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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA MARÍLIA RODRIGUES SILVA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 3 FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES DA DESTILAÇÃO ITAPETININGA 2014 MARÍLIA RODRIGUES SILVA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 3 FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES DA DESTILAÇÃO Trabalho apresentado à disciplina de Química Orgânica, do curso de Biomedicina da Faculdade Sudoeste Paulista. Orientador: Prof. Dr. Ricardo A. Hakime-Silva ITAPETININGA 2014 INTRODUÇÃO A matéria é composta por pequenas partículas que de acordo com o grau de agregação entre elas é possível identificar três estados físicos, que são o sólido, liquido e gasoso. 1,2 Fig. 1.1 – Características das agregações entre as moléculas. No estado sólido as moléculas da matéria se encontram mais juntas, possuindo assim forma fixa, volume fixo e não é possível que sofra compressão. Forma e volumes constantes, grande força de coesão. Exemplo: no gelo as moléculas estão próximas e não se deslocam. Já no estado liquido as moléculas não estão tão próximas como no estado sólido, os elementos encontrados nesse estado possuem formas variáveis, mas o volume é constante, possuem facilidade de escoamento e adquire a forma do recipiente que o contém. Forma variável e volume constante, força de coesão e repulsão. O estado gasoso encontra-se com a movimentação das moléculas maior comparado com a dos outros estados, sendo que se houver variação de pressão exercida sobre o gás podemos aumentar ou diminuir o volume dele, pode-se dizer que facilmente o gás sofre compressão e expansão. Forma e volume variáveis, grande força de repulsão. Essas características obedecem a fatores como a força de coesão, faz com que as moléculas se aproximem entre elas, e a força de repulsão, faz com que as moléculas se afastem.1,2,3 Com o aumento da temperatura o volume, a densidade e a forma de um composto podem variar tudo começa no estado sólido, ou seja, o gelo que está abaixo de 0 oC, com o aumento da temperatura ele fica com 0 oC, quando se encontra com essa temperatura temos o ponto de fusão, a temperatura continua a mesma, mas quando está o processo de fusão, temos o sólido e líquido. Terminando a fusão temos o líquido, a temperatura continua aumentando e quando chega em 100 oC temos o ponto de ebulição dando início a vaporização. 1,3,4 Fig. 1.2 – Imagem identificando as variações de estados físico da matéria. O conceito de destilação nada mais é que a separação o puro do impuro, a destilação é um método utilizado até os dias de hoje sendo o processo mais comum nas indústrias químicas. É um modo de separação que se baseia no fenômeno de equilíbrio liquido – vapor, quando se tem duas ou mais misturas formando uma mistura liquida, um método adequado para purifica-la é a destilação, mas é preciso que a volatilidades seja diferente. 1,2,3,4 No modo mais simplificado destilação é quando duas substancias são separadas através do aquecimento, o que acontece é muito simples, quando a solução é aquecida até o liquido com o menor ponto de ebulição comece a evaporar, o único caminho para seguir é o condensador que tem suas paredes frias, por conta da entrada de H2O, ao entrar em contato com as paredes frias do condensador o vapor se condensa, retornando ao seu estado liquido, após todo o líquido com menor ponto de ebulição passar pelo condensador e chegar ao destino final, sobrara apenas as “impurezas” dessa substância. 1,2,4 lamparina Fig. 1.3 – Circuito para destilação simples. OBJETIVO Aprender os fundamentos principais e as aplicações da destilação usando materiais simples do laboratório. MATERIAIS E MÉTODOS Balão de destilação; Condensador; Erlenmeyer; Proveta; 2 suportes universais; Anel em suporte para tela de amianto; Garra grande; Garra pequena; 2 mangueiras; Torneira; Lamparina a álcool etílico (fonte de calor); Termômetro; Tela de amianto; Fita adesiva; 2 rolhas de borracha; Água; Suco de Goiaba. Primeiramente foi montada a aparelhagem. A garra menor foi usada para prender o balão de destilação ao suporte universal a cerca de 3 a 4 cm acima da fonte de calor e a tala de amianto colocada logo abaixo do balão com o anel em suporte. No outro suporte universal, foi usada a garra maior para prender o condensador de forma que o mesmo fique em diagonal e o erlenmeyer foi colocado abaixo de extremidade inferior. Uma das mangueiras foi colocada na entrada de água do condensador e na torneira, a outra foi colocada na saída de água do condensador e na pia, sendo fixadas com o auxílio de fita adesiva. Uma das rolhas foi usada para fixar o condensador ao balão de destilação. Depois que a aparelhagem já estava pronta, com o auxílio de uma proveta, foram adicionados cerca de 100 mL de suco de goiaba ao balão de destilação e a outra rolha foi colocada em sua extremidade superior para fixar o termômetro e isolar do meio externo. A água da torneira foi ligada e a lamparina foi acesa com um isqueiro. Os dados foram anotados. Após o experimento, o balão volumétrico foi levado até a pia, como o auxílio da garra que fazia seu suporte, e a solução aquecida foi descartada junto com água corrente para que não ocorra dilatação do encanamento pela alta temperatura. O balão foi colocado novamente no suporte universal para que possa ser lavado e seco depois de esfriar-se. RESULTADOS E DISCUSSÃO Gráfico 1. Primeiro intervalo de medição da temperatura da solução em relação ao tempo, usando a tela de amianto. O gráfico 1 mostra a velocidade do aquecimento da solução com o uso da tela de amianto. A temperatura inicial, ambiente, era de 27° C e quanto atingiu 28° C o balão de destilação começou a suar. Após 20 minutos foi retirada a tela de amianto para aumentar a velocidade de aquecimento, os dados estão no gráfico 2. Gráfico 2. Segundo intervalo de medição da temperatura da solução em relação ao tempo, sem o uso da tela de amianto. O gráfico 2 mostra que a velocidade do aquecimento aumentou com a retirada da tela de amianto. Quando a solução atingiu 40° C começou a borbulhar, mostrando que esse pode ser seu ponto de fusão. Quando chegou a 80° C, a tela de amianto foi colocada novamente e os dados estão a seguir. Gráfico 3. Terceiro intervalo de medição da temperatura da solução em relação ao tempo, usando a tela de amianto. No gráfico 3 pode-se observar que houve uma queda rápida na temperatura, por isso a tela de amianto foi retirada novamente. Gráfico 4. Quarto intervalo de medição da temperatura da solução em relação ao tempo, sem o uso da tela de amianto. Imediatamente após retirar a tela de amianto, a temperatura começou a aumentar novamente, até que estacionou em 90° C após, aproximadamente, 35 minutos do começo do experimento. Com 89° C a primeira gota de destilado caiu no erlenmeyer, iniciando, de fato, a destilação. Diferentemente da solução, que possuíra coloração rosada enquanto estava no balão volumétrico, o líquido destilado era incolor e a única coisa que possuía era o flavor da solução, ou seja, o aroma. Provavelmente esse líquido destilado não possuía o mesmo gosto da solução usada inicialmente e isso se dá pelo fato dos açúcares nele presentes não evaporarem com esse processo. Pode-se dizer que o experimento demorou mais que o esperado pela presença da tela de amianto, que não é indicado quando se utiliza uma fonte de calor de chama fria como a lamparina de álcool etílico. CONCLUSÃO Conclui-se que uma determinada substancia quando aquecida muda de estado, mas quando á o resfriamento ele pode volta a seu estado inicial, nessa experiência percebemos que quando uma substancia sofre mudança de estado, ou seja, quando acontece a separação, destilação do “puro do impuro”, o aroma da substancia vai junto, como aconteceu na experiência feita no laboratório. REFERÊNCIAS 1 Alves, L. (2009). Estados físicos da matéria. Acesso em 15 de 09 de 2014, disponível em Brasil Escola:<http://www.brasilescola.com/quimica/estados-fisicos-materia.htm>. 2 Martins, L. (2006). Destilação simples. Acesso em 14 de 09 de 2014, disponível em Info Escola: <http://www.infoescola.com/quimica/destilacao-simples/> 3 Saturados. (2010). O que é destilação?. Acesso em 14 de 09 de 2014, disponível em Blog da química: <http://supersaturados.blogspot.com.br/2010/03/o-que-e-destilacao.html> 4 Melo, W. (2012). Estados físicos da água. Acesso em 15 de 09 de 2014, disponível em Física na EREM – NSPS: <http://profwilker.blogspot.com.br/2012/05/estados-fisicos-da-agua.html>
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