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ARREMATAÇAO E IMPENHORABILIDADE (2)

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Agravado: CONDOMÍNIO JARDIM GAMBOATÁ 
Relator: Desembargador ANDRÉ RIBEIRO 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DOCUMENTAÇÃO 
OBRIGATÓRIA. CITAÇÃO. MEDIDA CAUTELAR. NULIDADE DE ATOS PROCESSUAIS. INOCORRÊNCIA. PENHORA E LEILÃO DE BEM DE FAMÍLIA. COTA CONDOMINIAL. OBRIGAÇÃO REAL. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. PRECLUSÃO. ...A argüição de impenhorabilidade de imóvel fundada na lei 8.009/90, no caso concreto, não se encontra preclusa, mormente em se considerando que não houve arrematação do imóvel, sendo que as normas trazidas pela lei em comento são de ordem pública, na medida em que densificam direitos fundamentais.  
O condomínio atípico, quando na origem não há domínio entre os participantes sobre coisa comum, não pode gerar obrigação real decorrente de eventuais prestações de serviço a todos ofertadas, não se enquadrando na ressalva do inciso IV do artigo 
3º da lei 9.006/90. Dessa forma, o único imóvel bem de família não pode ser levado a leilão público para execução de dívida fundada no não 
pagamento dos serviços prestados no âmbito de 
condomínio atípico. Entendimento contrário é subverter a natureza das coisas por ficção jurídica, violando direito fundamental à moradia, em interpretação ampliativa de norma restritiva de direitos. PRELIMINAR REJEITADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE. TJ RJ  20. camara civil - votação unanime. 23.02.2011
STJ - PROCESSUAL CIVIL. BEM DE FAMÍLIA. IMPENHORABILIDADE. SEQÜESTRO. 
IMPOSSIBILIDADE ADJETIVA.
1. Tem-se, no início, agravo de instrumento interposto pelo recorrido em face de decisão que manteve seqüestro de bem imóvel por não o considerar bem de família. O acórdão recorrido reformou a decisão combatida por entender que, na espécie, o bem é de família e, por isto, impenhorável.
2. Nas razões recursais, sustenta a parte recorrente ter havido violação aos arts. 1º e 3º da Lei n. 8.009/90, ao argumento de que foi afastada a possibilidade de seqüestro de bem imóvel do recorrido em razão de alegada impenhorabilidade própria dos bens de família, sendo que, a seu ver, não se confundem os institutos do seqüestro e da penhora.
3. Embora sejam institutos distintos, seqüestro e penhora, a verdade é que, tendo a Lei n. 8.000/90 protegido o bem de família da impenhorabilidade, também o protegeu, por via indireta, das medidas acauteladoras que se destinam a resguardar, no patrimônio do devedor, a solvência da dívida.
4. Em resumo: o seqüestro tem como fim último resguardar o credor pela antecipação de bens aptos a resguardar a solvência final do devedor. E a satisfação do credor se dá pela arrematação ou pela penhora, de modo que, vedada a penhora por se tratar de bem de família, está vedado também o seqüestro.
5. A teor dos princípios da executividade de forma menos gravosa ao devedor (art. 620 do CPC) e da estrita necessidade das medidas constritivas, não é possível permitir seqüestro de bens que, ao fim e ao cabo, não poderão ser expropriados.
6. Recurso especial não provido.
(REsp 1245466/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/04/2011, DJe 05/05/2011)
E AGORA o STJ DECIDIU QUE :  
Imóvel da família de réu condenado em ação penal pode ser penhorado para indenizar a vítima
FONTE : STJ NOTICIAS 11.11.2011 
DECISÃO REsp 947518
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a penhora do imóvel da família de um homem condenado pelo crime de furto qualificado para pagar indenização à vítima. Os ministros reconheceram a possibilidade da penhora de bem de família em execução de título judicial decorrente de ação de indenização por ato ilícito. 
A vítima no caso é uma distribuidora de alimentos. Após a condenação penal do réu pelo furto qualificado de mercadorias da distribuidora, cometido com abuso de confiança e em concurso de agentes, a empresa ingressou na esfera cível com ação de indenização de ilícito penal. 
A ação foi julgada procedente para condenar o réu a pagar indenização correspondente ao valor das mercadorias desviadas, avaliadas na época em R$ 35 mil. Na execução, ocorreu a penhora de imóvel localizado da cidade de Foz do Iguaçu (PR), ocupado pela família do condenado. 
O réu opôs embargos à execução pedindo a desconstituição da penhora sobre o imóvel, por se tratar de bem de família. Como o pedido foi negado em primeira e em segunda instância, veio o recurso especial ao STJ. 
Efeitos da condenação
O relator, ministro Luis Felipe Salomão, ressaltou que o artigo 3º da Lei 8.009/90 (que trata da impenhorabilidade do bem de família) aponta as hipóteses excepcionais em que o bem poderá ser penhorado. 
Entre elas, o inciso VI prevê a penhora quando o bem tiver sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perda de bens. 
Salomão explicou que a sentença penal condenatória produz, como efeito principal, a imposição de sanção penal ao condenado. 
Após essa sentença, surgem alguns efeitos que podem ser de natureza penal, civil ou administrativa. Nessas duas últimas esferas, os efeitos podem ser genéricos e estão previstos no artigo 91 do Código Penal (CP). O inciso I determina que se torna certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. 
Os efeitos genéricos são automáticos, segundo destacou o ministro. Isso significa que eles não precisam ser abordados pelo juiz na sentença penal. 
Ao interpretar o inciso I do artigo 91 do CP, Salomão afirmou que o legislador estabeleceu a obrigação de reparar o dano causado pelo crime, sendo desnecessária a prova do dano na área cível, pois já comprovado no processo criminal. 
Penhora do bem de família 
O relator apontou que a regra de exceção trazida pelo artigo 3º da Lei 8.009 decorre da necessidade e do dever do infrator de reparar os danos causados à vítima. Salomão reconheceu que o legislador não explicitou nesse artigo o caso de execução de título judicial civil, decorrente de ilícito criminal apurado e transitado em julgado. 
Contudo, o relator ponderou que entre os bens jurídicos em discussão, de um lado está a preservação da moradia do devedor inadimplente e do outro o dever de ressarcir os prejuízos sofridos por alguém devido à conduta ilícita criminalmente apurada. 
Segundo sua interpretação, o legislador preferiu privilegiar o ofendido em detrimento do infrator. Todos os ministros da Turma acompanharam o voto do relator, apenas com ressalvas dos ministros Raul Araújo e Marco Buzzi. Para eles, essa interpretação mais extensiva da lei deve estar sujeita à análise das peculiaridades de cada caso. 
Coordenadoria de Editoria e Imprensa
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