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Indignidade e Deserdação

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Indignidade e Deserdação:
Indignidade é uma pena civil que priva do direito à herança não só o herdeiro como também o legatário que cometeu atos criminosos, ofensivos ou reprováveis, contra a vida, a honra e a liberdade do de cujus, taxativamente enumerados na lei.
A deserdação vem a ser o ato pelo qual o próprio de cujus exclui da sua sucessão, por testamento, e indicando expressamente a causa, herdeiro necessário. O deserdado fica privado da legítima por ter praticado ato taxativamente enumerado no CC artigos 1814, 1962 e 1963.
Semelhanças entre os institutos:
Impõem a mesma pena, qual seja, a não participação na sucessão do falecido;
Possuem o mesmo fundamento que é a vontade expressa ou presumida do morto que não deseja ver seus bens com quem foi capaz de cometer ato de tamanha gravidade;
Devem ser confirmadas por sentença sob pena de não produzirem efeito;
As ações por indignidade e deserdação só podem ser propostas após a morte do de cujus. Porque apenas com a morte surge o direito à herança. Mas poderá ser proposta cautelar de produção antecipada de provas;
As causas de indignidade coincidem com as de deserdação e vem previstas no artigo 1814 do CC. Mas as causas dos artigos 1962 e 1963 são exclusivas para deserdação;
Os herdeiros (na linha reta descendente) do deserdado e do indigno herdam por representação, já que a pena tem caráter pessoal e não transcende a pessoa do indigno ou deserdado.
Diferenças ente os institutos:
	Indignidade
	Deserdação
	Para sua ocorrência é necessária a previsão legal somada à vontade dos interessados de mover a ação judicial para reconhecimento da indignidade
	Decorre da vontade do falecido, que a determina por meio de testamento. Entretanto, só nos casos previstos em lei e só se houver justo motivo..
	Envolve sucessão legítima e testamentária
	Envolve sucessão testamentária, pois depende de testamento. Mas altera a sucessão legítima.
	A pena pode ser cominada a qualquer herdeiro: legítimo, necessário e testamentário.
	Só atinge os herdeiros necessários, sendo forma própria de retirar-lhes o direito à legítima.
	Até ciscunstâncias posteriores à morte do autor da herança podem ser reconhecidas como provocadoras de indignidade.
	Só se estabelece por causas anteriores à morte.
	O indigno entra, por força do princípio de saisine, na posse dos bens da herança desde logo, pois a indignidade depende de ação judicial que a constitua.
	.Existem duas correntes. A primeira afirma que por força do princípio de saisine o deserdado entra na posse e propriedade da herança mas que após a publicação do testamento passa a ter propriedade resolúvel. A segunda corrente afirma que o deserdado não entra na posse de forma imediata, pois enquanto não se decida acerca da veracidade das causas da deserdação os bens da herança permanecerão em depósito aguardando o resultado da ação.
	Podem propor a ação de indignidade: herdeiros, legatários, credores, município, DF, União. Há, entretanto, corrente que entende que só podem mover a referida ação, aqueles que se beneficiarão dela e dos seus efeitos puramente patrimoniais, não havendo interesse público e portato não seria legitimado o MP apenas os herdeiros. (vide enunciado 116 da I Jornada de Direito Civil)
	Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador
	Deverá ser confirmada por sentença, sob pena de não produzir efeitos.
	Deverá ser confirmada por sentença, sob pena de não produzir efeitos.
	Prazo para propositura: decadencial de 4 anos
Obs. A ação deve ser proposta enquanto o ofensor estiver vivo. Após sua morte a pena é extinta.
	Prazo para propositura: decadencial de 4 anos.
	Termo inicial do prazo: abertura da sucessão
	Termo inicial do prazo: abertura do testamento
	Sentença com efeitos ex tunc
	Sentença com efeitos ex tunc
	O indigno pode ser reabilitado por perdão expresso em testamento ou outro ato autêntico. Ou ainda pode ocorrer o que se chama de reabilitação tácita que é quando, já conhecendo da causa de indignidade o testador contempla o herdeiro ofensor. Nesse caso a herança se limitará ao que está prescrito em testamento.
	O deserdado pode ser reabilitado por perdão expresso em testamento ou outro ato autêntico.
	O indigno não terá direito ao usufruto e a administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança nem à sucessão eventual destes bens.
	O indigno não terá direito ao usufruto e a administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança nem à sucessão eventual destes bens.
	O indigno não está proibido de representar seu pai na sucessão de outro parente.
	
	O excluído da sucessão por indignidade, uma vez apurada a obstação, ocultação ou destruição de testamento por culpa ou dolo, deverá responder ainda por perdas e danos.
	
*Bens ereptícios: são os bens da herança que com a declaração de indignidade deverão ser restituídos ao herdeiro real.

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