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Resumo de Direito Civil Av. Bimestral 2 B DN6B

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Resumo de Direito Civil – Direito de Família – Av.Bimestral 2° B DN6B
Efeitos jurídicos do Matrimônio
Produz várias consequências que se projetam no ambiente social, nas relações pessoais e econômicas dos cônjuges e nas relações pessoais e patrimoniais entre pais e filhos, dando origem a direitos e deveres.
03 classes:
1) Social – cria a família matrimonial e estabelece vínculo de afinidade;
2) Pessoal – apresenta o rol de direitos e deveres entre os cônjuges,pais e filhos.
3) Patrimoniais – fixa o dever de sustento da família, a obrigação de alimentar e o regime de bens. 
1.1 Efeitos Sociais:
Constituição da família, pois o planejamento é de livre decisão: Art. 226, §1° e 2° da CF – “ A família,base da sociedade, tem especial proteção do Estado.” § 1° - O casamento é civil e gratuita a celebração. § 2° - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
Art. 1.565, § 2°, 2ª parte (CC) - “ o planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas. 
Art. 1.513 do CC – É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.
Art. 1.597 ao Art. 1.598 do CC – concepção presumida da filiação na constância do casamento.
O casamento produz a emancipação do cônjuge menor de idade.
Art. 1.565, caput – status de casado – “ pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família”.
Art. 226, § 3° - mais durável e moralmente e espiritualmente mais sólido.
Efeitos Pessoais:
Com o ato matrimonial nascem situações jurídicas que impõe direitos e deveres recíprocos.
Art. 1.566, incisos I a IV – a) fidelidade recíproca, b) vida em comum, no domicílio conjugal, c) mútua assistência, d) respeito, e) consideração mútua.
O dever moral e jurídico de fidelidade decorre do caráter monogâmico. Já o dever de fidelidade perdura enquanto subsistir a sociedade conjugal, ainda que estejam separados de fato, terminando apenas com a morte, nulidade, anulação, separação judicial ou extrajudicial ou divórcio. 
Núpcias = vida em comum no domicílio conjugal = coabitação.
Art. 1.566, inciso II do CC – vida em comum, no domicílio conjugal – a coabitação é o estado de pessoas de sexo diferente que vivem juntos na mesma casa, convivendo sexualmente. Um cônjuge tem o direito sobre o corpo do outro.
Art. 226, § 5° da CF – Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
Art. 1.569 do CC –os cônjuges devem conviver na mesma casa e o domicílio será escolhido por ambos.
A infração do dever de coabitação pela recusa injustificada à satisfação do débito conjugal constitui injúria grave, implicando ofensa à honra, à respeitabilidade, à dignidade do outro consorte podendo levar à separação.
Art. 1.573, inciso III do CC – “ podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos: III – sevícia ou injúria grave; IV – o abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo.
A violação do dever de assistência e do respeito e consideração mútua constitui injúria grave. 
Art. 1.567 do CC – confere o exercício da direção da sociedade conjugal à ambos, independente de regime de bens, não colocando nenhum dos cônjuges em posição inferior, e sempre no interesse do casal e dos filhos. – isonomia conjugal.
Também pelo CC compete a qualquer dos consortes a representação legal da família com obrigação de proteção física e moral. 
Os Art. 1.565, Art. 1.567 e Art. 1.568 do CC. não apresentaram divisão de tarefas dentro do lar – isonomia conjugal. 
Art. 1.568 do CC – os cônjuges tem a obrigação de contribuir na proporção de seus bens e rendimentos para o sustento da família.
Os Art. 1.643 e Art. 1.644 determinam a responsabilidade solidária dos cônjuges nas dívidas e responsabilidades patrimoniais. 
Direitos e Deveres dos pais para com os filhos:
Art. 1.566, inciso IV – dever dos pais de sustentar, guardar e educar os filhos, preparando-os para a vida de acordo com suas possibilidades. 
Art. 1.568 do CC – tanto o pai como a mãe tem o dever de contribuir para as despesas da educação dos filhos, na proporção de seus bens e rendimentos, independente do regime patrimonial. 
Art. 227 e Art. 229 da CF - dever de assistir, criar e educar os filhos menores. 
Art. 1.631 do CC – o poder familiar é exercido por ambos – “ durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais, na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade”.
A violação das obrigações, principalmente no que concerne aos filhos menores e não emancipados, acarreta a suspensão ou destituição do poder familiar.
Art. 244 a Art. 247 do CP – dispõe sobre o crime de abandono de família. 
Art. 1.637 a Art. 1.638 do CC – causas de suspensão e perda do poder familiar.
A separação ou o divórcio em nada alteram os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos. Art. 1.579 do CC – o divórcio não modifica os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.
Efeitos Patrimoniais:
A essência das relações econômicas entre os consortes reside, indubitavelmente, no regime matrimonial de bens. 
O regime matrimonial de bens é o conjunto de normas aplicáveis às relações e interesses econômicos resultantes do casamento.
Art. 1.639, § 1° do CC – O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento. 
Princípios Fundamentais do Regime de Bens:
Variedade do regime de bens: comunhão universa,, comunhão parcial, separação total, participação final dos aquestos.
Liberdade dos Pactos antenupciais – permite-se aos nubentes a livre escolha do regime que lhes convier. 
Art. 1.639 do CC – É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
Art. 1.640, parágrafo único do CC – Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que o CC regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas. 
O pacto antenupcial é um contrato solene realizado entre os cônjuges e antes do casamento, por meio do qual as partes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre eles desde a data do matrimônio. 
Art. 1.653 do CC – será nulo o pacto que não se fizer por escritura pública. 
Mutabilidade Justificada do Regime adotado:
Art. 1.639, § 2°do CC – É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. 
Depende de autorização judicial, atendendo a um pedido motivado de ambos os cônjuges, após a procedência das razões por eles invocadas e da certeza de que tal não causará qualquer gravame a direito de terceiros. É necessário que juntem certidões negativas do fisco, protesto e distribuição de ações.
A imediata vigência do regime de bens na data do casamento.
Regime de Comunhão Parcial:
É aquele que, basicamente, exclui da comunhão os bens que os consortes possuem ao casar ou que venham a adquirir por causa anterior e alheia ao casamento, e que incluem na comunhão os bens posteriores. Permite que cada consorte conserve como seu aquilo que já lhe pertencia no momento da realização do ato nupcial.
Art. 1.658 do CC – No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes:
Art. 1.659 do CC – excluem-se da comunhão: a) os bens que cada cônjuge possuir ao casar e os que lhes sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; b) os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares, c) as obrigaçõesanteriores ao casamento, d) as obrigações provenientes de atos ilícitos,salvo reversão em proveito do casal, e) os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão, f) os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge, g) as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
Art. 1.660 do CC – incluem-se na comunhão: a) os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só no nome de um dos cônjuges, b) os bens adquiridos por fato eventual, c) os bens adquiridos por doação, herança ou legado em favor de ambos os cônjuges, d) as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge, e) os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento. 
Art. 1.661 do CC – são incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento. 
Art. 1.569, inciso VII do CC : pensão – quantum pago, periodicamente por força da lei, sentença judicial com a finalidade de provar sua subsistência. Meio-soldo – metade do soldo pago pelo Estado à militar reformado. Montepios – é a pensão que o Estado paga aos herdeiros de funcionários, falecido em atividade ou não.
Regime de Comunhão Universal :
Pelo qual não só todos seus bens presentes ou futuros, adquiridos antes ou depois do matrimônio, mas também as dívidas passivas tornam-se comuns, constituindo-se uma só massa. 50% (metade) do patrimônio comum. Antes da dissolução e partilha não há meação, mas tão somente metade ideal de bens e dívidas comuns ( Art. 1.667 do CC).
Princípios do Regime Universal:
Tudo o que entra para o acervo dos bens do casal fica subordinado à lei da comunhão;
Torna-se comum tudo o que cada consorte adquire, no momento em que se opera a aquisição;
Os cônjuges são meeiros em todos os bens do casal, embora um deles nada trouxesse ou nada adquirisse na constância do matrimônio.
Art. 1.668 do CC – excluem-se da comunhão : a) os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; b) os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; c) as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas em proveito comum; e) as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; f) os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
À ambos os cônjuges compete a administração dos bens – Art. 1.663 do CC.
Art. 1.671 do CC – extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro. Extinção – dissolução da sociedade conjugal: morte, sentença de nulidade ou anulação, separação e divórcio. 
Morte – cônjuge sobrevivente continua na posse até a partilha.
Nulidade/ anulação – não há partilha e cada um retira o que trouxe para a massa.
Divórcio ou separação – bens repartidos em partes iguais. 
Regime de Participação Final nos Aquestos:
Art. 1.672 a Art. 1.686 do CC
É útil à cônjuges que exerçam atividade empresarial, pois tem maior liberdade de ação. Há formação de massas de bens particulares incomunicáveis durante o casamento, mas que se tornam comuns no momento da dissolução do matrimônio.
Na constância do casamento os cônjuges tem a expectativa de direito à meação, pois cada um só será credor da metade do que o outro adquiriu, a título oneroso durante o matrimônio, se houver dissolução da sociedade conjugal.
Art. 1.672 do CC – No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
Existem 02 patrimônios:
1°) inicial – conjunto de bens que possuía cada cônjuge à data das núpcias e os que foram por eles adquiridos, a qualquer título, oneroso ou gratuito durante a vigência matrimonial ( Art. 1.673 do CC).
2°) Final – verificável no momento da dissolução do casamento (Art. 1.674 do CC).
A administração é exclusiva de cada cônjuge. O pacto nupcial é definido como livre a disposição dos bens (Art. 1.656 do CC); se não houver convenção, somente poderá alienar bens com a autorização do outro cônjuge (Art. 1.647, inciso I do CC).
Regime de Separação de Bens:
Aquele em que cada consorte conserva, com exclusividade, o domínio, posse e administração de seus bens presentes e futuros e a responsabilidade pelos anteriores e posteriores ao matrimônio. 
Art. 1.687 do CC – estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Há incomunicabilidade não só dos bens que cada qual possuía ao se casar, mas também dos que vieram a ser adquiridos na constância do casamento.
Há a completa separação de patrimônio; Poderá alienar sem a autorização do outro cônjuge; ativo e passivo também é separado; contudo ambos são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção de seus rendimentos ou bens.
Em certas circunstâncias a lei impõe esse regime – Art. 1.641 do CC – é obrigatório o regime da separação de bens no casamento: a) das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; b) da pessoa maior de 70 anos; c) de todos que dependerem para casar de suprimento judicial.
Art. 1.523 – das pessoas que estão sob as causas suspensivas do casamento. 
Art. 977 do CC – os cônjuges que tiverem de se casar sob o regime obrigatório de separação de bens não poderão contratar sociedade entre si.
Quanto as dívidas, responde cada consorte pelos seus créditos.
Art. 1.643 do CC c/c com o Art. 1.644 do CC – contração de dívidas e responsabilidade solidária dos cônjuges. 
Art. 1.652 do CC – O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro, será para com este e seus herdeiros responsável: a) como usufrutuário, se o rendimento for comum; b) como procurador, se tiver mandato expresso ou tácito para os administrar; c) como depositário, se não for usufrutuário, nem administrador. 
Deverá proceder com diligência necessária à sua guarda e conservação, restituindo-os ao seu cônjuge quando este o exigir ou aos seus herdeiros após o óbito dele, com todos os frutos acrescidos.
Com a dissolução do casamento cada um retira seu patrimônio. Havendo óbito, o cônjuge sobrevivente entrega aos herdeiros do falecido a parte deste. Se houver bens comuns, o administrará até a partilha. 
Dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal:
Art. 1.571 – pela morte; nulidade ou anulação; separação judicial ou extrajudicial ou divórcio.
Art. 1.571, § 1° do CC – presunção do óbito.
OBS: a sociedade conjugal termina com a separação judicial ou extrajudicial e impede os cônjuges de convolar novas núpcias; já o vínculo matrimonial termina com a morte de um dos cônjuges, invalidade do casamento, divórcio e a presunção de óbito (ausente). 
Sociedade Conjugal – complexo de direitos e obrigações que formam a vida em comum dos cônjuges.
EC nº 66/2010 e o Art. 226, § 6° da CF – facilita a dissolução da casamento pelo divórcio extinguindo-se os requisitos para o divórcio ao eliminar os prazos se separação judicial e separação de fato e a discussão da culpa dos cônjuges pela falência do casamento.
OBS: se houver processo anterior à EC 66/2010 o órgão judicante, ouvindo as partes, poderá permitir, se estas assim quiserem, o aditamento do pedido de separação, viabilizando que postulem divórcio direto, acatando o princípio da economia processual.
Dissolução da sociedade conjugal pela morte: faz cessar o impedimento para contrair novo casamento tanto pela morte real (Art. 1.571 do CC) como pela morte presumida ( Art. 1.571 , § 1° do CC). 
Se não quiser aguardar a declaração de morte presumida, poderá requerer divórcio direto ( Art. 1.580, § 2° do CC), requerendo a citação do ausente por edital.
A declaração de ausência produz os efeitos de mortereal, tornando irreversível a dissolução da sociedade conjugal.
O retorno a qualquer tempo em nada interfere no novo casamento = plena validade.
Separação Judicial e Extrajudicial 
Separação Judicial: 
Consensual – mútuo consentimento.
Litigiosa – unilateral.
A separação judicial é causa de dissolução da sociedade conjugal; mas não rompe o vínculo matrimonial, é medida preparatória para o divórcio e é personalíssima. 
Art. 3°, § 2° da Lei 6.515/77 – o órgão judicante deverá promover todos os meios possíveis para as partes conciliarem ou transigirem.
A) Separação Judicial Consensual – Art. 1.120 ao Art. 1.124 do CPC – a petição deverá ser assinada pelos 2 cônjuges e por seus advogados ou por advogado comum.
Art. 1.121 do CPC – a petição deverá ser instruída com: a) certidão de casamento, b) pacto antenupcial (se houver) e c) descrição de bens e partilha, d) acordo relativo à guarda dos filhos menores e maiores incapazes, e) valor da contribuição dos cônjuges para criar os filhos, f) pensão alimentícia ao cônjuge que não possuir bens suficientes para se manter (Art. 1.695 do CC), g) a declaração a respeito do nome do cônjuge.
Esta modalidade de separação só terá efeito com a homologação judicial (Art. 1.574 do CC).
Art. 1.577 – restabelecimento a qualquer tempo nos autos da separação. 
B) Separação Judicial Litigiosa:
Pode ser precedida de separação de cônjuges (Art. 1.575 do CC), foro competente do domicílio da mulher (Art. 52 da Lei 6.515/77), há a possibilidade de reconciliação (Art. 1.577 do CC) e põe termo aos deveres recíprocos do casamento ( Art. 1.576 do CC). 
C ) Separação Extrajudicial Cosensual - Art. 1.124-A do CPC - § 1° : a escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis. § 2° - o tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou de cada um deles. 
Divórcio
Dissolução do casamento válido, habilitando as pessoas a contrair novas núpcias. Produz a cessação dos efeitos civis do casamento e produz a cessação dos deveres recíprocos dos cônjuges. Pelo Art. 33 da lei 6.515/77 o divórcio torna inadmissível a reconciliação dos cônjuges. 
Modalidades de Divórcio:
Divórcio Extrajudicial Consensual – Art. 1.124 –A , §1° e §3° do CPC –segue o mesmo rito da separação extrajudicial consensual. É possível quando não há filhos menores ou incapazes. Há mútuo consentimento dos cônjuges. 
Divórcio Indireto Consensual – conversão da separação em divórcio com o consentimento do outro cônjuge.
Divórcio Indireto Litigioso – conversão da separação em divórcio sem o consentimento do outro cônjuge.
Divórcio Direto Consensual – separação de fato com consentimento mútuo.
Divórcio Direto Litigioso – separação de fato de apenas um dos cônjuges. 
Parentesco Art. 1.591 ao Art. 1.595 do CC:
É a relação vinculatória existente não só entre as pessoas que descendem umas das outras ou de um mesmo tronco comum, mas também entre um cônjuge ou companheiro e os parentes do outro, entre adotante e adotado e entre pai institucional e filho sócio afetivo. 
Espécie de Parentesco:
Natural ou consanguíneo – vínculo existente entre pessoas descendentes de um mesmo tronco ancestral, portanto ligadas, umas às outras, pelo mesmo sangue. Existe tanto na linha reta como na colateral até o 4° grau (matrimonial e extramatrimonial).
Afinidade – limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro – Art. 1.595 do CC.
Civil – Art. 1.593 do CC – é o que se refere à adoção, estabelecendo um vínculo entre adotante e adotado , que se estende aos parentes de um e de outro. Abrange o sócio-afetivo ( Art. 1.597, inciso V do CC) e está baseado numa relação de afeto, gerada pela convivência. Não há vínculo biológico entre o filho e o marido de sua mãe. Os efeitos jurídicos de ordem pessoal e econômica que estabelecem direitos e deveres recíprocos entre os parentes.
Contagem de grau de parentesco consanguíneo
A contagem de grau de parentesco consanguíneo pode ser em linha reta ou na linha colateral. 
Linha – vinculação de alguém a um tronco ancestral comum.
Parentes em linha reta – Art. 1.591 do CC : ascendente – vô, bisavô, trisavô; descendente – filho, neto, bisneto, trineto – infinito.
Parentes em linha colateral – não descendem umas das outras, provindas de tronco comum – Art. 1.592 do CC: tios, sobrinhos, primos. É finito até 4° grau.
O parentesco conta-se por grau = distância que vai de uma geração à outra.
Na linha reta, o grau de parentesco é contado pelo número de gerações, ou seja, de relações existentes entre genitor e gerado:
Vô ← pai ← João → filho → neto → bisneto
Linhas paterna e materna – 2 famílias distintas.
O grau de parentesco colateral também se conta pelo número de gerações, subindo, porém, de um dos parentes até os ascendentes comuns, e descendo, depois, até encontrar o outro parente – Art. 1.594, 2º parte do CC: 
 Bisavô → irmão do Avô 
 ↓ ↓
 Avô Filho
 ↓ ↓
 Pai Neto
 ↓
 João 
Entre irmãos germanos ou unilaterais o parentesco é de 2° grau
Tio e sobrinho são parentes em 3° grau. Primos são parentes em 4° grau.
Parentesco na linha transversal pode ser igual ou desigual: igual quando entre o antepassado comum e os parentes considerados à distância em geração for a mesma. Desigual se a distância em geração não for a mesma.
Simetria entre Afinidade e Parentesco Natural :
Afinidade é o liame jurídico que se estabelece entre cada consorte ou companheiro e os parentes do outro, mantendo certa analogia com o parente consanguíneo no que concerne à determinação das linhas e graus. Art. 1.595, § 1° e § 2° do CC. Na linha reta têm-se então, a afinidade entre sogro e nora, sogra e genro, padrasto e enteada, madrasta e enteado. 
A afinidade em linha reta não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável – Art. 1.595, § 2° do CC.
Na linha reta (afinidade) não há limite de grau. Na linha colateral, o parentesco não vai além do 2° grau, existindo tão somente com os irmãos do cônjuge ou companheiro. 
Filiação – Art. 1.596 ao Art. 1.606 do CC:
Art. 1.607 ao Art. 1.617 do CC – reconhecimento da filiação. A filiação é o vinculo existente entre pais e filhos. Estes podem ser oriundos de relação matrimonial ou relação extramatrimonial. Os extramatrimoniais por sua vez, podem ser naturais ou espúrios que decorrem de relações incestuosas ou relações adulterinas. A filiação também vem a ser a relação de parentes consanguíneo em linha reta de 1º grau entre uma pessoa e aqueles que lhe deram a vida. 
Pode também ser oriundo da relação socioafetiva entre pai adotivo e institucional e filho adotado ou advindo de inseminação artificial heteróloga. 
É preciso lembrar que nem sempre esse liame decorre da união sexual, pois pode provir de: a) inseminação artificial homóloga; b) inseminação artificial heteróloga; c) fertilização in vitro ou na proveta. 
Quando realmente começa a vida civil – Art. 2°, 2ª parte do CC.
Necessário que o acordo do marido e da mulher conste no documento sigiloso cercado de garantias naturais, a fim de evitar que futuramente o marido questione a paternidade ou os futuros interesses pela herança. No caso da barriga de aluguel no Brasil não se admite mediante pagamento. Resolução 1.358/92 do CFM – tem permitido a doação, ou melhor, a cessão temporária do útero, sem fins lucrativos, desde que a doadora seja parente consanguínea até 2° grau da mãe genética.
Entre a filiação matrimonial ou extramatrimonial, juridicamente não há distinção.
A filiação matrimonial que se origina na constância do casamento dos pais, ainda que nulo ou anulado – Art. 1.597 do CC – presunção de paternidade.
Já a filiação extramatrimonial decorre de relações não matrimoniais e podem ser naturais que descendem de pais, dos quais não havia impedimento matrimonial, ou os espúrios que decorre da união entre homem e mulher, entre osquais havia impedimento matrimonial. Os espúrios podem ser adulterinos que são nascidos de casal impedidos por razão de casamento e os incestuosos, nascidos de homem e mulher que são parentes natural, civil ou afim.
Reconhecimento – é o ato que declara a filiação, estabelecendo juridicamente o parentesco entre pai e mãe e o filho, podendo ser o reconhecimento voluntário e o reconhecimento judicial – Art. 1.606 do CC.
Consequências do Reconhecimento:
Estabelecer o parentesco entre pais e filhos; b) dar direito à assistência e alimentos; c) sujeitar o filho reconhecido, sem menor, a poder familiar; d) conceder direito à prestação alimentícia tanto para o genitor quanto para o filho; e) equiparar a prole reconhecida aos descendentes havido em casamento – Art. 1.814 e Art. 1.962 do CC.
Adoção - Art. 1.618 ao Art. 1.629 do CC:
É o ato jurídico solene pelo qual, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para a sua família, na condição de filho, pessoa que, geralmente lhe é estranha. Trata-se de relação de parentesco em linha reta de 1° grau. É filiação irrevogável e definitiva. Ela desliga o adotado do vínculo consanguíneo, salvo os impedimentos para o casamento e exige processo judicial para maiores e menores.
Pouco importa a idade do adotado e traz reflexos nos direitos da personalidade e nos direitos sucessórios. A Lei 12.010/2009 alterou o ECA e revogou o Art. 1.620 ao Art. 1.629 do CC, dando nova redação ao Art. 1.618 e Art. 1.619 do CC e também ao Art. 1.734 do CC. Esta lei estabelece prazos para dar mais rapidez aos processos de adoção. Cria o cadastro nacional para facilitar o encontro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados por pessoas habilitadas, definidas pelo CNJ. Limita por 2 anos a permanência em abrigos. 
Poder Familiar:
Conjunto de direitos e deveres, quanto à pessoa e bens do filho menor não emancipado, exercido, em igualdade de condições, por ambos os pais, para que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o interesse e proteção do filho. 
Trata-se de poder decisório. Estado confere igualdade a ambos os genitores. Excepcionalmente à um deles na falta de outro – Art. 1.690, 1ª parte do CC.
Características do Poder Familiar: a) constitui um numus público ( direito – função) ; b) é irrenunciável; c) é inalienável; d) é imprescritível; e) incompatível coma tutela; f) relação de autoridade e subordinação. 
Abrangência do Poder Familiar: hipótese padrão – família na qual pai e mãe estão vivos e unidos pelo matrimônio ou pela união estável, sendo plenamente capazes.
Hipóteses anormais:
Cônjuges vivos, casados e um impedido de exercer o poder familiar;
Separação, divórcio, rompimento da união estável –poder familiar com quem fica a guarda;
Família não matrimonial, filho reconhecido por ambos simultaneamente – poder familiar com quem tem a guarda;
Filho reconhecido apenas por 1 dos pais – poder familiar com quem reconhecer;
Cônjuge sobrevivente;
Na adoção – família adotiva – ambos;
Adoção por apenas 1 cônjuge – poder familiar com quem adotou;
A inseminação heteróloga ( consentido pelo marido) – família matrimonial – ambos.
Compete aos pais quanto aos filhos menores:
Dirigir-lhes a criação e guarda;
Tê-los em sua companhia;
Conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casar;
Nomear-lhes tutor;
Representá-los até os 16 anos, nos atos da vida civil e assisti-los após;
Reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
Exigir que lhes prestem obediência e respeito;
Na esfera Patrimonial : a) administração dos bens; b) usufruto sobre os bens dos filhos menores que se acham sob seu poder.
Suspensão do Poder Familiar:
Caráter temporário;
Sancionar um ou ambos os pais;
Faltar com os deveres de maternidade ou paternidade;
Dilapidação dos bens dos filhos;
Condenação de crime com pena maior de 2 anos;
Suspender-se-á os direitos do poder familiar, mas não os deveres.
Destituição do Poder Familiar:
Mais grave que a suspensão;
Opera-se por sentença judicial;
Art. 1.638 do CC : a) castigar imoderadamente os filhos, b) abandono material e ou moral, c) praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; d) incidir reiteradamente nas práticas anteriores.
Extinção do Poder Familiar:
Morte dos pais ou do filho;
Emancipação;
Maioridade;
Adoção e decisão judicial.

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