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RESUMO Tromboembolismo venoso

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Tromboembolismo venoso (TEV) = trombose venosa profunda (TVP) + embolia pulmonar (TEP) 
A formação de trombos é estimulada pela tríade de virchow 
1. Estase venosa 
2. Hipercoagulabilidade 
3. Lesão do endotélio 
TVP = oclusão completa ou parcial de uma veia por um trombo com reação inflamatória 
primaria ou secundaria da parede da veia. Tem maior incidência em MMII, sendo a íleo 
femoral a de maior risco. 
Seus fatores de risco incluem historia previa de TVP ou EP, paralisia, imobilização, ACO, ICC, 
infecção, resistência à proteína C ativada (principalmente fator V de Leiden); mutação do gene 
da protrombina G20210A; deficiência de antitrombina; deficiência de proteína C; deficiência 
de proteína S, síndrome do anticorpo antifosfolipídio. 
O quadro clínico, quando presente, pode consistir de: dor, edema, eritema, cianose, dilatação 
do sistema venoso superficial, aumento de temperatura, empastamento muscular e dor à 
palpação. 
Diante da suspeita clínica devem ser realizados alguns exames: 
1. Teste D-dímero (DD) - produto da degradação da fibrina que está presente em qualquer 
situação de formação e degradação de um trombo, não sendo um marcador específico 
2. Eco Doppler colorido (EDC) – EXAME DE ESCOLHA! Se for negativo e o DD positivo, repetir 
em 3-7 dias 
3. Venografia com contraste – PADRÃO OURO! Usado em casos de duvidas 
4. TC – semelhante à EDC, mais indicada na suspeita de anomalia venosa 
Deve-se desconfiar de trombofilia quando há o primeiro episódio de TVP antes dos 50 anos de 
idade, com história de recorrência de tromboembolismo e/ou provenientes de famílias com 
tendência a desenvolver trombose e/ou recorrência (mais que dois familiares e persistência de 
DD após tto. 
Testes diagnósticos para trombofilia incluem: homocisteína, fator V Leiden (FVL), mutação da 
protrombina G20210A (MP G20210A), resistência a proteína C ativada (RPCA), anticorpos 
antifosfolipídios (anticoagulante lúpico, anticardiolipina IgG e IgM, e anti-β2 glicoproteína I IgG 
e IgM, esses dois últimos em pelo menos duas dosagens com títulos moderados ou altos e com 
intervalo de 12 semanas entre elas), deficiência da antitrombina (AT), da proteína C (PC) e da 
proteína S (PS). 
Para pacientes com alta suspeita clínica de TVP, recomenda-se iniciar o tratamento com 
anticoagulantes enquanto se aguarda a confirmação do diagnóstico, desde que não haja 
contraindicação. Tratamento inicial com: HBPM subcutânea (SC), HNF endovenosa (EV) ou SC 
monitorizada (5 DIAS) + antagonista Vit K (5 a 10mg) desde o primeiro dia até o INR enteja 
entre 2 e 3 por 2 dias consecutivos, seguida de anticoagulantes orais a longo prazo por pelo 
menos 3 meses. Naqueles com contraindicação de anticoagulação ou ineficiência, avaliar filtro 
de veia cava. 
 
 
EMBOLIA PULMONAR (dispneia súbita + ausculta pulmonar normal) é a obstrução da 
circulação arterial pulmonar geralmente pela impactação de um trombo venoso proveniente 
de uma trombose venosa profunda. 
A súbita oligoemia causa hipoxemia, hiperventilação reflexa e alcalose respiratória. O aumento 
da resistência vascular do pulmão causa hipertensão pulmonar aguda, dilatando VD e 
diminuindo o DC – cor pulmonale agudo, a grande causa de óbito no TEP. 
No RX de tórax existem alguns sinais sugestivos, como oligoemia focal (wertermack), infarto 
pulmonar (corcova de Hampton) e dilatação da artéria pulmonar direita (Palla). 
A gasometria arterial mostra hipóxia e hipocapnia (alcalose respiratória pela taquipneia). 
Solicitar ECG, ECO, troponina e DD. 
EXAME DE IMAGEM MANDATÓRIO! Pode ser feita TC helicoidal, mas o padrão ouro é a 
arteriografia, que evidencia a falha de enchimento. Ecodoppler de MMII pode identificar a 
TVP. 
O tto é feito pela anticoagulação, que inibe o processo trombótico, possibilitando a dissolução 
do trombo. Se o pct estiver hemodinamicamente estável se faz heparina de baixo peso 
molecular. Já nos casos de instabilidade, é feita a heparina não fracionada em bomba infusora. 
Após 24h do uso de anticoagulante é iniciado o Warfarin e ambos são mantidos por pelo 
menos 5 dias. Um INR entre 2 e 3 em dois dias consecutivos autoriza a suspensão da droga 
venosa. 
Se houver sinais de disfunção do VD (dilatação e hipocinesia) – TEP grave- ou pressão sistólica 
< 90 ou queda de mais de 40mmHg por um período maior que 15min, que não pode ser 
explicada por outras razoes (TEP maciço) devemos usar trombolíticos (principalmente com 
aumento de troponina) e, no ultimo caso, opções invasivas como embolectomia por cateter 
nos com contra indicação ou falha.

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