagens e 
concluído que é uma técnica econômica e de fácil execução. 
 
Palavras-chave: Alvenaria Estrutural. Técnica Construtiva. Vantagens e 
Desvantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work was done from a technical visit made on residential “Montreal Residence”, 
work done in Structural Masonry. Initially, it covered the history and evolution of 
Structural Masonry, later definitions about wall frames, grautes, construction 
techniques, materials and equipment used. It was pointed out their advantages and 
disadvantages and concluded that it is an economical technique and easy to perform. 
Were identified their advantages and disadvantages and concluded that is an 
economical technical and easy to perform. 
 
Key-words: Structural Masonry. Construction Techniques. Advantages and 
disadvantages. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 
1. ALVENARIA ESTRUTURAL ................................................................................ 2 
1.1 Conceitos ...................................................................................................... 2 
1.2 Histórico ........................................................................................................ 3 
1.3 Técnica construtiva ...................................................................................... 7 
1.3.1 Definição ...................................................................................................... 7 
1.3.2 Nomenclatura Construtiva ........................................................................... 7 
1.3.3 Técnica Construtiva ..................................................................................... 7 
1.3.4 Método Construtivo ...................................................................................... 8 
1.3.5 Processo Construtivo ................................................................................... 8 
1.4 Etapas ........................................................................................................... 8 
1.4.1 Levantamento das técnicas construtivas ..................................................... 8 
1.4.2 Fundação ..................................................................................................... 8 
1.4.3 Sapata Isolada ........................................................................................... 10 
1.4.4 Sapata Corrida ........................................................................................... 11 
1.4.5 Laje Radier ................................................................................................ 12 
1.5 Alvenaria ..................................................................................................... 13 
1.5.1 Amarrações nas paredes ........................................................................... 13 
1.5.2 Argamassa ................................................................................................. 14 
1.5.3 Junta de argamassa .................................................................................. 15 
1.5.4 Graute ........................................................................................................ 15 
1.5.5 Instalações Elétricas .................................................................................. 16 
1.5.6 Instalações Hidráulicas .............................................................................. 16 
1.6 Patologia ......................................................................................................... 17 
1.7 Materiais utilizados ........................................................................................ 18 
1.7.1 Blocos de concreto .................................................................................... 19 
 
1.7.2 Blocos cerâmicos ................................................................................... 19 
1.7.3 Argamassa ........................................................................................... 20 
1.7.4 Graute .................................................................................................... 20 
1.7.5 Armaduras ............................................................................................. 21 
1.8 Equipamentos para alvenaria estrutural ...................................................... 22 
1.8.1 Escantilhão ................................................................................................ 22 
1.8.2 Esticador de linha ...................................................................................... 22 
1.8.3 Plataforma ................................................................................................. 23 
1.8.4 Cavalete regulável ..................................................................................... 23 
1.8.5 Carrinho para transporte de blocos de concreto ........................................ 23 
1.8.6 Gabarito para bloco ................................................................................... 23 
1.8.7 Gabarito para janela .................................................................................. 23 
1.8.8 Aplicador de argamassa ............................................................................ 24 
1.8.9 Gabarito para porta regulável universal ..................................................... 24 
1.8.10 Colher meia cana ..................................................................................... 24 
1.8.11 Jerica ....................................................................................................... 24 
1.8.12 Colher de pedreiro ................................................................................... 24 
1.8.13 Nível alemão ............................................................................................ 24 
1.8.14 Carrinho masseira .................................................................................... 25 
1.8.15 Escantilhão alvenaria vedação ................................................................ 25 
1.8.16 Broxa ....................................................................................................... 25 
1.8.17 Esquadro .................................................................................................25 
1.8.18 Tela de amarração ................................................................................... 25 
1.8.19 Misturador .............................................................................................. 26 
1.9 Vantagens e desvantagens ........................................................................... 26 
2 MONTREAL RESIDENCE .................................................................................. 27 
2.1 Informações Gerais ........................................................................................ 27 
 
3 ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DOS EDIFICIOS ................................................. 30 
3.1 Fundação ........................................................................................................ 30 
3.2 Térreo .............................................................................................................. 30 
3.3 Pavimentos ..................................................................................................... 31 
3.4 Processo de assentamento ........................................................................... 32 
3.5 Instalações elétricas e hidráulicas ............................................................... 33 
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 35 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 36 
FICHAS DE APS ....................................................................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
A construção civil tem fundamental importância no desenvolvimento humano e 
de sua economia. Com a evolução da humanidade foi possível criar novas técnicas 
construtivas a fim de agilizar e tornar o processo menos complexo, além de trazer 
mais comodidade e segurança para toda a população. 
A Alvenaria Estrutural é um dos sistemas mais antigos de construção, porém 
não era muito aceita devido ao fato de não haver vigas ou colunas estruturais. 
No entanto, a possibilidade de se construir com menores custos fez com que o 
mercado visse com outros olhos a Alvenaria Estrutural, tornando-a moderna e focada 
na economia. Com o aperfeiçoamento da técnica, ela vem sendo bastante utilizada 
devido a fatores como a facilidade de execução e economia, pois necessita de mão 
de obra especializada apenas para execução da alvenaria, exige menos 
equipamentos específicos, entre outros fatores que serão abordados no trabalho. 
Através de uma visita técnica ao edifício residencial “Montreal Residence” 
situado na cidade de Assis-SP, pudemos ver na pratica uma obra que está sendo 
executada em Alvenaria Estrutural, no qual são utilizados blocos cerâmicos com 
resistências a partir de 6 Mpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1. ALVENARIA ESTRUTURAL 
 
 
 
1.1 Conceitos 
 
 
 A alvenaria é constituída basicamente de tijolos ou blocos unidos entre si 
através de argamassa, constituindo assim uma estrutura estável e resistente. Mas 
especificamente alvenaria estrutural é toda estrutura de alvenaria, laminar e 
dimensionada por cálculos racionais para suportar cargas além do seu próprio peso. 
Segundo Franco (2004), “Processo construtivo que se caracteriza pelo uso de 
paredes como principal estrutura de suporte do edifício, dimensionadas através de 
cálculo racional”. 
 
A alvenaria estrutural pode ser dividida de acordo com as duas funções: 
 
 Alvenaria Estrutural Armada: possui armaduras encaixadas em alguns vazados 
dos blocos ou entre os tijolos, envolvidas por graute para absorver os esforços 
calculados, além das armaduras construtivas e de amarração; 
 Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada: quando parte da estrutura tem 
paredes com armaduras para resistir aos esforços calculados, além das 
armaduras com finalidade construtiva ou de amarração, sendo as paredes 
restantes consideradas não armadas; 
 Alvenaria Estrutural Pretendida: aquela na qual a armadura é pós-tensionada, 
sendo, portanto ativa. 
 
Portanto nesse tipo de obra as alvenarias são os elementos “portantes” das 
cargas até as fundações não existindo vigas ou pilares. 
 
3 
 
Figura 1 – Alvenaria Estrutural
 2011) 
Fonte: Tauil, C.A; BATIMAT 2011 
 
 
 
1.2 Histórico 
 
 
A alvenaria estrutural tem sua origem na pré-história, sendo assim, é um dos 
sistemas mais antigos sistemas de construção da história da humanidade. 
Inicialmente eram utilizados blocos de rocha como elemento da alvenaria, porém a 
partir de 4.000 a.C a argila passou a ser utilizada possibilitando a utilização e produção 
de tijolos. 
O sistema desenvolveu-se primeiramente através do simples empilhamento dos 
blocos e os vãos eram executados com vigas de madeiras ou de pedras. Porém mais 
tarde passou a se utilizar os arcos como alternativa para a execução dos vãos, e assim 
foram executadas grandes belas obras. 
Ao longo dos séculos obras importantes para a história da humanidade foram 
construídas através do sistema de alvenaria, entre elas o Pathenon na Grécia entre 
480 a.C e 323 a.C, As Pirâmides de Gisé no Egito 2.000 a.C, Basílica de Maxentiues 
e Constantino em Roma, entre 307 d.C e 312 d.C, Coliseu também em Roma,82 d.C, 
a Catedral de Notre Dame em Paris nos séculos XII e XIV e por fim a muralha da 
China construída no período de 1368 a 1644. 
4 
 
 
Figura 2- Pathenon 
 
Fonte: www.history.com 
 
Figura 3- O Coliseu 
 
Fonte: viajeaqui.abril.com.br 
 
Figura 4 – A Muralha da China 
5 
 
 
Fonte: www.loucoporviagens.com.br 
 
Até o final do século XIX a alvenaria predominou como material estrutural, porém 
devido à falta de estudo e pesquisas na área todas essas grandiosas obras eram 
executadas sem cálculos racionais ou técnicas e de forma empírica, ou seja, apoiada 
apenas na intuição, observação e experiências. Com isso não se tinha plena garantia 
da segurança das estruturas, forçando um super-dimensionamento das mesmas. 
Em meados do século XX grandes obras foram construídas com modelos mais 
racionais e modernos, servindo de exemplo clássico o edifício “Monadnock” 
construído em Chicago entre 1889 e 1891 com 16 pavimentos de e 65 metros de 
altura, cujo as paredes inferiores possuíam 1,80 metros de espessura. 
 
Figura 5- Edifício “Monadnock” Chicago, EUA 
 
6 
 
Fonte: www.valegandara.com 
 
Por volta de 1950 surgiu o primeiro código de obras que permitiu o cálculo de 
espessuras das paredes, resistência das alvenarias, com base em cálculos mais 
racionais e precisos com experimentos laboratoriais, principalmente na Suíça. 
Os anos 60 e 70 foram marcados por intensas experiências para 
aperfeiçoamento dos cálculos matemáticos considerando diversos fatores além da 
resistência, vento e sismo, mas também explosões e retirada de paredes estruturais. 
Atualmente países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e muitos 
outros, a alvenaria atinge níveis de cálculo, execução e controle similar ao utilizados 
na estrutura de concreto e aço, constituindo-se num modelo de construção 
econômico, competitivo, versátil e de fácil industrialização. 
No Brasil em 1966 forma construídos os primeiros prédios de alvenaria 
estrutural, com quatro pavimentos em alvenaria armada de blocos de concreto, no 
Conjunto Habitacional em São Paulo “Central Parque da Lapa”. 
 
Figura 6- Central Parque da Lapa 
 
Fonte: www.comunidadedaconstrucao.com.br 
 
A Alvenaria Estrutural no Brasil atingiuseu auge a partir da década de 80, com 
a construção de conjuntos habitacionais devido ao seu processo ser tido como 
econômico, diversas construtoras e produtoras de blocos investiram nessa tecnologia 
para torna-la mais vantajosa. 
7 
 
Mas a inexperiência de alguns profissionais dificultou a aplicação dessas 
vantagens, fazendo com q esse processo desacelerasse um pouco, porém as grandes 
construtoras buscaram aperfeiçoar ainda mais essa técnica devido as vantagens 
econômica do sistema. 
Atualmente com o avanço da tecnologia e abertura de novas indústria de 
fabricação no ramo (cerâmicas, concreteiras, etc.) fazem com que cada dia mais os 
profissionais se interessem pelo sistema. 
 
 
1.3 Técnica construtiva 
 
1.3.1 Definição 
 
A técnica construtiva, a grosso modo, é definida pelos profissionais da área 
construtiva como a maneira que será realizada aquela tarefa; de que modo tal tarefa 
será ou poderá ser executada. Cada técnica possui o seu modo operacional que, 
normalmente, é definido no processo projetual. Neste capítulo vamos enfatizar a 
técnica construtiva no processo de construção de Alvenaria Estrutural. 
 
1.3.2 Nomenclatura Construtiva 
 
Quando abordamos sobre a Nomenclatura Construtiva, alguns equívocos são 
cometidos e suas definições são confundidas. Estas definições devem ser 
empregadas no processo de estudos e de construção de edifícios. SABBATINI (1989) 
elaborou algumas dessas técnicas, sendo elas: Técnica Construtiva, Método 
Construtivo, Processo Construtivo e Sistema Construtivo. 
 
 
1.3.3 Técnica Construtiva 
 
Conjunto de operações com a finalidade de produzir parte de uma construção. 
8 
 
 
1.3.4 Método Construtivo 
 
Conjunto de técnicas construtivas que são independentes em relação as outras 
e organizadas conforme sua função ou elementos da construção de uma edificação. 
 
1.3.5 Processo Construtivo 
 
Um modo de construção organizado. É caracterizado pelos seus inúmeros 
métodos utilizado na construção de estrutura e vedação da edificação. 
 
 
1.4 Etapas 
 
1.4.1 Levantamento das técnicas construtivas 
 
Analisando o assunto como um todo, a Alvenaria Estrutural possui um corpo de 
elementos que enquadram a técnica construtiva. Em cada etapa, é relevado todo 
o processo de construção, instalação e funcionamentos destes. 
Por esta diversidade de elementos, este tópico irá se limitar aos estudos dos 
seguintes tópicos das etapas de construção: Fundação, Alvenaria, Aberturas, 
Instalações Elétricas e Hidráulicas, Lajes e Revestimentos. 
 
1.4.2 Fundação 
 
Sabemos que inicialmente é realizado o estudo do solo (parte topográfica) para 
erguer informações da região onde será a construção. Este estudo, também 
caracterizado como sondagem, é uma espécie de radiografia onde se detecta as 
características do solo e a presença do lençol freático. São estas as informações na 
qual os calculistas tem total atenção. 
A fundação, como função, é primordial e de principal importância. Ela nada 
mais é do que as estruturas responsáveis em transmitir toda a carga da construção 
9 
 
ao solo. Elas são projetadas já na função da carga que irá receber e o solo onde será 
realizada a construção. 
Existem alguns tipos de fundações. Quando esta ocorre em uma profundidade 
de 1,5m, é utilizada a fundação direta, que abre um leque em três designações: sapata 
isolada, sapata corrida e laje radier. 
 
Figura 7 – Exemplo de fundação 
 
 
Fonte: http://www.construtens.com.br/dicas_para_fundacao.html 
 
 
 
 
Figura 8- Fundação tipo Baldrame 
10 
 
 
FONTE: http://www.ticiani.com.br/empreendimento/1 
 
 
 1.4.3 Sapata Isolada 
 
Pela revista Arquitetura&Construção (out/92 e out/98), “recomendada 
para casas com qualquer número de pavimentos, suporta o peso concentrado 
de pilares. O elo entra ela e as paredes é a viga baldrame.” 
 
Figura 9 – Exemplo de sapata isolada 
 
11 
 
FONTE: http://www.ticiani.com.br/empreendimento/1 
 
 1.4.4 Sapata Corrida 
 
Pela revista Arquitetura&Construção (out/92 e out/98), “acompanha as 
paredes da casa, e é indicada para solos resistentes e construções com 
paredes cortantes, que dispensam pilares e vigas. A carga é distribuída 
uniformemente ao longo das paredes.” 
 
Figura 10 – Exemplo de sapata corrida 
 
Fonte: http://construironline.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=397 
 
 
Figura- 12 Sapata corrida 
 
12 
 
FONTE: http://blog.construir.arq.br/fundacao_sapata/ 
 
 
1.4.5 Laje Radier 
 
Pela revista Arquitetura&Construção (out/92 e out/98), “a rigor, este tipo, com 
cerca de 1,5m de espessura, só é utilizado em grandes obras. Porém, é comum 
chamar de radier uma laje mais fina, com mais ou menos 12cm, colocada 
imediatamente abaixo da superfície de solos firmes, ou uma fundação usada em solos 
poucos resistentes, como argilas orgânicas e areias fofas. Retira-se o solo e faz-se 
uma caixa ôca de 2m de espessura de concreto armado, onde se apoia a casa.” 
 
Figura 13 – Exemplo de laje radier 
 
Fonte: http://www.sh.com.br/blog/2016/o-que-e-fundacao-radier/ 
 
Quando esta ocorre em uma profundidade de mais de 2m, é utilizada a 
fundação profunda, onde se utilizam estacas ou tubulões. Podem ser pré-moldadas 
ou como fundações diretas, que podem ser feitas em canteiros ou betoneiras. Como 
exemplos: tubulação em casos de construções de grande porte; metálica em 
construções de prédios, servem como arrimo (contenção). 
13 
 
Pré-moldado de concreto: Em terrenos com presença de lençol freático ou 
argila orgânica muito mole. Estacas vêm prontas de fabricação e são cravadas por 
bate-estacas. 
 
1.5 Alvenaria 
 
1.5.1 Amarrações nas paredes 
 
Ligação entre os painéis estruturais. Normalmente, para o uso correto destas 
ligações, e para sua estabilidade, são utilizados reforços metálicos nas juntas 
horizontais entre os painéis ou os vazados grauteados dos blocos. Em muitas 
situações há a necessidade do uso deste método por questão da própria demanda. 
Não são todos os fornecedores que possuem um tipo específico de blocos que possui 
a característica pessoa da junta de armação. 
Os tipos são característicos: “L”, “T” ou “X”. Eles são os mais frequentes e 
utilizados em obras de Alvenaria Estrutural. Nas amarrações de “T” e “X” tem-se a 
necessidade de apoios adicionais. 
 
Figura 14 – Amarrações 
 
Fonte: http://meloalvenaria.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=publicacoes 
14 
 
 
1.5.2 Argamassa 
 
Sua composição é a mistura de materiais inertes e aglomerantes, sendo os 
inertes a areia e aglomerantes o cal e o cimento. Sua homogeneidade se dá com o 
acréscimo da água e é utilizado para fazer a conexão de pedras, blocos etc., que são 
elementos da própria alvenaria. 
A Argamassa é dividida em vários elementos, sendo alguns deles a argamassa 
de cal, argamassa magra/mole e argamassa gorda. 
A Argamassa de cal (ou mista) tem como composição a mistura de três elementos 
(cal+areia+água); A Argamassa magra/mole tem um monitoramento quando ao 
acréscimo na quantidade de aglomerantes. Neste caso, a quantidade de 
aglomerantes é menor; A Argamassa gorda tem aglomerantes em abundância. 
Quanto ao seu manuseio e transporte, na obra, sua mistura foi realizada no 
equipamento betoneira, muito utilizada e de uso comum em obras civis. Considerando 
o gerenciamento da obra, o equipamento era localizado em situação correta, próximo 
ao transporte vertical (elevador) para o uso desta nos demais elementos do edifício. 
Em elementos mais inferiores, ou na própria superfície, o uso é de carrinhosde mão 
ou giricas. 
A resistência da argamassa na Alvenaria Estrutural é de 70% ou superior a 
este, da resistência do bloco. Este valor é o ideal e não pode ter a ultrapassagem 
deste valor. 
Figura 15- Argamassa de Cal 
15 
 
 
Fonte: http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/argamassa-de-revestimento-e-usada-
na-maioria-das-construcoes-brasileiras_6209_0_1 
 
1.5.3 Junta de argamassa 
 
Fato que se dá pelo endurecimento da argamassa de assentamento. Tem como 
finalidade unir as unidades de alvenaria e deixa-las resistentes, absorver deformações 
naturais, selar as juntas e proporcionar uma distribuição homogênea nas cargas na 
parede. 
Podemos ter como classificação as juntas horizontais (preenchimento total e 
parcial) e juntas verticais. As juntas verticais são opcionais quanto ao seu 
preenchimento por argamassa na fase de execução de alvenaria. Cada tipo de junta 
de argamassa deve atender as suas especificações na Alvenaria. Temos como alguns 
exemplos as longitudinais, transversais, verticais e horizontais, como já foi citado 
anteriormente. 
 
1.5.4 Graute 
 
Um tipo de cimento específico, o graute é utilizado para preenchimento de 
espaços vazios dos blocos e caneletas, aumentando a resistência e solidificando o 
16 
 
bloco/estrutura. Pode ser caracterizado, a grosso modo, como a argamassa a fim de 
preencher vazio. Mas, para que a argamassa e o concreto sejam caracterizados como 
graute, ele precisa apresentar fluidez, alta resistência e expansão controlada. 
Vantajoso por ser de fácil manuseio na sua função, maior proteção em relação 
a corrosões e melhor qualidade no trabalho, ele é utilizado em locais de difícil acesso, 
cavidades muito estreitas ou locais como tubulação, onde a densidade é elevada. Sua 
fluidez faz com que tenha preenchimento total, a resistência ajuda na rápida liberação 
de formas, a expansão controlada garante a estabilidade e deixa inexistentes os 
espaços vazio. 
O graute é utilizado tanto em obras novas quanto em recuperação estrutural. 
Sua composição se dá por cimento+agregado miúdo+graúdo+água e cal. Como já 
citado anteriormente, ele é utilizado para grauteamento, fixação de bases, 
preenchimento e reparos. 
 
 
1.5.5 Instalações Elétricas 
 
A passagem de tubos e eletrodutos tem que ser definida no processo de formação 
do projeto para não existir contratempo na obra posteriormente. É necessária a 
atenção nesta fase para não ocorrer choque elétrico e incidente. 
Conforme a NR 10, deve ser observado no projeto a instalações elétricas 
conforme projeto execução, operação, manutenção, reforma e ampliação. Deve haver 
a proteção contra o risco de contato, seguir normas específicas e recomendações do 
fabricante. 
 
1.5.6 Instalações Hidráulicas 
 
Conforme a NR 24, “24.1.24 A rede hidráulica será abastecida por caixa d’água 
elevada, a qual deverá ter altura suficiente para permitir bom funcionamento nas 
tomadas de água e contar com reserva para combate a incêndio de acordo com 
posturas locais.”; 24.1.25 As instalações sanitárias deverão dispor de água canalizada 
17 
 
e esgotos ligados à rede geral ou à fossa séptica, com interposição de sifões 
hidráulicos.” 
 
 
Figura 16 - Instalações 
 
FONTE: http://www.dapservicoseletricos.com.br/?page_id=412 
 
 
1.6 Patologia 
 
Como nas últimas décadas o uso da Alvenaria Estrutural intensificou e cresceu, 
principalmente com sua intensa utilização no Minha casa, minha vida, a atenção 
quanto as patologias e como evita-las cresceu. Segundo as diretoras do CDTEC 
(Centro de Desenvolvimento Tecnológico S/A) Tayana Bianco Garcez Castellano 
Cunico e Lidia Krefer, “as patologias que mais afetam a alvenaria estrutural são as 
fissuras, decorrentes dos seguintes problemas: variação de temperatura, 
principalmente nos pavimentos mais altos; cargas atuantes que excedam a 
capacidade resistente da estrutura solicitada; recalques nas fundações e o 
assentamento inadequado das aberturas, como portas e janelas. “Para que uma obra 
não venha a sofrer com patologias é sempre importante respeitar o sistema 
18 
 
construtivo, ou seja, cada etapa deve ser realizada atendendo as particularidades de 
cada item”, ressalta Lidia Krefer.” 
A principal atenção é voltada sempre para o último pavimento em relação à 
movimentação da laje, que se ocorrer do contrário, podem surgir inúmeras fissuras. 
Em relação a Alvenaria Estrutural, o projetista e/ou responsável tem o cuidado e o 
dever de seguir as normas constituídas em seu próprio guia normativo. Seguindo 
estes cuidados, nenhum problema poderá ocorrer. 
Outra atenção que deve ser tomada é quanto a mão de obra e seus 
equipamentos: a mão de obra deve ser devidamente treinada para a ação assim 
como os equipamentos devem atender e estar em perfeitas condições de 
utilização. 
 
Figura 17 – Patologias 
 
Fonte: http://www.d2rengenharia.com.br/tecnica-construtiva.php 
 
 
 1.7 Materiais utilizados 
 
São esses os materiais: blocos de concreto e cerâmica, argamassa, graute e 
armaduras. 
 
19 
 
1.7.1 Blocos de concreto 
 
 Os blocos de concreto são utilizados na alvenaria estrutural pela sua alta 
capacidade de resistência, ele tem como vantagem variedades de tipos que podem 
ser usados em situações distintas. Umas das vantagens dos blocos de concreto é que 
eles são vazados e permite a passagem de canos e tubulações para parte elétrica e 
hidráulica. Entretanto ele possui um problema, por esse material ser de concreto não 
é um bom isolante térmico. 
 
Figura 18 – Exemplo de blocos de concreto 
 
 
Fonte: www.iporablocos.com.br 
 
 
1.7.2 Blocos cerâmicos 
 
Os blocos cerâmicos possuem uma boa resistência a compressão, bom 
isolamento térmico e acústico, resistência ao fogo e à penetração da chuva, possui 
furos na vertical que permitem a passagem de tubulações e instalações elétricas. Por 
20 
 
ter um acabamento liso permite a aplicação direta de gesso ou textura, dispensando 
a aplicação de chapisco ou reboco. E seu custo é mais econômico que o bloco de 
concreto. 
 
Figura 19- Exemplos de blocos de cerâmica 
 
 
Fonte: pedreirao.com.br 
 
1.7.3 Argamassa 
 
A argamassa usada no assentamento dos blocos na alvenaria estrutural deve 
seguir a recomendação do projetista e tem como funções básicas solidarizar os 
blocos, transmitir e uniformizar as tensões entre as unidades da alvenaria, absorver 
pequenas deformações e prevenir a entrada de água e vento na edificação. 
 
1.7.4 Graute 
 
O graute é um tipo especifico de concreto, indicado ao preenchimento dos vazios 
blocos e canaletas para solidarização da armadura a estes componentes e para o 
21 
 
aumento da capacidade de resistência. Compõe-se de cimento, agregados miúdo e 
graúdo, água e cal ou outra adição destinada a conferir trabalhabilidade e retenção de 
água de hidratação à mistura. O material é utilizado no preenchimento das canaletas 
ou blocos J de apoio das lajes e em vergas e contra-vergas de janelas. Nos furos 
verticais podem ou não estar acompanhado de armadura. 
 
Figura 20 – Utilização do graute 
 
Fonte: www.comunidadedaconstrucao.com.br 
 
1.7.5 Armaduras 
 
As armaduras são utilizados verticalmente nos pontos indicados no projeto e 
horizontalmente nas canaletas, vergas e contra-vergas. As barras de aço empregadas 
na alvenaria estrutural são as mesmas usadas na estrutura de concreto armado, tendo 
que ser envolvidas por graute para que o trabalho conjunto com os outros 
componentes da alvenaria seja alcançado. 
 
Figura 21– Armaduras 
 
22 
 
 
Fonte: www.ufrgs.com1.8 Equipamentos para alvenaria estrutural 
 
1.8.1 Escantilhão 
 
Utilizado em obras de alvenaria estrutural, é fixado na laje inferior, e funciona 
como guia para alinhar as fiadas de blocos cerâmicos ou de concreto no momento da 
locação da alvenaria das paredes de uma obra, eficiente para achar o prumo. 
 
 
1.8.2 Esticador de linha 
 
Utilizado na elevação da alvenaria, podendo ou não ser utilizado em conjunto 
com o escantilhão, serve para o trabalhador ter uma referência no assentamento do 
bloco. 
23 
 
 
 
1.8.3 Plataforma 
 
Plataforma metálica para andaime com altura regulável, para melhor 
locomoção do trabalhador no andaime e com mais segurança. 
 
1.8.4 Cavalete regulável 
 
Pode vir a ter varias funções, por exemplo: mesa, andaime, bancada, pratica para 
a montagem. 
 
1.8.5 Carrinho para transporte de blocos de concreto 
 
Utilizado no transporte interno de pequenos palhetes formados em obra, de 
produtos como: blocos para alvenaria, pisos e azulejos, cimento e argamassas. 
Transporta com segurança para manter a integridade das matérias, de fácil manuseio 
e ajuda na locomoção do trabalhador na obra. 
 
1.8.6 Gabarito para bloco 
 
Na obra de alvenaria estrutural ou mesmo de vedação, ajuda na economia de 
argamassa e controle das juntas de assentamento, eficaz para melhorar o trabalho 
com maior margem de acerto. 
 
1.8.7 Gabarito para janela 
 
Ajusta para cima e para os lados, serve para a colocação de janelas, com sua 
medição precisa e sem inclinação, sem margem para erros. 
 
 
24 
 
 
 
1.8.8 Aplicador de argamassa 
 
Permite assentamento de blocos com um tempo menor e economiza argamassa. 
 
1.8.9 Gabarito para porta regulável universal 
 
Possibilita vão com dimensões precisas e perfeita regularidade das laterais, 
para rápida colocação da porta e sem erros, melhora o desempenho dos 
trabalhadores e redução de tempo na produção. 
 
1.8.10 Colher meia cana 
 
Essencial para o levantamento da alvenaria economiza argamassa e ajuda o 
trabalhador, fácil manuseio, pratica, e ajuda na economia de tempo na obra. 
 
1.8.11 Jerica 
 
Funciona para os trabalhadores transportarem os materiais de forma gradual em 
grande número para facilitar a locomoção na obra, com mais segurança e com menos 
tempo. Transporta areia, cimento, argamassa, pedras, e etc. 
 
1.8.12 Colher de pedreiro 
 
Serve para o trabalho e manuseio da argamassa, chapisco e execução de 
alvenaria. 
 
1.8.13 Nível alemão 
 
Sua característica é semelhante ao nível de mangueira e pode ser confundida por 
desconhecimento de ambos os equipamentos. Este é usado apenas por um 
25 
 
profissional. Sua base é suspensa por um tripé e sua função é elevar a altura do 
reservatório de água até um certo nível desejado. 
 
 
 
1.8.14 Carrinho masseira 
 
Possui fácil locomoção por ser um equipamento de alta praticidade e 
desempenho. Muitas vezes de serventia tanto para masseira como recipiente para 
água, localizado em uma plataforma para sua altura ser regulável e disponibilizar 
rodízios. 
 
1.8.15 Escantilhão alvenaria vedação 
 
Equipamento utilizado para facilitar a instalação entre as lajes para garantir um 
perfeito alinhamento, as juntas com o material de argamassa mais uniforme além de 
economizar no tempo da obra e melhoria no serviço dos trabalhadores. 
 
1.8.16 Broxa 
 
Serve para ser molhada na água, e ser jogada gradualmente na argamassa, para 
a modelagem na parede, para uma melhor precisão e acabamento da parede. 
 
1.8.17 Esquadro 
 
Permite um melhor alinhamento para o trabalhador ter uma menor margem de 
erro. 
 
1.8.18 Tela de amarração 
 
26 
 
Serve para amarrar a alvenaria, junta os blocos e uma melhor eficiência para 
os trabalhadores e economiza tempo no trabalho. 
 
1.8.19 Misturador 
 
É um misturador, que proporciona uma mistura fácil e eficiente. Leve, tem rodas, 
podendo ser facilmente transportado pelo trabalhador. Tem grelha serrilhada no topo, 
facilitando abertura de sacos. 
 
1.9 Vantagens e desvantagens 
 
A técnica construtiva “alvenaria estrutural” vem sendo bastante utilizada por 
grandes construtoras e até mesmo em pequenas construções devido às grandes 
vantagens técnicas e econômicas que pode trazer. 
Entre elas está a redução e custos, pois é fácil execução, necessita de mão-de-
obra especializada apenas para a execução da alvenaria, tornando mais rápida a 
construção, diferente do que ocorre nas estruturas de aço e concreto armado. Há 
menor diversidade de materiais empregados, reduzindo os equipamentos utilizados 
e até a chance de atraso no cronograma de execução em função de eventuais falta 
de materiais. 
Além da diminuição no tempo da construção por sua técnica ser simplificada, a 
obra de alvenaria estrutural é de fácil coordenação e controle pois o sistema possui 
normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para projeto, 
matérias e execução, permitindo sua integração a outros subsistemas como 
instalações elétricas e hidráulicas. Também é possível a integração com outros 
sistemas construtivos (obra mista). 
Por outro lado a Alvenaria estrutural possui limitações em seu projeto 
arquitetônico, não se pode quebrar nenhuma parede, nem que seja apenas para a 
instalação de uma nova tomada, pois a parede é a estrutura da obra. 
 
27 
 
 
 
2 MONTREAL RESIDENCE 
 
 
2.1 Informações Gerais 
 
A Construtora Duaço, residida em Assis/SP, tem um histórico na construção 
civil há 26 anos. Ela é desencadeada em vários segmentos civis como prédios 
comerciais, prédios industriais, prédios residenciais, órgãos estatais, galpões 
agros industriais e loteamentos. 
 Foi fundada em 1989 na própria cidade onde é presente atualmente. Seu 
principal intuito era ser uma empresa inovadora, sólida e principalmente com alto 
padrão de qualidade, que é primordial na sua inovação e qualidade nos dias atuais no 
mercado de trabalho. Desde o início procurando a inovação e profissionalismo em seu 
serviço, a Duaço totaliza uma marca de 25 empreendimentos totais em toda sua 
trajetória, sendo 1128 apartamentos já entregues, 172 em construção atual, 586 lotes 
entregues e mais 528 em construção atual. Também há 200 obras industriais, 
comerciais, públicas e rodoviárias, onde este atendimento é realizado em Assis e toda 
sua região. Uma de suas obras em andamento e, estuda nesse trabalho, é a obra 
Montreal Residence. 
A obra Montreal Residence está na fase inicial do processo de estágio da obra, 
sendo realizadas 10% de toda a sua construção. Realizamos a visita técnica no dia 
30 de abril de 2016 para a natureza deste trabalho acadêmico. Localiza-se na cidade 
de Assis/SP, no bairro Jardim Morumbi, com ótima localização para acesso a 
supermercado, academia e comércio municipal. Este possui onze elementos e mais o 
térreo, com garagem em dois elementos. Os apartamentos possuem uma área de 
94,08 m², todos com 03 dormitórios e 02 vagas na garagem. Seu pé direito é de 3m. 
É composta por uma futura área de lazer completa com piscina, mini quadra, sala de 
brinquedos, espaço Gourmet, espaço fitness (academia), sala de jogos, churrasqueira 
e playground. As áreas como sala de brinquedos, espaço Gourmet, espaço fitness e 
sala de jogos já serão entregues equipadas e decoradas. 
28 
 
 
Figura 22 – Sala de jogos 
 
Fonte: Facebook- Construtora Duaço 
 
Figura 23 – Mini quadra 
 
Fonte: Facebook- Construtora Duaço 
 
A Visita Técnica na obra foi realizada no intuito de aprofundarmos no assuntoAlvenaria Estrutural. Esta obra é mista (Alvenaria Estrutural e Concreto Armado), onde 
foi possível aprender um pouco de ambos os assuntos, principalmente da Alvenaria 
Estrutural, que é o assunto de nossa APS. 
29 
 
Com este estudo e visita, aprendemos da raiz o processo de construção civil e 
todo o seu histórico no mundo, desde sua criação até os dias atuais. Há situações e 
casos onde ela é pouco utilizada, mas, com o aumento de sua procura, estudo e uso, 
será uma questão de tempo para que este tipo de construção seja adotado mais 
usualmente. 
No intuito de abranger a avalição da Visita, o canteiro de obras atende a todas 
as normas técnicas imposta pela ABNT, desde o devido suporte aos funcionários com 
banheiros, bebedouros, refeitório, até a armazenagem correta dos materiais, como as 
baias de areia e brita, central de armação, central de pré-moldados, almoxarifado, 
estoque de tubulação, matérias elétricos e hidráulicos, entre outros. Além de todos os 
funcionários trabalharem com EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), 
garantindo assim a segurança e qualidade da obra. 
 
Figura 24 – Alunos na visita técnica 
 
Fonte: Facebok – Professora Kátia 
 
 
 
 
30 
 
 
3 ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DOS EDIFICIOS 
 
3.1 Fundação 
 
A etapa de fundação da obra a critério da empresa foi terceirizada. 
 Sendo marcada 104 estacas por edifício, com diâmetro de quarenta, 
cinquenta e sessenta centímetros, à uma profundidade de doze a vinte e quatro 
metros. 
 
Figura 24- Fundação 
 
Fonte: Facebook Construtora Duaço 
 
3.2 Térreo 
 
O projeto do Montreal Residence previamente feito pelo engenheiro da 
construtora determinou que este fosse construído em dois sistemas: o tradicional 
concreto armado e alvenaria estrutural. 
31 
 
O edifício possui 12 pavimentos, sendo o térreo projetado em estrutura de 
concreto armado contendo 77 pilares e 94 vigas. 
 
Figura 25- Térreo 
 
Fonte: Facebook - Construtora Duaço 
 
3.3 Pavimentos 
 
Os blocos usados para os demais pavimentos foram os de cerâmica 
específicos para o processo de alvenaria estrutural. 
 Para esse tipo de construção é necessário a utilização de blocos com 
resistências especificas para que se garanta a estabilidade da construção, sendo os 
blocos do primeiro pavimento com resistências maiores devido ao carregamento dos 
demais. E por fim os blocos com menores resistências para os últimos pavimentos, 
pois suportam menos carga. 
 No projeto desse edifício em especifico o responsável pelo projeto determinou 
que fosse utilizado blocos de diferentes resistências a cada dois pavimentos. 
Começando o primeiro andar com bloco de dimensões 14 x 19 x 29 cm e resistência 
32 
 
de 14 MPa, 12 MPa, 8 MPa e por fim após o nono andar só se utilizou blocos de 6 
MPa. 
 
 
 
Figura 26 – Exemplo de bloco utilizado 
 
Fonte: www.ceramica6.com.br 
 
 
3.4 Processo de assentamento 
 
O assentamento dos blocos deve começar pelos cantos com a amarração 
para as demais paredes conforme determina o projeto do edifício. O processo 
consiste em colocar a argamassa com colher de pedreiro para uma maior precisão, 
logo após o bloco e tira-se o excesso para melhor assentamento. 
Nos “cantos” é utilizado o graute e uma barra de ferro para substituir o pilar. O 
graute é dimensionado e nesse projeto existem mais de mil e cem pontos de 
grautemento para garantir a estabilidade. 
Ao final de cada pavimento para se executar a laje foi utilizado a viga “T”, 
EPS, armação de ferragem e o concreto. 
33 
 
O mesmo processo foi utilizado para os onze pavimentos com um pé direito 
de três metros cada, sendo no último utilizado a “caneleta em U” para funcionar 
como uma viga. 
 
 
Figura 27 – Edifícios 
 
Fonte: Facebook- Construtora Duaço 
 
 
3.5 Instalações elétricas e hidráulicas 
 
A alvenaria estrutural não permite recortes, caso haja necessidade o bloco já 
deve ser assentado com o devido recorte. 
Um consumidor de imóveis de alvenaria estrutural deve estar consciente de 
que não poderá alterar a planta de seu apartamento, sendo assim o local de todas 
as instalações são decididas previamente no projeto e indicadas conforme o avanço 
da obra. Nesse caso, por exemplo, o local para os ar-condicionado já foram 
definidos em cada cômodo. 
34 
 
Para as instalações hidráulicas foi adotada o uso da “parede espelho” 
assentada com blocos de seis furos onde será feito os recortes necessários para as 
instalações de bombeiro, água fria, água quente, pluvial e esgoto. 
As instalações elétricas foram direcionadas pelos furos dos blocos de 
cerâmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Nesse trabalho, abordamos o tema alvenaria estrutural, onde estudamos o 
conceito, tipos, a historia, técnicas, materiais e métodos utilizados, equipamentos, 
vantagens e desvantagens, além disso, visitamos uma obra de alvenaria, que 
esclareceu nossas duvidas e nos ajudou a entender melhor esse sistema de 
construção, que é considerado o mais antigo da humanidade, essa visita foi uma 
oportunidade e nos ajudou a ganhar experiência e interagir com profissionais 
capacitados e qualificados. Nosso grupo procurou as melhores informações e 
esclarecimentos, e procuramos especificar cada ponto desse assunto. Cumprimos 
todos os objetivos que nos tínhamos proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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ALVENARIA ESTRUTURAL E SEU DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO 
< pt.slideshare.net/felipelimadacosta/a-alvenaria-estrutural-e-seu-desenvolvimento-
histrico> 
 
ALVENARIA ESTRUTURAL: SAIBA COMO EVITAR PATOLOGIAS 
< www.cimentoitambe.com.br/alvenaria-estrutural-saiba-como-evitar-patologias/> 
 
IBDA FÓRUM DE CONSTRUÇÃO 
< www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7> 
 
DIFERENÇAS ENTRE CONTRUÇÃO CONVENCIAL E ALVENARIA ESTRUTURAL 
< www.hometeka.com.br/aprenda/entenda-a-diferenca-entre-construcao-
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CONCRETO ARMADO X ALVENARIA ESTRUTURAL 
 <www. construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/145/concreto-armado-x-alvenaria-estrutural-economia-de-15-motiva-
299688-1.aspx> 
 
O QUE É GRAUTE 
< www.geofoco.com.br/blog/geofoco-explica/o-que-e-graute-anchorgrout> 
 
GUIA DA OBRA 
< www.guiadaobra.net/forum/viewtopic.php?t=420> 
 
EQUIPAMENTOS 
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<www.inovareequipamentos.com.br/listadeprodutos> 
ALVENARIA ESTRUTRAL: UMA ANÁLISE GERAL 
<www.construfacilrj.com.br/alvenaria-estrututal-uma-analise-geral> 
 
VANTAGENS 
<www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemasconstrutivos/1/vantagens/3/vantage
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FICHAS DE APS 
 
 
 
 
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40 
 
 
 
 
 
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Outros materiais