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LOGÍSTICA EMPRESARIAL CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO Roberto Tarantino CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 1 Prezado aluno, Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do conteúdo. Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a respeito de cada item. Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu aprendizado! Bons estudos! CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 2 Cadeia de suprim., armazenagem e movimentação - Apostila Apresentação Em um cenário atual de grande competitividade, economias globalizadas, tempos cada vez mais comprimidos e demandas muito exigentes, a aplicação dos conceitos da Cadeia de Suprimentos (CS) se tornaram fundamentais para as empresas modernas que desejem competir em planos superiores. A integração proposta de todos os participantes da Cadeia de Suprimentos visa exatamente proporcionar às empresas, elementos competitivos alinhados aos dois fundamentos estratégicos da Logística, que são aumentar o nível de serviço aos clientes e reduzir/otimizar custos. Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 1. Examinar os conceitos da cadeia de suprimentos; 2. Demostrar os princípios da armazenagem e movimentações; 3. Avaliar a importância dos diversos controles ao longo da cadeia. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 3 Aula 1: Cadeia de Suprimentos Introdução Em um ambiente tão competitivo, em que produtos e serviços são muito semelhantes, os clientes estão cada vez mais exigentes, é grande número de concorrentes e os tempos cada vez mais comprimidos, é necessário e fundamental que as empresas modernas criem diferenciais para que possam concorrer no mercado. Os conceitos da cadeia de suprimentos vai ao encontro dessas necessidades, possibilitando que as empresas adotem medidas que as diferencie estratégica e competitivamente. Objetivo: 1. Examinar os principais conceitos da Logística e cadeia de suprimentos; 2. Definir os fatores-chave que compõem a cadeia de suprimentos. Conteúdo A cadeia de suprimentos A cadeia de suprimentos é composta pelos diversos setores da empresa além de dois atores de extrema importância que são os fornecedores e os clientes. A proposta básica e fundamental da cadeia de suprimentos é a de integrar esses participantes visando em todos os processos: Aumento do nível de serviço ao cliente Redução/otimização dos custos Todos os processos visando os diversos suprimentos, internos (conceito de cliente/fornecedor interno) e externos são executados pela Logística que, em sua essência, planeja, opera e controla as ações que visam abastecimento. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 4 Na contemporaneidade, o papel da logística no mundo dos negócios ganha destaque, tanto em escopo quanto em importância estratégica. Não se trata de modismo, mas de um conhecimento que os gestores devem dominar plenamente. Evolução da logística O conhecimento logístico passou a ser utilizado de forma mais sistemática na arte da guerra, tornando-se um diferencial para quem conseguia implementar estratégias mais eficientes de deslocamento das tropas, suprimentos e equipamentos. Considerando que as características da logística desenvolvidas para fins militares apresentavam muita afinidade com as atividades industriais, as empresas começaram a usar essa estratégia, com sucesso, dando origem à logística empresarial. Segundo o Council of Logístics Management norte-americano (1998): “a logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e as informações associadas, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente. De acordo com o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP, 2004): Logística é a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo direto (à frente) e reverso, de forma eficiente e eficaz, de materiais, serviços e informações associadas, desde seu ponto de origem até o ponto de consumo, de modo a atender aos requisitos dos clientes. A evolução da Logística no Brasil Vejamos as fases da evolução da Logística no Brasil: CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 5 Anos 70 Na década de 1970, prevalecia o foco na entrega. Naquele momento, as empresas eram muito departamentalizadas, em que cada setor evoluía seus processos sem se preocupar com os setores restantes. Essa prática trazia perdas e custos indesejados às empresas, ainda não havia a preocupação de ouvir os clientes. Anos 80 Na década seguinte, anos 1980, havia a preocupação em integrar os departamentos da empresa, e percebeu-se que as perdas e custos deviam ser reduzidos e que os setores deviam “se comunicar”. Começava a existir a necessidade de uma visão sistêmica da empresa, enxergar a empresa como um todo. No final dessa década, a TI, ainda pouco desenvolvida, ajudava nos processos internos. Integração Total Nos anos 1990 e início de 2000, com a evolução da TI, nesse momento empregada sistematicamente pelas empresas, teve início a fase da chamada integração total, ou seja, além da empresa internamente estar integrada, aliou- se a esse processo também os fornecedores e clientes. Estava estabelecido o CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 6 conceito de cadeia de suprimentos ou supply chain ou ainda cadeia logística integrada. A partir de então, a evolução tornou-se mais apurada com os conceitos de pesquisar, entender e atender melhor os clientes, além da tendência da customização, personalização de produtos e serviços, estoques e tempos de entrega e de resposta cada vez menores e ainda as terceirizações sob o conceito de trade-offs. A Logística Moderna A logística moderna: Tem como fundamentos estratégicos: • Aumentar o nível de serviço oferecido aos clientes; • Reduzir/otimizar custos. Procura também incorporar: • Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de toda a cadeia de suprimento; • Integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa; • Integração efetiva e estreita (parcerias) com fornecedores e clientes; • Busca da otimização global, envolvendo a racionalização dos processos e a redução de custos em toda a cadeia de suprimentos; • Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido e adequado. Na figura podemosnotar que a cadeia de suprimentos se subdivide em três grandes macroprocessos: CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 7 Logística de materiais ou suprimentos Nesta área, estão alocados os processos de compras, recebimento e armazenagem de matérias-primas e outros materiais (almoxarifados). É também conhecido como inbound, início do suprimento. Pelo conceito de fornecedor/cliente interno, a logística de materiais é fornecedora da logística de produção. Logística de produção Neste ambiente, são processadas e transformadas as matérias-primas e outros materiais necessários à confecção do produto final, concebido pelo marketing e que será consumido, utilizado pela demanda. Um setor de vital importância, o Planejamento e Controle da Produção (PCP), esse setor tem uma visão sistêmica da cadeia de suprimentos, verificando a necessidade de produção e consultando os estoques de itens acabados e também interagindo com a logística de materiais, verificando a existência de materiais necessários a fabricação do item final. Esse setor é fornecedor da logística de distribuição. Logística de distribuição CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 8 É nessa área que se encontra a maioria das operações logísticas na cadeia de suprimentos, também conhecida como outbound. Estão aqui alocados os estoques de produtos acabados, as atividades de picking, o faturamento (operação), a expedição, o transporte e a distribuição física. Nesse aspecto, a interface com o cliente externo é muito importante, pois um erro em uma dessas atividades será visível a ele. A distribuição física é um processo extremamente importante, pois pode trazer um diferencial competitivo significativo para a empresa, é considerada a eficácia da cadeia de suprimentos, ou seja, o resultado final de todos os esforços executados anteriormente. Atenção Podemos notar, ainda, na figura que esses macroprocessos estão interligados, integrados e essa é a essência da cadeia de suprimentos. As empresas modernas entendem que os setores não podem trabalhar de forma estanque, preocupando-se apenas com seus processos, é necessária uma visão geral da cadeia, integrando-se com seus fornecedores e clientes internos e a empresa integrando-se com fornecedores e clientes externos. Fatores-chave da cadeia de suprimentos Algumas operações ou alguns processos são comuns a todas as fases da cadeia de suprimentos e, por isso, são considerados os seus fatores-chave, por esse motivo são os maiores ofensores em custos ao longo da cadeia e, portanto, devem ser administrados e controlados com muita propriedade. Vamos ver cada um deles: Compras As compras são efetuadas pelos nossos fornecedores, pela empresa e também pelos nossos clientes. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 9 Armazenagem Da mesma forma, além da empresa, os fornecedores e os clientes também têm armazéns. Nesse contexto referimo-nos à armazenagem, o simples fato de guardar ou estocar mercadorias em qualquer espaço físico adequado. Estoques Assim como a empresa, os fornecedores e clientes também possuem algum tipo de estoque. Processamento de Pedidos É também um processo comum a todos os participantes da cadeia de suprimentos. Transportes Contido em todas as fases da cadeia de suprimentos, deve-se considerar aqui os transportes internos, que não raro, provocam custos substanciais. É considerado o maior ofensor em custos, no Brasil, em função da inadequação da nossa matriz de transportes. Fluxos da cadeia de suprimentos Existem três fluxos que transitam na cadeia de suprimentos, conforme mostra a figura: CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 10 Onde: Fluxo de informações ou feedback Esse fluxo se inicia sempre nos clientes, que nos darão informações importantes sobre nossos produtos/serviços quanto a: • Prazos de entrega; • Qualidade intrínseca; • Atendimento a suas necessidades e anseios. O fluxo de informações percorre toda a cadeia até o fornecedor e a retroalimenta. Importante saber e definir a quantidade dessa demanda, a quantidade dos clientes e o potencial de vendas da empresa para cada item do mix de produtos. Saber o que o cliente quer e quanto ele quer é fundamental para o sucesso da empresa. Fluxo de Materiais ou Produtos É iniciado sempre nos fornecedores, no fornecimento de matérias-primas e outros materiais, percorre a cadeia, passando pela produção que os transforma e chega ao cliente em forma de ativo e que pagará pelo produto ou serviço recebido. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 11 Fluxo Financeiro O início ideal desse fluxo é nos clientes, quando pagam pelos produtos ou serviços recebidos, e o capital retorna ao caixa da empresa. Esse fluxo pode ter início em um fornecedor, quando a empresa capta recursos de uma instituição financeira. Atividade proposta Vamos fazer uma atividade! Comente sobre a integração entre os participantes da cadeia de suprimentos. Chave de resposta: Essa integração leva a melhores níveis de serviço ao cliente, ao menor custo possível. Aprenda Mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, assista ao vídeo href="https://www.youtube.com/watch?v=E1viFYWocGU&feature= youtu.be" supply chain management – cadeia de suprimento. Referências BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2010. GOOGLE, imagens: acesso em 11 jun. 2014. RODRIGUES, P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 12 Exercícios de fixação Questão 1 Marque a alternativa CORRETA sobre a definição a seguir. A logística moderna tem como fundamentos estratégicos: a) Conceitos de sustentabilidade. b) Formação de mão de obra especializada. c) Aumento do nível de serviço. d) Aumento da lucratividade. e) Compras em escala. Questão 2 A logística moderna procura também incorporar: aponte a alterativa que NÃO corresponde a essas expectativas: a) Prazos previamente acertados e cumpridos integralmente, ao longo de toda a cadeia de suprimento. b) Integração efetiva e sistêmica entre todos os setores da empresa. c) Integração efetiva e estreita (parcerias) com fornecedores e clientes. d) Busca da otimização global, envolvendo a racionalização dos processos e a redução de em toda a cadeia de suprimentos, promovendo lucratividade em curto prazo. e) Satisfação plena do cliente, mantendo nível de serviço preestabelecido e adequado. Questão 3 CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 13 A distribuição física em especial é um processo extremamente importante, pois pode trazer um diferencial competitivo significativo para a empresa, e é considerada a eficácia da cadeia de suprimentos. Esse processo se encontra em que macroprocesso da cadeia de suprimentos? a) Compras b) Inbound c) Outbound d) Produção e) Armazenagem Questão 4 São considerados fatores chave da Cadeia de Suprimento, EXCETO: a) Processamento de Pedidos b) Produção c) Transporte d) Compras e) Armazenagem Questão 5 Marque a alternativa CORRETA sobre a definição a seguir. Os processos considerados fatores chave da cadeia de suprimentos em função de: a) Gerar muita mão de obra. b) Especializar a mão de obra. c) Estar presente nas áreas de produção. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 14 d) Estar presente em todasas fases da cadeia. e) Gerar muito lucratividade para a empresa. Questão 6 Marque a alternativa CORRETA sobre a definição a seguir. Esse fluxo percorre toda a cadeia até o fornecedor e a retroalimenta. a) Fluxo de informações. b) Fluxo físico. c) Fluxo virtual. d) Fluxo financeiro. e) Fluxo de materiais. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 15 Aula 2: Planejamento de Estocagem I Introdução Os estoques são indispensáveis para a grande maioria das empresas, mas requerem um planejamento, operação e controles muito cuidadosos. Os estoques, além de imobilizar capital da empresa, geram custos e riscos significativos, por isso é indispensável o uso de ferramentas que permitam que esse processo tão importante da cadeia de suprimentos seja positivo. Objetivo: 1. Explicar os principais conceitos dos estoques; 2. Descrever os tipos e funções dos estoques. Conteúdo Conceitos de estoques O estudo dos estoques torna-se cada vez mais necessário em virtude da sua importância para a cadeia de suprimentos das empresas modernas. A falta ou o excesso dos estoques provoca custos significativos e indesejados pelas empresas. Por isso, a operação e o controle são fundamentais e indispensáveis para uma gestão que procure um equilíbrio entre o que vai ser produzido, comprado e estocado e o que vai ser vendido. Veja como alguns pesquisadores definem estoques: Joseph G. Monks “Os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico.” Daniel Moreira CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 16 “Entende-se por estoque quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo.” Henrique L. Correa “Estoques são acúmulos de materiais entre fases dos processos de transformação, que proporcionam um grau de independência entre as fases.” Roberto Tarantino “Estoques são quaisquer quantidade de mercadoria armazenada, aguardando a ação da demanda.” Diagrama do estoque Vejamos, a seguir, o diagrama correspondente ao estoque: CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 17 Razões da existência de estoques Os estoques devem ser formados pelas empresas em função de incertezas quanto à demanda e quanto ao ressuprimento. Desse modo, é importante para a empresa ter um estoque por não ter certeza quanto será vendido e quando não tem fornecedores parceiros que garantam o ressuprimento imediato dos materiais necessários. Por esse motivo, o estudo da cadeia de suprimentos recomenda que se defina a demanda, assim como se promovam parcerias com os principais fornecedores. No entanto, existem também outros motivos que levam as empresas a formarem estoques: Produção de forma mais econômica Em um planejamento cuidadoso de compras, pode-se concluir que comprar maior quantidade seja mais vantajoso para a empresa, e nesse caso, essa quantidade adicional comprada será um estoque. Redução de fretes A intenção é a de consolidar a carga para transporte, ou seja, utilizar a capacidade máxima do veículo para que o preço unitário do frete diminua. Para que se consiga consolidar a carga dos veículos para obter redução do frete é necessário que se agrupe certa quantidade de mercadoria em estoque. Redução de efeitos de sazonalidades Os produtos sazonais são aqueles que são oferecidos apenas em alguma época do ano. Por meio da formação de estoques, essa oferta pode acontecer durante todo o ano ou em grande parte dele. Diferentes ritmos de produção entre fases As produções variam de acordo com o produto que está em processo e já que os tempos variam, faz-se necessária certa quantidade estocada para que não haja interrupção no abastecimento. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 18 Melhor atendimento a consumidores O estoque pode garantir um melhor atendimento daquilo que os clientes desejam. Amortecimento de longos períodos de ressuprimento No caso de materiais importados, cujo tempo de ressuprimento (lead time) seja de vários dias, um estoque é necessário, principalmente se o material em referência for crítico para o negócio da empresa. Tipos de demanda e seus estoques correspondentes São dois os tipos de demanda que influenciam os estoques: Demanda dependente ou regular É composta por estoques cujos itens têm regularidade em sua saída/venda. Suas características são: • O consumo pode ser programado internamente; • Sob o controle imediato da empresa. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 19 Demanda independente ou irregular Seus itens têm um movimento de saída muito inconstante, irregular. Suas características são: • Depende das condições do mercado; • Fora do controle imediato da empresa. Tipos de estoques Podemos determinar os tipos de estoques por: Classificação Estado da produção Propósito Atividade proposta Vamos fazer uma atividade! Para que os estoques sejam minimizados em relação a seu nível, alguns estudos preliminares são fundamentais. Quais são os aspectos que devem ser estudados para que seja otimizada a quantidade estocada? CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 20 A formação dos estoques, o estudo e a definição da demanda, e a parceria com os fornecedores mais importantes da empresa são fundamentais e essenciais para que se consiga diminuir as incertezas e, consequentemente, reduzir o nível dos estoques. Aprenda Mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, assista ao href="https://www.youtube.com/watch?v=hf2TPoTNCBU" vídeo e verifique a importância da gestão dos estoques. Referências BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2010. RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011. Exercícios de fixação Questão 1 Existem diversos motivos que levam as empresas a formarem estoques: Aponte a alternativa INCORRETA. a) Redução do preço do frete. b) Compras e transporte em escala. c) Redução de mão de obra. d) Amortecer períodos de ressuprimento. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 21 e) Reduzir efeitos sazonais. Questão 2 Depende das condições do mercado e se apresenta normalmente fora do controle imediato da empresa. Marque a opção CORRETA que diz respeito à definição anterior. a) Demanda independente. b) Demanda em declínio. c) Demanda sazonal. d) Demanda dependente. e) Demanda derivada. Questão 3 Esses itens têm o conceito de postergação, ou seja, adiamento da sua finalização, permitindo sua personalização. Anote a opção CORRETA sobre a característica citada anteriormente. a) Estoques acabados. b) Estoques promocionais. c) Estoques de ciclo. d) Estoques semiacabados. e) Estoques matérias-primas. Questão 4 Esse estoque pode ser considerado um plano de contingência e deve ser formado em casos onde o item seja crítico para o negócio da empresa e também tenha CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 22 um ressuprimento complexo, inseguro. Aponte a alternativa CORRETA, que diz respeito à definição anterior. a) Estoque puxado. b) Estoque de segurança. c) Estoque sazonal. d) Estoque empurrado. e) Estoque de ciclo. Questão 5 Qual tipo de estoque recebe quantidades excessivas de itens, sem interferência do gestor? a) Estoques promocionais. b) Estoques sazonais. c) Estoquespuxados. d) Estoques semiacabados. e) Estoques empurrados. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 23 Aula 3: Planejamento de Estocagem II Introdução Conforme já foi visto, os estoques geram diversos custos e riscos, embora na maioria dos casos eles sejam indispensáveis para o negócio da empresa. Na obrigação de ter de formar estoques, as empresas necessitam modos de controlá-los de forma efetiva para que os mesmos mantenham um equilíbrio entre o que será comprado/produzido e o que será vendido, já que quantidades excessivas ou faltantes geram custos e prejuízos à imagem da empresa. Objetivo: 1. Explicar as melhores práticas de controle dos estoques; 2. Descrever os parâmetros de controle de estoques, giro dos estoques e lote econômico de compra. Conteúdo Controle de estoques O processo principal de controle dos estoques é Método ABC. Também conhecido como Classificação ABC ou ainda Curva ABC, este método é muito empregado na linguagem corrente da gestão de estoques, é um instrumento de planejamento que permite ao gerente orientar seus esforços em direção aos resultados mais significativos para sua organização. É baseado nas conclusões de Pareto que estabeleceu um princípio, segundo o qual, o maior segmento de renda nacional concentrava-se em uma pequena parcela da população, enquanto a maioria desta absorvia a menor parte da mesma renda. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 24 Nos últimos 50 anos, a partir de esforços iniciais da empresa General Eletric, o princípio de Pareto tem sido adaptado ao universo de materiais, particularmente à gerência de estoques, com o nome de Classificação ABC. O fundamento do método é aplicável a muitas situações em que seja possível estabelecer prioridades: Uma tarefa a cumprir é mais importante do que a outra, uma obrigação é mais significativa do que a outra, de modo que o somatório de algumas partes dessas tarefas ou obrigações de importância elevada representa, provavelmente, uma grande parcela das obrigações totais. Pode-se fazer uma Classificação ABC ou traçar uma Curva ABC, entre outros, por: • Giro; • Peso; • Volume; • Tempo de reposição; • Valor. No entanto, obtém-se a curva ABC principalmente através quanto ao giro, visto que os estoques imobilizam capital da empresa, e quanto maior for seu giro, menor será o impacto para as finanças da empresa. A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais na empresa. Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: Classe A Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção especial pela administração. São os chamados carros-chefe. Classe B Grupo intermediário. Tem importância razoável em termos de giro de seus itens. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 25 Classe C Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação. No entanto, requer atenção pelo fato de gerar custo de manter estoque, pois tem sua movimentação muito lenta. Gráfico conceito ABC O gráfico demonstra o primeiro conceito da classificação ABC que informava que a composição dos estoques ocorria da seguinte forma:• Itens A – 20% itens – 80% vendas • Itens B – 15% itens – 15% vendas • Itens C – 35% itens – 05% vendas Notou-se que essa regra não se aplicava necessariamente às empresas, e que, cada empresa, dentro de sua realidade, adotaria uma classificação. Desse modo, o conceito atual da classificação ABC passou a informar que: “Existem nos estoques um pequeno número de itens, chamados A que correspondem a uma participação grande nas vendas/giro. Existem ainda um número razoável de itens, chamados B que proporcionam uma quantidade razoável de vendas/giro e que existem ainda um grande número de itens, chamados C que tem pouca participação nas vendas/giro”. A classificação ABC na prática Tanto na vida profissional quanto na pessoal, utilizamos, com frequência, o conceito de classificação ABC. Quando, por exemplo, vamos executar nosso orçamento doméstico, damos ênfase às despesas mais vultosas, como aluguel, mensalidade escolar, prestação do carro, entre outras, que pertencem à categoria A e merecem um tratamento diferenciado. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 26 Em segundo plano, ficam as despesas de peso intermediário, não menos importantes, mas que podem ser analisadas, como supermercado e combustível, que compõem a categoria B. Finalmente, existe um conjunto de despesas que não merece ser tratada individualmente, é chamado de outros ou eventuais que é a categoria C. No cenário corporativo, a área de vendas cria um grupo de produtos mais importantes em função do faturamento, clientes, prazo de entrega, que é a classe A. A produção faz sua classificação em função da complexidade da fabricação, custo da matéria-prima, tempo de processamento, gerando suas classes ABC. Da mesma forma, a logística procede em seus estoques, focando seja pelo giro no estoque, por percentual de faturamento, por valor absoluto. Método da criticidade ou XYZ Um número significativo de empresas industriais nacionais e internacionais tem tratado a questão dos estoques envolvendo apenas matérias-primas, componentes e serviços. Ou seja, a disponibilização de ferramentas apenas na base de conhecimentos quantitativos, desprezando os aspectos qualitativos. A análise meramente quantitativa pode trazer distorções perigosas para a organização quando, por sua vez, não considera a importância do item em relação à operação do sistema como um todo. A análise e classificação com métodos mais sofisticados é uma variante que objetiva solucionar a deficiência do método tradicional através da análise de criticidade do item, ou melhor, da avaliação do impacto de sua falta na operação do sistema. A falta de um item crítico pode influenciar negativamente a imagem da organização para o cliente, na velocidade de obsolescência e na facilidade de CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 27 substituição desse item por outro, podendo até imobilizar a operação, se esse item for, por exemplo, uma matéria-prima. Segundo Juran (1995), a análise da criticidade tem sua origem da gestão da qualidade, ou seja, está diretamente ligada ao poder que determinado item terá nas operações a serem executadas pela empresa, o que possibilita uma avaliação adicional dos processos desempenhados. E tudo isso será determinante para a imagem que a empresa apresentará frente a seus clientes, demonstrando em sua execução a necessidade ou facilidade de substituição de um item por outro e na velocidade com que todo o processo é desempenhado. Dois parâmetros são utilizados para o entendimento da criticidade de um determinado item neste processo. Frequência de ocorrência de falha Pode ser classificada em muito alta ou frequente, alta ou razoavelmente provável, moderada ou ocasional, muito baixa ou extremamente improvável. Severidade Indica o quão severo é para o processo produtivo a ocorrência daquela falha (que pode ser catastrófica, muito séria, séria, significante ou pequena). Vamos ver um exemplo! Na indústria automobilística, o custo unitário de um parafuso é baixo, assim como seu consumo. Entretanto, esse parafuso é essencial para que o produto final da empresa seja concluído. Ou seja, nesse caso específico, o parafuso é um item crítico no processo de produção e não pode faltar no estoque. Em se tratando de material estocado, a falta do parafuso, provocará uma perda para a empresa que não conseguiráfinalizar um bem que tem um custo muito superior ao parafuso. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 28 Assim como no estudo da curva ABC, que mostra quais itens são os que possuem o mais alto giro, se comparado ao todo do estoque, a análise do método da criticidade demonstra o grau de importância de cada material em relação à soma total dos itens, classificando-os em categorias X, Y ou Z em grau de criticidade. Usando o conceito de criticidade dos itens do estoque, os itens podem ser classificados em três grupos: Material Z Críticos. São itens cuja falta provoca a interrupção da produção, cuja substituição é difícil ou não existem fornecedores alternativos; são aqueles materiais cuja falta causará uma interrupção no processo produtivo da empresa. Desse modo são imprescindíveis. Materiais Y Pouco críticos. São itens cuja falta não exerce efeito na produção em curto prazo. Fazem parte dessa categoria aqueles itens cuja falta não irá provocar efeitos em curto prazo, sendo que são importantes, mas sua falta não irá impedir um procedimento, ou seja, podem ser substituídos por um breve período de tempo. Materiais X Não críticos. São todos os demais itens do estoque, que não entram na classe Z ou na classe Y e que podem ser facilmente substituídos. Para ler o restante do conteúdo, clique href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula _3_Metodo_XYZ.pdf" aqui. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 29 Parâmetros de controle de estoques Hoje o grande desafio para os gestores de estoques é equilibrar as quantidades corretas de ressuprimento de mix de itens em estoques cada vez mais crescentes. As quantidades a serem ressupridas é um fator estratégico para as empresas, visto que, um mau planejamento, operação e controle dessas quantidades, podem gerar custos indesejados as empresas. Entende-se que quantidades desbalanceadas, sobras ou faltas são prejudiciais às finanças, assim como a satisfação dos clientes para com a empresa. O maior êxito estará em conseguir administrar e controlar os estoques com quantidades suficientes para o sucesso do negócio da empresa. Sabemos que as demandas variam e flutuam por motivos diversos, na maioria das vezes por fatores que não dependem da administração interna que é executada. Atenção O perfeito entendimento e a aplicação dos parâmetros que irão controlar o ressuprimento do mix de itens dos estoques são fundamentais para uma boa gestão. Veja alguns conceitos de pesquisadores sobre a importância da gestão de estoques. Dias (1997) A gestão de estoques constitui ainda uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem manuseados e bem controlados. Wanke (2003) A gestão de estoques é considerada como elemento fundamental para a redução e o controle dos custos totais e melhoria do nível de serviço prestado pelas empresas. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 30 Martins e Alt (2003) Uma análise detalhada dos estoques é uma exigência pertinente a todo administrador de materiais. Isso se dá não somente em decorrência do volume de capital investido em estoque, mas, também, pela vantagem competitiva que a organização pode obter, dispondo de maior rapidez e precisão no atendimento ao cliente. Métodos de controle de estoques Como afirmamos anteriormente, o controle é a etapa executiva da Gerência de Estoques. No controle, encontramos aplicação prática para os elementos de planejamento previamente estabelecidos, havendo, ao mesmo tempo, um processo intensivo de realimentação que torna possível a efetivação de correções necessárias aos principais objetivos da função. O controle de estoques tem como meta principal a determinação do quanto se deve adquirir de materiais sujeitos a estoque, e quando fazê-lo, a fim de proporcionar a continuidade operacional de uma organização, no tocante a vendas, a produção, a prestação de serviços. O controle de estoques é orientado, basicamente, a partir de informações relativas à demanda, custos, mercado fornecedor e prazos de entrega para cada item estocado, sendo obtidos por meio do processamento de tais informações, dados necessários ao estabelecimento dos níveis de estoques mais adequados sob os pontos de vista operacional e econômico. O controle de estoques poderá ser exercido com base em dois métodos: • Métodos das quantidades fixas; • Métodos das revisões periódicas. Inicialmente, é importante conceituarmos os parâmetros que são as ferramentas indispensáveis para a efetivação do controle de estoques que, na maior parte dos casos, são comuns aos dois métodos de controle já citados. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 31 Parâmetros para controle de estoques Consideraremos os referidos parâmetros com base nos métodos das quantidades fixas, referindo-nos, quando necessário, à equivalência no outro método. Para ler a explicação de cada método, clique href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula _3_Metodos_das_quantidades_fixas.pdf" aqui. Método das quantidades fixas Este método, por sua simplicidade operacional, é o mais empregado no controle de estoques. Também é conhecido como máximos e mínimos. Nele, o ponto de ressuprimento (PR) é preestabelecido, assim como a quantidade de ressuprimento (Q). Em consequência da variação da demanda, o intervalo de ressuprimento torna- se variável, embora venha, ao longo do tempo, situar-se em torno de um valor médio próximo a razão entre Q e D. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 32 No gráfico, a seguir, demonstraremos o método das quantidades fixas, através de seus principais parâmetros. Para ver as principais vantagens deste método, clique href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula _3_Vantagens_metodos_das_quantidades_fixas.pdf" aqui. Gráfico Observamos que PR e Q são fixos, ocorrendo os ressuprimentos em períodos variáveis. A única possibilidade de variação de Q, sem que haja uma revisão dos parâmetros, é o ressuprimento fora do PR, pois Q = NR-EF (estoque físico existente). Ao conceituarmos os parâmetros de controle de estoques, baseamo-nos no Método das Quantidades Fixas, de modo que, com exceção do estoque de segurança, todos os demais foram detalhados, inclusive as suas inter-relações e procedimentos de cálculo. Desse modo, prosseguiremos com a aplicação prática do método, fazendo uma referência à nomenclatura máximos e mínimos, também adotada para o mesmo. O máximo corresponde ao Nível de Ressuprimento (NR), enquanto o mínimo refere-se ao Ponto de Ressuprimento (PR). Assim, quando o estoque atinge o CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 33 ponto mínimo, é solicitado um ressuprimento na quantidade equivalente à diferença entre este mínimo e o máximo. Lote Econômico de Compra (LEC) Esta técnica está fundamentalmente baseada em dados econômicos matematicamente estudados, embora na sua aplicação sejam utilizados processos elementares de cálculo. Sem nos atermos nos pormenores das definições, podemos distinguir dois elementos no estoque total de determinado item: • Uma parte ativa denominada estoque ativo que evolui entre um máximo e um mínimo; • Uma parte inativa, constituída pelo estoque paralisado, cujo nível é mais ou menos constante ao longo do tempo. Esta parte é improdutiva por natureza, e serve apenas para evitar rupturas no estoque. É o estoque de segurança ou proteção. É claro que os volumes do estoque ativo e do estoque de segurança, cujo conjunto constitui o estoque total, estão interligados, sendo ambos função dos mesmos parâmetros intervalo de ressuprimento, tempo de ressuprimento,demanda, desvios nos tempos de ressuprimento e demanda etc. Entretanto, é mais fácil estudá-los separadamente, começando por meio de uma otimização do estoque ativo, considerando o estoque de segurança como um dado à parte para, em seguida, calcular seu melhor nível. Concluindo, trata-se de fixar a melhor data e quantidade mais adequada na emissão de um lote de compras e a definição de um nível de segurança que permita cobrir o risco de ruptura que se queira aceitar. O Lote Econômico de Compras (LEC) é uma determinada quantidade de material, que ao ser encomendada, propiciará o menor custo operacional de se adquirir e manter os estoques. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 34 Este custo operacional é o somatório dos custos de estocagem e de aquisição, que demonstraremos em outra ocasião, interessando-nos, no momento, a definição rápida da fórmula para o cálculo de LEC. Giro de estoque Outra forma importante de o gerente avaliar o estoque é por meio do giro ou rotatividade dos itens que o compõe. O giro é a relação entre a quantidade movimentada (vendida) de certo item pela quantidade deste mesmo item que permaneceu paralisada no estoque em um determinado período de tempo. Por meio desse parâmetro as empresas podem determinar o giro de seus itens de acordo com a sua classificação ABC, e ainda tomar medidas que visem à elevação da movimentação de um determinado item ou até de uma série de itens que não venham tendo uma rotatividade interessante. Portanto a fórmula para o cálculo da rotatividade (R), ou giro (G) será: R = Qv / Qe Onde: Qv – Quantidade vendida num determinado período de tempo; Qe – Quantidade que permanece em estoque no mesmo período. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 35 Atenção Pode-se observar que quanto maior a rotatividade, mais saudável será nosso estoque. Atividade proposta Vamos fazer uma atividade! Vimos que a classificação ABC pode ser considerada a ferramenta básica para o controle dos estoques. O que é possível ao gestor entender sobre os estoques com a aplicação desse método? Chave de resposta: A classificação ABC vai permitir que o gestor entenda e visualize os itens estocados, conforme seu comportamento, principalmente de saída/giro, além de possibilitar a priorização do ressuprimento dos itens ativos no estoque. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 36 Aprenda Mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, assista ao href="http://youtu.be/I81hzXdWMWg" vídeo e aprenda mais sobre a classificação ABC. Referências BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2010. RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011. Exercícios de fixação Questão 1 Hoje, o grande desafio para os gestores de estoques é equilibrar as quantidades corretas de ressuprimento de mix de itens em estoques cada vez maiores. As quantidades a serem ressupridas são um fator estratégico para as empresas, visto que um planejamento, operação e controle dessas quantidades podem gerar custos indesejados às empresas. POR QUE Entende-se que quantidades desbalanceadas, sobras ou faltas são tão prejudiciais às finanças, assim como a satisfação dos clientes para com a empresa. Analisando as duas afirmações, conclui-se que: a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 37 b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) As duas afirmações são falsas. e) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Questão 2 O controle de estoques tem como meta principal a determinação do quanto se deve adquirir de materiais sujeitos a estoque, e quando fazê-lo, a fim de proporcionar a continuidade operacional de uma organização, seja no tocante às vendas, à produção, prestação de serviços etc. POR QUE O controle de estoques é orientado, basicamente, a partir de informações relativas à demanda, custos, mercado fornecedor e prazos de entrega para cada item estocado, sendo obtidos, por meio do processamento de tais informações, os dados necessários ao estabelecimento dos níveis de estoques mais adequados sob os pontos de vista operacional e econômico. Analisando as duas afirmações, conclui-se que: a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) As duas afirmações são falsas. e) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Questão 3 CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 38 Uma análise detalhada dos estoques é uma exigência pertinente a todo administrador de materiais. Isso se dá não somente em decorrência do volume de capital investido em estoques, mas, também, pela vantagem competitiva que a organização pode obter. Entretanto, vale ressaltar que não irá dispor de maior rapidez e precisão no atendimento ao cliente. POR QUE O controle é a etapa executiva da gerência de estoques. Nele encontramos aplicação prática para os elementos de planejamento previamente estabelecidos, havendo, ao mesmo tempo, um processo intensivo de realimentação que torna possível a efetivação de correções necessárias aos principais objetivos da função. Analisando as duas afirmações, conclui-se que: a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. b) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) As duas afirmações são falsas. e) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Questão 4 A obtenção da curva ABC para os estoques poderá ser feita a partir de dois fatos geradores: inventário de materiais existentes ou previsão da demanda para um determinado exercício. Nos dois casos, a metodologia a ser utilizada deverá ser a mesma, EXCETO: a) Obtenção de relação dos itens com seus valores totais correspondentes. b) Tabulação dos dados. c) Elaboração da curva. d) Alocação de mão de obra. e) Separação em classes ABC. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 39 Questão 5 Usando o conceito de criticidade dos itens do estoque, os itens podem ser classificados em três grupos. Aponte a alternativa CORRETA quanto aos itens Y: a) Itens cuja falta provoca a interrupção da produção. b) Podem ser facilmente substituídos. c) Sua falta não irá impedir um procedimento. d) Não existem fornecedores alternativos. e) Falta causará uma interrupção no processo produtivo da empresa. Questão 6 É um estoque potencial, isto é, corresponde à soma do material existente com aquele a ser recebido. Podemos também considerar como objetivo quantitativo de controle, ou seja, aquele limite além do qual há excesso de material para as necessidades de estoque. Essa definição refere-se ao: a) Ponto de ressuprimento. b) Nível de operação. c) Tempo de ressuprimento. d) Nível de ressuprimento. e) Intervalo de ressuprimento. Questão 7 Este método, por sua simplicidade operacional, é o mais empregado no controle de estoques. Também é conhecido como máximos e mínimos. Nele, o ponto CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 40 de ressuprimento (PR) é preestabelecido, assimcomo a quantidade de ressuprimento (Q). Essa definição refere-se ao: a) Método Operacional. b) Método das quantidades móveis. c) Método Quantitativo. d) Método Qualitativo. e) Método das quantidades fixas. Questão 8 Este método, por sua simplicidade operacional, é o mais empregado no Controle de Estoques. Também é conhecido como máximos e mínimos. Nele o ponto de ressuprimento (PR) é preestabelecido, assim como a quantidade de ressuprimento (Q). As principais vantagens deste método são, EXCETO: a) Estímulo ao uso do Lote Econômico de Compra (LEC). b) Estímulo ao uso do Lote Econômico de Produção (LEP) c) Automação do processo de ressuprimento através de PR e Q prefixados, facilitando a utilização do processamento eletrônico de dados. d) Não exigência de mão de obra altamente qualificada para a sua execução, reduzindo, portanto, os custos administrativos. e) A revisão dos principais parâmetros variáveis (D e TR) é feita com maior frequência apenas para os itens de classe A. Questão 9 É requerido para o atendimento das necessidades de produção, de comercialização, de prestação de serviços, dos programas de investimento, do consumo administrativo relacionadas a uma determinada unidade de tempo. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 41 (ano, semestre, trimestre, mês, semana, dia). Marque a alternativa CORRETA sobre essa definição. a) Quantidade de ressuprimento. b) Ponto de ressuprimento. c) Demanda. d) Tempo de ressuprimento. e) Intervalo de ressuprimento. Questão 10 É uma quantidade pré-determinada de material destinada a evitar ou minimizar os efeitos causados pela variação da demanda ou do tempo de ressuprimento. Marque a alternativa CORRETA sobre essa definição. a) Estoque de segurança. b) Estoque médio. c) Ruptura de estoque. d) Quantidade de ressuprimento. e) Demanda. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 42 Aula 4: Custos Introdução Já entendemos que os estoques provocam vários custos, entre eles os mais significativos são os de movimentação e manuseio, embalagens e o de armazenagem. Os custos de manutenção e manuseio envolvem a mão de obra e os equipamentos utilizados para aquelas atividades; os de embalagens são significativos para a logística sobre o aspecto de terem que dar proteção e facilitar a movimentação das mercadorias; e os de armazenagem incluem todos os custos fixos e variáveis responsáveis pela operação e controle dos armazéns. Objetivo: 1. Apontar os aspectos básicos de custos; 2. Explicar os tipos de custos que envolvem a movimentação e manuseio, embalagens e armazenagem. Conteúdo Aspectos básicos de custos Custos são gastos ocorridos no processo produtivo. Eles podem ser de várias origens: Custos logísticos São os gastos de planejar, implementar e controlar todo os estoques de entrada (inbound), em processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem até o ponto de consumo, passando pela movimentação nos armazéns e transportes. Investimentos Contemplam os recursos comprometidos para funcionamento específico. São gastos ativados, ou seja, fazem parte do ativo da empresa. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 43 Perdas Estão associadas aos bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária, algo inesperado, como obsolescência dos estoques ou falhas e desperdícios ocorridos no processo. Custos quanto ao relacionamento com o objeto São gastos com fornecedores, clientes, produtos, regiões ou canais de distribuição. Eles podem ser de dois tipos: Custos diretos Aqueles que podem ser diretamente apropriados a cada tipo de objeto, pela sua fácil identificação e mensuração. Exemplo: custos de transportes. Custos indiretos Aqueles que não podem ser apropriados diretamente a cada tipo de objeto, por estarem indiretamente associados a ele. Exemplo: custos com TI. Custos quanto ao comportamento diante do volume da atividade São as despesas realizadas com os volumes produzidos, movimentados, transportados, vendidos e distribuídos. Eles podem ser de três tipos: Custos fixos São os custos cujas alterações não se verificam como consequência de variação no volume da atividade logística. Exemplo: custos com armazenagem própria, mão de obra mensalista. Custos variáveis São custos que variam em função do volume da atividade logística. Exemplo: combustíveis no transporte próprio, frete. Custos semivariáveis ou semifixos CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 44 São custos que têm uma parcela variável e outra fixa. Exemplo: mão de obra que recebe um salário fixo e mais comissão por produtividade. Custos quanto ao relacionamento com o processo de gestão São os desembolsos feitos pelas tomadas de decisão da logística. Podem ser de seis tipos: Custos controláveis e não controláveis São influenciados pela decisão e ação de um gestor e pode ser identificado ao objeto ou rastreado em determinado processo/atividade. Já o custo não controlável não pode ser influenciado pela decisão de um gestor. Exemplo: o gestor de logística pode controlar os custos de transporte e armazenagem, mas não pode controlar os gastos com a segurança e a limpeza do armazém, que também são utilizados por outras áreas da empresa. Custo de oportunidade Representa quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração, por ter aplicado seus recursos em uma alternativa ao invés de em outra. Exemplo: uma empresa que poderia aplicar seus recursos em operações no mercado financeiro, em vez de investir em estoques ou outros ativos logísticos. Custo relevante São custos que têm uma parcela variável e outra fixa. Exemplo: mão de obra que recebe um salário fixo e mais comissão por produtividade. Custos irrecuperáveis (sunk costs) São custos incorridos no passado e que não são relevantes para decisões no presente, pois não se alteram em função das decisões. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 45 Custo marginal ou diferencial Considera-se como um custo extra, associado a uma unidade adicional. Podemos exemplificar a escolha do nível de estoque, em que a alternativa que tiver o melhor resultado econômico, ou seja, a melhor solução logística deverá ser a adotada. Custos ocultos São custos que não são visíveis aos gestores, mas que afetam o resultado econômico da empresa, pois ocorrem em condições anormais de operação, associados ao conceito de perdas, tais como falhas e desperdícios nos processos logísticos. Exemplo: superprodução (gerando estoques desnecessários), defeitos, esperas e atrasos, acúmulos de material em processo, transportes internos e ações que podem gerar movimentação desnecessária e processos que, muitas vezes, necessitam ser modificados para serem eficientes. Custos quanto ao relacionamento com o processo de gestão São as despesas realizadas com processo de gestão. Eles podem ser de três tipos: Custo padrão Custos que são considerados dentro da normalidade, os materiais, mão de obra, equipamentos e outros. Custo meta ou alvo (target cost) É a diferença entre o preço do mercado do produto/serviço e a margem de lucro desejada. Custo no ciclo de vida Atualmente, os produtos têm seu ciclo de vida cada vez mais curto e o tempo é a base para a competitividade, é um elemento de diferenciação. O gestor tem que estar atento às diversas etapas do ciclo de vida do produto – criação, CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 46 crescimento, maturidade e declínio –, quando será descontinuado, se os estoques não são bem administrados, podem gerar perdas irrecuperáveis para a empresa. Custos de movimentação e manuseio Os custos de movimentaçãoe manuseio estão intimamente ligados a diversos fatores, como mão de obra e equipamentos utilizados, layout do armazém e tipos de mercadorias. São vários os fatores que contribuem para os custos com movimentação e manuseio: Características de recebimento Contempla volumes por grupo de produto, modo de transporte, características da carga. Nesse aspecto é importante observar a quantidade e volume de carga que será recebida, assim como as características dessa carga (validade, fragilidade). Características de acondicionamento É a estocagem – quantidade/pallet, empilhamento dos pallets, temperatura requerida. Os custos aqui serão influenciados pelo transporte da carga, se foi de forma unitizada ou fracionada, qual a altura de empilhamento tolerada, cuidados especiais necessários, como temperatura requerida para armazenamento. Características de seleção de pedido ou embarque Composto por volume por grupo de produto, quantidade do lote de pedido, modo de transporte, taxa de atendimento de pedido On Time, In Full (OTIF) e tempo de atendimento (entrega). Esse aspecto refere-se ao nível de serviço oferecido aos clientes pela empresa. Fatores que contribuem para os custos com armazenagem Vejamos alguns fatores que contribuem para os custos com armazenagem: Necessidades de etiquetagem e identificação; Características de reembalagem (bens danificados, especiais ou perigosos); CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 47 Necessidade de mão de obra direta e de equipamentos; Necessidade de recursos indiretos (supervisão, manutenção de equipamentos, limpeza, segurança, suprimento etc.. A tabela a seguir ilustra todos os custos fixos, variáveis, diretos e indiretos que podem incorrer na armazenagem das mercadorias: Custos de embalagens São referentes às embalagens e os dispositivos de movimentação, como pallets, racks etc. As embalagens têm o objetivo facilitar o manuseio e a movimentação, bem como a armazenagem, garantir a utilização adequada do equipamento e do veículo de transporte, proteger o produto e prover o valor de reutilização para o usuário. São dois os tipos de embalagem: Embalagem para o consumidor, com ênfase em marketing. Embalagem voltada às operações logísticas (transporte e armazenagem). Vejamos como podem ser os tipos de embalagens para operações logísticas: CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 48 Invólucros diversificados: Caixas de madeira ou papelão, sacas, tambores e etc., que são os mais comuns, onde são movimentados sem outro invólucro especial. Pallets: São estrados de madeira, plástico (slip sheets), metal (shrink) ou papelão, necessitando de empilhadeiras ou carrinhos para mover a carga para transporte. Contêineres: Normalmente de aço ou alumínio, utilizadas, principalmente, na importação e exportação de produtos. Atenção As embalagens podem causar alguns impactos no custo, como: • O controle de estoque depende da identificação que, normalmente é afixada na embalagem do produto; • Viabiliza a rapidez na separação dos pedidos pela identificação e facilidade no manuseio; • O custo de manuseio e movimentação do produto depende da capacidade de unitização e das técnicas aplicadas; • Os custos de transporte e de armazenagem são influenciados pelas dimensões e densidade das unidades embaladas; • A qualidade do serviço prestado ao cliente depende da embalagem para manter especificações de qualidade durante a distribuição e atender às legislações ambientais vigentes. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 49 Impactos nos custos Vejamos, no gráfico a seguir, os impactos nos custos de soluções de embalagens em operações logísticas: Atividade proposta Vamos fazer uma atividade! O OTIF é um indicador de desempenho de entrega de produtos, que dá suporte à melhoria da satisfação do cliente em função do atendimento de pedidos. Explique o OTIF. O OTIF é um indicador de desempenho dos estoques, quer dizer On Time In Full, ou seja, pedidos atendidos dentro do prazo prometido, pelo nível de serviço adotado e completos, com todos os seus itens atendidos. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 50 Referências BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2010. RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011. Exercícios de fixação Questão 1 1. Custo Fixo ( ) Mão de obra dos motoristas próprios. 2. Custo variável ( ) Segurança Patrimonial. 3. Custo indireto ( ) Salário do Gerente Operacional. Questão 2 Alguns aspectos contribuem para os custos de armazenagem. Entre as opções a seguir aponte a que NÃO atende a esse aspecto: a) Necessidades de etiquetagem / identificação. b) Características de reembalagem (bens danificados, especiais ou perigosos). c) Necessidade de mão-de-obra direta e de equipamentos. d) Necessidade de recursos indiretos (supervisão, manutenção de equipamentos, limpeza, segurança, suprimento etc.). e) Custos com tripulação do veículo de transporte. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 51 Questão 3 Aponte a alterativa correta em relação às características de reembalagem: • Bens danificados. • Especiais. • Perigosos. • Frágeis. • Tipo exportação. a) As opções I, II e III estão corretas. b) As opções I, IV e V estão erradas. c) As opções IV e V estão corretas. d) Todas as opções estão corretas. e) Todas as opções estão erradas. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 52 Aula 5: Metodol. de separação e movimentação Introdução O picking é um processo estratégico na cadeia de suprimentos, se adequado e bem executado terá a capacidade de proporcionar agilidez e segurança ao processo de distribuição física. O picking está sempre acompanhado de movimentações e manuseios que também devem ser adequados com relação aos tamanhos dos lotes e as características das mercadorias. Objetivo: 1. Demostrar os conceitos fundamentais do picking e suas modalidades; 2. Explicar a importância de uma movimentação ou manuseio com diversos tipos de equipamentos e suas finalidades. Conteúdo Picking Afinal o que é o picking, como ele funciona e qual sua importância para a cadeia de suprimentos? Para estudarmos os processos de picking, que são as atividades de separação e preparação de pedidos, é importante fazermos uma inter-relação com as principais atividades de armazenagem e estocagem. Já entendemos que todos os armazéns têm alguns tipos de atividades comuns como: • Recebimento de produtos/mercadorias; • Armazenagem (guarda) dos produtos; • Separação de produtos de acordo com pedidos dos clientes; • Preparação dos produtos para entrega no cliente. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 53 A atividade de picking pode ser definida como a atividade responsável pela coleta dos itens correto de produtos, em suas quantidades corretas no armazém, de acordo com o pedido do cliente. Para continuar lendo sobre o picking, clique href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula _5_picking.pdf" aqui. Movimentação/manuseio Ao iniciarmos essa abordagem sobre movimentação/manuseio, faz-se importante uma visão sobre os diversos tipos e características das cargas/mercadorias, que influenciarão sobremaneira os processos de movimentação, seja através de equipamentos ou de forma manual (manuseio). Vejamos, então, as característicasdas cargas/mercadorias: Natureza das cargas As cargas podem ser: Carga geral fracionada Mercadorias heterogêneas, em caixas, sacas, fardos, cartões, amarrados, tambores etc. Podem ser subclassificadas como cargas especiais, contêineres e veículos. Carga a granel Carga homogênea, sem invólucro/embalagem, na forma de sólidos, líquidos e gases. Caracterização das cargas As cargas podem ser caracterizadas quanto ao peso, volume, valor, às dimensões e à fragilidade. Peso Determina tipo/capacidade dos equipamentos adequados à sua movimentação. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 54 Volume Determina o espaço ocupado nos armazéns, pátios ou equipamentos de transporte. Dimensões Podem exigir cuidados especiais. Valor Responsabilidade pela incidência de falta/ avaria. Fragilidade Possibilidade de deterioração e/ou contaminação, exigindo cuidados especiais no manuseio, transporte, armazenagem e estivagem. Cargas perigosas São as cargas potencialmente capazes de oferecer riscos ao ser humano, ao meio ambiente, às demais cargas e ao patrimônio. Classes de cargas perigosas Classe 1 – explosivos; Classe 2 – gases inflamáveis; Classe 3 – líquidos inflamáveis; Classe 4 – sólidos inflamáveis; Classe 5 – óxidos e peróxidos; Classe 6 – venenos; Classe 7 – radioativo; Classe 8 – corrosivos; Classe 9 – outros não especificados. Segregação de cargas perigosas É o ato de se armazenar cargas incompatíveis de tal forma que, mesmo vindo a ocorrer vazamento, borrifo ou rompimento da embalagem, seja totalmente CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 55 impossível que elas venham a ter contato, podendo integrar-se e gerar um terceiro produto danoso. Unitização de cargas Ato de agregar pequenos volumes unitários fracionados em uma única unidade indivisível de carga, facilitando o manuseio, o transporte e a armazenagem. Agora, vejamos as maneiras como pode ocorrer a movimentação dos materiais: Movimentação de materiais Manuseio Movimento interno de volumes pelo esforço humano. Movimentação Movimento interno de volumes com equipamentos. Transporte Transferência externa de volumes, por sistemas mecanizados autônomos. Armazenagem Tempo de espera entre dois movimentos (armazenagem estática). Se a espera for curta, a armazenagem pode ser sobre o equipamento até a fase seguinte (armazenagem dinâmica). Sistemas de movimentação Os sistemas de movimentação dizem mais respeito à armazenagem industrial. Os mais usuais são: • Estática e dinâmica; • Vertical e horizontal; • Interna e externa; CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 56 • Alta e baixa rotatividade; • Grãos e minérios. Equipamentos industriais para movimentação de cargas Alguns exemplos importantes de equipamentos industriais para movimentação de cargas são: Paleteiras Elevador e transelevador Plataformas e rampas elevadoras ou basculantes Para visualizar outros exemplos, clique href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula _5_equipamentos_industriais.pdf" aqui. Atenção Vejamos alguns problemas comumente observados: • Pé direito bem mais alto que a capacidade de elevação dos equipamentos; • Equipamentos inadequados ao manuseio das mercadorias recebidas; • Equipamentos com redução da capacidade máxima de içamento nominal; • Equipamentos com capacidade de içamento inferior ao peso unitário do volume a ser recebido. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 57 A utilização desses equipamentos deve ser adequada ao tipo de mercadoria a ser movimentada e dependerá da capacidade de investimento da empresa. Atividade proposta Já sabemos que os processos de picking são estratégicos para os negócios da empresa. No seu entendimento qual deve ser o processo de picking utilizado no CD da submarino.com? Em virtude da grande quantidade de SKUs estocados e a alta densidade dos pedidos, o melhor picking a ser empregado em um ambiente como o empresa Submarino é o Picking por zona ou área. Referências BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. BOWERSOX, D. J. Logística Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011. CHOPRA, S. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2010. RODRIGUES. P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011. Exercícios de fixação Questão 1 Analise as afirmativas: CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 58 A atividade de picking pode ser definida como a atividade responsável pela coleta dos itens corretos de produtos, em suas quantidades corretas, no armazém, de acordo com o pedido do cliente. POR QUE O processo de picking é considerado uma das atividades mais importantes no armazém. Ele cria um diferencial competitivo fundamental para o sucesso da empresa. Outro aspecto importante é quanto ao deslocamento de pessoal no processo de picking, que pode corresponder a até 100% do tempo total do processo. a) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. b) As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. c) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) As duas afirmações são falsas. e) A primeira afirmação é falsa e a segunda verdadeira. Questão 2 No planejamento da operação de picking, temos que verificar como será organizado o processo e, para isso, teremos que considerar as seguintes definições: • Como dimensionar o número de operadores no processo? Devem-se concentrar muitos pedidos para poucos operadores, ou, ao contrário, distribuir os pedidos por vários operadores? • Esses operadores recolherão todos os itens constantes nos pedidos ou selecionarão alguns itens comuns e recolherão apenas esses? CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 59 • Na utilização do sistema EDI, quantas importações de pedidos deverão ser feitas a cada turno? a) I, II corretas. b) I, III corretas. c) II, III corretas. d) I, II, III corretas. e) I, II, III erradas. Questão 3 Esse tipo de picking deverá ser utilizado para armazéns muito grandes e que contenham um número também grande de SKUs. Essa definição refere-se: a) Picking simples. b) Picking por zona. c) Picking por levas. d) Picking concentrado. e) Picking automatizado. Questão 4 Nesse processo observa-se que cada operador atende apenas um pedido por vez e coleta também apenas um item de cada vez. É ainda uma característica desse processo uma única importação de pedidos por turno. Essa definição refere-se a: a) Picking por zona. b) Picking discreto. c) Picking por levas. d) Picking concentrado. e) Picking automatizado. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 60 Questão 5 De acordo com a natureza, as cargas podem ser classificadas em: a) Leve e pesada. b) Carga geral e granéis. c) Única e mista. d) Unitizada e solta. e) Geral e unitizada. Questão 6 É a estrutura mais utilizada. Empregada quando é necessária seletividade nas operações de carregamento, isto é, quando as cargas dos pallets forem muito variadas, permitindo a escolha da carga em qualquer posição da estrutura sem nenhum obstáculo - movimentação dentro dos armazéns. Apesar de necessitar de muita área para corredores, compensa por sua seletividade e rapidez na operação. Com base nessas informações, estamos falando de: a) Porta-pallets para corredores estreitos. b) Porta-pallets convencional. c) Porta-pallets autoportante. d) Porta-pallets deslizante.e) Porta-pallets para transelevadores. Questão 7 Para manter um eficiente sistema de movimentação de materiais, existem ainda certas "leis" que, sempre dentro das possibilidades, devem ser levadas em consideração. São elas: CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 61 a) Obediência ao fluxo das operações; mínima distância; mínima utilização da gravidade. b) Mínima manipulação; segurança e manipulação; padronização. c) Máxima manipulação; mínima distância; mínima utilização da gravidade. d) Flexibilidade; mínima utilização do equipamento; mínima distância. e) Obediência ao fluxo das operações; segurança e manipulação; flexibilidade. Questão 8 Veículos industriais são equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas intermitentes, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função primaria é transportar e ou manobrar. São utilizados tanto junto ao processo de produção como no de armazenagem para não só transportar cargas, mas também colocá-las em posição conveniente. Sua principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga. Os tipos mais comuns são, EXCETO: a) Carrinhos industriais. b) Empilhadeiras. c) Autocarrinhos. d) Pórticos. e) Rebocadores. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 62 Aula 6: Controle de acurácia do inventário Introdução Para que se possa ter estoques bem equilibrados e que gerem custos justos e obedeçam às estratégias da empresa, faz-se necessário controles bem apurados. Desse modo, os inventários vão ao encontro desses controles, no intuito de apurar a segurança das informações dos estoques. Objetivo: 1. Examinar os conceitos fundamentais dos inventários e suas modalidades; 2. Analisar os resultados dos inventários. Conteúdo Inventários Você sabe o que são os inventários? Os inventários são uma ferramenta de controle fundamental para a garantia de que as informações, principalmente de saldos, estão exatas. Na execução do inventário vai se obter um saldo chamado saldo físico, pois é aquele saldo que se constatou fisicamente através de contagem. Esse saldo físico será confrontado e comparado com o saldo contábil que é o saldo que está no banco de dados da empresa e foi obtido através das inúmeras operações de entradas e saídas em um determinado período de tempo. A eficiência da Administração de Materiais pressupõe a precisão dos registros dos estoques, bem como a real aplicabilidade e necessidade dos itens estocados. No intuito de garantir esses pressupostos, é usual e recomendável a realização de contagens físicas periódicas do estoque total, para que se possa verificar eventuais discrepâncias entre o estoque físico e o estoque contábil, assim como entre estoque registrado e estoque real. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 63 Para ler mais sobre inventários, clique href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula _6_inventarios.pdf" aqui. Tipos de inventários Existem dois principais tipos de procedimentos para inventários. Cada empresa vai escolher o tipo que mais se adéqua ao seu ambiente. Podem ser: Inventário geral É um processo de contagem física de todos os itens da empresa em uma data pré-fixada. É utilizado, usualmente, no fechamento contábil do exercício anual ou em inventários mensais/trimestrais, para conclusão dos custos de produção, ou verificação das informações do estoque. As desvantagens desse tipo de inventário são: • Muitos itens para contar em pouco tempo; • Difícil coordenação dependendo do número de itens e dos volumes; • Dificuldade para realizar novas contagens, em caso de divergências; • Falta de credibilidade nos estoques se a periodicidade for longa; • Não orientado para as causas das divergências e sim para ajustes; • Empresa com operações paralisadas ou prejudicadas para realizar o inventário, envolvendo altos custos; • Processo de interesse contábil e não das operações envolvidas nas atividades fim da empresa; • Desenvolvimento de um péssimo comportamento do pessoal envolvido, de que qualquer problema “o inventário depois acerta”. Inventário rotativo É uma contagem física dos itens em estoque, feita de maneira contínua e programada de modo que os itens sejam somados, de acordo com sua popularidade, a uma frequência normalmente diária. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 64 São considerados microinventários, já que as contagens e conferências são executadas por endereços ou famílias de produtos, como itens classe A tendo prioridade, depois os itens classe B e finalmente os itens classe C, ou ainda a critério da empresa. Essas contagens são feitas, normalmente, na temporalidade diária, conforme já dito, quase sempre ao iniciar o dia de trabalho, com o compromisso de todo o estoque ser inventariado no prazo de um mês, quando se inicia novamente a contagem. É importante frisar que os ajustes e rastreamentos de faltas ou sobras vão sendo feitos continuamente na medida em que são detectados. Para continuar lendo sobre inventário rotativo, clique href="http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS674/docs/Aula _6_inventario_rotativo.pdf" aqui. Inventário por amostragem É empregado em procedimentos de auditoria, valendo-se de uma abordagem estatística. Neste caso, são contados apenas alguns itens que representam uma boa amostra do universo de itens da empresa e, pelo resultado da amostragem, chega-se à conclusão se os métodos de controle estão sendo bem executados. Este método é muito recomendado quando a acuracidade dos estoques é mantida por meio de inventários rotativos e há uma exigência de auditoria ao final do exercício contábil para que sejam feitos inventários gerais (que são então substituídos pelos amostrais). Execução dos inventários Nos inventários, sejam eles gerais ou rotativos, as contagens costumam ser feitas por, pelo menos, duas equipes, a fim de garantir sua precisão e exatidão. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 65 No entanto, caso as contagens não coincidam, convoca-se uma terceira equipe de contagem, eventualmente uma quarta, até que se chegue à quantidade exata de cada item estocado, ou que fique realmente confirmada a discrepância. Atenção Para garantir a eficiência do processo de inventário, recomenda- se especial atenção a alguns pontos, como: • Arrumação física dos materiais, de modo a facilitar a contagem; • Cut off (corte), mapa contendo todos os detalhes dos três últimos documentos emitidos antes da contagem física (notas fiscais, notas de entrada, requisição ou devolução interna de materiais etc.); • Atualização e registros de estoque; • Contagem do estoque: começa pela primeira equipe de contagem, depois a segunda equipe conta os itens novamente, mas de forma independente da primeira equipe (sem conhecer os resultados obtidos na primeira contagem), e assim por diante. É comum as recontagens serem efetuadas apenas nos itens que demostraram diferenças (positivas ou negativas); • Reconciliação e ajustes sempre que houver discrepância entre o estoque contábil e o inventariado. É também muito importante salientar que esses ajustes não possam ser feitos pela gestão do estoque, normalmente ficando esse encargo para as áreas financeiras/contábeis. CADEIA DE SUPRIM., ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO 66 Análise dos resultados dos inventários Após o término do inventário, são emitidos relatórios que contêm o resultado final da contagem. Nos inventários gerais, esse relatório refletirá todo o estoque, no rotativo demonstrará os endereços ou famílias de itens que foram inventariados. Nesses relatórios constam diversas