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A Grande Pirâmide de Quéops

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Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
A Grande Pirâmide de Quéops 
O Projeto de Construção de Uma das Sete Maravilhas do Mundo 
 
1. Introdução 
Das mais de oitenta pirâmides já encontradas pelos arqueólogos no Egito, uma 
se destaca pela grandiosidade e impressionismo de suas dimensões, a grande 
pirâmide do faraó Quéops (Figura 1), soberano da IV dinastia. A imponente 
construção emerge das areias na planície de Gizé, margem ocidental do rio 
Nilo, a 8 km do Cairo, capital do Egito. Única das sete maravilhas do mundo 
antigo ainda em pé, durante 4000 anos foi a construção mais alta do mundo 
com espantosos 147 metros de altura. Próximo a pirâmide de Quéops, estão as 
pirâmides de seu filho, Quéfren, que o sucedeu no trono, o qual foi sucedido 
por Miquerinos, formando um complexo piramidal que até hoje fascina as 
pessoas no mundo todo. Este artigo tem como foco os aspectos que 
envolveram o projeto de construção da grande pirâmide de Quéops. A intenção 
é promover uma analogia entre as técnicas de construção utilizadas pelos 
egípcios a 4500 anos atrás e as modernas práticas da gerência de projetos 
conforme demonstrado no guia Project Management Body of 
Knowledge (PMBOK), produzido peloProject Management Institute (PMI). Este 
comparativo se dará através de algumas das áreas do universo do 
conhecimento da gerência de projetos : gerenciamento do escopo, 
gerenciamento do tempo, gerenciamento dos custos, gerenciamento da 
qualidade, gerenciamento dos recursos humanos e gerenciamento do risco. 
Muitas controvérsias existem em relação a forma que as pirâmides foram 
projetadas e construídas. Isto se explica devido a grandiosidade da obra 
(milhões de blocos de granito, alguns com dezenas de toneladas) aliada as 
raras escritas relatando os processos e tecnologias utilizadas no projeto. Este 
artigo desvia-se dessas especulações, centrando-se na hipótese clássica 
descrita pelo historiador grego Heródoto[1], e no descobrimento de muitos 
detalhes construtivos através de estudos arqueológicos detalhados dos 
monumentos. Várias questões, entretanto, continuam sem solução. 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
 
Figura 1 – A Grande Pirâmide de Quéops 
 
1.1 Um Pouco de História 
Entre a III dinastia e a XII dinastias, durante um milênio (2630 e 1640 a.c), os 
egípcios construíram suas famosas pirâmides. Na III dinastia reinou o faraó 
Djoser, que encarregou o sábio Imhotep de construir seu túmulo, a primeira 
grande construção em pedra do Egito, a chamada pirâmide de degraus 
de Sacará2. Foram os gregos, entretanto, que chamaram tais monumentos de 
pyramis (plural pyramides), o que resultou na palavra pirâmide em português. 
Ao que tudo indica a palavra grega não deriva de nenhum vocábulo egípcio, 
mas trata-se apenas do nome que os gregos davam a uma espécie de doce 
feito com farinha de trigo. Acreditam os estudiosos que os antigos gregos 
associaram humoristicamente as pirâmides a essa guloseima, provavelmente 
porque quando vistos à distância os monumentos lhes pareciam enormes bolos. 
 
1.2 Porque as Pirâmides Foram Construídas? 
Os egípcios pregavam a imortalidade da alma e do corpo. O túmulo para um 
egípcio era o seu castelo da eternidade, e deveriam ser ricamente 
ornamentadas com tesouros, roupas, artefatos de cerâmica, objetos pessoais e 
até mesmo alimentos. As pirâmides egípcias destinavam-se aparentemente a 
servir de sepultura, além de serem o centro de um complicado e pomposo 
cerimonial religioso. Assim o atesta o conjunto de templos, monumentos e 
pirâmides auxiliares a elas vinculadas. A finalidade segundo a crença comum e 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
alguns historiadores, era servir de tumba para preservar os despojos dos 
faraós, demonstrando, na sua grandeza, a própria grandeza dos mesmos. Tais 
crenças levaram os antigos egípcios a dedicarem atenção especial à 
edificação[2] de seus túmulos. 
 
Eles acreditavam que a sobrevivência após a morte dependia da preservação do 
corpo físico, por isso outro fato que marca a história do Egito é a mumificação 
dos corpos. Os corpos eram mumificados e o luto durava 70 dias, tempo que o 
corpo passa longe dos seus familiares, nas mãos dos embalsamares. Os 
egípcios acreditavam que os homens e os animais são compostos por sete 
elementos: alma, espírito, sombra, nome, coração (centro do pensamento), 
espírito luminoso e o corpo. Segundo a crença egípcia, a mumificação evita que 
esses elementos se dispersem quando a pessoa morre. 
 
2. Gerenciamento do Escopo 
2.1 Project Charter: Na metodologia PMI, o project charter, saída do 
processo de iniciação, é o documento que formalmente reconhece a existência 
de um projeto. Neste documento estão listadas as necessidades de negócio que 
deram origem ao projeto, a missão do projeto, uma breve descrição do produto 
e a indicação do gerente de projeto. Este documento é normalmente criado 
pela alta gerência da organização patrocinadora do projeto. Abaixo é descrito 
um exemplo de project charter que poderia ter sido emitido para o projeto de 
construção da pirâmide : 
2.1.1 Missão do Projeto: Garantir a sobrevivência do faraó no pós-
morte. 
2.1.2 Necessidade de Negócio: Era estratégico para o faraó a 
construção de uma câmara mortuária que resguardasse seu corpo por 
toda a eternidade. 
2.1.3 Gerente de Projeto : “Arquiteto Chefe do Rei” ou “Chefe dos 
Trabalhos do Rei”. 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
2.1.4 Descrição do Produto: Complexo piramidal que garantisse a 
eternidade para o faraó, para suas rainhas, altos funcionários e parentes 
próximos e que fosse maior que a pirâmide de seu pai Snefru (102 
metros). 
 
No Egito antigo, quem arbitrava sobre os trabalhos nos templos e nas tumbas 
era a administração real, formada pelo faraó e seus auxiliares reais. Os faraós, 
eram reis egípcios considerados divindades, destinados pelos deuses (Rá, Atum 
e Horus) a este cargo antes mesmo de seu nascimento. Era considerado o 
intermediário obrigatório entre o comum dos mortais e as divindades. Ele é a 
garantia, durante seu reinado, da boa gestão e da salvaguarda e harmonia do 
mundo. O vizir era o número dois na hierarquia do Estado. Desempenhava o 
papel de assistente e secretário particular do faraó. Representante do deus 
Maát, o vizir levava no pescoço uma pequena imagem deste deus. Ele 
centralizava em seu escritório arquivos colossais, o que o coloca no topo de 
todos os ramos da administração (irrigação e impostos, transportes, polícia e 
justiça). Os gerentes de projeto eram altos funcionários chamados de "arquiteto 
chefe do rei" ou "chefe dos trabalhos do rei" e tinham como missão garantir o 
sucesso do projeto e a decorrente satisfação do principal interessado, o faraó. 
O produto do projeto era um complexo piramidal, onde o principal sub-produto 
era um monumento estrutural que tinha como função preservar o corpo do rei 
para a ressurreição baseado na crença dos antigos egípcios de que o faraó se 
utilizaria do mesmo corpo físico para perpetuar seu reino no pós-morte. Desta 
forma, o time de projeto tinha uma missão divina e contava com o patrocínio 
direto do rei devido a importância estratégica do projeto para o reino e para a 
imortalidade do mesmo. Ao comum dos mortais era proibido entrar no recinto 
que circundava o monumento, bem como na parte mais íntima do templo 
funerário. Só os sacerdotes responsáveis pelos ritos estavam autorizados a ali 
penetrar.Após o sepultamento do faraó, sua pirâmide era lacrada para sempre. 
2.2 Declaração de Escopo : Saída do processo de planejamento do escopo, a 
declaração de escopo é o documento que provê uma base documental para 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
tomada de futuras decisões no projeto, além de desenvolver um entendimento 
comum do escopo do projeto entre os interessados. Neste documento são 
mencionados direta ou indiretamente via referência a outros documentos, a 
finalidade do projeto, uma descrição mais detalhada do produto principal do 
projeto, uma lista dos subprodutos do projeto, bem como objetivos com 
critérios quantitativos que devem ser alcançados para que o projeto seja 
considerado um sucesso. Abaixo é descrito um exemplo de declaração de 
escopo que poderia ter sido emitido para o projeto do complexo piramidal: 
2.2.1 Justificativa do Projeto : Imortalizar o faraó e seus seguidores. 
2.2.2 Descrição do Produto : Construção de um complexo piramidal 
formado por uma pirâmide principal, três pirâmides secundárias, dois 
templos para os sacerdotes, várias mastabas para os dignitários e um 
barco para navegação no além-túmulo. 
2.2.3 Subprodutos do Projeto : Pirâmide do faraó, pirâmides das 
rainhas, mastabas dos dignitários, templos da pirâmide e do Nilo e barco 
do faraó. 
2.2.4 Objetivos do Projeto : Construir a pirâmide principal com altura 
superior a 102 metros dentro do reinado do faraó. 
 
Produto do projeto, a pirâmide de Quéops não era uma construção isolada, 
fazia parte de um conjunto de edificações que a acompanhava, principalmente 
templos e capelas, além de túmulos de familiares e dignitários do faraó. É 
comum encontrar-se ao lado das principais pirâmides, uma ou mais pirâmides 
menores chamadas subsidiárias ou secundárias. Supõem os arqueólogos que 
algumas se destinavam ao sepultamento das rainhas. Outras, entretanto, 
provavelmente não teriam tal finalidade, mas sim visavam sepultar as vísceras 
dos faraós, as quais eram retiradas dos corpos durante o processo de 
mumificação e guardadas em vasos, chamados de vasos canopos. Na maioria 
dos casos o complexo piramidal era formado por uma pirâmide principal, uma 
ou mais pirâmides secundárias, um templo situado junto ao vale do Nilo, na 
orla da área cultivável, e outro localizado junto à pirâmide e, ainda, uma 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
calçada, também chamada de avenida, que unia os dois templos, separados 
entre si, às vezes, por distâncias superiores a um quilômetro. Nas proximidades 
de todo esse conjunto e ocupando grandes extensões, as mastabas dos 
membros da família reinante e dos cortesãos, simetricamente dispostas, 
formavam grandes cemitérios. Por sua vez, o contraste entre a enormidade da 
pirâmide e a pouca altura das mastabas deveria ilustrar a diferença entre a 
majestade divina do rei e a condição de simples mortais de seus 
súditos. Complementavam o complexo piramidal, um muro que circundava a 
pirâmide e um barco de madeira que segundo os estudiosos tinha condições de 
navegabilidade infinitamente melhor do que qualquer embarcação da época de 
Cristóvão Colombo. O costume de enterrar barcos junto aos sepulcros existia 
desde a I dinastia. Alguns deles talvez tivessem sido usados no decorrer do 
funeral, mas outros destinavam-se a servir de meio de transporte para o morto 
no além-túmulo, seja para acompanhar a barca do deus sol em sua jornada, 
seja para atingir as regiões profundas onde os deuses habitavam. 
 
2.3 Estrutura Analítica do Trabalho (WBS³) : Saída do processo de 
definição do escopo, a estrutura analítica do trabalho envolve a subdivisão dos 
principais subprodutos do projeto em componentes menores, mais facilmente 
gerenciáveis, permitindo : aumento na precisão das estimativas de custo, 
prazos e recursos do projeto; definição de uma base para medição e controle 
da qualidade do projeto; maior clareza na atribuição das responsabilidades das 
tarefas do projeto. A WBS do complexo piramidal é mostrada na Figura 2. 
 
3. Gerenciamento do Tempo 
Construída cerca de 4500 anos atrás, a pirâmide de Quéops esta até hoje 
estruturalmente intacta. Monumento mais pesado já construído pelo homem 
(cerca de 31.200.000 toneladas), possui aproximadamente 2,3 milhões de 
blocos de rocha, cada um pesando em média 2,5 toneladas, com alguns 
chegando a cerca de 50 toneladas. Sua altura de mais de 146 m só foi 
ultrapassada em altura no século XVI (Figura 3). Se a pirâmide fosse reduzida a 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
cubos com 30 centímetros de lado e estes fossem colocados em fila, se 
estenderiam por uma distância igual a dois terços da circunferência da terra no 
equador. 
 
Figura 2 – WBS do complexo piramidal 
 
 
Figura 3 – Comparação de altura entre as pirâmides e alguns monumentos modernos 
 
Apesar da grandiosidade da obra, o plano era completá-la dentro do reinado do 
faraó. O cronograma foi obedecido e a grande pirâmide foi construída dentro de 
23 anos de muito trabalho em 2600 a.c por homens com ferramentas 
rudimentares, sem o uso de guindastes, roldanas ou guinchos, porém um 
cálculo estimado diz que um bloco de granito era assentado a cada cinco 
minutos. 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
Neste cronograma algumas atividades se destacam: 
 
3.1 Definir o Local de Construção : O Egito começou a ser mapeado, na 
época da dominação por Napoleão. Os exploradores franceses escolheram 
então a Grande Pirâmide como ponto de partida para a triangulação. Os 
exploradores perceberam que se continuassem as linhas diagonais da base da 
pirâmide, o delta do Nilo seria perfeitamente enquadrado. A pirâmide está 
situada no centro de gravidade do continente africano. Foi constatado então 
que a pirâmide foi construída naquele local com algum propósito definido e não 
conhecido e que ela esta centrada no paralelo de 30 graus, o que por si só já é 
curioso, uma vez que ele separa no planeta a maior parte da superfície de terra 
da maior parte da superfície de oceano. Sabe-se hoje também, que a partir da 
face norte da pirâmide, do fim da galeria que leva à câmara real, através de 
milhares de toneladas de pedras perfeitamente encaixadas, sai uma linha que 
aponta diretamente para a estrela polar. 
 
3.2 Aplainar o Terreno de Construção : A planície de Gizé foi escolhida 
pelos egípcios para construção da grande pirâmide porque sua superfície plana 
de rocha tornava-a um alicerce ideal para estruturas maciças, e podia ser usada 
como pedreira para o material de construção. Antes que o trabalho pudesse 
começar, no entanto, o local teve que ser aplainado para ficar perfeitamente 
liso. Primeiro o sítio era inundado. Cavavam-se, então, valas na rocha, medidas 
com uma vara. A base de cada vala ficava exatamente na mesma profundidade 
debaixo da água. O local depois era drenado, deixando um pouco de água nas 
valas. Em seguida, a rocha ao redor era cortada até o mesmo nível da 
superfície da água. 
 
3.3 Cortar as Pedras : A maioria dos blocos de pedra utilizados na construção 
da grande pirâmide foram extraídos da pedreira localizada perto de Assuã, 
900 km ao sul do Cairo. 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
 
 
Figura 4 – Ferramentas de construção Figura 5 – Remoção dos blocos de pedra 
 
Na construção das pirâmides, certamente foram utilizadas várias ferramentas 
(Figura 4), dentre elasa broca. Diversos técnicos estudaram os vestígios desta 
ferramenta, e suas conclusões foram de que tratava-se de uma ferramenta com 
poder de corte maior que qualquer uma que existe em nossa melhor 
tecnologia. Observando as marcas deixadas pelas brocas egípcias em blocos de 
quartzito e diorito (pedras de grande dureza), é fácil ver que a ferramenta 
avançava 2 milímetros por volta. Isto é uma proeza incrível, quando lembramos 
que na atual tecnologia as melhores brocas avançam apenas 0,04 mm por 
volta. Nenhuma broca atual é capaz de avançar 2 milímetros por volta, nem 
mesmo as de diamante ou vídia. Logo, é óbvio que não é obra do acaso a falta 
de referências sobre as ferramentas utilizadas pelos egípcios. Será que os 
egípcios evitavam fazer escritos de sua avançada tecnologia, como fazem hoje 
os detentores de tecnologia nuclear? Marcas de cortes e perfurações 
encontradas em pirâmides e templos no Egito mostram que foram utilizadas 
máquinas de avanço controlado, como os atuais tornos industriais. Mas como 
poderia haver tornos há 5 mil anos? 
 
Os antigos egípcios cavavam buracos de mais de 10 metros de profundidade 
nas rochas, para assegurar-se da solidez da pedra. Depois acendiam fogo 
nessas cavidades, para dilatar a rocha, e refrescavam o bloco de pedra com 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
água. Os operários do faraó, então, colocavam madeira nos vãos (Figura 5) e 
regavam com água para que a pedra se desprendesse gradualmente sem se 
quebrar. Para movimentar os blocos de pedra, os trabalhadores usavam trenós, 
cordas e alavancas. 
 
3.4 Transportar as Pedras: Em El Bershe, no Egito, há um relevo onde 
aparece uma estátua de Dyejutijotep, de 60 toneladas, sendo arrastada por 172 
homens. No relevo, a estátua está colocada sobre um trenó, que é arrastado 
pelas pessoas, e aparece também um personagem derramando um líquido 
sobre os patins do trenó, certamente com o objetivo de diminuir o atrito com o 
solo. Com base neste e em mais alguns outros relevos, os arqueólogos pensam 
que foi este o método empregado para carregar os cerca de 2,3 milhões de 
blocos de pedra que compõem a Grande Pirâmide. Ou seja, se era possível 
carregar um bloco de pedra de 60 toneladas, muito mais fácil seria carregar um 
bloco de 2,5 toneladas (peso do bloco padrão da Grande Pirâmide). Carregar 
esta estátua de 60 toneladas deve ter sido algo muito importante, tanto é que 
mereceu ser representado por imagens e relevos. Muitas pedras foram trazidas 
da Etópia e das vizinhanças do mar vermelho. Os arqueólogos concordam em 
dizer que o transporte era feito principalmente utilizando-se embarcações, pelo 
rio Nilo. 
 
Após descarregadas, as pedras eram talhadas pelos pedreiros egípcios, 
utilizando-se martelos de dolerita[4], com tal perfeição que a superposição de 
umas sobre as outras é tão exata, sem uso de nenhuma argamassa, que 
sequer uma folha de papel passa em suas frestas. Em seguida, os blocos de 
pedra eram colocados em rampas para serem arrastados e posicionados na 
pirâmide. Existem teorias diferentes sobre como a pirâmide foi construída. Uma 
só rampa diretamente dirigida a uma face (Figura 6), aumentando de altura na 
medida em que a pirâmide crescia , é uma delas. Outra teoria popular é de que 
se usava uma rampa em espiral subindo ao redor da estrutura (Figura 7). 
 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
 
 
Figura 6 – Rampa única Figura 7 – Rampa em espiral 
Com o intuito de dimensionar a dificuldade encontrada pelos egípcios para 
construir este extraordinário monumento, em março de 1999 um grupo de 200 
homens tentaram arrastar um bloco de granito pesando em torno de 25 
toneladas. O bloco estava sobre um grande trenó de madeira, e as pessoas 
puxavam cordas, tentando arrastá-lo. Havia também pessoas ao lado do bloco, 
utilizando alavancas (grandes barras de madeira) para ajudar a arrastá-lo. 
Houve diversos problemas. As cordas, apesar de muito grossas, rompiam-se 
mas o bloco nem se mexia. Foram colocadas mais cordas e mais alavancas. 
Depois de muitas horas e de muita paciência, finalmente conseguiram arrastar 
o bloco por cerca de 7 metros apenas. Essa experiência serve para termos uma 
idea da dificuldade que é carregar blocos imensos. Compare você mesmo: se 
200 pessoas levaram o dia inteiro para arrastar por apenas 7 metros um bloco 
de 25 toneladas de granito, imagine o esforço necessário para arrastar blocos 
de 200 ou 1000 toneladas por distâncias de quilômetros. 
 
4. Gerenciamento da Qualidade 
Foi descoberto que se o perímetro da base for dividido pelo dobro da sua 
altura, obtém-se o número 3,14159 (pi). A altura da pirâmide, multiplicada por 
um bilhão, dá a distância da terra ao sol e a medida de cada lado da pirâmide, 
em côvados, é o número de dias do ano. Estão também registrados na 
pirâmide, o peso da terra e a medida das circunferências polares. É como se a 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
Grande Pirâmide fosse um grande repositório de dados, ou uma espécie de 
biblioteca onde os antigos que a construíram, ali gravaram conhecimentos 
muito avançados. A construção da grande pirâmide revela um grande 
conhecimento dos egípcios de geografia, história, astronomia, geologia, 
matemática e outras ciências, o que pode ser constatado por sua localização, 
medidas, inclinação e curvatura. 
 
Durante séculos foi denominada "o centro das dimensões e do conhecimento". 
A construção mais antiga do mundo é moderna para os padrões atuais. Seus 
alicerces contêm esferas e cavidades, tais quais as pontes do século XX. Esta 
sujeita a movimentos de expansão e contração sob a ação do calor ou do frio, 
assim como possui proteção contra terremotos e outros fenômenos da 
natureza. O revestimento de alabastro era feito de 144.000 pedras e tais blocos 
estavam cobertos por um revestimento uniforme de pedra calcária e, assim, 
cada face formava uma superfície plana e polida tão brilhante que podia ser 
vista a quilômetros de distância e mais resistente que as próprias pedras que 
une. As faces da pirâmide brilhavam com a luz do sol e os egípcios lhe deram o 
nome de “Akhet Khufu, resplandecente é Quéops”, ou “Akhuit, a 
resplandecente”. Também a chamavam de “a pirâmide que é o lugar do nascer 
e do pôr do sol”. 
 
Todo seu revestimento foi feito com a pedra calcária branca de excelente 
qualidade da região de Tura, localidade perto do Cairo. As pedras de 
revestimento, perfeitamente trabalhadas, com uma superfície de contato de 
aproximadamente 3,25 m², estavam tão bem cimentadas que as juntas entre 
elas têm uma separação de não mais de 0,6 cm. Esse cimento tem tal 
retentividade que existem fragmentos de pedra de revestimento ainda unidos 
pelo cimento, embora o resto dos blocos de ambos os lados tenha sido 
destruído. Outra característica impressionante é a precisão "topográfica" dessas 
construções. Na pirâmide de Quéops, a base não apresenta variação de nível de 
2,5 cm e os lados da base, variação de comprimento superior a 20 cm. 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
Igualmente precisa é a orientação das faces da pirâmide em relação aos quatro 
pontos cardeais e a inclinação das faces a 51o 52' com a horizontal. Os quatro 
cantos do monumento são ângulos quase retos quase perfeitos. 
 
5. Gerenciamento dos Recursos Humanos 
Estima-se que 80.000 homens trabalharam naconstrução da grande pirâmide, 
sendo que 10.000 seriam empregados permanentes e 70.000 seriam 
empregados temporariamente durante as cheias do rio Nilo. É um erro achar 
que o trabalho foi realizado por escravos, pois na verdade, as pessoas 
envolvidas na construção eram livres e voluntárias. E apesar do ritmo intenso, 
os trabalhadores sentiam-se satisfeitos em trabalhar para o faraó. Esta intensa 
motivação tinha como fonte a crença de que a dedicação ao faraó seria 
abençoada pelos deuses, significando melhores colheitas, bem-estar espiritual e 
pessoal, tendo-se em vista que o faraó é o representante dos deuses na terra. 
Por possuir um objetivo único e bem conhecido, ou seja, agradar ao faraó e 
consequentemente aos deuses, as equipes do projeto trabalhavam 
harmoniosamente, resultando em alta produtividade no canteiro de obras. 
Algumas equipes competiam entre si para mostrar o melhor trabalho para 
satisfazer aos deuses cujo espírito pairava sob todos. 
 
6. Gerenciamento dos Custos 
Apesar da grandiosidade do projeto, os custos eram incrivelmente baixos. O 
projeto inteiro utilizava recursos da natureza na forma de blocos de granito 
e pedra calcária branca retiradas das pedreiras de Assuã. Os recursos humanos 
eram providos pelo próprio povo do Egito, que eram pagos não com dinheiro, 
mas com a pura satisfação de estar fazendo um trabalho sagrado. Eles 
recebiam somente comida e bebida durante as horas de trabalho. O transporte 
da matéria-prima era livre de custo pois viabilizava-se pelo rio Nilo através de 
barcos de madeira. Os arquitetos do rei trabalhavam não por salário, mas para 
mostrar sua competência para ganhar a satisfação do faraó. A grande pirâmide 
e as pirâmides em geral foram ótimos investimentos pois pagou-se plenamente 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
através do turismo (recebe atualmente mais de 4000 visitantes por dia) durante 
séculos e séculos até os dias atuais. A construção da pirâmide para o faraó era 
um projeto estratégico, pois garantiria sua perpetuação perante os deuses, 
desta forma mesmo que os custos tivessem sido altos, estes se justificariam. 
 
7. Gerenciamento dos Riscos 
O maior risco no projeto era falhar em garantir a segurança do corpo do rei, 
permitindo a violação de sua câmara mortuária. Todas as precauções foram 
tomadas para despistar os intrusos. Uma rede peculiar de corredores e câmaras 
mortuárias falsas foram construídas. Isto nos dá uma idea de como a 
segurança da câmara do rei foi meticulosamente planejada. Estes 
extraordinários mecanismos de segurança conseguiram enganar os ladrões de 
túmulos por pelo menos 400 anos. Outro risco importante era a possibilidade 
de não completar a construção da pirâmide antes do fim do reinado do faraó, 
ou seja, que este viesse a falecer antes do final das obras. Para contornar este 
problema, os egípcios desenvolveram as técnicas de mumificação, assegurando 
uma boa conservação ao corpo até a ocorrência do sepultamento. Resumindo, 
os principais riscos foram identificados, mensurados e uma estratégia de 
tratamento dos riscos foi detalhadamente implementada. 
 
8. Considerações Finais 
Nada na grande pirâmide parece ter sido fruto do acaso, existe uma 
significância em cada procedimento, em cada etapa, revelando um 
planejamento detalhado e rigoroso. Isto é impressionante, 
principalmente quando se pensa na idade desse monumento e no rigor técnico 
com o qual foi construído, sendo que tal tecnologia rivaliza com as mais 
modernas técnicas de engenharia. Uma das criações mais geniais de toda a 
história da humanidade, a grande pirâmide com toda a sua majestade, é um 
tesouro que retrata o auge de uma civilização a tempos extinta, que porém 
deixou este projeto como legado para a apreciação e aprendizagem dos 
gerentes de projeto contemporâneos. 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
 9. Referências Bibliográficas 
ASH, Russell. As Grandes Maravilhas do Mundo. São Paulo : Ed. Cosac & 
Naify Edições. 2001 
 
BORBA, Danúbio. Curso Gestão de Projetos : Formação e Certificação. São 
Paulo: Centro de Pós Graduação - FIAP, 2000(Notas de Aula) 
 
Barco achado no Egito dá pistas sobre faraós. 
 http://www.estado.com.br/editorias/2000/11/06/ger308.html. 
 Data de acesso: 10.06.2001 
 
CERVO, AL. & BERVIAN, P.A. Metodologia Científica. 3º Ed. São Paulo : Ed. 
 McGraw Hill. 1983 
 
História da Civilização 
Egípcia. http://www.grandesciv.hpg.com.br/hist_egito.htm. 
 Data de acesso: 10.06.2001 
 
MEREDITH, Jack R. & MANTEL JR, Samuel J. Project Management : A 
Managerial 
 Approach. New York : John Wiley and Sons. 1995 
 
Project Management Institute (PMI). A Guide to the Project Management Body 
of Knowledge (PMBOK). North Carolina : PMI Publishing Division, 2000 
 
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 
 20º ed. São Paulo : Ed. Cortez, 1996 
 
Retirado de: 
http://www.dinsmorecorp.com/br/articles/id178/A_Grande_Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops 
ZEITOUN, Dr. Alaa A. & HELMY, Dr. Ahdy W.. The Pyramids and Implementing 
Project Management Processes. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE 28th 
Annual Seminars & Symposium Chicago, Illinois. 1987. 
 
 
 
[1] Heródoto – Historiador grego responsável pelas primeiras escritas a respeito da construção das 
pirâmides. 
[2] Do ponto de vista construtivo, a pirâmide foi uma evolução do tipo de túmulo conhecido 
como mastaba. 
[3] Sigla em inglês do termo estrutura analítica do trabalho. 
[4] Uma pedra muito dura e resistente encontrada na costa do Mar Vermelho, para bater e trabalhar nas 
rochas

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