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Cavidade Oral - Fatores de Risco do Cancer de Boca

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Cavidade Oral: Fatores de Risco do Câncer de Boca
A cavidade oral é uma das portas de entrada do nosso organismo, pertencendo ao sistema digestório, também funciona como uma via de acesso às vias respiratórias.
No desenvolvimento embrionário, a boca se forma a partir do blastóporo — a abertura inicial da blástula. A cavidade oral está constituída por elementos funcionais que são os:
Elementos ativos: Quando se especifica elementos da boca, se está referindo àqueles que, de algum modo na sua função, gastam energia. Os elementos orais de caráter ativo são: Os nervos, os músculos esqueléticos da boca, glândulas de secreção exócrina, fundamentalmente e também, de acordo com achados mais recentes, de natura hormonal.
Elementos passivos: Os elementos orais de caráter passivo, não requerem a liberação de energia para a realização imediata da sua função: contudo estas estruturas como qualquer orgânica, precisam de metabolismo energético para manter suas características biológicas. Entre os elementos passivos devem ser considerados: Os dentes, os ossos maxilo-mandíbulares e faciais, os tendões e ligamentos, a articulação têmporo-mandibular, a mucosa ou epitélio de revestimento da cavidade bucal, como também os vasos sanguíneos que irrigam os elementos bucais.
Divisões e Limites: A cavidade oral é dividida em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dental superior e inferior. Anteriormente, encontra-se limitada pelos arcos alveolares maxilares e mandibulares que alojam os dentes. O teto da cavidade da boca é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade da boca se comunica com a parte oral da faringe. Estando a boca fechada e em repouso, a cavidade da boca é completamente ocupada pela língua.
Gengiva: A gengiva é formada está subdividida em gengiva propriamente dita, gengiva fixa, e em gengiva livre. A gengiva fixa está firmemente presa aos processos alveolares da maxila e mandíbula e aos colos dos dentes. Ela é rósea, pontilhada e queratinizada. A mucosa alveolar ou gengiva livre é, normalmente, vermelho-brilhante. 
Língua: A língua é o órgão muscular relacionado ao sentido do paladar. Fica localizado na parte ventral da cavidade oral propriamente dita. Na maior parte dos vertebrados serve para "processar" os alimentos. Participa na fonação sendo o único músculo voluntário do corpo humano que não fadiga.
 Palato: O palato é o assoalho da cavidade nasal e teto da cavidade oral. Possui duas partes, uma óssea, o palato anterior e outra musculomembranácea, o palato posterior. Na parte oral do palato mole, há riqueza de glândulas salivares. No palato mole pode haver botões gustativos. O palato duro não tem glândulas salivares. 
O que é o Câncer?
Câncer é um crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo, estas células tendem a ser muito agressivas, se multiplicam rapidamente formando o tumor, ou neoplasia maligna.
Quando estas células desordenadas se multiplicam vagarosamente, e não invadem outros tecidos, chamamos de tumores benignos. Estes raramente causam risco de morte.
 Existem mais de 100 tipos de cânceres. Basicamente, chamamos de carcinoma os tumores que iniciam em células epiteliais (pele e mucosas). E de sarcoma, quando iniciam em células conjuntivas (ossos, músculos, ligamentos e cartilagens).
O Câncer de Boca
O câncer oral é o que tem início na cavidade bucal, são tumores que acometem a boca e parte da garganta. Pode se desenvolver nos lábios, língua, céu da boca, gengiva, amígdala e glândulas salivares. Alguns dos principais fatores de risco são o tabagismo, alcoolismo, falta de higiene bucal e alimentação pobre em vitaminas e minerais, pessoas imunodeprimidas e portadores de próteses mal-ajustadas ou que sofram de outra irritação crônica da mucosa bucal. Além da ação das substâncias cancerígenas, a exposição contínua ao calor desprendido pela combustão do fumo potencializa as agressões sobre a mucosa. É mais frequente em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. Existem tumores de boca em adolescentes e adultos jovens, mas estes são de causas genéticas e são raros. 
O câncer pode se manifestar sob a forma de feridas na boca ou no lábio que não cicatrizam em uma semana, caroços, áreas de dormência, sangramentos sem causa conhecida, nódulos duros nas gengivas e bochechas, dor de garganta contínua e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio.
 Nas fases mais evoluídas, provoca mau hálito, dificuldade em falar, mastigar e engolir áreas de inchaço, dor e presença de linfadenomegalia cervical (ínguas). Na maioria das vezes, é assintomático.
Prevenção 
O primeiro passo para se prevenir do câncer de boca é adquirir hábitos saudáveis. O paciente deve procurar ajuda para parar de fumar, pois é fato que o cigarro está ligado a uma série de problemas de saúde, inclusive o câncer de boca, reduzir os dias de consumo de bebidas alcoólicas e também as doses. A alimentação também é um fator muito importante de prevenção. E para afastar de vez os fatores de risco do câncer de boca ter uma boa higienização da boca, em especial após as refeições e procurar o dentista ou médico frequentemente.
Por isso a extrema importância do auto exame: os primeiros sinais da doença não são sentidos, apenas vistos. O auto exame é mais importante ainda em pessoas com mais de 40 anos, fumantes, alcoólatras, pessoas com o hábito de tomar chimarrão muito quente, portadores de próteses dentárias e quem fica muito exposto ao Sol.
O Auto Exame
Realize o auto exame em um lugar bem claro; em frente a um espelho. Lave bem as mãos.
 Inicie com a boca fechada, observando bem os lábios. Depois, com os dentes cerrados, verta o lábio inferior e depois o superior. Abra a boca, afaste a bochecha e o observe-a toda por dentro. Vire a cabeça um pouco para trás e abra bem a boca. Observe-o desde o início nos dentes anteriores até a garganta. Agora, levante bem a língua e toque, com a língua, o céu da boca. Abra bem a boca, tente abaixar o fundo da língua e observe. Depois, observe o fundo da garganta. Coloque toda língua pra fora e observe-a. Em seguida, com uma gaze ou algodão, segure a ponta dela e verta para um lado, observe bem. Depois repita para o outro lado.
O que procurar ?
 Manchas, ulcerações e nódulos que não saram há duas semanas; ou que crescem a cada dia.Caso desconfiar de algo, procurar imediatamente um dentista.
Tratamento do câncer de boca 
O tratamento do câncer de boca varia de acordo com o quadro clínico do paciente. Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito quando a doença já se encontra num estágio mais avançado, por isso necessita de intervenções cirúrgicas para a remoção do tumor, sessões de quimioterapia e radioterapia. O sucesso do tratamento está diretamente ligado à gravidade do tumor, a reação do paciente ao tratamento e principalmente ao DIAGNÓSTICO PRECOCE.
Programa para detecção precoce do câncer bucal do Estado do Paraná
A Secretaria de Estado da Saúde vai implantar testes rápidos para o pré-diagnóstico do câncer bucal em todas as 2,5 mil unidades de saúde do Paraná. O novo método é pioneiro no país e faz parte do Programa Estadual de Detecção Precoce do Câncer Bucal, apresentado nesta quarta-feira (13/03), com o lema “1 minuto para salvar uma vida”, o programa vai ampliar o acesso ao diagnóstico da doença na rede pública de Saúde. O teste rápido é um método simples e eficaz que poderá identificar lesões com indícios de câncer.
Estima-se que mil casos novos de câncer bucal sejam identificados anualmente no Paraná. Atualmente, o principal problema é que esses casos são diagnosticados quando as lesões já estão em estágio avançado, dificultando o tratamento.
Teste ─ O método leva apenas um minuto e serve como uma triagem de casos suspeitos:o profissional de saúde examina a cavidade oral do paciente em busca de lesões. Caso encontre alguma, ele limpa a área afetada com ácido acético por 20 segundos e aplica uma substância chamada azul de toluidina, que reage por mais 20 segundos. Após esse período, o profissional remove o excesso da substância aplicada com uma nova aplicação do ácido acético e observa a lesão. Se após essa limpeza, a lesão ainda apresentar coloração azul escura, o teste de triagem será positivo e o paciente é encaminhado para realizar uma biópsia, que comprovará ou não o câncer. A biópsia será ofertada nos 48 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) que já existem no Paraná. Algumas unidades básicas de saúde também serão estruturadas para oferecer o serviço.

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