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Obrigações decorrentes da extinção do contrato de trabalho art. 477 (HENRIQUE)

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Reforma Trabalhista: o que mudou? 
 
Henrique Correia 
Procurador do Trabalho 
Professor de Direito do Trabalho do CERS on line (www.renatosaraiva.com.br) 
Autor e Coordenador de diversos livros para concursos públicos pela Editora Juspodivm 
 
 
 
Site: www.henriquecorreia.com.br 
Facebook: Grupo OAB: oab2fasetrabalho/ 
Carreiras Trabalhistas: carreirastrabalhistascomElissoneHenrique 
Twitter: @profcorreia / Instagram: Prof_correia /Periscope: @henrique_correia 
 
 
OBRIGAÇÕES DECORRENTES DA 
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE 
TRABALHO 
(ART. 477 DA CLT) 
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o 
empregador deverá proceder à anotação na Carteira 
de Trabalho e Previdência Social, comunicar a 
dispensa aos órgãos competentes e realizar o 
pagamento das verbas rescisórias no prazo e na 
forma estabelecidos neste artigo. 
Art. 477. É assegurado a todo empregado, não 
existindo prazo estipulado para a terminação do 
respectivo contrato, e quando não haja ele dado 
motivo para cessação das relações de trabalho, o 
direto de haver do empregador uma indenização, 
paga na base da maior remuneração que tenha 
percebido na mesma empresa. 
§ 1º (Revogado) § 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de 
rescisão, do contrato de trabalho, firmado por 
empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só 
será válido quando feito com a assistência do 
respectivo Sindicato ou perante a autoridade do 
Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
Reforma Trabalhista: o que mudou? 
 
Henrique Correia 
Procurador do Trabalho 
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§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do 
contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, 
sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. 
§ 3º (Revogado) § 3º Quando não existir na localidade nenhum dos 
órgãos previstos neste artigo, a assistência será 
prestada pelo Represente do Ministério Público ou, 
onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou 
impedimento deste, pelo Juiz de Paz. 
§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será 
efetuado: 
 
§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será 
efetuado no ato da homologação da rescisão do 
contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque 
visado, conforme acordem as partes, salvo se o 
empregado for analfabeto, quando o pagamento 
somente poderá ser feito em dinheiro. 
I – em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, 
conforme acordem as partes; ou 
 Dispositivo sem correspondência na antiga 
redação. 
II – em dinheiro ou depósito bancário quando o 
empregado for analfabeto. 
 Dispositivo sem correspondência na antiga 
redação. 
§ 5º Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente 
a um mês de remuneração do empregado. 
§ 6º A entrega ao empregado de documentos que 
comprovem a comunicação da extinção contratual 
aos órgãos competentes bem como o pagamento dos 
valores constantes do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias 
contados a partir do término do contrato. 
§ 6º O pagamento das parcelas constantes do 
instrumento da rescisão ou recibo de quitação deverá 
ser efetuado nos seguintes prazos: 
Reforma Trabalhista: o que mudou? 
 
Henrique Correia 
Procurador do Trabalho 
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a) (Revogado) a) até o primeiro dia útil imediato ao término do 
contrato; ou 
b) (Revogado). b) até o décimo dia, contado da data da notificação da 
demissão, quando da ausência do aviso prévio, 
indenização do mesmo ou dispensa de seu 
cumprimento. 
§ 7º (Revogado). § 7º O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º 
e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador. 
§ 8º A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, 
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente 
corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à 
mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
§ 9º (vetado). (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira 
de Trabalho e Previdência Social é documento hábil 
para requerer o benefício do seguro-desemprego e a 
movimentação da conta vinculada no Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, 
desde que a comunicação prevista no caput deste 
artigo tenha sido realizada. 
 Dispositivo sem correspondência na antiga 
redação. 
 
1. Indenização por tempo de serviço 
Inicialmente, a CLT previa estabilidade para os empregados após 10 anos de 
efetivo serviço. Era a chamada estabilidade decenal, prevista nos arts. 492 até 500. O 
empregado estável não poderia ser dispensado sem justa causa. Lembre-se de que 
mesmo o empregado estável pode ser dispensado por justa causa. Exemplo: o 
empregado que viola segredo da empresa, ou ainda ofende fisicamente seu superior 
hierárquico, perderá o emprego, mesmo se detentor de estabilidade ou garantia 
Reforma Trabalhista: o que mudou? 
 
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provisória de emprego. 
Se rescindido antes de completar 10 anos, o empregador era obrigado a pagar 
indenização equivalente a um mês de salário por ano, ou fração igual ou superior a 6 
meses trabalhados conforme estabelecia o “caput” do presente artigo e o art. 478 da 
CLT. Com o surgimento do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço –, em 
1966, o empregado poderia optar pela forma de contratação. Contratava-se nos moldes 
da CLT, com a respectiva estabilidade decenal, ou por meio do FGTS, sem direito à 
estabilidade. 
A Constituição Federal de 5 de outubro de 1988 tornou o FGTS obrigatório 
para todos os empregados. Diante disso, não mais se aplica aos empregados contratados, 
após essa data, a estabilidade decenal. Aqueles trabalhadores já detentores de 
estabilidade na data da promulgação da CF/88 possuem direito adquirido. A 
estabilidade decenal e o sistema do FGTS são, portanto, incompatíveis. A Reforma 
Trabalhista eliminou do “caput” do art. 477 da CLT a redação acerca da indenização 
devida ao empregado por tempo de serviço, o que se coaduna com o posicionamento 
adotado desde a promulgação da Constituição de 1988. 
 
2. Obrigações decorrentes da extinção do contrato de trabalho 
Após o término do contrato de trabalho, cabeao empregador cumprir algumas 
obrigações como o pagamento das verbas rescisórias e a anotação na CTPS do 
trabalhador. Há, inclusive, obrigações que permanecem aos empregados, como o dever 
de lealdade e a proibição de revelação de segredo de empresa, ainda que não mantenha 
vínculo empregatício. 
A Reforma Trabalhista alterou a redação do “caput” do artigo em apreço para 
estabelecer as três principais obrigações aos empregadores após o término do contrato 
de trabalhado 
a) Anotação do término do contrato de trabalho na CTPS do empregado; 
b) Comunicação da dispensa aos órgãos competentes: essa exigência tem a função de permitir aos 
empregados o saque do FGTS e o requerimento do benefício do seguro-desemprego; e 
c) Pagamento das verbas rescisórias no prazo estabelecido. 
A anotação da CTPS deve ser realizada no prazo de até 48 horas e devolvida ao 
trabalhador. A retenção da Carteira de Trabalho do empregado pode assegurar ao 
empregado o direito à indenização por danos morais, caso comprovado que a atitude de 
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recusa na devolução tenha causado prejuízos ao trabalhador, como a impossibilidade de 
iniciar novo emprego. 
 
3. Extinção da homologação das verbas trabalhistas 
Dentre as obrigações decorrentes da extinção do contrato de trabalho, 
destacava-se, antes da Reforma Trabalhista, a exigência de homologação das verbas 
trabalhistas. O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de 
trabalho, firmado por empregado com mais de um ano de serviço, só era válido 
quando feito com a assistência do respectivo sindicato ou perante a autoridade do 
Ministério do Trabalho e Emprego. Logo, se o empregado tivesse até 1 um ano de 
serviço, o recibo era feito pela própria empresa, sem a necessidade de assistência do 
sindicato ao Ministério do Trabalho. 
Se na localidade não houvesse sindicato da categoria ou Ministério do 
Trabalho, a assistência na homologação era prestada pelo representante do Ministério 
Público ou, onde houvesse, pelo defensor público e, na falta ou impedimento destes, 
pelo Juiz de Paz. Quanto ao MP, se na localidade houvesse Ministério Público do 
Trabalho – MPT, deveria ser ele o legitimado para homologar as verbas rescisórias. Na 
falta do MPT, caberia ao Ministério Público Estadual. 
A Reforma Trabalhista revogou o § 1º e 3º do presente artigo, que previam a 
homologação das verbas rescisórias para os trabalhadores com mais de um ano de 
serviço e passou a estabelecer apenas a necessidade de comunicação das dispensa aos 
órgãos competentes. 
A ausência de homologação das verbas trabalhistas foi a opção adotada pelo 
legislador da Reforma Trabalhista para desburocratizar o processo do término do 
contrato de trabalho. Além disso, o fim da homologação das verbas rescisórias no final 
do contrato de trabalho possibilita que seja celebrado acordo extrajudicial homologado 
pelo Poder Judiciário em processo de jurisdição voluntária, criado nos art. 855-B a 855-
E da CLT
1
: 
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, 
sendo obrigatória a representação das partes por advogado. 
§ 1o As partes não poderão ser representadas por advogado comum. 
 
1
 Para mais informações acerca do processo de jurisdição voluntária para homologação de acordo 
extrajudicial, consulte os comentários aos dispositivos na parte de Processo do Trabalho. 
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§ 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. 
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6o do art. 477 desta 
Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta Consolidação. 
Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, 
designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. 
Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da 
ação quanto aos direitos nela especificados. 
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da 
decisão que negar a homologação do acordo. 
Entretanto, tendo em vista que o sindicato e o Ministério do Trabalho não terão 
mais a competência para atuar na homologação das verbas pagas, há mais chances dos 
trabalhadores serem lesionados com o pagamento de verbas em valores inferiores ao 
devido. Ressalta-se que caberá ao próprio trabalhador verificar as verbas trabalhistas 
recebidas e ingressar com reclamação trabalhista caso constatada a irregularidade na 
quitação das parcelas pelo empregador. Dificilmente, o empregado vai se opor ao 
empregado, pois terá receio de não conseguir nova colocação no mercado de trabalho. 
No entanto, para as empregadas gestantes, entendemos que permanece a 
exigência de assistência do sindicato na homologação das verbas rescisórias, utilizando-
se do entendimento previsto no art. 500 da CLT, que não foi alterado pela Reforma 
Trabalhista: 
Art. 500, CLT: O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a 
assistência do respectivo sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do 
Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho. 
Além da gestante, o menor de 18 anos somente poderá dar quitação do término 
do contrato de trabalho com a assistência de seus pais ou representantes legais: 
Art. 439 da CLT: É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, 
de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos 
seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. 
Em resumo, com a Lei nº 13.467/2017, houve a extinção da solenidade de 
homologação das verbas trabalhistas e caberá ao próprio empregado verificar o valor 
das verbas rescisórias devidas. 
 
 
 
Reforma Trabalhista: o que mudou? 
 
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4. Recibo de quitação das verbas trabalhistas 
Com fundamento na transparência e lealdade contratual, o recibo de quitação 
deverá especificar a natureza de cada parcela paga ao empregado e, ainda, discriminar o 
seu valor. No entanto, a quitação passou a ser realizada sem a assistência do sindicato 
ou do Ministériodo Trabalho. As parcelas que expressamente constarem no recibo 
terrão a eficácia liberatória. No tocante a essas parcelas quitadas, não cabe, em regra, 
ação judicial. 
Contudo, se presente vício de consentimento na manifestação do empregado, 
como a ocorrência de erro, dolo ou coação, é possível o ajuizamento de ação para 
rediscutir as parcelas que constaram no recibo. 
Por outro lado, as parcelas não consignadas no recibo ou expressamente 
ressalvadas poderão ser discutidas futuramente na Justiça do Trabalho
2
. Exemplo: as 
partes não chegaram a um acordo sobre o pagamento das horas extras, o que foi 
ressalvado expressamente no recibo ou, ainda, nada mencionaram sobre o seu 
pagamento. Posteriormente, o trabalhador tem a opção de ingressar com a reclamação 
trabalhista para discutir o pagamento das horas extraordinárias. 
Segue quadrinho com as principais informações a respeito da eficácia 
liberatória do empregador em relação à homologação das verbas trabalhistas: 
EFICÁCIA LIBERATÓRIA DO CONTRATO 
– Comissão de Conciliação Prévia: eficácia liberatória geral, com exceção das 
parcelas expressamente ressalvadas (art. 625-E, parágrafo único, CLT e Informativo 29 
TST). 
– Programa de Demissão Voluntária (PDV): eficácia liberatória somente em relação 
às parcelas expressamente consignadas (OJ nº 270 da SDI-I do TST). Na existência de 
acordo ou convenção coletiva, terá eficácia liberatória geral (art. 477-B da CLT – 
 
2. Súmula nº 330 do TST: “A quitação passada pelo empregado, com assistência da entidade sindical de sua categoria, ao 
empregador, com observância dos requisitos exigidos nos §§ do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas 
expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressamente e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas 
impugnadas. I – A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, consequentemente, seus reflexos em 
outras parcelas, ainda que essas constem desse recibo. II – Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do 
contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.” Ressalta-se que a 
essência da Súmula nº 330 do TST não será alterada pelo TST. No entanto, a menção à assistência da entidade sindical deve ser 
removida após a Reforma Trabalhista. 
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acrescentado pela Lei nº 13.467/2017). 
– Quitação anual das verbas trabalhistas: A celebração de termo de quitação anual 
das obrigações trabalhistas perante o sindicato profissional tem eficácia liberatória em 
relação às parcelas expressamente especificadas (art. 507-B da CLT). 
– Recibo de quitação ou instrumento de rescisão: O recibo de quitação deve 
especificar as parcelas paga ao empregado, sendo válida a quitação apenas quanto às 
parcelas especificadas (art. 477, § 2º, da CLT). Ressalta-se que, com a Reforma 
Trabalhista, não há mais homologação das verbas trabalhistas no final do contrato de 
trabalho no sindicato ou no Ministério do Trabalho, sendo o recibo de quitação 
realizado entre as próprias partes: empregado e empregador. 
– Homologação em juízo: De acordo com a OJ nº 132 da SDI-II do TST, é possível 
que, mediante acordo judicial, seja conferida eficácia liberatória geral das verbas 
trabalhistas. Nesse sentido, o acordo judicial em que o empregado daria plena e ampla 
quitação, sem nenhuma ressalva, alcançaria todos os direitos decorrentes do contrato de 
trabalho. Com a vigência da Lei nº 13.467/17, há necessidade de alteração dessa 
orientação jurisprudencial, uma vez que o novo art. 855-E prevê que apenas há a 
suspensão do prazo prescricional com relação aos direitos nela especificados. Assim, 
os direitos decorrentes do contrato de trabalho que não forem expressamente objeto do 
acordo extrajudicial não terão a prescrição suspensa, podendo, consequentemente, ser 
objeto de nova reclamação trabalhista. Possibilita-se, portanto, que a parte ingresse 
com reclamação trabalhista para a discussão dos direitos que não estiverem 
expressamente integrados ao acordo extrajudicial, sem que isso viole a coisa julgada. 
 
 
5. Forma de pagamento das verbas rescisórias 
O dispositivo foi alterado para excluir a necessidade do pagamento das verbas 
rescisórias no ato de homologação da rescisão do contrato de trabalho. Note-se que, 
mesmo antes da Reforma Trabalhista, o empregador deveria efetuar o pagamento das 
verbas rescisórias no prazo legal independentemente da homologação das verbas 
rescisórias. Esse procedimento de homologação, quando realizado após o prazo legal 
para o pagamento das verbas, exercia a função apenas de conferir se o valor pago pelo 
empregador condizia com o valor realmente devido ao empregado. 
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O empregado deve receber o valor em dinheiro, depósito bancário ou cheque 
visado na forma como for acordado entre as partes. Por sua vez, para os trabalhadores 
analfabetos, é obrigatório o pagamento em dinheiro ou depósito bancário. A 
possibilidade de depósito bancário ao analfabeto consistiu em novidade introduzida pela 
Reforma Trabalhista. 
 
6. Prazo para cumprimento das obrigações decorrentes da extinção do contrato de 
trabalho 
A antiga redação do § 6º do artigo em comento estabelecia dois prazos distintos 
para o pagamento O prazo para o pagamento das verbas rescisórias, que deveria ser 
realizado até: 
a) o 1º dia útil imediato ao término do contrato nas hipóteses de aviso-prévio trabalhado ou contrato 
por prazo determinado. 
b) o décimo dia, contado da data em que o empregado foi informado da dispensa, nas hipóteses de 
aviso-prévio indenizado, dispensa por justa causa ou no caso de o empregado que pede demissão ser 
liberado do cumprimento do aviso-prévio. 
Com a Reforma Trabalhista, o prazo foi unificado para 10 dias contados a 
partir do término do contrato de trabalho, devendo o empregador dentro desse período: 
a) realizar a entrega ao empregado de documentos, que comprovem a comunicação da extinção do 
contrato de trabalho aos órgãos competentes; e 
b) efetuar o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação. 
 A unificação dos prazos assegura maior segurança jurídica ao empregador, 
pois não há diferença no tratamento em relação à modalidade de extinção do contrato de 
trabalho, devendo ser realizado dentro do prazo de 10 dias contados do término do 
contrato de trabalho. 
 
7. Fim da assistência na rescisão contratual 
O revogado § 7º do artigo em análise determinava que o ato da assistência na 
rescisão contratual seria sem ônus para o trabalhador e empregador. Assim, não era 
permitida aos sindicatos a cobrança de nenhum valor ao realizar a assistência na 
homologaçãodas verbas rescisórias dos empregados. Destaca-se que o órgão do 
Reforma Trabalhista: o que mudou? 
 
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Ministério do Trabalho também deveria prestar os serviços de forma gratuita, uma vez 
que oferece um serviço público custeado por impostos
3
. 
Com a extinção da homologação das verbas rescisórias, o dispositivo também 
foi revogado pela Reforma Trabalhista, pois não existe mais ato de assistência na 
rescisão do contrato de trabalho, seja pelo sindicato ou pelo Ministério do Trabalho. 
O objetivo da Reforma Trabalhista foi deixar mais simples e rápidos os 
procedimentos decorrentes do término do contrato de trabalho. Há tempos havia queixas 
com a demora e a burocracia nas homologações. O Ministério do Trabalho se recusa a 
fazer a homologação se houver sindicato da categoria profissional na localidade. Por sua 
vez, o sindicato demora em agendar ou recusa a fazer de trabalhadores não filiados. 
Existe, no entanto, uma preocupação com o fim da homologação das parcelas, 
pois os empregados aceitarão tudo o que for apresentado pelo empregador. Dessa forma, 
poderá haver um aumento no número de ações individuais questionando os valores 
pagos. 
 
8. Saque do FGTS e requerimento do seguro-desemprego 
A Lei nº 13.467/2017 acrescentou uma novidade que consiste na obrigação de 
o empregador comunicar o término do contrato de trabalho aos órgãos competentes. 
Nesse sentido, o novo § 10 do art. 477 da CLT prevê que a anotação da 
extinção do contrato de trabalho na CTPS é documento suficiente para que o empregado 
requeira o seguro-desemprego e a movimentação de sua conta vinculada do FGTS. 
Ocorre que isto somente será possível caso o empregador tenha efetuado a comunicação 
da extinção do contrato de trabalho aos órgãos competentes, no caso, o Ministério do 
Trabalho e Caixa Econômica Federal. 
Aspecto prático: 
Surge o questionamento sobre a forma como será realizada a comunicação do término 
do contrato de trabalho aos órgãos competentes. Há necessidade de regulamentação por 
decreto para estabelecer o procedimento junto ao Ministério do Trabalho e à Caixa 
Econômica Federal. 
 
3. MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2014. p. 553. 
Reforma Trabalhista: o que mudou? 
 
Henrique Correia 
Procurador do Trabalho 
Professor de Direito do Trabalho do CERS on line (www.renatosaraiva.com.br) 
Autor e Coordenador de diversos livros para concursos públicos pela Editora Juspodivm 
 
 
 
Site: www.henriquecorreia.com.br 
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Em resumo, a Reforma Trabalhista pretendeu a desburocratização do término 
do contrato de trabalho. Para isso, previu procedimento simplificado para o trabalhador 
sacar os depósitos do FGTS e requerer o seguro-desemprego. No entanto, até a 
regulamentação desses novos procedimentos pelos órgãos competentes, pode haver 
atrasos nas concessões dos benefícios e frustrar o objetivo pretendido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARA MAIS INFOMAÇÕES SOBRE O TEMA 
CONSULTE TAMBÉM: 
https://www.editorajuspodivm.com.br/sumulas-orientacoes-
jurisprudenciais-e-informativos-do-tst-organizados-por-assunto-
2017-6a-edicao

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