Buscar

CASOS CONCRETO REDAÇÃO INST 6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO DE DIREITO
	UNIVERSIDADE
	DISCIPLINA: REDAÇÃO INSTRUMENTAL 
	SEM: 2017.1
	TURMA: 3068
	TURNO: NOITE
	ESTÁCIO DE SA
	Data de entrega:
	Professor: KELMER
	Aula:3
	C/C n/º : 3
	CAMPUS:
	
	NOVA IGUAÇU
	Nome: LEONARDO JORGE SILVA DE SOUZA
	Matr: 2016 078447916
	
Caso Concreto
A reclamada contratou o reclamante para exercer a função de marceneiro no setor de
produção de cozinhas moduladas. O reclamante, ao desempenhar sua atividade profissional, foi pregar um gabinete duplo, um dos componentes da cozinha modulada, quando o prego se soltou da madeira ao sofrer a batida do martelo. O prego atingiu em cheio o olho direito do trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio ocorreu por culpa exclusiva da reclamada, porque esta não ofereceu óculos de proteção ao obreiro. Trata-se de um trágico e irremediável acidente de trabalho que pôs fim não somente a qualquer perspectiva de ascensão profissional do reclamante, mas também o deixou deficiente visual para o resto de sua vida.
Questão 1
A linguagem forense utilizada pelo advogado na exposição dos fatos no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção vocabular.
Comente, em até 10 linhas, a escolha lexical intencional do advogado, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas na construção desse parágrafo.
RESPOSTA: A escolha lexical desenvolvida pelo advogado tem como finalidade valorizar os fatos em relação ao seu cliente como as palavras atingiu em cheio (gravidade do acidente) trágico e irremediável ( causa irreparável) fim da ascensão profissional (teve como consequência o fim da carreira profissional do reclamante) e deficiência visual para o resto da vida( incapacidade para qualquer atividade laborativa)
Questão 2
Identifique, no parágrafo acima, pelo menos duas informações ou versões que a parte contrária não teria narrado. Justifique a sua resposta.
RESPOSTA
1) Esse infortúnio ocorreu por culpa exclusiva da reclamada – pois a outra parte jamais assumiria a responsabilidade exclusiva do ocorrido. Talvez assumiria a culpa concorrente.
2) pôs fim não somente a qualquer perspectiva de ascensão profissional - a outra parte não condenaria para sempre a situação do trabalhador em relação a ascenção profissional, pois o mesmo poderia desempenhar outras atividades e ganhar as respectivas ascensões profissionais na respectiva área.
Trabalho de pesquisa: Função persuasiva da narrativa jurídica
No texto narrativo está presente a transformação no espaço e no tempo, buscando-se apenas informar tais fatos ao juiz. Mas, por ser uma criação do intelecto humano, a narrativa jurídica assume um ponto de vista que parte de seu autor, construída a partir de sua interpretação pessoal, de forma que se torna uma tese a ser comprovada pela argumentação.
Questão 3
Acesse o site do STF ou do STJ e transcreva fragmento de um voto em que a narração esteja a serviço da argumentação. 
RESPOSTA
A EXMA. SRA. MINISTRA NANCY ANDRIGHI (Relatora):
Cuida-se de recurso especial interposto por JOSÉ RENATO DE OLIVEIRA com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo TJ/MG.
Ação: de indenização por danos materiais e compensação por danos morais, ajuizada por ORLANDO ORSINI e SALOMÉ DIAS ORSINI – por si e representando sua filha MILENI DIAS ORSINI – em face do recorrente (e-STJ fls. 05/08).
Segundo consta dos autos, a terceira requerente, quando caminhava numa calçada, foi atropelada pelo veículo conduzido pelo réu, o qual, sem observar a preferencial existente em cruzamento, acabou sendo abalroado por um segundo veículo que o impulsionou em direção à vítima.
Os autores sustentam que em razão do acidente sofreram prejuízos de ordem material no valor de R$ 7.617,72 – relativo a despesas com medicamentos e tratamentos médicos –, além dos danos psíquicos e morais decorrentes do trauma sofrido.
Sentença: julgou parcialmente procedente o pedido inicial para condenar o recorrido a pagar para a terceira requerente indenização por danos materiais no valor de R$ 7.617,72 (sete mil, seiscentos e dezessete reais e setenta e dois centavos) e compensação por danos morais no montante de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Acórdão: o TJ/MG, por unanimidade, rejeitou as preliminares de ilegitimidade ativa e de cerceamento de defesa e, no mérito, negou provimento ao recurso de apelação do ora recorrido (e-STJ fls. 142/147). O acórdão foi assim ementado (e-STJ fls. 183/198):
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO – DANOS MORAIS E MATERIAIS – ACIDENTE DE TRÂNSITO – CRUZAMENTO NÃO SINALIZADO – PREFERÊNCIA – LEGITIMIDADE AD CAUSAM – DANO POR RICOCHETE. – Os pais da vítima de acidente de trânsito são parte legítimas para pleitearem indenização por danos que pessoalmente sofreram. Este prejuízo experimentado indiretamente por terceira pessoa é reconhecido na doutrina como “dano por ricochete”. – Para que se condene alguém ao pagamento de indenização, é preciso que se configurem os pressupostos ou requisitos da responsabilidade civil, que são o dano, a culpa do agente ou o risco, e o nexo de causalidade entre a atuação deste e o prejuízo. – O disposto no art. 293 III, c, do Código de Trânsito Brasileiro determina que, em cruzamento não sinalizado, os veículos que transitam pela direita possuem preferência de passagem. – Quanto aos danos morais, o que se busca é uma compensação, decorrente da lesão causada pelo acidente de trânsito, não podendo a indenização representar fonte de enriquecimento de ninguém, nem ser inexpressiva.
Recurso especial: interposto com base na alínea “a” do permissivo constitucional (e-STJ fls. 201/213), aponta ofensa:
(i) ao art. 3º do CPC, porquanto ORLANDO ORSINI e SALOMÉ DIAS ORSINI não são partes legítimas para pleitear a compensação pelos danos morais que sofreram em decorrência de acidente que vitimou a terceira requerente, filha do casal;
(ii) ao art. 70, III, CPC, afirmando o cabimento da denunciação da lide do condutor do segundo veículo;
(iii) à Súmula 246/STJ, porquanto o acórdão recorrido não admitiu a dedução do valor do seguro obrigatório da indenização judicialmente fixada.
Juízo de admissibilidade: após decorrido o prazo para a apresentação das contrarrazões (e-STJ fl. 216) e admitido o apelo na origem (e-STJ fls. 218/219), subiram os autos a este Tribunal.
É o relatório.

Outros materiais