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Guia de Estudos da Unidade 4 - Políticas Públicas e Educação_04

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Políticas Públicas e Educação
UNIDADE 4
1
Para início de conversa
Olá, querido(a) aluno(a)! Como vai?
Estamos na reta final da disciplina “Políticas Públicas e Educação”. Como apresentado no início da uni-
dade III, vamos estudar políticas públicas voltadas para a população indígena, a Educação prisional, o 
debate de gênero e ainda a relação entre o neoliberalismo e a educação vigente no país.
orientações da disciPlina
Estudar cada um desses segmentos, caro(a) estudante, vai muito mais além que ler este guia. Apresentei 
ao longo das quatro unidades, a questão das políticas que garantem a Educação do país, qual a responsa-
bilidade dos Municípios, dos Estados e da União, nos níveis de ensino, bem como o mundo vê a Educação, 
através da ONU, da UNESCO e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Vivemos em um momento da história do nosso país, onde você, estudante, precisa apropriar-se cada vez 
mais dos direitos conquistados acerca da Educação, principalmente nesses últimos 20 anos, desde a Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, a Lei n°9.394/96 até agora, Educação Inclusiva. 
Certamente você já ouviu falar do movimento Escola sem Partido e consequentemente, Escola sem Mor-
daça, não é mesmo? 
Vamos apenas começar a discussão neste guia acerca do tema. 
Bons estudos! 
edUcaçÃo escolar indíGena e QUiloMBola
A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, LDB, de 1996, ga-
rantiram uma ampla reforma no sistema de ensino brasileiro. A legislação reconhece os saberes da po-
pulação indígena, valorizando sua diversidade cultural; e não impondo outras culturas. Reconhece que os 
indígenas possuem processos próprios de aprendizagem que precisam ser levados em conta pela escola 
e propõe a formulação de currículos diversificados.
Leia abaixo, os artigos 210, 215 e 231 da Constituição Federal e os Artigos 26 e 78 da LDB, que trata da 
Educação Escolar Indígena e Quilombola:
Art 210 § 2º: “O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comu-
nidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem”. 
2
Art 215: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura 
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”. § 1º: “O estado 
protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos 
participantes do processo civilizatório nacional”. 
Art 231: “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e 
os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, 
proteger e fazer respeitar todos os seus bens”. CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 26: Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser com-
plementada, em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características 
regionais e locais da sociedade, da cultura e da economia. § 4º o ensino da História do Brasil levará em 
conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente 
das matrizes indígenas, africana e europeia.
Art. 78: O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e 
de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisas, para oferta de Edu-
cação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos: I – proporcionar 
aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas 
identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; II – garantir aos índios, suas comunidades 
e povos, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais 
sociedades indígenas e não indígenas LDB.
Para saber mais sobre o assunto, acesse os links a seguir:
visite a PáGina
Link 1 Link 2
Caro(a) aluno(a), quando você ouve falar de quilombo, o que vem à sua cabeça?
Um local isolado, no meio do mato, ainda formado por escravos que fugiram da escravidão? 
Essa visão ainda está enraizada no imaginário do senso comum. Sim, tivemos nossos quilombos como em 
1595. O Quilombo dos Palmares, o Quilombo de Ambrósio e o Quilombo de Campo Grande, locais onde 
não estavam apenas escravos fugidos, mas também indígenas e pessoas procuradas pela justiça. Na 
época em que o Conselho Ultramarino classificava os quilombos como “toda habitação de negros fugidos 
que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenha ranchos levantados nem se achem 
pilões neles”.
Mas os quilombos mudaram, e na educação não podia ser diferente, não é verdade?
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
3
Uma série de leis e decretos garantiu aos povos indígenas e comunidades quilombolas o direito a conhe-
cer e viver suas realidades, sem um currículo imposto, sem levar em consideração todas as peculiaridades 
que essas comunidades possuem. Respeitando-as. 
No site do Governo Federal, você verá de que forma as comunidades remanescentes dos quilombos se 
tornaram patrimônio cultural da sociedade brasileira. Também vai conhecer melhor acerca do Decreto n° 
4.887 de 20 de novembro de 2003, que trata da regulamentação para identificação, demarcação e titula-
ção das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, a Resolução n°8 de 20 de 
novembro de 2012 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Quilombola, além 
do Decreto n°6.261 de 20 de novembro de 2007, que fala sobre a gestão integrada para o desenvolvimen-
to para a Agenda Social Quilombola. 
Você precisa conhecer! Acesse! Leia!
visite a PáGina
Clique aqui para acessar.
lei n°10.639/2003
A Lei 10.639, de 2003, foi criada com o objetivo de proporcionar para os alunos em sala de aula, o conhe-
cimento da cultura afro-brasileira e africana, além da escravidão negra no país. Apresentando diretrizes 
para afirmar e valorizar a presença africana na sociedade, essa lei ainda é um instrumento contra a discri-
minação e o preconceito racial. Alterada pela lei 11.645/2008, nem todos os estabelecimentos de ensino 
garantem que essa lei seja aplicada, de fato. 
O primeiro equívoco: quando falamos a palavra escravo; ninguém é escravo, as pessoas foram e são 
escravizadas. O termo escravo, além de naturalizar essa condição às pessoas, como se ser escravo fosse 
algo inerente aos seres humanos. Além disto, diante da história da humanidade das populações escravi-
zadas, apresenta uma visão de passividade e submissão diante da condição.
O professor precisa ter conhecimento, e para isso, precisa ler bastante. Ler para compreender que essa lei 
propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana e ressalta 
o Povo Negro como sujeito histórico, valorizando ideias e pensamentos. Ler para saber e compreender 
que Lélia Gonzalez (Belo Horizonte, 1935 – Rio de Janeiro, 1994), Mãe Menininha do Gantois (Salvador, 
1894 – 1986), Teodoro Sampaio (Santo Amaro da Purificação, 1855 – Rio de Janeiro, 1937) fizeram e fa-
zem parte da história do país.
O Ministério da Educação dispõe de um rico material para que você se aproprie do assunto para que possa 
dialogar com os alunos desde a educação infantil, sobre a importância da valorização e reconhecimento 
de um povo que construiu e constrói nosso país. 
http://etnicoracial.mec.gov.br/educacao-escolar-quilombola
4
Caro(a) estudante, além de todos esses sites que indiquei até agora, vou recomendar mais um que pode, 
definitivamente, ser uma ferramenta de trabalho na sala de aula, desde as canções, passando pelos kits 
disponíveis para auxiliar a aprendizagem do ensino afro-brasileiro e africano até as histórias das religiões 
de matriz africana, com o projeto Mojubá.visite a PáGina
O site é uma parceria entre o Canal Futura, o MEC e a Seppir (Secretaria de Políticas 
de Promoção da Igualdade Racial) entre outros. Clique aqui para acessar.
edUcaçÃo Prisional
Das assistências garantidas às pessoas presas, a Lei de Execução Penal em seus artigos 10 e 11 enume-
ram seis categorias de assistência que devem ser garantidos aos indivíduos submetidos à pena privativa 
de liberdade. 
São eles: 
•	 Art. 10
A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno 
à convivência em sociedade.
•	 Artigo 11
Diz que a assistência será material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa. O foco do assunto 
que você vai estudar será a assistência educacional do qual o preso tem direito.
•	 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira em seu artigo 23 
Diz que a educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância 
regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros 
critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem 
assim o recomendar. 
Conheça, a partir de agora, um vídeo e um documento que irão enriquecer ainda mais seu conhecimento.
Vamos começar!
veja o vídeo!
Além da obrigatoriedade da lei, uma das mais eficazes maneiras de ressocialização é 
através da educação. Uma reportagem bem curtinha (três minutos) e muito interessan-
te. A professora de História Jane Santos da Silva, do C.E. Anacleto de Medeiros, no 
presídio Evaristo de Morais no Rio de Janeiro desmistifica, em poucas palavras, como 
é ser professora em uma unidade prisional. Clique aqui para assistir.
http://www.acordacultura.org.br/
https://www.youtube.com/watch?v=y5rRBhbeZJA
5
???
visite a PáGina 
Já o documento mostra um panorama da situação dos presídios femininos e mascu-
linos brasileiros, distribuídos por faixa etária, raça, condições socioeconômicas. Um 
documento que precisa ser lido para que se conheça um pouco mais sobre a Educação 
Prisional no Brasil. Clique aqui para acessar.
você saBia?
Alguns dados relevantes acerca do tema: o Brasil tem 127 presidiários, entre homens e mulheres, que 
cursam nível superior, que constituem numericamente 0,02% do total de mais de meio milhão de presos 
que superlotam as prisões brasileiras. Não existe curso superior nas prisões, os detentos que frequentam 
as faculdades e universidades são do regime semiaberto, que utilizam pulseiras eletrônicas. 
visite a PáGina
Leia mais clicando aqui.
Políticas PÚBlicas e ProGraMas edUcacionais QUe discUteM soBre 
Gênero
Você estudou há alguns parágrafos sobre a educação quilombola e a Lei 10.639/2003, que garantem o 
ensino acerca do conhecimento da cultura afro-brasileira e africana. Vimos a importância de se estudar 
esse assunto em sala de aula, um importante aliado para erradicar o preconceito racial. Diante dessa 
perspectiva, percebe-se a importância de se discutir e conversar sobre a equidade de gênero no âmbito 
dos direitos humanos, abordando o respeito entre as pessoas e garantindo sua identidade de gênero, que 
vai muito mais além do feminino e masculino.
Deparamos-nos com a violência sofrida diariamente por muitas mulheres no mundo todo. Os Municípios, 
os Estados e a União devem garantir que, a igualdade de gênero na educação possibilite que a escola 
dialogue e trabalhe com temas e conflitos presentes no dia a dia das salas de aula. O professor con-
segue enxergar situações de conflito no cotidiano, mas muitas vezes não consegue lidar com essas 
realidades. É aí que entram as formações para os professores com essa temática. 
Mas, antes da luta perpassar os muros da escola, se faz necessário que a escola seja o primeiro es-
paço de oportunidades iguais para meninos e meninas, contribuindo para a autonomia e com a cons-
trução de uma sociedade sem violência de gênero física e psicológica. É necessário dialogar, dentro e 
fora da escola, em todas as oportunidades; na família e na comunidade em geral. Caso o diálogo não 
ocorra, assistiremos cada vez mais o sofrimento daquele considerado “diferente”, além da repetência 
e a evasão escolar.
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ce/arquivos/seminario-educacao-no-sistema-prisional
http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/brasil-tem-127-presidiarios-cursando-ensino-superior-8726324.
6
edUcaçÃo inclUsiva
O Plano Nacional de Educação tem, em sua meta 4:
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtor-
nos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao 
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de 
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços espe-
cializados, públicos ou conveniados. 
Agora, vamos analisar mais detalhadamente a Meta 4 e suas estratégias.
Vamos começar!
analisando 
A educação especial é uma modalidade que perpassa os níveis, etapas e modalidades da educação bra-
sileira e atende a educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades 
ou superdotação. O atendimento educacional especializado foi instituído pela Constituição Federal de 
1988, no inciso III do art. 208, e definido pelo art. 2º do Decreto nº 7.611/2011. Segundo o disposto na LDB 
(Lei nº 9.394/1996), a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, 
havendo, quando necessário, serviços de apoio especializado (art. 58). 
Na perspectiva inclusiva, a educação especial integra a proposta pedagógica da escola regular, de modo a 
promover o atendimento escolar e o atendimento educacional especializado complementar ou suplemen-
tar aos estudantes com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento, com altas habilidades 
ou superdotação. 
A Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008), orienta os 
sistemas de ensino para garantir o acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes, em classes 
comuns, bem como os serviços da educação especial, nas escolas regulares, de forma transversal a todos 
os níveis, etapas e modalidades. 
Para tanto, deve-se assegurar a implantação, ao longo deste PNE, de salas de recursos multifuncionais 
e fomentar a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado nas 
escolas urbanas, do campo, indígenas e de comunidades quilombolas (Estratégia 4.3); e promover a arti-
culação intersetorial entre os órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e direitos humanos, 
em parceria com as famílias, a fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do 
atendimento escolar na educação de jovens e adultos com deficiência e transtornos globais do desenvol-
vimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, para assegurar a atenção integral 
ao longo da vida (Estratégia 4.12). 
7
Destaca-se também o esforço conjunto de sistemas e redes de ensino em garantir o pleno acesso à edu-
cação a todos os alunos atendidos pela educação especial, conforme evidenciam as matrículas nas redes 
públicas. 
Os resultados do Censo Escolar da Educação Básica de 2013 indicam que, do total de matrículas daquele 
ano (843.342), 78,8% concentravam-se nas classes comuns, enquanto, em 2007, esse percentual era de 
62,7%. Também foi registrado, em 2013, que 94% do total de matrículas de alunos com deficiência, trans-
tornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação em classes comuns do ensino 
regular se concentraram na rede pública.
Esses dados mostram o esforço na implementação de uma política pública de universalização do acesso a 
todos os educandos, valorizando as diferenças e atendendo às necessidades educacionais na perspectiva 
da inclusão educacional. Os dados mostram que houve crescimentode 2,8% no número de matrículas 
nessa modalidade de ensino no ano de 2013 em relação a 2012, passando de 820.433 matrículas para 
843.342. Também ocorreu crescimento de 4,5% no número de incluídos em classes comuns do ensino 
regular e na educação de jovens e adultos (EJA) e, ao mesmo tempo, redução de 2,6% no número de 
matrículas em classes e escolas exclusivas. Apesar de todo esse esforço, há ainda um grande desafio 
para promover a universalização, com acessibilidade ao ambiente físico e aos recursos didáticos e peda-
gógicos. 
Eis um dos grandes desafios do Plano Nacional de Educação: a meta 4. A mudança vai muito mais além 
das modificações estruturais nas escolas. Todos os profissionais precisam estar envolvidos e cientes para 
que a transformação não venha apenas no modo de ser e viver das crianças e adolescentes com necessi-
dades educativas especiais; e sim todas e todos aprendendo a conviver numa sociedade onde o outro não 
é um estranho, e sim parte de um todo. 
Para refletir
Leia agora e reflita sobre o trecho de um documento elaborado pelo MEC/SEESP (Secretaria de Educação 
Especial) no seu sexto ponto, que fala das Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Pers-
pectiva da Educação Inclusiva:
A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, 
realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto 
a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. O atendi-
mento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógi-
cos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando 
suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado 
diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. 
Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e in-
dependência na escola e fora dela. Dentre as atividades de atendimento educacional especializado são 
disponibilizados programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos 
de comunicação e sinalização e tecnologia assistiva. Ao longo de todo o processo de escolarização 
esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum. O atendimento 
8
educacional especializado é acompanhado por meio de instrumentos que possibilitem monitoramento 
e avaliação da oferta realizada nas escolas da rede pública e nos centros de atendimento educacional 
especializado públicos ou conveniados. O acesso à educação tem início na educação infantil, na qual 
se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e desenvolvimento global do 
aluno. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos 
nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças 
favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento aos três anos, 
o atendimento educacional especializado se expressa por meio de serviços de estimulação precoce, que 
objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde 
e assistência social. Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento educacional 
especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatória 
dos sistemas de ensino. Deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou 
centro especializado que realize esse serviço educacional. Desse modo, na modalidade de educação de 
jovens e adultos e educação profissional, as ações da educação especial possibilitam a ampliação de 
oportunidades de escolarização, formação para ingresso no mundo do trabalho e efetiva participação 
social. A interface da educação especial na educação indígena, do campo e quilombola deve assegurar 
que os recursos, serviços e atendimento educacional especializado estejam presentes nos projetos 
pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos. Na educação superior, a 
educação especial se efetiva por meio de ações que promovam o acesso, a permanência e a participação 
dos alunos. Estas ações envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a promoção 
da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, nos sistemas de informação, nos materiais didáticos 
e pedagógicos, que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de todas as 
atividades que envolvam o ensino, a pesquisa e a extensão. Para o ingresso dos alunos surdos nas escolas 
comuns, a educação bilíngue – Língua Portuguesa/Libras desenvolve o ensino escolar na Língua Portu-
guesa e na língua de sinais, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua na modalidade escrita 
para alunos surdos, os serviços de tradutor/intérprete de Libras e Língua Portuguesa e o ensino de Libras 
para os demais alunos da escola. O atendimento educacional especializado para esses alunos é ofertado 
tanto na modalidade oral e escrita quanto na língua de sinais. Devido à diferença linguística, orienta-se 
que o aluno surdo esteja com outros surdos em turmas comuns na escola regular. O atendimento edu-
cacional especializado é realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos específicos 
no ensino da Língua Brasileira de Sinais, da Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda 
língua, do sistema Braille, do Soroban, da orientação e mobilidade, das atividades de vida autônoma, da 
comunicação alternativa, do desenvolvimento dos processos mentais superiores, dos programas de enri-
quecimento curricular, da adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos, da utilização de 
recursos ópticos e não ópticos, da tecnologia assistiva e outros. A avaliação pedagógica como processo 
dinâmico considera tanto o conhecimento prévio e o nível atual de desenvolvimento do aluno quanto às 
possibilidades de aprendizagem futura, configurando uma ação pedagógica processual e formativa que 
analisa o desempenho do aluno em relação ao seu progresso individual, prevalecendo na avaliação os 
aspectos qualitativos que indiquem as intervenções pedagógicas do professor. No processo de avaliação, 
o professor deve criar estratégias considerando que alguns alunos podem demandar ampliação do tempo 
para a realização dos trabalhos e o uso da língua de sinais, de textos em Braille, de informática ou de 
tecnologia assistiva como uma prática cotidiana. Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação 
especial na perspectiva da educação inclusiva, disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/intérprete 
de Libras e guia intérprete, bem como de monitor ou cuidador dos alunos com necessidade de apoio nas 
atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras, que exijam auxílio constante no cotidiano 
9
escolar. Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e con-
tinuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa 
formação possibilita a sua atuação no atendimento educacional especializado, aprofunda o caráter inte-
rativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros 
de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação 
superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de 
educação especial.
edUcaçÃo do caMPo
Se as escolas públicas das áreas urbanas possuem um grande déficit de professores, escolas sem es-
truturas físicas adequadas, sem acessibilidade e com profissionais desmotivados, pelos baixos salários, 
imaginem as instituições de ensino das áreas rurais do Brasil.
Esquecida por muitos anos, a educação ruralfoi adotada como estratégia do Estado, nos anos 1960, para 
frear o crescimento do número de favelados nas periferias dos grandes centros urbanos. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1961 em seu artigo 105 estabeleceu que os poderes 
públicos instituirão e ampararão serviços e entidades que mantenham na zona rural escolas capazes de 
favorecer a adaptação do homem ao meio e o estímulo de vocações profissionais.
visite a PáGina
Saiba mais clicando aqui.
Chegando ao século XXI, em pesquisa realizada pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira) tem apontado:
•	 insuficiência	e	precariedade	das	 instalações	 físicas	da	maioria	das	escolas;	•	dificuldades	de	
acesso dos professores e alunos às escolas, em razão da falta de um sistema adequado de transporte 
escolar;
•	 falta	de	professores	habilitados	e	efetivados,	o	que	provoca	constante	rotatividade;	•	falta	de	
conhecimento especializado sobre políticas de educação básica para o meio rural, com currículos 
inadequados que privilegiam uma visão urbana de educação e desenvolvimento; 
•	 ausência	de	assistência	pedagógica	e	supervisão	escolar	nas	escolas	 rurais;	•	predomínio	de	
classes	multisseriadas	com	educação	de	baixa	qualidade;	•	falta	de	atualização	das	propostas	peda-
gógicas das escolas rurais; 
•	 baixo	desempenho	escolar	dos	alunos	e	elevadas	taxas	de	distorção	idade-série;	•	baixos	salá-
rios e sobrecarga de trabalho dos professores, quando comparados com os que atuam na zona urbana;
•	 necessidade de reavaliação das políticas de nucleação das escolas e de implementação de calen-
dário escolar adequado às necessidades do meio rural. No que diz respeito ao perfil socioeconômico 
da população rural, os indicadores mostram que é grande a desigualdade existente entre as zonas 
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaocampo.pdf
10
rural e urbana e entre as grandes regiões. Segundo dados organizados pelo Inep, em 2004, cerca de 
30,8 milhões de cidadãos brasileiros viviam no campo em franca desvantagem social. Apenas 6,6% da 
população rural economicamente ativa apresentava rendimento real médio acima de 3 SM. Na zona 
urbana, nessa mesma faixa de renda, concentrava-se 24,2% da população. 
Fonte: http://sereduc.com/ct1wp4
escola seM Partido e a escola seM Mordaça
Esse tema está em pauta nas redes sociais, na Câmara dos Deputados, nas instituições de ensino e so-
ciedade em geral há pelo menos 1 ano. 
Querido(a) aluno(a), você já parou para ler algum material que fala sobre o tema?
Vou, resumidamente, apresentar alguns pontos a respeito do enunciado. 
Vamos lá?
escola sem partido
Uma escola sem doutrinação e livre de ideologias. Isso é basicamente, o que defende o movimento Escola 
Sem Partido, que quer garantir a imparcialidade ideológica na educação pública. O projeto de lei 867/2015 
é um pacote que ressaltaria deveres e princípios que os professores devem observar em sala de aula.
Para ficar mais fácil a compreensão, citarei aqui alguns artigos do projeto de lei do Deputado Izalci Lucas 
(PSDB/DF).
Art. 3º. São vedadas, em sala de aula, a prática de doutrinação política e ideológica bem como a veicula-
ção de conteúdos ou a realização de atividades que possam estar em conflito com as convicções religio-
sas ou morais dos pais ou responsáveis pelos estudantes. 
Art. 4º. No exercício de suas funções, o professor:
I - não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela 
corrente política, ideológica ou partidária;
II - não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais 
ou religiosas, ou da falta delas; 
III - não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de ma-
nifestações, atos públicos e passeatas; 
IV - ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa, 
as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito;
V - respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com 
suas próprias convicções.
E quais seriam as escolas que seriam aplicadas? 
Nas escolas públicas. E as escolas particulares com concepções morais, religiosas e ideológicas próprias 
também são mencionadas no projeto. Mas as escolas particulares não seriam obrigadas a aplicar.
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escola sem Mordaça
Ao contrário do que pensa os idealizadores e seguidores do Escola Sem Partido, surgiu um movimento 
chamado Escola Sem Mordaça.
Alguns pontos foram levantados por esse movimento, que o Ministério Público Federal considera de suma 
importância, em relação à organização Escola Sem Partido - EsP. Para o MPF o professor é colocado sob 
constante vigilância, acusando o movimento de patrulha ideológica, ficando os professores submetidos 
a uma constante pressão de não manifestarem opiniões. Impede o pluralismo de ideias e concepções 
pedagógicas.
Além de negar a liberdade de cátedra (liberdade de aprender, ensinar e divulgar o pensamento, a arte e o 
saber, tendo como finalidade a garantia do pluralismo de ideias).
Palavras do Professor
Caro(a) estudante, chegamos ao final da disciplina “Políticas Públicas e Educação”. Foi uma longa jornada 
nessas quatro unidades. Vimos uma série de documentos, tratados, leis, orientações, textos acadêmicos, 
livros e vídeos que discursavam acerca de um tema tão abrangente quanto polêmico. Falar sobre Políticas 
Públicas na educação abrange, além de todos os profissionais que atuam diretamente nas escolas, univer-
sidades, espaços de ensino, mas a sociedade em geral. A luta pela garantia de direitos é de todas e todos.
Um país desenvolvido, que possui baixos índices de desemprego, alto IDH (Índice de Desenvolvimento 
Humano), grande expectativa de vida, tem, em primeiro lugar, os menores índices de analfabetismo, todas 
as crianças na escola, creches que suprem a necessidade da população, bolsas de incentivo ao estudo, 
de iniciação científica. Um país desenvolvido é aquele que valoriza o professor em todos os níveis de 
ensino: da educação infantil ao ensino superior. Um país onde a formação continuada dos educadores é 
algo comum.
Eis o seu, o meu e o de quem queira contribuir para uma sociedade mais justa: acesso e permanência à 
educação, em todos os níveis de ensino.
acesse o aMBiente virtUal
Portanto, caro(a) aluno(a), leia, informe-se. Tire sempre suas dúvidas com seu tutor, acesse sites, livros, 
teses. O caminho para uma sociedade justa e com possibilidades para todos, começa com a informação.
Não se esqueça de realizar as atividades disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA.
Até breve!

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