Prévia do material em texto
���������� � Efeitos do Fumo na doença periodontal Fumantes bebem e alcóolatras fumam 70% dos alcoólatras são fumantes pesados 10% da população são fumantes pesados Fumantes são 1,3 x mais dispostos a consumir álcool � ������� ��� ��� ���� � ���� �������� � ����������� ������� Cristóvão Colombo chegou a América em 1492 - 50 anos depois - cultivo de tabaco em Portugal Mais 50 anos - fumar cachimbo tornou-se um hábito em grande parte da Europa Estudos sobre a planta 1737 - tabaco = Nicotiana tabacum Princípio ativo do tabaco: a nicotina. 1890- nicotina sintetizada em laboratório. Fumo: Fator de risco para doenças �Doença cardiovascular �Doença pulmonar obstrutiva �Câncer �Boca �Garganta �Esôfago Fumantes – 7x mais risco Alcoólatras – 6x mais risco Fumantes + alcoólatras – 38x mais risco Grossi 2004 No Brasil • Redução de 20,5% Número de fumantes caiu de 18,5% em 2008 para 14,7% em 2013 Homens 19,2% Mulheres 11,2% Jovens de 18 a 24 anos – 10,7% • 10,7% em casa • 13,5% no trabalho Fumantes passivos Região sul – maior número de fumantes www.inca.gov.br/tabagismo ���������� � Fumo e doença periodontal •Placa e cálculo •Teoria da placa inespecífica Estudos antigos associavam doença periodontal e fumo devido à má higiene e acúmulo de fatores locais Reconhecimento da DP com causa multifatorial e fatores de risco específicos 1990 – reconhecimento do fumo como fator de risco para a doença Fumo – fator de risco Independente Estudos em larga escala estabeleceram que o fumo aumenta o risco de doença periodontal severa 2,8x comparado a não fumantes, independente da quantidade de placa e cálculo Grossi 2004 Impacto do fumo na DP Redução do NCI é evidente com 10 cigarros/dia • recessão gengival em 2,3% • Profundidade de sondagem 0,3% • Perda de inserção 0,5% Cada cigarro extra aumenta Martinez-Canut et al. 1995 Efeito cumulativo do fumo Efeito do cigarro no periodonto é cumulativo e dose-dependente Quanto mais cigarros/dia e por quanto tempo de vida o indivíduo fumou, mais severa a perda de inserção Relação dose-resposta é vista na perda óssea alveolar Aumento do risco de perda dentária em 70% (Randolph et al. 2001) Grossi e Zambon 1994 Grossi et al. 1994 Tomar e Asma 2000 R isc o d e D P m a ç o /a n o Cigarros por dia Perda de inserção (mm) 1ª cirurgia Enxerto gengival livre Paciente fumante moderada ���������� � Inicial Final 2ª cirurgia Deslize lateral de retalho – com periósteo ativado 2ª cirurgia Deslize lateral de retalho – com periósteo ativado PO 7 diasPO 7 dias PO 14 diasPO 14 dias ���������� Inicial 4m. Após deslize lateral 2m após enxerto livre Todo tipo de fumo é fator de risco para perda de inserção e edentulismo Albandar et al, 2000 Narguilé ou cachimbo d’água Tabaco consumido através do narguilé Revisão sistemática dos efeitos sistêmicos Consumidores apresentam 3 a 5 x mais chance de desenvolver doença periodontal Akl et al. 2010 Mecanismo de toxicidade do fumo no periodonto � Mecanismos locais e sistêmicos associados � 2550 componentes no fumo � 4000 componentes na fumaça Efeitos do cigarro no periodonto As substâncias tóxicas do tabaco afetam virtualmente cada tipo celular do periodonto Efeito imunossupressor no hospedeiro modificando as relações hospedeiro-parasita Reduz a mobilidade, quimiotaxia, e fagocitose de PMNs Redução da produção de anticorpos Mecanismos imunes inatos e adaptativos são prejudicados Alterações vasculares �Fumantes possuem menor densidade vascular, lúmen reduzido e aumento da espessura epitelial Kumar et al. 2011 ���������� � CHANG Citotoxicidade da nicotina nos fibroblastos 24 horas Efeito citotóxico nos fibroblastos 48% - 86% Inibe o crescimento de fibroblastos 14 dias Inibe a proliferação dos fibroblastos Chang et al. 2002 Alterações nos fibroblastos 2 cigarros (G2) Aderência diminuída dos fibroblastos Gamal e Bayomy 2002 Não fumantes (G1) Aderência normal dos fibroblastos Interconexões planas entre as células sobre a superfície radicular Interconexões planas entre as células sobre a superfície radicular Células planas com extensões citoplasmáticas longas Células planas com extensões citoplasmáticas longas Ate 19 cigarros (G3) Baixa aderência na superf. radicular Corpo celular oval localizado longe da superfície radicular Corpo celular oval localizado longe da superfície radicular Mais de 19 cigarros (G4) Falha no crescimento de fibroblastos Células ovais longe da superfície radicular com prolongações pequenas Alterações em células epiteliais Fumaça de 1 cigarro inibe crescimento de células epiteliais gengivais atrávés de uma via de apoptose Rompe a migração das células epiteliais – afeta a cicatrização de feridas Semlali et al. 2011 • Células epiteliais gengivais 100% confluência • Riscos feitos na monocamada • Setas indicam o tamanho inicial e final do risco Semlali et al. 2011 Mucosa oral obtida por engenharia tecidual Ausência de epitélio após 24h da exposição ao cigarro Semlali et al. 2011 Efeitos do cigarro nas bactérias Aumenta sua adesão às células epiteliais Efeito diferencial na colonização bacteriana favorecendo o crescimento de Gram - Diminui o oxigênio permitindo um maior crescimento de microbiota anaeróbia e patógenos oportunistas Tensão de oxigênio na bolsa é menor em fumantes comparado a não fumantes e não influenciado pela suficiência de oxigênio da gengiva ���������� � Fumo e bactérias periodontais Chance de contaminação em fumantes 3,1x mais - A.a. 2,3x mais – Tannerella forsythensis 1,5x mais – P.g Zambon et al. 1996 Quanto mais cigarros, maior chance de se infectar com bactéria da DP Quanto mais cigarros, maior chance de se infectar com bactéria da DP Fumo e bactérias periodontais Pacientes SEM doença periodontal que fumaram 5 ou mais pacotes/ano são 18x mais susceptíveis a serem infectados por periodontopatógenos Fumantes com periodontite agressiva possuem maiores números de Pg. , Tannerella forsythia e C. recta Complexo vermelho: P. gingivalis, T. forsythensis, T. denticola são mais prevalentes em fumantes (Siloah et al. 2000 / Kamma et al. 1999/ Darby et al 2000) GUN Gengivite Ulcerativa Necrosante Eritema linear Eritema linear Inversão de papila Inversão de papila Pseudo- membrana Pseudo- membrana Fatores causais Pobre higiene bucal Gengivite pré-existente Fumo Estresse FUMO • Fumantes pesados Fator predisponente para GUN Alteração da flora bacteriana Depressão de linfócitos T Depressão dos neutrófilos 2ª sessão2ª sessão InicialInicial ���������� 4ª Sessão 2 dias após início do metronidazol 3ª sessão3ª sessão Fumo e mediadores inflamatórios Níveis aumentados de TNF-αααα no fluido gengival Níveis aumentados de elastase neutrofílica, PGE2, MMP-8 Nicotina regula a secreção de PGE2 por monócitos, estimulados por lipopolissacarídeos Maior produção de radicais livres por neutrófilos Defesa aumentada contra radicais livres na gengiva de fumantes sugere inflamação exacerbada nos fumantes FUMO Vasoconstricção periférica Isquemia local Vasoconstricção periférica Isquemia local Aumento organismos patogênicos P.g (LPS) T. forsythensis Aumento organismos patogênicos P.g (LPS) T. forsythensis Doença periodontal Doença periodontal Imunidade reduzidaEspecífica: IgG, IgA Não específica: Diminuição quimiotaxia / fagocitose PMNs Imunidade reduzida Específica: IgG, IgA Não específica: Diminuição quimiotaxia / fagocitose PMNs Aumento ativação do estresse oxidativo Aumento ativação do estresse oxidativo Ativação da cascata inflamatória TNF-α, IL-1β, IL-6 Ativação da cascata inflamatória TNF-α, IL-1β, IL-6 Efeito local Efeito local Efeito sistêmico Efeito sistêmico % sítios sangrantes Parâmetros periodontais Avaliação de 380 pacientes da FOB Avaliação de 380 pacientes da FOB Ragghianti 2003 ���������� � Nicotina Detectada na superfície radicular de fumantes com DP Cotinina (metabólito da nicotina) é encontrada no soro, saliva e fluido gengival Causa redução da proliferação, migração e inserção de fibroblastos Liga-se e é internalizada por fibroblastos alterando o metabolismo celular, síntese de colágeno e secreção de proteína Efeito do cigarro na resposta ao tratamento periodontal Terapia não cirúrgica •Redução da PS •Ganho clínico de inserção Fumantes tem resposta menos favorável à terapia não cirúrgica •Cessação do hábito de fumar restaura a capacidade reparativa Resposta de ex fumantes foi semelhante aos não fumantes Fumantes mantém bactérias como T.f e Pg. Mesmo após raspagem Van Winkelhoff et al. 2001/ Grossi et al 1997 / Terapia não cirúrgica associada à antibioticoterapia sistêmica Resultados semelhantes à raspagem somente • Fumantes 0,7mm menos redução na PS Menor redução na profundidade de sondagem nos fumantes Ocorre persistência da inflamação Persistência de Aa, Pg, Pi e espiroquetas Soder et al. 1999 Terapia cirúrgica Reparação prejudicada em fumantes •Menor redução da PS e menor ganho de inserção Cirurgias a retalho •Menor ganho de inserção em até 5 anos de controle Enxertos com osso liofilizado •80% de falhas nos tratamentos de furca •100% dos fumantes apresentam perda de inserção contínua Regeneração tecidual guiada •Menor recobrimento e redução da recessão (57%) em fumantes do que em não fumantes (78%) Recobrimento radicular Enxerto osso bovino + PRP Fumantes 1 ano PO 1 ano PO Não Fumantes Todos os parâmetros clínicos e radiográficos analisados foram significantemente piores nos fumantes Yilmaz et al. 2010 ���������� � Recobrimento de raiz associado a enxerto de tecido conjuntivo em não fumantes - Uso de EDTA Souza et al. 2008 Recobrimento de raiz associado a enxerto de tecido conjuntivo em fumantes Fumantes │Não Fumantes 4 meses (Martins 2004) 2.3mm │ 1.5mm 6 meses (Silva 2006) 0.74mm │ 0.88mm 6 meses (Erley 2007) 1.72mm │ 1.53mm 6 meses (Souza 2008) 1.53mm │ 1.83mm 12 meses (Silva 2007) 0.70mm │ 0.90mm 12 meses (Andia 2008) 2.00mm │ 1.6mm 24 meses (Silva 2007) 0.72mm │ 0.92mm 24 meses (Andia 2008) 2.4mm │ 1.6mm Fumantes 0 5 10 15 20 25 Fumantes Não Fumantes PROFUNDIDADE DE SONDAGEM Fumantes │Não Fumantes 4 meses (Martins 2004) 2mm │1.5mm 6 meses (Silva 2006) 1.5mm │1.2mm 6 meses (Souza 2008) 10.2mm │8.8mm 12 meses (Silva 2007) 1.8mm │1.24mm 12 meses (Andia 2008) 3.8mm │2.4mm 24 meses (Silva 2007) 2.0mm │1.42mm 24 meses (Andia 2008) 4.0mm │2.6mm PERDA DO NÍVEL DE INSERÇÃO CLÍNICA 0 1 2 3 4 5 4 meses 6 meses 12 meses 24 meses fumantes não fumantes Silva et al. 2006 Recobrimento radicular em fumantes Uso de Tetraciclina Classe I Miller Fumantes │Não Fumantes 4 meses (Martins 2004) 58% │ 74% 6 meses (Silva 2006) 69% │ 91% 6 meses (Erley 2007) 82% │ 98% 6 meses (Souza 2008) 58% │ 83% 12 meses (Silva 2007) 60% │ 85% 24 meses (Silva 2007) 53% │ 83% PORCENTAGEM DE RECOBRIMENTO Fumantes 0 50 100 Fumantes ���������� �� Fumantes │Não Fumantes 4 meses (Martins 2004) 4.5mm │3.3mm 6 meses (Silva 2006) 2.1mm │2.9mm 6 meses (Erley 2007) 4.5mm │4.5mm 6 meses (Souza 2008) 3.23mm │3mm 12 meses (Silva 2007) 2.1mm │2.8mm 12 meses (Andia 2008) 1.5 mm │1.3mm 24 meses (Silva 2007) 2.0mm │2.64mm 24 meses (Andia 2008) 1.5mm │1.3mm GENGIVA CERATINIZADA 0 1 2 3 4 5 Fumantes Erley et al. 2006 Recobrimento de raiz associado a enxerto de tecido conjuntivo em não fumantes. Classificação I e II de Miller. Recobrimento de raiz associado a enxerto de tecido conjuntivo em fumantes. Classificação I e II de Miller. Erley et al. 2006 Erley et al. 2006 Tamanho da Recessão Porcentagem de Recobrimento Radicular em Fumantes Nível de cotinina Fumantes │Não Fumantes 6 meses (Erley 2007) 1.75mm │0.3mm 6 meses (Souza 2008) 1.48mm │0.52mm 6 meses (Silva 2007) 0.84mm │0.22mm 12 meses (Silva 2007) 1.1mm │0.34mm 12 meses (Andia 2008) 1.6mm │0.8mm 24 meses (Silva 2007) 1.28mm │0.5mm 24 meses (Andia 2008) 1.8mm │0.8mm NÍVEL DE RECESSÃO Fumantes 0 5 10 15 6 meses 12 meses 24 mesesFumantes não Fumantes Andia 2008 Recobrimento de raiz associado a enxerto de tecido conjuntivo. Classificação I e II de Miller. Fumantes Não fumantesNão fumantes Pos- operatório de 24 meses ���������� �� Implantes Fumo é associado a falhas em implantes em diferentes estágios do procedimento 2,6x mais chances de perder um implante 16,8% de falhas em implantes na região anterior da maxila contra 3,6% em não fumantes Sucesso de 93% em fumantes e 97% em não fumantes • Fumantes – 80% com problemas de cicatrização (perda do implante ou do enxerto) Enxertos ósseos + colocação imediata dos implantes • Menos falhas que nos fumantes Protocolo de cessação do fumo até 8 semanas após a colocação do implante Javed et al 2012. O paciente vai ouvir conselhos do dentista??? Efeitos estéticos e sociais de fumar preocupam mais os pacientes e devem ser usados como motivação Efeitos na saúde bucal como periodontite, câncer bucal ou cicatrização prejudicada são menos conhecidos Dentistas DEVEM aconselhar o paciente a parar de fumar quando é diagnosticado com periodontite ou após cirurgias Os pacientes esperam que o dentista os aconselhe a parar de fumar e estão dispostos a seguir seus conselhos Dentistas DEVEM fazer o aconselhamento e mostrar os efeitos do fumo ao paciente assim que apareçam na boca Terrades et al. 2009