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Artigo A importância do gerenciamento de riscos na mudança de processo de tratamento de superfície do setor de pintura na indústria naval e of

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Aplicabilidade das ferramentas e técnicas de análise qualitativa dos riscos na mudança de processo de tratamento de superfície do setor de pintura na indústria naval e offshore brasileira.
Rosane Campos dos Santos Rodrigues*
Resumo
Considerando que a Gestão de riscos é um pilar da Gerência de Projetos em que deve ser dedicado tempo de planejamento e focada atenção, visto que a volatilidade característica do mundo moderno imprime uma retórica sensível e imprevisível dos acontecimentos, este artigo técnico objetiva-se por ambientar o cenário atual de Gestão de Projetos focando a Análise Qualitativa dos Riscos. Em seu tocante será proposta a utilização de Bases de Conhecimentos para melhor mitigação destes riscos quando da realização deste tipo de análise baseada em documentação de experiências passadas.Melhorar resumo
Palavras-chave: gerenciamento de riscos; gerenciamento de projeto; tratamento de superfície; Hidrojato; Jateamento Abrasivo; Pintura Industrial; Produtividade.
Introdução
A indústria naval e offshore brasileira vem atravessando a segunda e maior crise da história, em um mercado que não tem projetos e os estaleiros lutam para sobreviver (Petronotícias, 2015). Tornarem-se produtivos é a melhor alternativa, uma vez que os incentivos políticos estão se esgotando, tendo os estaleiros como meta principal, ganhar o mercado internacional disputando com as grandes potências da construção naval e offshore.
Conforme divulgado em 2011 pela Sinaval, foram investidos R$12 bilhões em encomendas na indústria naval brasileira e foi ressaltado que “apesar das encomendas, os estaleiros têm de aumentar a produtividade para se tornarem competitivos em nível global”. Conforme Petrobrás (2014), os quatro maiores desafios que o setor enfrenta atualmente para voltar a ser um dos mais importantes no cenário internacional são: planejamento e gestão, capacitação de mão de obra, integração da cadeia de suprimentos e engenharia. Os estaleiros precisam investir muito em planejamento, objetivando melhorar a gestão para alcançar os desafios propostos no escopo do projeto. Devido a estagnação de mais de 15 anos da indústria naval, é natural que haja uma deficiência na mão de obra. É preciso investir em capacitação, para que a mão de obra se torne qualificada, afim que as necessidades dos projetos sejam atendidas. Parte da capacitação necessária deve ser voltada para a área de gerenciamento de projetos, tendo em vista que esta é uma ferramenta muito importante e útil para o setor, em especial ao gerenciamento de riscos negativos de projetos.  (ALMEIDA, 2008; PIRES JR, GUIMARÃES & ASSIS, 2010; FLOR, ALMEIDA FILHO 2012; FERREIRA, PIRES JR.; ONOFRE, 2013). 
Apesar de ampla aplicabilidade das técnicas de análise de riscos na gestão de projetos, é notório que atualmente na indústria de construção naval e offshore brasileira, tais técnicas são pouco usadas. Segundo o Guia PMBOK (2008), o gerenciamento de risco visa basicamente aumentar a probabilidade e o impacto de eventos positivos e diminuir a probabilidade e impactos de eventos adversos. Os fatores críticos de sucesso, podem ser entendidos como um conjunto de características, condições ou variáveis que podem ter impacto significativo sobre o sucesso ou fracasso do projeto (VALLE et al., 2014, p.29).
Portanto, com base no exposto, neste artigo serão abordados a aplicabilidade das ferramentas e técnicas de análise qualitativa dos riscos na mudança de processo de tratamento de superfície do setor de pintura na indústria naval e offshore. Com a necessidade de tornar-se competitivo com o mercado externo, avaliou-se os processos de tratamento de superfície e pintura, e constatou-se que o processo atual de preparação de superfície, por meio de hidrojateamento, é 4 vezes menos eficiente em comparação ao jateamento abrasivo, utilizado pela maioria das empresas da indústria naval ao redor do mundo. Sendo assim, visando o atendimento das metas estipuladas para os novos projetos, optou-se em investir na alteração do processo produtivo, com a construção de uma cabine de jato e pintura. Este investimento e o prazo de execução dos projetos, requer que as cabines iniciem a produção com o mínimo de desperdício e retrabalho, alcançando dessa forma excelência na eficiência e produtividade. 
O projeto de construção das cabines e seus riscos
Processo de PinturaChecar EAP % corretos
A atividade de pintura de um navio petroleiro representa em torno 5% do custo total do projeto, e na fase construtiva é terceira disciplina de maior peso em medição financeira, representando aproximadamente 33%.
Os principais processos construtivos do setor naval são citados como: Armazenamento e Tratamento de chapas e perfis; Processamento do aço (corte e conformação); Fabricação de estruturas (painéis e submontagens); Montagem de blocos; acabamento avançado; Pintura de blocos; Pré-edificação e Edificação. As atividades de acabamento são concluídas usualmente nas fases de pré-edificação e edificação e tão logo após sua fixação, conclui-se a pintura dos compartimentos (Baptista,2013, p-3).
O processo de pintura é constituído por 2 etapas, chamadas de tratamento de superfície e pintura: O tratamento de superfície é uma preparação para pintura, onde é retirada a camada de ferrugem e impurezas para garantir uma boa aderência da tinta protetora (Assis, et al,2012, p-3); A pintura, nesse caso, tem a finalidade de proteção do aço, impedindo o processo de corrosão. Cada região do navio recebe um esquema de pintura seguindo as exigências do armador e especificações técnicas do fabricante de tintas, onde avalia-se o aço usado, a região do navio (tanques de lastro/ carga, convés, praça de máquina, entre outros), a agressividade (contato com água salgada/ doce, óleo, gases, entre outros), legislação e também, outros fatores que afetarão a durabilidade do produto final (Abraco, 2015, p. 10,14,26).
Existem diversos tipos de tratamentos de superfícies, porém abordaremos apenas o hidrojateamento e jateamento abrasivo, ambos são métodos utilizados na indústria em questão.
O preparo de superfície feito por hidrojateamento não produz o perfil de rugosidade ou ancoragem no aço novo (essencial para aderência da tinta ao substrato) e eliminação de carepa de laminação. Segundo a NACE / SSPC-SP-12, o hidrojateamento é um processo em que a água a pressões superiores a 10.000 psi é forçada através de um bico, objetivando limpar a superfície submetida a este tratamento. A característica mais interessante dos benefícios do hidrojateamento é a redução substancial da presença de sais, principalmente cloretos, e a remoção de outros materiais solúveis em água. Os sais, quando não removidos antes da aplicação do esquema da pintura, podem causar bolhas no filme de tinta aplicado, por causa da osmose.Lucas, veja pf essa parte de tratamento
No processo de hidrojateamento remove-se também oxidação e resquícios de tinta envelhecida, restabelecendo a condição do perfil de rugosidade já existente na peça.
Jateamento abrasivo é uma operação de tratamento de superfície que consiste em propulsionar um fluxo de material abrasivo contra uma superfície em alta velocidade, de maneira erodir uma superfície, torna-la rugosa, dar formas, remover contaminantes ou martelar uma superfície metálica. O Jateamento abrasivo pode ser executado com vários tipos de abrasivos sob a forma granulada, os quais podem ser agrupados de acordo com a sua origem, neste caso, trabalharemos com a granalha de aço - abrasivos metálicos. Embora eficiente e produtivo, o tratamento com granalha também possuí desvantagens, tais como, o acumulo de resíduos.
Figura 1 – Princípios dos preparos de superfície
Processo de gerenciamento de riscos
O gerenciamento de riscos é importante, exatamente, para analisar tais riscos de forma dinâmica e eficiente, para que não sejam encarados como custo adicional do projeto. O gerenciamento promove ao gerente do projeto melhores ações para evitar os eventos negativos e melhor aproveitamento dos eventos positivos.Atualmente, sabe-se que os riscos, por mais graves que possam ser, e com mais consequências negativas que possam ter, podem e devem ser tratados de forma a gerar uma consequência positiva, transformando o risco em vantagem competitiva para a empresa ou, pelo menos, devem ser evitados para que não se transformem em atrasos do projeto, causando, consequentemente, aumento no custo da execução. 
O gerenciamento de riscos proposto pelo PMBOK®, principal guia prático das atividades de gerenciamento de projetos tem como principal objetivo planejamento, identificação, análise quantitativa e qualitativa, planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos de um projeto (Escritório de projetos, 2017).
O planejamento do gerenciamento de riscos é o processo essencial ao sucesso das cinco etapas posteriores, pois explicita tempo e recursos necessários para todas as atividades do gerenciamento dos riscos, lembrando que o processo de planejar o gerenciamento dos riscos deve ser iniciado na concepção do projeto e ser concluído ainda nas etapas iniciais do planejamento do projeto (PMBOK, 2008). As entradas são: declaração do escopo do projeto, plano de gerenciamento dos custos, plano de gerenciamento do cronograma, plano de gerenciamento das comunicações, fatores ambientais da empresa e Ativos dos processos organizacionais. As ferramentas e técnicas são: reuniões de planejamento e análise. E as saídas são: plano de gerenciamento dos riscos.
A identificação de riscos é a segunda etapa em que há o processo de determinação e descrição de todos os possíveis riscos inerentes ao projeto, e nela a equipe envolvida deve ser estimulada a cooperar para a identificação dos possíveis riscos de forma contínua através de uma cadeia que se inicia nos gerentes de projeto e se estende até os usuários finais, incluindo também possíveis opiniões de especialistas externos ao projeto. (PMBOK, 2014). As entradas são: plano de gerenciamento de riscos, estimativa de custos das atividades, estimativa de duração das atividades, linha de base do escopo, registro das partes interessadas, plano de gerenciamento de custos, plano de gerenciamento de cronograma, plano de gerenciamento da qualidade, documentos do projeto, fatores ambientais da empresa e ativos de processos organizacionais. As ferramentas e técnicas são: brainstorming, técnica Delphi, entrevistas, análise SWOT, análise da causa-raiz, revisão da documentação do projeto, análise de listas de verificação ou checklist corporativo, opinião de especialistas, análise de Premissas, técnicas de diagramas, diagramas de causa e efeito, diagramas de sistema ou fluxograma e diagramas de Influência. (PUC Rio, p.30, 31)
A etapa de análise qualitativa dos riscos é nesta etapa que se avalia a probabilidade de ocorrência e o impacto de cada risco identificado nos objetivos do projeto. A partir desta etapa os riscos são qualificados e priorizados, de acordo com seu impacto potencial nos objetivos do projeto. Define-se então uma prioridade de riscos para análise ou ação posterior, levando-se em consideração a avaliação de sua probabilidade de ocorrência e seus possíveis impactos. (PMBOK, 2008). As entradas são: registro dos riscos, plano de gerenciamento dos riscos, declaração de escopo do projeto e ativos de processos organizacionais. As ferramentas e técnicas são: avaliação de probabilidade e impacto, matriz de probabilidade e impacto, avaliação de qualidade dos dados sobre riscos, categorização de riscos, avaliação de urgência dos riscos e opinião especializada. As saídas são: Atualizações do registro dos riscos. Na análise qualitativa dos riscos avalia-se a probabilidade de ocorrência, seu resultado sobre o objetivo do projeto e ainda o intervalo de tempo para resposta e a tolerância da organização quanto às restrições de custo, escopo, cronograma e qualidade do projeto.
A etapa de análise quantitativa dos riscos, analisam-se o efeito numérico dos riscos nos objetivos dos projetos, servindo para tomada de decisões, focando nas consequências e no impacto geral dos riscos, realizando a análise somente nos riscos priorizados de impacto relevante (PMBOK, 2014). As entradas são: registros dos riscos, plano de gerenciamento dos riscos, plano de gerenciamento dos custos, plano de gerenciamento do cronograma e ativos de processos organizacionais. A ferramentas e técnicas são: técnicas de coleta e apresentação de dados, técnicas de modelagem, análise quantitativa de riscos e opinião especializada. E as saídas são: Atualizações do registro dos riscos.
O planejamento de Respostas aos Riscos, consiste na criação de opções e ações viáveis para o aumento das oportunidades e redução dos riscos negativos (ameaças) do projeto, para que isso possa ser feito, se faz necessária à identificação e a designação de um responsável que assuma a responsabilidade, com o patrocinador do projeto da execução, para fornecer respostas aos riscos previamente estabelecidos e financiados (PMBOK, 2014).  O plano de execução das respostas aos riscos prioritários, previamente qualificados, deve ser definido e ações irão ser desenvolvidas para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. As entradas são: registro dos riscos e plano de gerenciamento dos riscos. As ferramentas e técnicas são: estratégias para riscos negativos ou ameaças, estratégias para riscos positivos ou oportunidades, estratégias de respostas de contingência e opinião especializada. E saídas são: atualizações do registro dos riscos, decisões contratuais relacionadas a riscos, atualizações do plano de gerenciamento do projeto e atualizações dos documentos do projeto. O plano de resposta ao risco, desenvolvido nesta etapa, deve conter a identificação e designação de indivíduos ou partes, com a responsabilidade para os acordos de resposta ao risco. Este processo assegura que riscos identificados sejam endereçados aos devidos responsáveis. Cada registro de risco deve ser escrito no nível de detalhe em que as ações serão tomadas, e deve incluir alguns itens: riscos identificados, suas descrições, as áreas afetadas do projeto, suas causas e como eles podem afetar os objetivos do projeto, designação de responsabilidades, resultados dos processos de análises quantitativas e qualitativas de risco, acordos de respostas que incluem: evitar, transferir, mitigar ou aceitar cada risco no plano de resposta ao risco; nível de risco residual esperado para ser concluído após a estratégia ser implementada, ações específicas para fazer funcionar a estratégia de resposta escolhida, recursos e tempos para as respostas, e planos de contingência e planos de Retrocedimento.
O monitoramento e controle de respostas a riscos, a última etapa, porém não menos importante, da gestão de riscos do projeto consiste na implementação dos planos de respostas aos riscos, acompanhamento de riscos identificados, o monitoramento dos riscos residuais, a identificação de novos riscos e, por fim, a avaliação da eficiência e eficácia de todo o processo relativo a riscos ao longo de todo o projeto. Vale ressaltar que, os trabalhos relativos a riscos devem ser monitorados continuamente, pois a gestão de riscos do projeto exige muita atenção devido à possibilidade de surgimento de novos riscos e a necessidade de modificação e atualização dos riscos previamente mapeados (PMBOK, 2008). As entradas são: registro dos riscos, plano de gerenciamento, informações sobre desempenho do trabalho e relatórios de desempenho. As ferramentas e técnicas são: reavaliação dos riscos, auditoria de riscos, análise de variação e tendências, medição de desempenho técnico, análise de reservas e reuniões em andamento.  E as saídas são: atualizações do registro dos riscos, atualizações dos ativos de processos organizacionais, solicitações de mudança, atualizações do plano de gerenciamento do projeto e atualizações dos documentos do projeto.
Esta última etapa utiliza técnicas, para análises de variações e tendências, que necessitam do uso das informações de desempenho geradas durante a execuçãodo projeto, baseadas em alguns questionamentos, tais como: As premissas do projeto ainda são válidas? As análises mostram um risco avaliado que foi modificado ou que pode ser desativado? As políticas e os procedimentos de gerenciamento dos riscos estão sendo seguidos? E as reservas para contingências de custo ou cronograma foram modificadas de acordo com a avaliação atual dos riscos?
O fator crítico para o monitoramento e para o controle dos riscos é a comunicação, e para atender essa necessidade deve ser estabelecido um cronograma de reuniões para revisão dos riscos do projeto. Os planos de respostas aos riscos devem ser monitorados e controlados quanto à sua implementação.
O PMBOK (2014) afirma que o processo de monitorar e controlar os riscos também corresponde à atualização dos ativos de processos organizacionais, sendo inclusos bancos de dados de lições aprendidas e novos modelos de GRP (Gerenciamento de Riscos do Projeto), com intuito de beneficiar futuros projetos.
Análise dos resultados
Após a análise dos processos, suas performances em literaturas e funcionamento nas industrias externas, iniciou-se processo de medição e análise dos resultados do processo proposto internamente e contatou-se que o jateamento abrasivo trariam os seguintes benefícios: aumento da flexibilidade produtiva (aceito por maior quantidade de clientes), redução de custos, nacionalização de peças sobressalentes dos equipamentos (processo atual – importada da Alemanha), aumento da produtividade, trabalhar com um método utilizado mundialmente, diminuição de riscos operacional (mais seguro ao operador). 
O principal objetivo da análise qualitativa é possibilitar classificar todos os riscos do projeto mediante levantamento de probabilidade de ocorrência e impacto destes riscos, de forma a viabilizar a priorização individualizada ou de grupos afins destes em função dos objetivos do projeto. Esta priorização, permite que a organização que está desenvolvendo um projeto dê foco nos riscos prioritários, objetivando aumentar as chances de atendimento aos objetivos deste projeto.
Figura 2: Fluxograma ilustrativo do processo de gerenciamento de riscos
Conforme ilustrado no fluxograma, a avaliação de riscos passa primeiro por uma etapa qualitativa, onde se insere a análise dos riscos e posteriormente por uma análise quantitativa, onde estes serão mensurados. A quantificação dos riscos será tão melhor quanto for a análise preliminar, que o identifica, descreve e o classifica. Melhorar apresentação e dados das técnicas
Foram utilizadas as ferramentas e técnicas de análise qualitativa dos riscos, que conforme citadas anteriormente são: Avaliação de probabilidade e impacto, Matriz de probabilidade e impacto, Avaliação de qualidade dos dados sobre riscos, Categorização de riscos, Avaliação de urgência dos riscos e Opinião especializada, que serão abaixo para avaliar e controlar os riscos durante o processo de planeja[mento e construção das novas cabines.
Avaliação de probabilidade e impacto, Matriz de probabilidade e impacto
Para que esta classificação dos riscos seja possível sob a ótica da Análise Qualitativa, é necessária a elaboração de uma matriz de Probabilidade versus Impacto. Esta matriz deverá ser elaborada de acordo sob a característica de cada projeto ou da cultura da organização.
A principal função desta ferramenta é bla bla bla bla (VAI METZ...eheheheheheh)
	Ref.
	Risco
	Atividade de redução
	Probabil.
	Impacto
	Risco
	Risco Qual.
	1
	Atraso na construção das cabines
	
	8
	8
	64
	Alto risco
	2
	Atraso no fornecimento dos equipamentos da cabine de jato
	
	8
	8
	64
	Alto risco
	3
	Setor de pintura não atender o volume produtivo necessário
	
	8
	8
	64
	Alto risco
	4
	Setor de pintura não atender a produtividade
	
	8
	8
	64
	Alto risco
	5
	Recebimento de blocos sem estarem aprovados pela qualidade e incompletos (considerando que o bloco deve estar completo, com acabamento avançado)
	As fases de montagem de tubulação estão sendo definidas em conjunto entre a Engenharia. PCP deverá gerar programação com base nestas informações. 
	8
	8
	64
	Alto risco
	6
	Capacidade menor que o necessário para atender as demandas de elétrica e andaime
	Estudo de necessidade de mão de obra pela engenharia de processo (facilidades)
	4
	8
	32
	Alto risco
	7
	Recurso insuficiente para movimentação de cargas (multiweels e empilhadeiras)
	Estudo de utilização destes recursos em 2 ou 3 turnos a fim de mitigar o risco 
	8
	8
	64
	Alto risco
	8
	Capacitação insuficiente das equipes de operação
	Treinamento por parte do fornecedor das cabines de jateamento e pintura
	8
	8
	64
	Alto risco
	9
	Quebras de máquinas das linhas de produção
	
	2
	4
	8
	Baixo risco
	10
	Falta de materiais de utilidades, peças de reposição, sobressalentes etc.
	
	4
	2
	8
	Médio risco
	11
	Falta de manutenção da rede de compressores
	
	4
	8
	32
	Alto risco
	12
	Compressores de ar subdimensionados para operação
	
	8
	8
	64
	Alto risco
	13
	Sistema de recolhimento de granalha não atender a necessidade
	Estudo de capacidade junto ao fornecedor
	2
	4
	8
	Médio Risco
	14
	Sistema de troca de ar das cabines não atender a necessidade.
	Estudo de capacidade junto ao fornecedor
	2
	4
	8
	Médio Risco
	15
	Perda e desgaste precoce de abrasivos
	Estudo de capacidade junto ao fornecedor
	2
	4
	8
	Médio Risco
	16
	Não conseguir realizar o controle adequado de umidade da cabine de jato e como consequência a oxidação/perda de padrão da superfície jateada
	Estudo de capacidade junto ao fornecedor
	2
	8
	16
	Médio Risco
	
2.	Categorização dos Riscos 
Riscos Técnicos: Corresponde a tudo o que se refere à tecnologia do projeto, requisitos, testes, e demais entregas ( deliverables );
Riscos Externos: Representa as incertezas inerentes ao ambiente externo do projeto e que o afeta, tais como mercado, disponibilidade de fornecedores, postura do cliente, entre outras;
Riscos Organizacionais: Também conhecido como Organizacionais, refere-se às incertezas causadas pela estrutura e cultura organizacional da empresa, incluindo estratégias de priorização, disponibilidade de recursos ( humanos ou financeiros ), e até mesmo infraestrutura disponível;
Riscos de Gerenciamento de Projeto: Incertezas geradas pela inferência de Planejamento e Controle de suas atividades, bem como demais processos do seu gerenciamento;
	
3 Avaliação de urgência dos riscos e Opinião especializada?????
	Risco
	Impacto no negócio
	Probabil.
	Prioridade
	Ação reativa
	Ação preventiva
	Atraso na construção das cabines de pintura
	Atraso no início do projeto
	8
	8
	Trabalho executado em 2 ou 3 turnos
	Reunião de acompanhamento de cronograma
	Atraso no fornecimento dos equipamentos da cabine de jato
	Atraso no início do projeto
	6
	8
	
	Diligenciamento junto ao fornecedor
	Capacitação insuficiente das equipes de operação
	Perda de produtividade
	8
	8
	Elaboração de instrução de trabalho
	Treinamento e capacitação de funcionários
	Compressores de ar subdimensionados para operação.
	Perda de rendimento das máquinas
	8
	8
	Aquisição de mais 1 compressor
	Estudo de dimensionamento de ar comprimido
Conclusões
O gerenciamento de riscos na implantação deste projeto teve papel fundamental para o atendimento dos prazos e custos do projeto, e é de vital importância para o sucesso, uma vez que a natureza de constante mutação do mercado impacta diretamente as organizações. Como consequência disto, há a recorrente variação de probabilidade e impacto destes riscos. Melhorar conclusão
Com o foco de melhorar produtividade e reduzir custos as empresas buscam acompanhar as tendências e mudanças mercadológicas, que de forma geral estão em processo contínuo de identificação, priorização e execução de uma série de iniciativas para melhorias nos negócios.
Intrinsecamente, projetos são “seres” recheadosde incertezas e, em todas as suas dimensões, os gerentes de projeto devem estar aptos a lidarem com elas. Para que as organizações consigam se munir de informações realísticas e lapidadas que propiciarão uma abordagem mais efetiva para análise dos riscos e elaboração de estratégia para respondê-los, e que possibilite também tomada de decisões mais certeiras e efetivas, é eminentemente necessário que as informações destas estejam direcionadas para tal finalidade. Com a implantação de uma Base de Conhecimentos bem estruturada nestas organizações, estas certamente estarão adornadas de informações de alta qualidade e dinamismo que culminarão em cumprir o objetivo que se propõe a oferecer.
Referências
BAPTISTA, M. T. P. Simulação de Processos de Construção Naval para Análise de Estratégias Alternativas de Edificação. Dissertação (Graduação) - Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. 
VALLE, André Bittencout et al. Fundamentos do gerenciamento de projetos. 3. ed. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2014.
PMBOK® - Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos - 4ª Edição. Pensylvania, EUA: PMI, 2008.
Sinaval, Indústria Naval. Disponível em <http://sinaval.org.br/wp-content/uploads/ValorSetorial-IndNaval-Set2011.pdf>. Acesso em maio de 2017.
Petronotícias, Especialistas acreditam que a crise no setor naval poderá ainda não se recuperar em 2016. Disponível em <https://www.petronoticias.com.br/archives/78059>. Acesso em maio de 2017.
PETROBRAS. Desafios para a indústria naval brasileira voltar a ser uma das primeiras no mundo. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/desafios-para-a-industria-naval-brasileira-voltar-a-ser-uma-das-primeiras-no-mundo.htm> acesso em maio, 2017.
ALMEIDA, K. M. M. Análise da gestão de riscos aplicada na aquisição de bens e serviços para os projetos de bens de capital. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica de são Paulo, São Paulo, 2008.
FERREIRA, R. A. de O.; PIRES Jr. F. C. M.; ASSIS, L. F. Análise do risco na seleção de um estaleiro para a construção fluvial. XXIII Congresso Panamericano de Ingeniería Naval – COPINAVAL, 2013.
ONOFRE, W. C. B..Estudo Da Aplicação das diretrizes PMI – Project Management Institute - Em projetos offshore. Dissertação (Graduação) – Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
FLOR, A. J.; ALMEIDA FILHO, A. T. Análise financeira de risco em um projeto naval através da aplicação de simulação Monte Carlo e avaliação do valor em risco (Value At Risk). XXXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio Grande do Sul, 2012.
PIRES Jr., F. C. M.; GUIMARÃES, L. F.; ASSIS, L. F. Análise de Risco no Acompanhamento de Projetos de Construção Naval. 2010. XXIII Congresso Nacional de Transporte Aquaviário, Construção Naval e Offshore. Rio de Janeiro, 2010.
ASSIS, L. F. et. al. Simulação de processos de construção naval para análise de estratégias alternativas de edificação-simultânea. Dissertação (Graduação) - Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
BAPTISTA, M. T. P. Simulação de Processos de Construção Naval para Análise de Estratégias Alternativas de Edificação. Dissertação (Graduação) - Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
Abraco. Corrosão e Proteção. Disponível em <http://www.abraco.org.br/src/uploads/2015/11/Revista-corrosao-e-protecao-25.pdf>. Acesso em junho de 2017.
Escritório de projetos, Gerenciamento dos Riscos dos Projeto. Disponível em <https://escritoriodeprojetos.com.br/gerenciamento-dos-riscos-do-projeto>. Acesso em junho de 2017.
MUNIZ, T. P. Gerenciamento de riscos, uma ferramenta básica de segurança: Estudo prático em uma unidade marítima de exploração de hidrocarboneto. Dissertação (Graduação) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.
PMBOK® - Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos – 5ª ed. Pensylvania EUA: PMI, 2008.
PMBOK® - Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos – 5ª ed. Pensylvania EUA: PMI, 2014.
* Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos da Universidade Estácio de Sá. E-mail santosrosane.rs@gmail.com
* Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos da Universidade Estácio de Sá. E-mail santosrosane.rs@gmail.com

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