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RESUMO FEBRE AMARELA

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FEBRE AMARELA – doença febril aguda causada pelo vírus Flavivirus, onde o agente é 
transmitido ao homem por mosquito vetor (arbovirose). 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA! 
No ciclo urbano a infecção é transmitida de pessoa a pessoa pelo Aedes aegypti, erradicada. 
No ciclo silvestre – impossível de ser controlado, é mantido por mosquitos do gênero 
Haemagogus, que transmitem a doença para macacos – principal reservatório. O homem 
entra no ciclo como hospedeiro acidental. 
Após um período de incubação que varia de 3 a 6 dias, surge abruptamente febre alta (39 – 
40), cefaleia e mialgias. Na maioria dos pacientes tem resolução espontânea em dois a três 
dias. Viremia – período de infecção. Alguns pacientes podem desenvolver formas moderadas 
da doença, apresentando além da síndrome febril, icterícia, sangramento leve (ex: epistaxe) e 
albuminúria no EAS. 
Aproximadamente 10% desenvolverão a forma grave com letalidade de até 50%. Após o 
episódio de Viremia há uma melhora breve da febre (12 a 24h) com posterior volta com maior 
intensidade, o que dá início ao período de intoxicação, quando aparecem os anticorpos. Dessa 
vez a febre vem acompanhada de manifestações hemorrágicas (por disfunção plaquetária 
endotelial, CIVD e diminuição da síntese de fatores de coagulação pelo fígado). O 
envolvimento hepático extenso (por necrose) causa a icterícia e elevação importante das 
aminotransferases, principalmente TGO (AST>1000) – a lesão hepática vem do efeito direto do 
vírus, hepatotrópico e citopatico. O comprometimento renal causa proteinúria (albuminúria). 
Lab: 
• Hemograma com leucopenia e neutropenia, plaquetopenia, anemia (sangramentos), 
aumento de produtos de degradação da fibrina e VHS aproximando-se de zero – 
característico! 
• Função hepática: aminotranferases elevadas (> 1000 UI/L, principalmente TGO), FA pouco 
elevada ou normal, Bilirrubinas elevadas a custa de BD (2-10) e prolongamento do tempo 
de protombina. 
• EAS: albuminuria (300-500g) 
O diagnostico pode ser feito através de sorologia – MAC- ELISA, que detecta anticorpos IgM a 
partir do quarto dia de doença. Quando não reativo, colher 2 amostras com intervalos de 14 
dias. Não deve ser feita biopsia hepática pelos riscos de sangramento. 
Tto de suporte com reposição de volume com cristaloides, VitK (hipotrombinemia), diálise 
peritoneal nos casos de IR. Casos graves em UTI.

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