Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 ORTODONTIA E ORTOPÉDIA Mozar Martins de Souza 2 ORTODONTIA / ORTOPEDIA ÍNDICE ALICATES: Alicate 139 Alicate de Corte Pesado Alicate Tridente Alicate De La Rosa Alicate de Corte de Amarrilho Alicate de Corte de Extremo Distal Alicate How Curvo Alicate Condutor Distal. Alicate para Fio Retangular Alicate Conformador de Amarrilhos Alicate Saca-Banda Alicate Johnson (Bombé) Alicate Vibende Alicate Conformador de Ômega Alicate Removedor de Brackets Passo-a-passo para confecção de aparelhos removíveis Técnica de Glaze ou Banho de Brilho Placa para Bruximos Placa de Contenção (Hawley) Arco Vestibular Molas Tipos Mola Nortthwest Molas para recuperação de espaço. Mola em “Z” Mola em forma de chicote Mola para extruir um dente. Mola para vestibularização do canino com baioneta. Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de canino a canino Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de molar a molar Placa com Grade Palatina ou Placa Impedidora de Língua Placa com Grade Palatina - Confecção do Aparelho: Placa de Hawley Modificada Parafusos Expansores Tipos de Parafusos Parafusos Colocação 3 Placa com Parafuso Expansor Mediano Plano Anterior de Levantamento de Mordida. Placa com Mola Coffin Placa com Apoio Oclusal Características do aparelho: Redutor de Diastema Removível Redutor de Diastema Removível – Confecção Redutor de Diastema Removível – Ativação e Uso Aparelho Mantenedor de Espaço Fixo Placa com Mola para Tração de Canino Molas Com Helicóides Disjuntor Palatino Soldagens Soldagem a Gás Confecção de aparelhos Aparelhos fixos A - Como Fazer um Arco com Alças em Losango – para redução de espaços: B - Como Fazer um Cursor: C – Como fazer uma Mola de Verticalização: D – Como fazer um Arco Auxiliar de Torque (tipo Kitchton) E – Como fazer um Arco Auxiliar de Intrusão: F – Como Amarrar um Arco em menos de 3 minutos, sem ajuda: Segredo no 1: Segredo no 2: G – Como aplicar um Alastic em dez segundos: H – Como remover um arco: I – Arco Acessório de Intrusão (resoluções) J – Como facilitar a reutilização de Bandas e Braquetes: Bandas: Braquetes: Aparelhos Removíveis A – Métodos de Retenção: Sistema número 1: Grampo de Adams: Sistema número 2: “Splint” Parcial Anterior: Sistema número 3: Extensões Vestibulares de Acrílico: Como Fazer um Grampo de Adams realmente eficiente: Grampo de Adams para Pré-molar: Passos para Construção de um Grampo de Adams: Os dez erros mais comuns na construção do Grampo de Adams: 4 Erro número 1: Erro número 2: Erro número 3: Erro número 4: Erro número 5: Erro número 6: Erro número 7: Erro número 8: Erro número 9: Erro número 10 Como fazer um Arco Palatino de Suporte para os aparelhos removíveis superiores Como fazer uma Máscara Facial (tipo Delaire) Como fazer uma Placa Lábio Ativa Adaptável Funções da Placa Lábio Ativa Indicações Contraindicações Características ideais de uma Placa Lábio Ativa Passos para a construção Modo de Adaptação Outras Sugestões para a Placa Lábio Ativa Como Fazer Escudos Bucais Como Fazer Um Aparelho de Frankel (FR 1) Sugestões Práticas Sugestão prática número 1 Sugestão prática número 2 Modificação Sugerida número 1 Modificação Sugerida número 2 O plano de mordida do acrílico Passos básicos para confecção de Aparelhos Removíveis Técnica de Glaze ou Banho de Brilho Expansor Fixo tipo Hass Composição do aparelho Técnica de Confecção Expansor Fixo Tipo Hyrax Composição do aparelho Ativação do aparelho Técnica de Confecção Aparelho Sagital Corretor Ortopédico 1 Indicações Nota 1 Nota 2 5 Nota de Construção Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I – Ajustes para avançar a mandíbula Classe II, Divisão 2 Mordida de cera para Aparelho Sagital Aparelho Sagital inferior. Sagital I: redução para técnica do Sagital I. Aparelho Sagital Classe III As Placas Transversais O Aparelho de Schwarz A placa Transversal Placa Transversal – Aparelho de Jackson Problemas do aparelho Aparelho de mordida cruzada de Nord Mordida de cera para um aparelho de mordida cruzada Aparelho de Crozat Aparelhos de Crozat, superior e inferior, básicos. Ajustes do aparelho de Crozat O Expansor Rápido do Palato Fases de ativação do aparelho Aparelho em Leque Aparelhos Transversais Diversos Os Derivados de Porter A Série de Wilson Ajustes O Adaptador Ativador Fecho de Pressão Ativador Ajustes do Arco lingual 3D de Wilson Bionator II Indicações Mordida Construtiva Bionator III Desenho original do Bionator III. Expansor Fixo tipo Haas Técnica de Confecção Estrutura Metálica Apoio de Resina Acrílica Expansor Fixo tipo Haas Modificado Expansor Fixo tipo Hyrax Técnica de Confecção Arco Lingual de Nance 6 Técnica de Confecção Banda Alça Técnica de Confecção Botão de Nance Técnica de Confecção Estrutura Metálica – arco palatino Apoio de Resina Acrílica Grade Palatina Fixa Técnica de Confecção Arco Palatino Grade Palatina Mola Digital Removível Técnica de Confecção Corretor Ortopédico 1 Indicações Nota 1 Nota 2 Nota de Construção Projeções de acrílico e o Corretor Ortopédico I – Ajustes para avançar a mandíbula Quadrihélice Técnica de Confecção Aparelhos Fixos Ativos derivados do Quadrihélice Arco em W Unihélice 7 PRÓTESE ORTODÔNTICA / ORTOPÉDICA ALICATES: Alicate 139: Utilizado para trabalhar com fios redondos, possibilitando a confecção de algumas dobras tais como ômegas, baionetas, grampos em gota e helicóides, entre outros. Sua ponta ativa é constituída por uma extremidade cônica, usada para executar dobras arredondadas, e por uma extremidade piramidal, usada para executar dobras em ângulos retos. Alicate de Corte Pesado: Utilizado com a finalidade de cortar fios metálicos calibrosos. Ao cortar o fio, é imprescindível segurar a sobra do mesmo ou direcioná-la para o chão evitando, desta forma, algum acidente. Alicate Tridente: Utilizado para a confecção de dobras do tipo in-set e offset, bem como para a confecção de grampos em “C”, dobras em aparelhos extrabucais e placas lábio ativas, entre outros. A ponta ativa deste alicate é formada por três extremidades retas, sendo que uma das extremidades se encaixa no vão existente entre as duas extremidades do lado oposto. 8 Alicate De La Rosa: Utilizado para auxiliar no contorno de fios metálicos calibrosos (0,9 mm a 1 mm), em aparelhos como arco lingual de Nance, arco para grade palatina e barra transpalatina. Sua ponta ativa possui uma extremidade côncava e outra convexa, que se encaixam perfeitamente. Alicate de Corte de Amarrilho: Utilizado para cortar fios metálicos de calibre fino, como os fios de amarrilho, visto que sua ponta ativa é delicada e especialmente desenhada para cortes finos. Alicate de Corte de Extremo Distal: Utilizado especificamente para cortar o excesso de arco de nivelamento que permanece na distal dos tubos dos molares, evitando desta formao traumatismo à mucosa do paciente. A parte cortante deste alicate é confeccionada perpendicularmente ao seu corpo e pode conter, em uma das extremidades, uma pequena garra que prende o fio e evita que este seja projetado contra a mucosa do paciente durante o corte. Alicate How Curvo: Utilizado para facilitar a introdução dos arcos de nivelamento nos tubos dos molares. Sua parte ativa consta de duas pontas idênticas e afiladas, cujo objetivo é prender o fio quando de seu manuseio. Alicate Condutor Distal: Tem a mesma finalidade do Alicate How Curvo, porém, sua parte ativa consta de duas pontas mais espessas e perpendiculares ao corpo do alicate. 9 Alicate para Fio Retangular: Utilizado para o trabalho com fios quadrados ou retangulares. Sua função principal é conformar o arco de nivelamento e controlar as dobras de terceira ordem, o que significa dizer, imprimir ou remover torções (torques) no arco. Sua parte ativa consta de duas pontas idênticas e achatadas. Alicate Conformador de Amarrilhos: Utilizado para confeccionar amarrilhos metálicos. Sua ponta ativa contém uma saliência retangular e plana que se encaixa no vão existente na ponta oposta. Alicate Saca-Banda: Utilizado para remover bandas dos molares ou pré-molares. Sua ponta ativa possui uma extremidade com um suporte plástico que se apoia na face oclusal do dente em questão, e outra extremidade geralmente pontiaguda ou mais afiada que, quando apoiada na borda cervical da banda, remove-a do dente quando o alicate é fechado. Alicate Johnson (Bombé): Utilizado para restituir o formato das bandas após sua remoção. Possui duas pontas arredondadas, uma côncava e outra convexa, que se encaixam mutuamente. 10 Alicate Vibende: Utilizado para a conformação de pequenas dobras em forma de “V” nos arcos retangulares ou mesmo em fios redondos, geralmente na distal dos incisivos laterais, para separar os torques das regiões anterior e posterior, e na linha média entre os incisivos centrais, para evitar o deslizamento do fio ortodôntico nos acessórios. Suas pontas são planas, sendo que uma delas apresenta uma depressão em forma de “V”, dentro da qual se encaixa a saliência da ponta oposta. Alicate Conformador de Omega: Utilizado para confeccionar dobras em forma de Omega nos arcos de nivelamento. Uma de suas pontas tem forma cilíndrica, com três espessuras diferentes que se encaixam na concavidade da ponta oposta. Alicate Removedor de Brackets: Utilizado para remover brackets colados aos dentes. Existem alguns tipos de alicates destinados para este fim, por exemplo, o alicate de garra. Utilizamos este alicate por possuir um suporte retangular que evita a distorção da ranhura do bracket durante sua remoção. Eventualmente, este alicate é comercializado sem o suporte retangular. Neste caso, pode- se confeccionar o suporte no próprio laboratório, utilizando-se de resina acrílica convencional para confeccionar o cabo, e fio retangular para a confecção da ponta. Confecção de aparelhos removíveis Passo-a-passo na confecção de aparelhos removíveis: 1) Planejamento. 2) Confecção de grampos. 3) Fixação dos grampos com cera 7. 4) Hidratação do modelo (5 minutos0. 5) Isolar modelo (isolante gesso/acrílico). 6) Manipular acrílico e entulhar dando forma a placa. 7) Levar a panela Polimerizadora por 10 minutos. 8) Fazer desgastes necessários com a broca de aço ou tungstênio. 9) Fazer acabamento com lixa de madeira no mandril, e depois usar lixa d’água debaixo de água. 10) Dar polimento final no torno com pedra pomes e Kaol com escovas de pano. 11 Técnica de Glaze ou Banho de Brilho Após o desgaste e acabamento das placas, podemos dar o polimento final usando a seguinte técnica de Glaze: Coloque um pouco de monômero termo-polimerizável em recipiente de vidro resistente ao calor, e leve em banho-maria até a fervura da água. Deixar a água ferver até observar bolhas no monômero. Banhar o aparelho no monômero quente por 3 vezes, mergulhando-o rapidamente com auxílio de uma pinça. Deixe o aparelho secar totalmente sem tocá-lo. Placa para Bruxismo É um aparelho muito eficaz, confeccionado em resina acrílica ou silicone, que cobre toda a arcada superior ou inferior. O bruxismo (ranger dos dentes) pode ocorrer a qualquer hora, normalmente acontece à noite enquanto a pessoa está dormindo. Geralmente se atribui a uma tensão emocional e pode causar desgaste prematuro dos dentes e problemas afins. Ao confeccionar este aparelho, a mordida posterior é aberta em mais ou menos 2,0 mm ou a abertura que o dentista especificar. Placa de Contenção (Hawley) 12 Este aparelho removível é a parte final de uma correção ortodôntica, também chamada de placa de Hawley. Uma vez terminado um tratamento ortodôntico, o resultado é assegurado mediante o uso de uma placa de contenção. Deve ser usada em tempo integral durante 3 meses seguidos de 3 meses de uso somente à noite ou de acordo com as indicações do ortodontista. É um aparelho indispensável durante o período crítico de mobilidade dos dentes após a retirada dos aparelhos de correção. Esta placa é composta de um arco vestibular, que apoia todos os dentes superiores ou inferiores, tem alças em Omega (“U”) para seu ajuste. A placa de Hawley também pode ser feita com um arco vestibular de canino a canino, dando reforço de retenção nos molares, tanto para placa superior como a inferior. Arco Vestibular O arco vestibular deve ser adaptado à superfície vestibular dos dentes, transcorrendo paralelo ao plano oclusal. No terço médio mesial do canino se desvia em ângulo reto e forma uma alça em forma de “U”. Ele pode ser de canino a canino ou de molar a molar e ter duas funções: 1a – Segurar a placa em seu lugar e conter os dentes, ou seja, uma função passiva. 2a – Servir como elemento ativo para movimentação de dentes. Obs.: Se o arco vestibular for utilizado como elemento ativo, então o fio não deverá contornar todos os dentes anteriores, somente contatando com o dente mais protruído, o que permitirá seu deslocamento no sentido palatino, posteriormente, irá contatando com todos os dentes que estiverem na direção vestibular. Molas: 13 Tipos: Mola em espiral ou “S” - para posicionamento de qualquer dente, fazendo movimentos individuais. Mola com helicóide - para posicionamento de qualquer dente, fazendo movimentos individuais. Mola de Coffin ou Palatina - tem função expansora do palato, deve situar-se nas imediações da mucosa do palato, porém sem tocá-lo. O calibre do fio usado para sua confecção é de 1,2 mm. Mola digital – mola na qual a direção da ação da pressão sobre um dente nem sempre corresponda com a do movimento da extremidade livre da mola. Mola Nortthwest – mola destinada a distalização de caninos. 14 Molas para recuperação de espaço. Mola em “Z” – mola que pode ser simples, para um dente, ou de braço mais longo para abraçar dois dentes. Mola em forma de chicote usada para vestibularizar. - Mola para extruir um dente. - Mola para vestibularização do canino com baioneta. 15 Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de canino a canino Este aparelho removível é usado como parte final de uma correção ortodôntica. Na maioria dos casos quando os dentes já foram movidos para as posições desejadas, devem ser contidosaté que o osso alveolar e o ligamento periodontal estejam completamente reconstituídos. Isto pode levar de 6 meses a 1 ano. Placa de Contenção (Hawley) – com arco vestibular de molar a molar Este aparelho será confeccionado com arco vestibular de molar a molar, na altura do terço médio dos dentes, tendo alças em ômega para seu ajuste, na direção dos caninos. Nos molares deverá ser feita adaptação do fio como se fosse um grampo circunferencial até atingir a lingual. Placa com Grade Palatina ou Placa Impedidora de Língua Este aparelho tem a função de corrigir hábitos como postura incorreta de língua (projeção lingual), sucção do polegar, etc. Estes hábitos provocam uma série de anomalias como aumento no trespasse horizontal, mordida aberta anterior, etc. Esta placa também é indicada para tratamento da deglutição atípica. Apresenta alto grau de resistência ao uso por parte do paciente, devendo, portanto ser considerada como complemento do tratamento da deglutição atípica e sendo sempre utilizada durante a noite. Neste caso o paciente apresenta maior aceitação, uma vez que a placa se destina a impedir que a língua se interponha aos dentes durante o sono. 16 Placa com Grade Palatina - Confecção do Aparelho: Grade palatina confeccionada com fio 0,7 e alças que variam o comprimento (mais ou menos 6 mm). Grampos de retenção nos primeiros molares permanentes. Placa confeccionada em resina acrílica. A grade deverá ser fixada à resina podendo acompanhar a curvatura anterior da arcada de modo a formar um batente para a língua, impedindo sua interposição aos dentes. Placa de Hawley Modificada Este aparelho tem como objetivo a movimentação do incisivo central que está lingualizado, o que será conseguido através da mola em “S”. A retenção da placa é obtida pelos grampos em Ce nos segundos molares. A placa de base é confeccionada deixando o palato liberado, pois sua função de suporte e estabilidade se faz necessária na região anterior. Parafusos Expansores Tipos de Parafusos Os catálogos dos fabricantes exibem as medidas dos parafusos (comprimento, largura e espessura) e a expansão conseguida no final de toda a ativação. Girando um parafuso em 90 graus, a separação conseguida será de 2 mm. Isto significará estreitar a membrana periodontal 0,1 mm de cada lado. Tem-se argumentado que tão pequena redução de espaço não interromperá a circulação sanguínea, criando-se assim as condições ortodônticas ideais para a transformação óssea. 17 Existem evidências clínicas que asseguram que o movimento assim realizado é inócuo e eficiente. No entanto, há outros fatores a levar em conta que são conhecidos pelos ortodontistas. Apesar do reduzido tamanho dos parafusos ortodônticos modernos, é um aparelho que pelo menos é consideravelmente mais espesso que o que não contém parafuso. A menos que se tenha especial cuidado durante a confecção, é fácil engrossar toda a abóbada palatina, mesmo que o parafuso esteja situado de um lado. Parafusos Colocação Um dos principais cuidados a se levar em conta na colocação do parafuso dentro da resina acrílica é a sinalização do sentido da rotação da chave que o faz funcionar. Atualmente os fabricantes acrescentaram uma seta orientadora que o paciente poderá ver com facilidade através da resina transparente. De acordo com o desenho estabelecido pelo odontólogo, será colocado o parafuso para obter os movimentos desejados. Quando se utiliza um parafuso para proporcionar expansão do arco, geralmente ele é colocado na linha média, onde pode ser facilmente posto em posição horizontal. Se for necessário vestibularizar um ou dois molares contíguos com esse parafuso, ele geralmente será colocado em um dos lados do arco; deve-se procurar alinhá-lo paralelo à mucosa palatina. Placa com Parafuso Expansor Mediano Nos casos de maloclusão Classe I, pode-se conseguir expansão e redução de saliência em idades precoces com um aparelho como o da figura acima. Um desenho similar ao mostrado na figura anterior. 18 Placa em “Y” onde a inserção das prolongações do arco vestibular nas partes laterais da placa exerce uma ligeira pressão em direção posterior sobre a parte anterior da placa quando são tirados os parafusos. Outra placa em “Y” libera-se uma grande parte do palato, utilizam-se grampos triangulares em lugar de grampo de ponta de flecha de Schwars. Os pequenos grampos à frente dos primeiros molares são necessários para fazer que esses dentes participem do movimento. Plano Anterior de Levantamento de Mordida. A plataforma de acrílico ampliada na palatina dos incisivos superiores pode influir sobre a posição da mandíbula atuando sobre os incisivos inferiores. O plano de levantamento da mordida evita a extrusão dos dentes anteriores mandibulares, favorecendo a intrusão dos mesmos. Recomenda-se modelar no laboratório este plano de levantamento de mordida de preferência em excesso. Recortar a plataforma junto ao paciente leva menos tempo que acrescentar acrílico. Mas de modo algum deve ser demasiado extensa, já que estreitaria o espaço para a língua. Além disso, os aparelhos confeccionados volumosos sem necessidade são recusados pelos pacientes. 19 Placa com Mola Coffin Indicação: Aparelho para descruzamento de mordida posterior, tipo expansora, pode ser empregado tanto na dentição mista como na decídua, podendo utilizar como elemento ativo uma mola Coffin. Retenção: Grampo Adams – 0,7 mm ou 0,8 mm de espessura. Parte ativa: Arco vestibular de Hawley – 0,7 mm ou 0,8 mm de espessura. Mola em “S” – 0,6 mm ou 0,7 mm de espessura. Mola Coffin – 0,8 mm de espessura. Base suporte: Recorte do acrílico no terço médio lingual, liberando as molas para ativação. Placa com Apoio Oclusal Indicação: Provocar intrusão dos dentes posteriores. Desviar dentes que estão irrompendo. Correção de mordidas cruzadas anteriores ou dentes travados. Descruzamento de mordida posterior. Eliminar interferências oclusais. Características do aparelho: Retenção: Grampo em “C” – 0,7 mm ou 0,8 mm de espessura. Parte ativa: Arco de vestibular de Hawley – 0,7 mm ou 0,8 mm de espessura. Molas em “S” – 0,6 mm ou 0,7 mm de espessura. Base suporte: Prolongamento do acrílico sobre a face oclusal dos dentes posteriores se estendendo até o terço médio vestibular dos mesmos. Recorte anterior liberando as molas para ativação. Plataforma de acrílico 2 mm acima da ponta das cúspides. 20 Redutor de Diastema Removível As causas que podem produzir diastema entre os incisivos centrais superiores são as mais diversas possíveis: agenesia de incisivos laterais, freio labial hipertrofiado, laterais conóides, sutura sagital separada, sobre mordida profunda e hábitos anormais. Devemos destacar o diastema produzido durante o desenvolvimento da oclusão na dentição mista – o diastema fisiológico, que não deve ser tratado ortodonticamente, pois se fechará naturalmente com a erupção dos incisivos laterais e caninos permanentes. Este diastema se forma devido às pressões que os incisivos laterais e caninos produzem sobre as raízes dos incisivos, ocasionando uma aproximação dos ápices radiculares em direção à linha media e um afastamento das coroas em sentido contrário, formando-se o diastema. O tratamento ortodôntico é contraindicado, pois poderá ocorrer reabsorção radicular de dentes, desvios nas posições dos germes doscaninos, produzindo-se más posições dentárias. Para se chegar a um diagnóstico correto, torna-se necessário que se faça um cuidadoso exame do caso a ser tratado, verificando-se exatamente a causa que o está produzindo. É importante o exame radiográfico da região. Redutor de Diastema Removível – Confecção 1 – Confeccionam-se os modelos em gesso pedra. 2 – Construção dos grampos de retenção. 3 – Construção das molas para movimentação dos dentes. Emprega-se fio aço duro 0,7 mm. As molas são de formação simples contendo uma helicóide paralela ao plano oclusal dos dentes. No extremo da mola, que fica em contato com o dente, faz-se uma pequena dobra procurando adaptá-la ao contorno da face distal. O comprimento da mola deverá ser em torno de 10 mm do extremo ativo à borda posterior da helicóide. 4 – Fixam-se em posição com cera número 7 fundida, os grampos e molas adaptadas e procede-se a acrilização do aparelho. 5 – Prova-se o aparelho em posição e fazem-se os ajustes finais. Redutor de Diastema Removível – Ativação e Uso Orienta-se o paciente para o uso constante do aparelho, só o removendo para as refeições e higienização bucal. Ativar as molas em direção ao movimento desejado a cada 15 dias. 21 Aparelho Mantenedor de Espaço Fixo Indicação: Manter o espaço perdido evitando assim uma migração dos dentes adjacentes. Retenção: Banda ortodôntica fixada ao dente. Parte ativa: Grampo mantenedor de espaço soldado à banda ortodôntica. Placa com Mola para Tração de Canino: Objetivo do Aparelho: Tracionar o canino movendo-o palatinamente. Para a confecção deste aparelho devem-se considerar determinados princípios: 22 1 – A parte ativa da mola deve-se apoiar sobre a vestibular do canino respeitando a sua anatomia. 2 – O helicóide deve ficar afastado cerca de 1 mm do tecido gengival. 3 – O calibre do fio utilizado deve ser de 0,7 – 0,8 ou 0,9 mm. 4 – O acrílico deve ser aliviado na face palatina para que não trave a palatinização do canino. Molas Com Helicóides Para a confecção deste tipo de mola devem-se considerar determinados princípios gerais, por exemplo, para confeccionar uma mola com helicóide, é necessário que esta fique no lado contrário da direção para onde se dobra a extremidade de apoio da mola, e não do lado interno. Para que a mola possa ser ativada, o espiral deve se apresentar sempre fechado para conseguir uma ótima eficiência, que tende a desenvolver-se durante a ação. Disjuntor Palatino A disjunção palatina tem indicações muito precisas. Este dispositivo é constituído por um parafuso na parte central, com quatro extensões laterais ou braços que são utilizados para soldá-los às bandas. Como em outros casos em que os complementos são soldados a bandas, neste se procede de modo igual, se bem que com a diferença de que aqui também se colocam bandas no nível dos primeiros pré-molares superiores. É necessária a moldagem com as bandas de molares e pré- molares em posição e o vazamento do modelo de gesso com elas incluído (recordar a impregnação de cera ou outro material separador). Uma vez obtido o modelo de trabalho, pratica-se o traçado da linha média, posteriormente procede-se a adaptação do parafuso às bandas, para medir o comprimento dos braços. Em seguida realizam-se as dobras de adaptação dos braços às bandas; feito isso, procede-se à fixação do parafuso na posição em que este será soldado. Após fixar o parafuso na posição desejada, executa-se a soldagem e seu posterior polimento. 23 Às vezes é conveniente adotar uma barra de fio no sentido antero-posterior, unindo ambos os braços do mesmo lado, ou seja, entre o que está soldado no molar e o do pré-molar. Isso dá maior resistência ao aparelho. Parafuso de expansão isolado. Desenho para expansão simétrica superior, acrescentando molas de vestibularização para os incisivos centrais. Nos casos de mordida cruzada bilateral e apinhamentos discreto utilizam-se o parafuso central e a fenda sagital. Ao realizar a expansão também se adaptam os incisivos no espaço desejado. Placa cujo desenho estabiliza a parte anterior ao estender-se sobre grande parte do palato. Os parafusos atuam quase sempre completamente em direção posterior produzindo um mínimo de expansão lateral. Parafuso Bertoni: Parafuso e sua estrutura representada esquematicamente. 24 Soldagens A soldagem ortodôntica, como todo tipo de soldagem deve ser feita sem que se alterem apreciavelmente as qualidades dos metais que se unem. Para soldagens de fios de aço inoxidável se utiliza a solda de prata, que é de maior resistência que a de ouro. É encontrada normalmente em forma de barras ou fios de diversos calibres. A temperatura de trabalho é de 610o graus. Soldagem a Gás A soldagem a gás é utilizada para soldar fios e complementos. Emprega-se um bico de gás- ar, cuja chama deve ter de 1 a 1e ½ polegada de altura com uma ponta bem definida, onde se veem três cones concêntricos. 1 – Cone externo, oxidante de cor azul escura. 2 – Cone central, redutor de cor azul clara. 3 – Cone interno, incolor de gás não queimado. Para se obter uma soldagem ótima, quer dizer, firme e forte deve-se proceder como se segue: 1 – A chama deverá apresentar as características acima. 2 – As partes a unir deverão estar completamente limpas. 3 – Aplicar fundente em ambas às superfícies a soldar. 4 – Colocar pasta, revestimento ou gesso nas partes que não devem ser expostas ao calor. 5 – Operar com firmeza manual ao soldar, aplicando o calor do cone central à parte mais grossa a soldar, até que a solda flua e se una à parte mais fina. CONFECÇÃO DE APARELHOS APARELHOS FIXOS A - Como Fazer um Arco com Alças em Losango – para redução de espaços: Instrumental necessário: 25 Alicate de Tweed para confeccionar alças; Alicate De La Rosa com canaletas de orientação. 1 - Tome aproximadamente 15 a 16 cm de fio .018” x .025”. Estime o comprimento do arco + 5 cm para as duas alças. Cada alça em losango requer 25 mm de fio: 5 para os helicóides e 20 para as alças. Insira o arco no tubo do molar esquerdo (ultrapassando 2 mm distalmente) e adapte a alça próxima à face mesial do dente adjacente ao espaço a ser reduzido, (por exemplo, o incisivo lateral se o canino foi previamente retraído). Faça uma marca 2 mm por distal do braquete do incisivo lateral. 2 - Prenda o fio com o alicate de Tweed (com a ponta redonda para cima) e dobre determinando uma angulação aproximada de 60o (60o = 10 minutos no relógio de ponteiros). 3 - Coloque a ponta redonda sobre a primeira dobra e contorne o fio até aproximadamente 240 graus. A dobra passa por fora. 26 4 - A uma distância em torno de 5 mm do cruzamento do fio, dobre o fio para distal em um ângulo de aproximadamente 80 graus (um pouco menos que um ângulo reto). 5 - A uma distância em torno de 4 mm da dobra anterior, faça um ângulo de aproximadamente 80 graus para baixo. Nesse momento, os fios devem se cruzar passando pelo lado interno. 6 - Com um afastamento de aproximadamente 4 mm da dobra anterior, faça uma dobra na direção mesial, até encontrar com o primeiro ponto de cruzamento (se as duas dobras anteriores forem confeccionadas em 80o, esta última também será de 80 graus. 7 - O fio será preso um pouco antes do segundo ponto de cruzamento(a ponta redonda deve ficar para distal) e dobrado para frente, para alinhar-se com os braquetes (60 graus se os ângulos das dobras anteriores forem exatos). 8 - Utilizando as ranhuras do alicate De La Rosa, faça uma curvatura na região dos incisivos de tal forma que ocorra uma adaptação no braquete do incisivo lateral do lado direito. 27 9 - Marque 2 mm por distal do braquete do incisivo lateral direito. Utilizando o alicate de Tweed (ponta redonda para baixo), prenda o fio e dobre para cima em um ângulo de 60 graus. 10 - Aproximadamente 5 mm após a primeira dobra, faça uma outra de aproximadamente 80 graus na direção mesial. 11 - Aproximadamente a 4 mm da dobra anterior, faça uma outra em torno de 80 graus; o fio deverá passar por fora. 12 - 4 mm adiante faça uma dobra na direção distal, até encontrar com a primeira dobra (se as duas primeiras foram de 80 graus, essa também será). 13 - Prenda o fio inferiormente ao cruzamento (ponta redonda para mesial) e contorne 2/3 de voltas (=240 graus). Nessa fase o fio deve passar por dentro. 28 14 - Mude o alicate de posição, colocando a ponta côncava internamente ao contorno (helicóide), e dobre até que o fio se alinhe com os braquetes (60 graus, se os ângulos das dobras anteriores foram confeccionados corretamente). 15 - Insira o arco contornado em ambos os tubos dos molares, e faça uma marca por distal do incisivo central e dos braquetes dos segundos pré-molares. Faça nessas marcas “ïn sets” para os incisivos laterais e baionetas para os molares. 16 - Coloque o arco no diagrama selecionado e ajuste o alicate De La Rosa. 17 - As alças são aliviadas por meio de uma ligadura passando pelo helicóide. 1mm de ativação = 300 graus (desde que se utilize o fio .018 x .025). B. Como Fazer um Cursor: 29 O cursor é utilizado para transferir uma força da região anterior do arco dentário (região de caninos) para a região posterior (molares) passando pela região intermediária (pré-molares). A força aplicada pode ser produzida: a – por elástico intermaxilar; b – por um aparelho extra bucal com ganchos em “J”; c – pela associação de ambos. Instrumental: Alicate conformador de alças de Tweed. Fio: de .020”(=0,5 mm) redondo. 1 - Meça a distância entre o tubo do molar (extremidade mesial) e o braquete do canino (extremidade distal), 22 mm, por exemplo. Adicione um comprimento de 24 mm (=,9”) e corte um segmento de fio; O comprimento final deve ser igual à soma desses valores (22 + 24 = 46 mm). 2 - Com a ponta do alicate de Tweed peque uma extremidade do fio. 30 3 - Prenda firmemente o alicate, contorne o fio em 270 graus em volta do bico redondo do alicate (até que o fio encontre a ponta côncava do alicate). 4 - Segurando o fio solte e gire o alicate dentro do contorno feito até que o bico côncavo encontre o outro lado do fio. 5 - Prenda o alicate novamente e dobre o fio em 45 graus na direção oposta. 6 - Obtém-se, deste modo, uma argola na extremidade do fio. 7 - O fio é preso na outra extremidade e outra argola é formada, certificando-se de que ela se encontra no mesmo plano da primeira (para cada argola necessita-se de 6 mm de fio). 31 8 - Sempre com a parte menor do alicate, prenda o fio em uma das extremidades a 4 mm da argola. 9 - Dobre o fio em 270 graus para formar uma terceira argola perpendicular às duas primeiras. 10 - Coloque o alicate 2 mm aquém da argola da outra extremidade. 11 - Dobre em 90 graus e o cursor estará pronto (se não ou satisfeito, provavelmente é porque as ilustrações não foram bem observadas). A distância entre as duas argolas paralelas devem ser 2 mm menor que a distância inicialmente medida, propiciando o espaço necessário para amarrar a ligadura no braquete do canino. Observação: Repetindo os mesmos procedimentos com um fio de 20 mm, obtém-se um minicurso que pode substituir um gancho deslizante. C – Como fazer uma Mola de Verticalização: 32 1. Faça um helicóide duplo em um segmento de fio redondo de .014”. 2. Introduza na canaleta vertical do braquete do dente que se deseja a verticalização, de tal forma que o helicóide fique para gengival. A extremidade livre da mola deve estar direcionada para o lado do movimento radicular desejado. 3. Meça a distância entre o braquete e uma região livre do arco ortodôntico. 4. Marque no fio a mesma distância a partir do helicóide e dobre em 90 graus na direção oclusal. 5. Mude o alicate de posição e forme um gancho. 33 6. Corte o excesso de fio. 7. Segure o gancho com o alicate. 8. Faça uma dobra de 90o em direção à gengiva. 9. Reinsira a mola na canaleta vertical e prenda o gancho no arco ortodôntico. Amarre firmemente uma ligadura de aço no braquete (senão ele extrui) e crescente um amarrilho conjugando todos os dentes posteriores (caso contrário a coroa se deslocará para mesial). 10. Dobre e corte a extremidade oclusal. 34 Observação: Este procedimento é valido para o Canino direito, Pré-molar superior esquerdo, Pré- molar inferior direito e Canino inferior esquerdo. Procedendo de uma maneira simétrica e invertida, as molas podem ser obtidas para o Pré-molar superior direito, Pré-molar inferior esquerdo e Canino inferior direito. C – Como fazer um Arco Auxiliar de Torque (tipo Kitchton) Instrumental: Alicate formador de alças de Tweed. Fio: Fio redondo de .016”. 1. Tome aproximadamente 8 cm (= 3”a 4”) de fio redondo de .016”), faça um helicóide. O ponto de cruzamento deve permanecer aberto. 35 2. A uma distância de 1 a 2 cm (= .05”a 0.7”) do centro, dobre as extremidades para cima de tal forma que se cruzem a 5-6 mm (= 2”). 3. No ponto de cruzamento, faça uma dobra de aproximadamente 3o para fora (30” = 5 minutos no mostrador do relógio). 4. As duas últimas dobras formadas são transferidas para o mesmo plano; em outras palavras, a largura do helicóide deve ser compensada (caso contrário, o efeito de torque se desenvolverá em apenas um lado). 5. A uma distância de aproximadamente 15 mm (.06”) das dobras anteriores, forme um gancho com aproximadamente 3mm (.10”) de altura. 6. Corte o excesso de fio. 36 7. Segure o gancho com o alicate e dobre em 90 graus. Um gancho idêntico é formado no lado oposto. 8. Posicione a mola de tal forma que o arco ortodôntico principal passe por dentro do helicóide (a mola deve apresentar um abertura apropriada) e, em seguida, prenda-a por distal dos incisivos laterais. 9. Fixe o arco auxiliar de torque no arco ortodôntico principal com um fio de ligadura de aço passando pelo helicóide. D – Como fazer um Arco Auxiliar de Intrusão: Instrumental: 1. Alicate de Ruhland. 2. Alicate Universal. Fio: Fio de aço inoxidável redondo de 1 mm = .040”. Tome aproximadamente 30 cm (= 12”) de fio. 2. Adapte-o na superfície vestibular do modelo superior e marque com uma caneta hidrográfica a região por distal do molar de cadalado. 37 3. Forme dois helicóides com um diâmetro interno de aproximadamente 5 mm (= 2”) , colocando a extremidade redonda do alicate de Ruhland diretamente sobre os pontos marcados. 4. Posicione os dois segmentos terminais nos dois hemi-arcos dentários inferiores e marque com caneta hidrográfica o ponto médio entre os dois incisivos centrais inferiores. 5. Segure com um alicate universal, colocando a sua extremidade imediatamente por distal do ponto marcado e dobre para baixo em 90 graus. 6. Corte as extremidades do fio a cerca de 3 mm (= .1”) da última dobra. 7. A uma distância de 3 mm (= .1”) da dobra, segure o fio com o alicate universal e dobre novamente em 90 graus para lingual. Dois ganchos pequenos serão obtidos, que podem enganchar-se no arco básico inferior entre os incisivos laterais e centrais. 8. Coloque a parte superior do arco auxiliar contra os dentes do arco dentário superior e marque com uma caneta hidrográfica os pontos entre os incisivos laterais e centrais. Dois ganchos de latão (com 38 um diâmetro de 0,8 a 0,9 mm = .032” a .036”) devem ser soldados nestes pontos, dirigidos para lingual e depois dobrados para cima. 9. O Arco Auxiliar para Intrusão dos Dentes Anteriores está pronto. 10. Se o arco auxiliar tiver que instruir as regiões posteriores: a – Devem ser soldados dois ganchos de latão em cada lado, um por mesial do primeiro molar e o outro por mesial do segundo pré-molar. b – Os prolongamentos terminais inferiores devem ser curtos, enganchando-se no arco ortodôntico entre o molar e o pré-molar. E – Como Amarrar um Arco em menos de 3 minutos, sem ajuda: Os melhores resultados com aparelhos fixos são obtidos se os arcos ortodônticos forem removidos, conferidos, reconformados, ativados (e trocados, se necessário) aproximadamente uma vez por mês. O conhecimento de um método rápido e fácil de amarrar um arco pode ser útil para superar o trabalhão na hora da troca. O instrumento aqui apresentado (o ligador) não é absolutamente novo, seu uso não é difícil, desde que se conheçam pequenos segredos que, provavelmente, os próprios fabricantes ignoram (devido ao fato de que não avaliam apropriadamente o que produzem em por isso, este instrumento é tão pouco difundido). Segredo número 1: O parafuso de ajuste deve ficar bem apertado: O fio deve sair da bobina com certo esforço. 39 Segredo número 2: A ponta do instrumento não deve afastar-se do braquete até que passe por todo o seu contorno (como a ponta de um lápis numa folha de papel). E agora, passo-a-passo, a amarração de um braquete ... e os erros a serem evitados: 1º Passo. Incorreto! Comece novamente. 2º Passo. Incorreto! Comece novamente. 3º Passo. Incorreto! Comece novamente. 4º Passo. Incorreto! Comece novamente. 5º Passo. Incorreto! Comece novamente. 40 6º Passo. Incorreto! Sexto Passo: Este é o único passo que requer um pouco de prática É necessário girar o ligador sobre seu próprio eixo e, ao mesmo tempo, afastá-lo pouco a pouco do braquete. Erro do sexto passo: O parafuso está muito solto, ou o Ligador foi removido muito rapidamente, então à ligadura não fica suficientemente apertada (pode ser apertada posteriormente com alicate, mas, dessa maneira, metade da vantagem se perde). O parafuso está muito apertado, ou o Ligador não foi afastado do braquete enquanto estava sendo girado, e o fio se quebrou. Comece novamente. O ligador é um instrumento perfeito quando se deseja conjugar um grupo de dentes que serão usados como ancoragem para mover outro dente. 41 A bobina do ligador é recarregada em pouco tempo, acoplando-a em uma peça de mão e girando lentamente. F – Como aplicar um Alastic em dez segundos: O instrumento é encontrado no mercado com a marca de Twirt-on ou Speed O, mas você pode fazê- lo, levando à chama a ponta de um velho explorador e modelando-o exatamente como na figura abaixo: 1. Coloque um Alastic no instrumento. 2. Insira o Alastic na região cervical do braquete e coloque o segmento horizontal do instrumento estritamente em contato sob o lado oclusal do braquete (ou vice-versa): insira pelo lado oclusal e coloque-o em contato com o lado gengival. 4 - Mantendo o segmento horizontal do instrumento firmemente em contato com o braquete, gire o instrumento em 180 graus sobre seu próprio eixo, pivotando-o sobre o segmento horizontal. Na final da rotação o Alastic estará inserido no braquete. (A habilidade do operador consiste inteiramente em levantar o instrumento apenas o suficiente para que o Alastic deslize para baixo). 42 De um modo geral, o Alastic deve ser usado somente nos casos onde não é possível inserir totalmente um arco ortodôntico de fio rígido nos braquetes (dentes suavemente girados ou deslocados para lingual). Em todos os outros casos, é mais conveniente (e com a mesma rapidez) utilizar uma ligadura com fio de aço. G – Como remover um arco: Quanto mais rígido o fio, tanto mais difícil será removê-los dos tubos, especialmente se as extremidades forem dobradas com a finalidade de ativar as alças para redução de espaços. Duas sugestões para minimizar os problemas: 1. Destemperar as extremidades do fio antes de posicioná-lo. 2. Antes de removê-lo, tente retificar as extremidades do arco ortodôntico; em seguida segure o fio com um porta-agulha alguns milímetros à frente do tubo molar. Coloque um alicate de amarrar ligadura entre o tubo e o porta-agulha e pressione. As pontas do instrumento separam-se e a pressão que exercem contra o tubo e o porta-agulha removerão o fio, sem transmitir nenhuma opressão para os dentes. 43 H – ARCO ACESSÓRIO DE INTRUSÃO Um dos problemas frequentes no consultório é a mordida profunda. Normalmente, esse problema pode ser resolvido com curvas de compensação tipo “curve up” no arco superior e “curve down” no inferior. Porém, às vezes, só essa mecânica não é suficiente, demandando um incremento de força para a intrusão dos incisivos e correção dessa má oclusão. Uma das formas de se obter esse incremento de força é com o uso dos arcos acessórios. “Um deles pode ser feito com um arco de aço 0,017” x 0,025” com dois loops na mesial dos primeiros molares, que têm a função de diminuir o coeficiente de carga e deflexão do fio, bem como servir de stop para limitar o perímetro desse arco e ajustá-lo de forma a não machucar a gengiva, nem o lábio ou a bochecha. Após a confecção dos loops justos aos tubos, terminamos com um ângulo caudal cervical de aproximadamente 45º, de forma que — quando inserido nos tubos acessórios dos primeiros molares — ficará no nível do fundo de saco do vestíbulo na região anterior. Depois de inserido o arco acessório no tubo acessório do primeiro molar superior irá fazer duas dobras cadeado para travar a distal do arco e amarramos esse arco, com ligadura metálica 0,030, ao arco principal (que deve estar conjugado de molar a molar para evitar a vestibularização dos incisivos e a abertura de espaços). Essa vestibularização é inevitável, uma vez que uma curva, quando retificada, ocupa mais espaço no sentido postero anterior; mas podemos minimizar esse efeito pela limitação do perímetro do arco principal usando ômegas amarrados, dobras cadeado ou conjugando-o de molar a molar. 1. Vista lateraldireita da mordida profunda com arco já nivelado, montado até segundo molar e conjugado de molar a molar por cima do arco principal. 2. Vista frontal da mordida profunda. 44 3. Vista lateral esquerda da mordida profunda. 4. Fio de aço 0,017” x 0,025”. 5. Marcar o arco na entrada do tubo dos primeiros molares. 6. Marcar o arco na entrada dos tubos dos molares, dos dois lados. 45 7. Alicate 350 para loop ômega. 8. Alicate na marca da entrada dos tubos. 9. Alicate 350 com centro exatamente sobre a marca da entrada dos tubos dos molares. 10. Dobrar um loop com auxílio do alicate 350. 11. Passar a extremidade do fio por dentro do arco para que, ao final da dobra, o loop fique para vestibular em relação ao tubo do molar. 46 12. Loop quase completo. 13. Loop completo terminando em 45º para cervical. 14. Alicate 350 na marca da entrada do tubo do lado oposto. 15. Passar a extremidade do arco por dentro. DICA: Se o segundo molar não estiver presente ou não for possível montá-lo para ancorar o primeiro molar — evitando a inclinação de sua coroa para distal —, dobramos o arco principal para oclusal, no segmento que vai no tubo do primeiro molar, assim anulando o momento de força de rotação da ancoragem. 47 16. Loop quase completo. 17. Loop completo. 18. Arco acessório de intrusão pronto. 19. Com arco pronto, fazer revenido. 48 20. Posição do arco. 21. Arco acessório de intrusão inserido no tubo acessório do lado direito. 22. Arco acessório inserido no tubo acessório do lado esquerdo. 23. Amarrar o arco acessório ao arco principal, com ligadura metálica 0,030”, entre lateral e canino. 49 24. Amarrar bilateralmente o arco acessório de intrusão ao arco principal. 25. Apertar até que o arco acessório de intrusão toque os braquetes anteriores. 26. Vista lateral direita do arco acessório de intrusão posicionado e ativado. Notar a dobra cadeado na distal do tubo do primeiro molar, para estabilizá-lo. 27. Vista lateral esquerda do arco acessório de intrusão posicionado e ativado. 50 28. Vista frontal da mecânica de intrusão com arco acessório. 29. Vista lateral direita da sobre mordida resolvida. 30. Vista lateral esquerda da sobre mordida resolvida. 31. Vista frontal da sobre mordida resolvida. I – Como facilitar a reutilização de Bandas e Braquetes: Bandas: 51 As bandas são mais facilmente reutilizadas que os braquetes, pois o cimento de oxifosfato é facilmente removido com uma solução de ácido nítrico ou fosfórico de 30 a 50%, com qualquer tipo de banho simples, ou mesmo com os meios mais simples. O inconveniente é que as marcas do tamanho das bandas são apagadas durante o uso ou recondicionamento. Como proceder: 1. Quando as bandas forem selecionadas e após a sua cimentação, anote os tamanhos na ficha clínica do paciente. 2. Prepare uma série de caixas (por exemplo, caixas de filme), uma para cada tamanho e rotule-as. 3. No momento da remoção, guarde cada banda removida na caixa apropriada, de acordo com o que foi escrito na ficha clínica do paciente. 4. Uma vez ou outra recolhas as bandas, amarrando-as em conjunto com fio de ligadura de acordo com o tamanho; rotule cada grupo e coloque-as em um limpador ultrassônico ou remeta-as para uma Empresa de Recondicionamento. Evite qualquer tratamento térmico acima de 315 graus C. Braquetes: Os agentes de colagem dos braquetes não podem ser facilmente removidos (resinas compostas). A maioria dos recondicionadores desintegra o adesivo pela exposição ao calor e remove a camada oxidada escura pelo polimento eletrolítico. Evite estas técnicas, pois ambos os procedimentos danificam os braquetes: a. Procedimento de exposição ao calor, alteram a estrutura do aço (separação do carboneto de cromo) e comprometem suas propriedades antioxidantes. b. Consequências: O metal se torna maleável com redução da rigidez superficial e perda de sua resiliência (impossibilitando a aplicação de troque nos fios retangulares). c. Procedimentos de polimento eletrolítico: 52 1. Aumento da canaleta. Consequências: O grau de liberdade indeterminado entre o fio e a canaleta impossibilita o estabelecimento da quantidade de torque a ser aplicado ao fio. 2.Bordas afiladas. consequências: Ferimento da mucosa, ruptura freqüente dos elásticos. 3. Achatamento da tela de retenção. consequências: Insucessos mais frequentes na adesão. 4.O único modo seguro de recondicionamento dos braquetes é a remoção do adesivo quimicamente (sistema Ortho-Cycle). Atenção: A canaleta pode ser protegida durante a remoção do braquete utilizando um instrumento apropriado com largura de .22 ou .25”, para manter a distância correta entre as aletas, que podem se alterar se forem apreendidas de forma imprópria com o alicate. Aparelhos Removíveis A – Métodos de Retenção: A boa retenção é uma qualidade importante dos Aparelhos Removíveis para assegurar a cooperação do paciente. Os diferentes tipos de aparelhos funcionais (ativador, Frankel, Bionator, Placa-C de Cervera, etc.), exigem o estabelecimento de reflexos musculares específicos da língua, dos lábios e dos músculos de bochecha para manter o aparelho no lugar. Algumas vezes, os reflexos corretos são estabelecidos em pouco tempo, e o aparelho funcional ... funciona. Por outro lado, algumas vezes, formam-se reflexos errados, ou simplesmente não se formam, sendo inútil esperar algum resultado, mesmo porque o paciente sente-se tão incomodado que dificilmente usa seu aparelho. Autores como Federico V. Tenti, tem se deleitado, há anos construindo, imaginando, inventando, modificando e aplicando os mais variados tipos de aparelhos funcionais e concluindo que, como precaução, é melhor dar a todos os aparelhos ortodônticos a melhor estabilidade possível. 53 Sistema número 1: Grampo de Adams: É o melhor meio de retenção para os molares e pré-molares (exceto quando os dentes estão pouco irrompidos). Os dois subitens seguintes são dedicados à sua construção. Sistema número 2: “Splint” Parcial Anterior: É muito fácil de fazer. Não são necessários grampos de aço. É indicado nos casos onde; a. os molares decíduos estão ausentes ou prestes a exfoliar; b. os molares permanentes estão parcialmente irrompidos ou necessitam de movimentação. Contraindicações: a. nos casos com Trespasse Vertical negativo (= mordida aberta); b. em casos hiperdivergentes com aumento da Altura Facial Anterior; c. em casos de Classe II Esquelética muito acentuada. É melhor se for precedido pelo alinhamento dos quatros incisivos superiores (por meio de quatro braquetes + um pequeno número de arcos segmentados por alguns meses, por exemplo). Desta forma o Splint proporcionará a retenção juntamente com a estabilidade. É aconselhável reembasá-lo diretamente com resina autopolimerizável após o isolamento da superfície dos dentes com uma fina camada de vaselina ou creme de silicone. 54 Sistema número 3: Extensões Vestibulares de Acrílico: Muito fáceis de fazer. Especialmente indicados na dentadura mista, quando: a. os molares permanentes estão presentes; b. alguns dentes decíduos presentes, possibilitandoa execução de um sulco para retenção em suas superfícies vestibulares. Para extensão são necessários dois fios de conexão simples de 0,7 mm, com retenções apropriadas por vestibular e por lingual em suas extremidades, distanciadas aproximadamente 1 mm da superfície do modelo. Somente é preciso prestar atenção para que o fio de conexão não interfira (ou que interfira o mínimo possível) na oclusão. É inútil preparar no modelo a parte lingual da margem gengival, como se faz para o Grampo de Adams. No momento da instalação da placa, faça sulcos horizontais (com cerca de 0,5 mm de profundidade) na superfície vestibular dos dentes decíduos. Reembase as extensões vestibulares com resina autopolimerizável, para que ela preencha os sulcos horizontais. Sem este artifício as extensões não são suficientes para assegurar a estabilidade. 55 Além da extrema facilidade de construção, a Extensão Vestibular oferece outra vantagem, que não pode ser desprezada de maneira alguma: o arco vestibular, bem como as possíveis molas, extensões, etc., podem ser fixados nela; em vez de cruzarem a superfície oclusal para serem fixados a superfície oclusal para serem fixados no acrílico da região palatina. Como Fazer um Grampo de Adams realmente eficiente: É necessário aproveitar ao máximo todas as áreas retentivas dos dentes, tanto no sentido vestíbulo-lingual como mesio-distal. Não é fácil (especialmente quando o dente não está completamente irrompido). É melhor acentuar as áreas de retenção no modelo, removendo, se necessário, parte do gesso correspondente ao tecido gengival. O grampo de retenção, se bem ajustado contra o dente, deslocará a papila sem traumatizá-la. Felizmente os dentes não variam muito de tamanho. Quando os olhos se acostumam com certos tamanhos-padrão (e respeitando-os corretamente), com um pouco de prática será possível fazer um grampo de Adams adaptável em 90% dos casos. É aconselhável, antes de tudo, observar muito bem os desenhos numa escala de 5:1, e tê-los em mente. Peque aproximadamente 90 mm de fio de 0,7 mm redondo, um alicate 139 e siga os passos expostos mais adiante. Até que os olhos se acostumem com as dimensões, é melhor conferir as medidas a cada passo. Porém, isto não é o suficiente! O melhor grampo não retém sem uma boa adaptação no lado lingual. 56 Essa adaptação pode ser obtida apenas com a resina acrílica, contanto que o seu limite supere o equador do dente. Quando um dente não está totalmente irrompido, a sua coroa clínica deve ser aumentada no modelo. Para evitar a compressão dos tecidos gengivais, a resina deve ser removida da margem recém-criada. 57 Grampo de Adams para Pré-molar: 58 Um grampo de Adams para um pré-molar deve ter as mesmas alças dos molares. Somente a barra horizontal será de comprimento reduzido: para o molar utiliza-se 7 mm de comprimento, considerando-se que o seu diâmetro mesio-distal seja de 11 mm; desta forma, para um pré-molar utiliza-se 3 mm de comprimento, considerando-se que o seu diâmetro mesio-distal seja de 7,5 mm, e sua área de retenção mais acentuada. Passos para Construção de um Grampo de Adams: Fio: 0,7 mm de aço inoxidável. Instrumental: Alicate no 139. 1. Pegue cerca de 9 cm de fio. Marque na região média, com uma caneta hidrográfica ou lápis dermatográfico, dois pontos distanciados exatamente 7 mm entre si. 3.Coloque a ponta piramidal do alicate imediatamente antes da marca e dobre para cima um pouco mais de 90 graus. 59 4. Faça o mesmo com a outra marca. 5.Faça duas marcas nos prolongamentos verticais a 3 mm da base (incluindo a espessura do fio). 6.Coloque a ponta redonda do alicate justamente sobre uma das marcas e dobre o fio 180 graus para baixo. 7. Repita o procedimento no outro lado, obtendo assim as duas alças. A distância média entre as partes salientes das duas alças deve ser de 10 mm. Confira!. 8. Segure uma das alças (por mesial) com alicate posicionado horizontalmente e dobre formando um ângulo de 75 graus com a barra horizontal. 60 9. O mesmo procedimento é efetuado com a outra alça (a distal). Desta vez a dobra deve ser um pouco menos acentuada: 55 graus para um molar inferior; 60 graus para um molar superior. Talvez você considere um excesso de precisão. Não se leva muito tempo para concluir um diagrama até que você seja capaz de avaliá-lo com uma simples olhada. A colocação do alicate sobre o desenho ao lado pode ajudar. Adapte o grampo no modelo de modo que as duas alças (inclinadas em 60o quando comparadas com a superfície oclusal), estejam em contato com a região de máxima retenção dentária. Lembre-se: a alça dobrada em 75 graus deve ficar por mesial, e a outra em 55 a 60 graus deve situar-se por distal. Se esse contato não existir, não prossiga com os outros passos, seria inútil. Se as medições foram realizadas corretamente (confira novamente), 9 casos em 10 não apresentam problemas. Se estiverem um pouco fora da região de retenção, tente aproximá-las fazendo uma pequena curvatura para fora na barra horizontal. Se estiverem muito distantes, ou se estiverem muito próximas uma da outra, ou se a barra horizontal tocar na superfície do dente é melhor começar tudo novamente, alterando suavemente o tamanho da barra horizontal. É inútil prosseguir, sabendo de antemão que os resultados finais serão ineficientes. 10.Coloque a ponta piramidal do alicate afastada 2 mm da curvatura da alça e dobre o fio em 90 graus em relação ao eixo da alça. 61 Faça o mesmo na outra alça. Recolocando as alças na sua posição, os prolongamentos dos fios apontarão em direção à superfície oclusal. Esta será a direção do segmento intermediário entre a alça e o prolongamento de conexão. 11. Usando uma caneta hidrográfica de ponta fina, marque o ponto onde o fio tocar na superfície oclusal. Coloque a ponta piramidal do alicate antes da marca e dobre o fio em 30 graus, de modo que ele cruze o plano oclusal o mais próximo possível do ponto de contato. O fio de conexão é então adaptado passando pela superfície proximal do dente, sem interferir com as cúspides dos dentes opostos. Faça o mesmo com a outra alça. 12. Com as alças em posição, marque com uma caneta hidrográfica os pontos onde os prolongamentos oclusais do fio, após passarem sobre o ponto de contato, começam a deixar o dente (4 a 5 mm da dobra anterior). 62 Coloque a ponta piramidal do alicate antes da marca e dobre o fio em 60 graus para afastá-lo da superfície oclusal logo que possível. Este passo resulta em um prolongamento paralelo ao longo eixo da alça. Neste momento, o grampo não poderá permanecer nessa posição, porque os prolongamentos tocam na gengiva no lado lingual. 13. Coloque a ponta piramidal do alicate imediatamente após a dobra anterior e faça uma dobra contrária em 60graus, para que o fio se afaste da gengiva. Neste passo, a dobra é paralela à superfície oclusal. 14. Posicione novamente a ponta piramidal do alicate logo após a dobra anterior e dobre o fio em direção à superfície lingual ou palatina. O ângulo desta dobra é estritamente individual. O fio deve ficar 1 a 2 mm afastado do modelo. Se o modelo inferior apresentar retenções na região lingual do processo alveolar, elas terão que ser preenchidas com cera. Cera preenchendo as retençõesno arco inferior. 63 15. As extensões dos fios serão dobradas aproximadamente 7 mm além das últimas dobras. O Grampo de Adams está pronto. Este grampo também possui boa retenção nos molares decíduos, nos caninos permanentes e até mesmo nos incisivos permanentes. As alças serão sempre do mesmo tamanho. Somente sua inclinação e o comprimento da barra horizontal se modificarão. Para o comprimento da barra horizontal, a estimativa é de aproximadamente 4 mm menor que o diâmetro mesio-distal do dente: Em cada lado 1 mm é ocupado pela espessura do fio e pela sua curvatura, 1 m subtraído pela área de retenção. Os dez erros mais comuns na construção do Grampo de Adams: Erro número 1: As alças são muito curtas: A barra horizontal entre as duas alças toca na superfície vestibular do dente, e então não alcançam as áreas retentivas (quase todos os grampos de Adams pré-fabricados existentes no mercado, infelizmente, são confeccionados dessa forma). Erro número 2: 64 A alça é muito estreita: Pode facilmente fraturar aqui. Além disso, se a barra horizontal tocar na superfície vestibular, as alças serão incapazes de alcançar as áreas retentivas. Erro número 3: A alça está muito horizontal: Pressionando excessivamente para entrar na região retentiva. A fratura é muito fácil nesse ponto. Erro número 4: O braço interno da alça é muito longo: Falta o segmento intermediário, este ângulo está muito acentuado. A fratura é muito fácil neste ponto. Erro número 5: 65 O braço interno da alça é muito longo: Como consequência, o segmento de conexão fica muito distante da superfície oclusal e interfere na mastigação. Erro número 6: O segmento intermediário é muito longo: Como consequência, o segmento de conexão interfere na mastigação. Erro número 7: O segmento de conexão é muito longo: Pode interferir na mastigação. Erro número 8: A barra horizontal é muito longa: (um erro mais comum) 66 As alças são dobradas em 90 graus e não podem utilizar bem a região retentiva. Além disso, pressionam mais as papilas que os dentes. Este erro (se pequeno) pode ser corrigido efetuando uma curvatura vestibular na barra horizontal. Erro número 9: A barra horizontal ainda é muito longa: O erro foi corrigido com uma convergência excessiva das alças, tornando-as menos elásticas e mais frágeis. Erro número 10: A barra horizontal é muito curta: O erro foi corrigido alargando as alças e eliminado sua convergência. Dentro de certos limites, é aceitável, mas, se for exagerado, as alças podem utilizar somente as regiões de retenção vestibular e não a mesio-distal. 67 Como fazer um Arco Palatino de Suporte para os aparelhos removíveis superiores: Um arco de suporte simples, para unir o lado direito com o esquerdo, pode proporcionar uma aparência mais suave aos nossos aparelhos, tornando-os muito mais aceitáveis pelos pacientes. Instrumental: Alicate de Ruhland e Alicate de Adere ou Tridente. Fio: de aço inoxidável redondo de 1,2 mm. Tome 10 cm de fio e usando um alicate de Ruhland, faça uma curvatura em forma de “U” no centro do fio. Segure o fio com um alicate Tridente grande, posicione-o obliquamente em 45 graus e a uma distância de 15 mm do centro da curvatura. Aperte o alicate ao máximo, formando uma dobra de 45o nos três planos do espaço. O mesmo é feito do lado oposto. 68 Obtêm-se então um arco palatino, facilmente adaptável. Pode ser usado Fazendo-se uma marca alguns milímetros abaixo da margem gengival, com 3 a 5 dobras suaves com o alicate tridente assegura-se uma ótima retenção no acrílico. Se for necessário movimentar os molares e pré-molares para vestibular ou lingual, substituindo vantajosamente o parafuso. Observação: Recobrir com acrílico todo o palato para obter a sua expansão, não é nada mais que uma superstição medieval. A pressão direta do acrílico na mucosa palatina pode produzir: Isquemia, Irritação, Ulceração, E reabsorção do osso subjacente. A expansão do palato pode ser obtida somente pela pressão exercida diretamente nos dentes e indiretamente no ligamento periodontal. Como fazer uma Máscara Facial (tipo Delaire): 69 As existentes no mercado são todas muito bonitas, pesadas, incomodas e caras. O tipo que está sendo apresentado pode ser facilmente fabricado em laboratório e adaptado em qualquer face de 5 a 18 anos. Utilize um alicate Dentaurum 003-180 e cerca de 60 cm de fio de 1,5 mm. Corte o fio em duas partes de 30 cm e modele cada um como no desenho. Iniciando da região inferior (todas as medidas são em milímetros). Agora tome aproximadamente 15 cm de fio de 1,1 mm para confeccionar duas hastes com ganchos para aplicação dos elásticos. Como fazer uma Placa Lábio Ativa Adaptável: 70 Adaptar corretamente uma Placa Lábio Ativa (PLA) é, provavelmente, o procedimento mais difícil e delicado de todas as técnicas ortodônticas. Não é necessário que a Placa Lábio Ativa seja construída individualmente no modelo do paciente Aconselha-se ter sempre em mãos algumas placas pré-fabricadas para adaptar caso a caso. Infelizmente, nenhuma das encontradas no mercado apresenta as características ideais. Uma placa bem construída, bem adaptada e bem empregada pode apresentar resultados excelentes. Uma placa mal construída ou mal ajustada constitui apenas uma punição injusta para a criança. Para construir e adaptar corretamente uma placa, é necessário entender completamente suas funções e requisitos. Funções da Placa Lábio Ativa: -Eliminar a pressão labial inferior sobre os incisivos inferiores e transferi-la para os molares. - Em certos casos (nem sempre, infelizmente) pode estimular a contração dos lábios hipotônicos. Indicações: Movimentação para distal dos molares inferiores. Ancoragem dos molares inferiores. 71 a. quando são usados elásticos intermaxilares de Classe II; b. na transição da dentição mista para a permanente, quando o espaço de Nance deve ser mantido. Correção do hábito de sucção do lábio inferior (muito freqüente em casos de trespasse horizontal acentuado). Contra indicações: Nos casos com tendência à Classe III Esquelética (mesmo muito suave), por duas razões: a. um possível agravamento (devido a uma tendência para o crescimento no sentido anti- horário ou tipo C de Tweed) seria certamente atribuído pelos pais à PLA). b. é mais razoável, em tais casos, usar uma ancoragem extra bucal de Tração Baixa na esperança, embora pequena, de obter um certo efeito Ortopédico no crescimento condilar. Quando existe um excesso de espaço no arco inferior. Quando os incisivos estão demasiadamente inclinados para vestibular. Características ideais de uma Placa Lábio Ativa: Deve apresentar a superfície mais larga possível, compatível com a estética e a função. Deve permanecer afastada pelo menos 1 mm de distância dos dentes e da superfície gengival, mas não mais que 3 mm, para que não altere o perfil do paciente. 72 Deve situar-se o mais profundamente possível no sulco vestibular,devido à maior pressão muscular e para ser menos visível ao sorrir. Não deve ser muito delgada para que não provoque ulcerações, mas nem tão espessa para que não influencie na estética. Uma espessura ideal é de 2,5 a 3 mm. Deve ser ajustável nos sentidos vertical e antero posterior (quanto mais rapidamente os molares movimentarem-se para distal, tanto maior deverá ser a largura das alças para evitar a pressão na região gengival). Não deve ser muito flexível, mas também não muito rígida. Fio ideal: 1 mm. Passos para a construção: - Tome cerca de 18 cm de fio de 1 mm de diâmetro e dobre-o exatamente como no desenho. As alças laterais são utilizadas para adaptar os escudos à conformação individual do arco e para avançá-los à medida que os molares movimentam-se para distal. 73 - Após conformada no plano, a curvatura do arco deve ser ajustada com alicate de pontas côncava e arredondada, iniciando no segmento central e continuando nos segmentos laterais que retêm os escudos. Os escudos são confeccionados como no próximo exercício. A curvatura ideal é obtida usando a superfície de uma garrafa ou de uma lata. Prepara-se uma tira larga, cerca de 17 mm (15 mm depois de terminada) e cortam-se porções de 10 mm de altura; os cantos devem ser arredondados corretamente. 4. Coloque os escudos atrás de cada dobra com o fio à frente da superfície opaca e convexa do acrílico. Fixe os escudos ao fio com acrílico (sistema pós-líquido). Os escudos devem possuir espessura maior na margem inferior. Dê o acabamento e o polimento. Modo de Adaptação: 74 Insira nas duas extremidades do fio limitadores tubulares. Insira as extremidades nos tubos dos molares e desloque os limitadores até que os escudos estejam aproximadamente a 2 mm da gengiva dos incisivos inferiores. Fixe os encaixes com solda. Utilize um alicate 139: a – para abaixar os escudos, se estiverem muito altos; b – para levantar os escudos, se surgirem lesões no sulco vestibular, (verifique se o acrílico está bem arredondado e polido). (c – para movimentar os escudos para anterior, à medida que os molares movimentam-se para distal). Outras Sugestões para a Placa Lábio Ativa: As vezes, hipertrofias assintomáticas aparecem na mucosa das bochechas (papilomas). Nesses casos, é aconselhável inserir pequenos tubos plásticos nas partes laterais. 75 Ao suspeitar que o paciente não esteja usando sua placa lábio ativa durante as 24 horas removendo-a somente para as refeições e a higiene bucal), é melhor amarrá-la às bandas, após ter soldado um gancho de latão na frente do encaixe. Como Fazer Escudos Bucais: Não é difícil fazer escudos bucais de acrílico. O que é difícil é fazê-los finos e, acima de tudo, bem polidos na sua parte interna. Esta pequena dica, pode facilitar muito o trabalho: Uma placa de vidro, ou melhor, ainda, uma garrafa de superfície lisa pode ser utilizada. Ou melhor, ainda, um recipiente cilíndrico de plástico cortado verticalmente em duas partes, uma côncava e outra convexa. - Usando tiras de cera, delimite (com um pouco de excesso) uma superfície com o formato e as dimensões necessárias para o escudo bucal. - A superfície é levemente lubrificada com vaselina ou silicone. - Despeje uma camada fina de resina e, movimentando-a apropriadamente, obtenha uma camada uniforme com aproximadamente meio milímetro de espessura. - O sistema pó + líquido também é apropriado. - Após a polimerização, obtêm-se uma fina concha de acrílico com uma superfície perfeitamente lisa e facilmente polida. - Esta superfície formará a parte menos acessível do escudo. - Na superfície âspera, adapte os fios que serão fixados com o sistema pó + líquido. - Para evitar que o novo acrílico, quando depositado, altere a superfície já polida, recomenda- se o uso do acrílico que não se espalha. 76 - É aconselhável certo estoque de conchas, de tamanhos diferentes; para que as partes desejadas possam ser prontamente recortadas quando necessário. Como Fazer Um Aparelho de Frankel (FR 1): Monte os modelos em articulador, usando uma mordida em cera registrada com 2 a 3 mm de protrusão e 2 a 3 mm de dimensão vertical. Escave ao máximo o modelo no sulco vestibular lateral superior e no sulco vestibular antero- posterior, para obter uma distância de 10 a 12 mm da margem gengival. (Como orientação auxiliar, observe a boca do paciente diretamente). Dois sulcos de cada lado do modelo superior, um por distal do canino e outro por mesial do molar, devem ser esculpidos (nos casos onde os elásticos de separação não foram aplicados antes da realização da moldagem). Coloque uma camada de cera nas áreas correspondentes aos escudos vestibulares, previamente demarcadas com um lápis (espessura de 4 a 5 mm na área dos dentes e 2 a 3 mm na região alveolar). 77 - Corte a cera ao nível do plano oclusal, para possibilitar a abertura do articulador e a separação dos modelos. Observação: O procedimento com cera pode ser eliminado, se a sugestão prática no 2 mais à frente for aceita. Adapte o arco vestibular superior (fio de 0,9 mm) na forma de um arco ideal sobre os incisivos superiores. - Na região distal do incisivo lateral, dobre o arco para cima e depois em direção aos escudos vestibulares. - As dobras de retenção, ao nível do escudo, devem ser confeccionadas uniformemente a 0,5 mm da superfície da cera. - Isto é válido também para a retenção de todos os outros elementos. Faça as alças contornando os caninos superiores (fio 0,8 a 0,9 mm), passando pelo desgaste realizado na face distal. Contorne um arco palatino (fio de 1,2 a 1,3 mm) uniformemente afastado de 1 a 2 mm da mucosa palatina. Ele deve penetrar na base do sulco mesial do molar (o sulco deve ser retornando ao 78 último molar decíduo (se ainda estiver presente) ou ao primeiro molar permanente (se o segundo molar decíduo estiver ausente)). Com um fio de 0,9 mm, modele o arco que suporta os dois escudos labiais, onde sua extensão foi previamente demarcada no modelo e recoberta com isolante ou uma camada fina de cera. - Nesta área, o fio deverá permanecer afastado do modelo cerca de 2 mm. O acrílico aplicado, será posteriormente desgastado cerca de 1 mm na superfície interna (este espaço permanece entre os escudos e a mucosa), estendido para a camada da cera); deve ultrapassá-la, formando uma dobra de retenção (distanciada 0,5 mm da superfície da cera) e Todos os elementos de aço devem ser fixados ao modelo com cera, nos pontos que não serão cobertos com acrílico. Incorpore alças no arco lingual (fio de 0,9 a 1 mm). - O arco não deve tocar nos dentes. 79 - As alças dobradas para baixo ao longo dos caninos, formam uma alça em forma de “U” ao nível da raiz do primeiro pré-molar, elevam-se novamente e passam por distal do canino ou do primeiro pré-molar. - As alças devem ficar em contato com a mucosa. - A cada 3 ou 4 meses, devem ser ativadas para a frente 2 a 3 mm (contanto que o paciente tenha usado seu aparelho e os resultados sejam satisfatórios). As alças linguais podem ser substituídas por um Escudo lingual, unindo fios de 1,2 mm. Aplique (finalmente) o acrílico para formar os escudos vestibulares, linguais e labiais. Se as dobras de retenção foram confeccionadas a uma distância
Compartilhar