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2016 ZOUKDERNO (parte 3)

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TEORIA DA BOMBA RELÓGIO 
 
- Essa teoria, muito utilizada nos Estados Unidos ("the ticking time bomb scenario"). 
- A presente teoria tem o escopo de relativizar a proibição da tortura (que, na nossa 
Constituição, está no artigo 5o, III). Segundo a teoria, se bombas relógio são instaladas 
em determinados locais, não havendo outros meios de se localizar as bombas ou 
desarmá-las, a tortura do terrorista responsável é justificável. 
- Essa teoria apareceu pela primeira vez no romance de Jean Larteguy, "Les 
Centurions", de 1960, escrito durante a brutal ocupação francesa da Argélia. O herói do 
livro descobre um plano iminente para explodir bombas em toda a Argélia e deve correr 
contra o relógio para impedir. 
- O Ministro da Suprema Corte Antonin Scalia disse em uma recente entrevista que "o 
uso de técnicas de interrogatório duras agora amplamente condenadas como tortura 
pode não ser inconstitucional”. Segundo a teoria do "cenário da bomba relógio", seria 
difícil excluir o uso da tortura para obter informações de suspeitos de terrorismo, se 
milhões de vidas estão em jogo. 
- A CIA utiliza-se, por exemplo, do “suplicio da água”. 
- As utilizações destes mecanismos sofrem fortes criticas por ser repugnante para a 
maioria dos doutrinadores. O Estado criaria batalhões de torturadores para alcançar tais 
fins. Ainda se questiona se esse mecanismo deixaria de ser regra (para descobrir atos de 
terrorismo), para ser utilizado em outras situações que a diversa da inicial. 
- A teoria da bomba relógio estaria ramificada na mesma do direito penal do inimigo. 
- A aplicação da tortura com base nesses argumentos não é abarcada pela doutrina em 
exclusão de ilicitude ou de culpabilidade. 
- No direito pátrio, a Lei 13.260 trata de atos de terrorismo, MAS no Brasil essa teoria 
não é aceita, nem aplicável (porque diversos dispositivos impedem, CR e tratados / 
convenções internacionais, por exemplo). 
- Conforme artigo 16 da Lei 13.260, em casos de investigação, processo e julgamento 
dos crimes previstos nesta Lei, aplica-se a Lei nº 12.850, de 2 agosto de 2013. 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12850.htm
O QUE É ADVERTENCIA / AVISO DE MIRANDA NO PROCESSO PENAL 
 
- Nos Estados Unidos, o réu tem seus direitos constitucionais e civis zelosamente 
observados, pois sua violação pela polícia ou pelo Promotor de Justiça pode viciar as 
etapas posteriores do processo. Por exemplo, desde Miranda vs. Arizona, em 1966, o 
júri é obrigado a desconsiderar as declarações feitas pelo acusado antes de 
explicitamente advertido de seu direito de recusar-se a falar à polícia. 
- Contudo, nem sempre foi assim, como sabemos, em toda parte do mundo. A frase de 
que o réu tem o direito à assistência e o conselho a sua defesa, é extraído da Sexta 
Emenda americana. É comum hoje em dia que se tome por certo que uma pessoa 
acusada sempre teve a assistência de advogados para a defesa. Afinal, a polícia adverte 
da necessidade do silêncio a todos eles, e depois prendem e interrogam. 
- O certo é que toda pessoa acusada de um crime tem o direito a um advogado se ela 
puder pagar um. Mas só recentemente é que aqueles que não podiam pagar um 
advogado, realmente receberam a assistência de advogado. 
- Levou mais de 30 anos, começando em 1932, e três casos de apelação na Suprema 
Corte americana, antes que as pessoas pobres, que não podiam pagar um advogado, 
pudessem ter um advogado nomeado pelo tribunal. Estas decisões da Suprema Corte 
americana foram no sentido que a Sexta Emenda tivesse efeito vinculativo sobre os 
Estados. 
- Podemos citar o exemplo de um caso em que houve completo desprezo pelo princípio 
em alusão. Em 25 de março de 1931, nove jovens Afro-americanos, sete jovens homens 
brancos, e duas jovens mulheres brancas estavam viajando através Alabama, quando 
começou uma briga. Os homens brancos foram atirados para fora do trem. Eles 
imediatamente notificaram o xerife, e, além de seus ataques, afirmaram que as duas 
meninas brancas foram estupradas. O trem foi parado por ordem de um xerife na 
pequena cidade de Paint Rock, Alabama, e os jovens Afro-americanos foram presos. 
Quando a violência da multidão parecia iminente, eles foram transferidos para 
Scottsboro, Alabama. Ali, nove iletrados, analfabetos, pobres homens foram julgados 
pelo crime de estupro, sem qualquer assistência da defesa. No primeiro dia do 
julgamento, o juiz nomeou um advogado local para funcionar na defesa dos noves 
homens acusados de estupro. Os nove foram julgados em grupos de três, e o Tribunal 
levou três dias para julgar e condenar todos os nove, mesmo com o testemunho médico 
que contradizia a afirmação das meninas do crime de estupro, bem como o fato de uma 
das supostas vítimas admitir ter inventado a história de estupro e afirmar que nenhum 
dos Scottsboro Boys teria tocado em nenhuma das mulheres brancas. Todos os nove 
rapazes, conhecido como Scottsboro Boys, foram condenados à morte, por um Júri 
composto de brancos. 
- Nos Estados Unidos apesar de incorporado à sua Constituição na 5ª emenda, o direito 
ao silêncio veio a ter efetividade na decisão da Suprema Corte em 1964 com o caso 
Malloy v. Logan (378 U. S.1 (1964). Que deu garantia do devido processo legal, 
incorporado na 14ª emenda. Em 1965 no julgamento Griffin v. California – [380. U. 
S.609 (1965)]. A Suprema Corte Americana proibiu o acusador de realizar qualquer 
comentário ou alusão sobre o silêncio do acusado durante o julgamento, resultando 
inconstitucional qualquer tipo de penalidade imposta ao réu no exercício desse direito. 
- A Suprema Corte Americana em um caso histórico denominado Miranda V Arizona 
(384 U. S. 436), por cinco votos a quatro decidiu que “antes de qualquer 
questionamento, uma pessoa deve ser informada que ela tem o direito de permanecer 
calada, e que qualquer depoimento que fizer poderá ser usado como prova contra si 
mesma”. 
- Neste caso a Suprema Corte decidiu que a polícia ao fazer um interrogatório, deve 
notificar o acusado do direito ao silêncio, determinando a soltura do acusado. Ernesto 
Miranda, acusado de rapto e estupro, fixou as chamadas Miranda Rules ou regras de 
instrução. O caso Miranda, contudo, como assinala Dias Neto, foi perdendo a sua força 
como orientação jurisprudencial, tendo em vista que posteriormente a Suprema Corte 
Americana no julgamento Beckwith v. United States [425 U. S.341 (1976)], declarou 
que o direito ao silêncio não se aplica aos interrogatórios em domicilio do acusado, 
feitos de forma informal, em New York v Quarles, [467 U. S. 649 (1984)], declarou a 
desnecessidade da detenção formal do inquirido, para efeito do direito ao silêncio e em 
Oregon v. Mathiason, [492 U. S. 492 (1977)], decidiu que não existe a custódia quando 
a pessoa comparece voluntariamente a uma delegacia. 
- Estas decisões já tiveram como base o movimento lei e ordem que existe naquele país. 
Talvez surpreendentemente, o impacto das chamadas “regras Miranda” sobre a polícia, 
de suspeitos, em face das confissões e convicção tem sido insignificante. Isto pode ser 
devido a muitas estratégias que os interrogadores policiais usam para evitar, contornar, 
anular, e algumas vezes até mesmo violar as “regras Miranda” e sua invocação na sua 
busca de evidências de confissão. Por exemplo, às vezes, a polícia nos interrogatórios 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/131159349/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
evita ter de dar advertências com base nas regras de Miranda, reformulando o 
interrogatório como uma entrevista de custódia. 
- A polícia faz isso redefinindo as circunstâncias de questionamento, em que o suspeito 
não está preso, por exemplo, declarando ao acusado, que ele não está preso ou que ele é 
livre para ir e vir, uma vez que as “Miranda Rules”, apenas é legalmente exigida quando 
um suspeito está presosob custódia. Outras vezes, detetives da polícia podem ler três a 
quatro vezes as advertências do direito ao silêncio, mas não perguntam ao suspeito se 
ele entende este direito ou deseja renunciar a este mesmo direito, lançando diretamente 
em interrogatório, como se o consentimento do acusado fosse implícito. Os tribunais 
têm mantido essa prática, alegando que os suspeitos “implicitamente” renunciaram aos 
seus direitos (Vorth Carolina v. Butler 1979). 
- Às vezes, os detetives podem obter a isenção explícita através da minimização. 
Minimizando a advertência, ou a ênfase do significado das advertências Miranda, 
ocultando assim o relacionamento contraditório entre os interrogadores e os acusados. 
Uma vez que o suspeito tenha renunciado a seu direito ao silêncio, o tom, o conteúdo, e 
o caráter do processo de interrogatório podem mudar drasticamente. É típico neste 
ponto que o processo de interrogatório torna-se acusatório, ante o fato do detetive mudar 
a forma de fazer as perguntas, bem como o suspeito para dizer-lhe as respostas. O estilo 
de interrogatório dos detetives pode variar de amigável a agressivo. A polícia conta duas 
estratégias básicas de interrogatório: 1) criam a ilusão de que a polícia tem o objetivo de 
“ajudar” o suspeito; 2) a tentativa de transformar a percepção dos suspeitos aumenta de 
tal forma, que os acusados podem confessar como meio de escapar de uma situação 
desesperada. Embora existam centenas de técnicas de interrogatório específicas, o 
interrogatório policial pode ser reduzido para algumas táticas básicas e previsíveis, com 
sequências repetitivas. 
- As regras de Miranda, podem ser enquadradas no Brasil como principio da não 
incriminação (ou princípio da imunidade da autoacusação); direito ao silêncio previsto 
na CF/88. 
Art. 5º, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado. 
- O CPP diz que: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10666854/art-157-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
- O STJ entende que conversa informal, sem o aviso do direito ao silêncio, se 
confessado algo, é prova ILICITA. 
Julgado STJ, 6ª Turma, HC 244977 SC 
 
MULHER PODE SER PRESA EM FLAGRANTE COM BASE EM LESÃO A 
COMPANHEIRO NO AMBIENTO FAMILIAR? 
 
- Crimes de violência em âmbito familiar / doméstico, não cabe aplicação da lei 
9.099/95. Não cabe TCO. 
- Súmula 542 do STJ, lesão corporal é pública incondicionada na condição de violência 
em âmbito familiar, vejamos seu teor: 
• Súmula 542 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica 
contra a mulher é pública incondicionada. 
- No caso do homem que é agredido por mulher em ambiente familiar / doméstico, 
aplica-se o artigo 129, § 9º, CP. O delegado só pode prender a mulher em flagrante se o 
homem agredido representar, tendo em vista que volta a aplicar a lei 9.099/95. 
- Não pode lavrar TCO no caso de violência em âmbito familiar em que o homem seja o 
agredido, tendo em vista a pena prevista no artigo 129, §9, CP, podendo prender em 
flagrante se assim o agredido representar e por não ser crime acima de 4 anos, o 
delegado arbitrará fiança. 
- Pode no âmbito judicial, ser aplicada a SUSPENSÃO CONDICIONAL DO 
PROCESSO, tendo em vista que a pena mínima é menor de 1 (hum) ano. 
Art. 89. Lei 9.099/95 - Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior 
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a 
denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o 
acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, 
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 
77 do Código Penal). 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art77
TEORIA DAS LEIS TÉRMICAS NO DIREITO PENAL 
 
- A criminologia é a ciência que busca entender a conduta criminosa, através do estudo 
do comportamento humano quando se pega numa roupagem delituosa. 
- Lombroso, da escola positiva, foi o primeiro a estudar o comportamento do 
delinquente. Ressaltamos que Lombroso não era jurista e sim psiquiatra. Este entendia 
que o criminoso era um doente, sofria de uma patologia (atavismo). Para Lombroso, a 
pessoa já nascia com a pré-disposição delituosa. 
- No ano em que nascia Lombroso, o matemático / sociólogo belga Quetelet começou a 
visualizar a aplicação de estatísticas para explicar a ocorrência de determinados crimes. 
Sua obra (físico-social), deixou registrado que o clima da região, dentre outros fatores, 
eram preponderantes para o cometimento do crime. 
- A teoria das leis térmicas (ou CURVA DE QUETELET), foi formulada por Quetelet, 
em 1835 e apregoava que: 
a) No inverno, são praticados mais crimes contra o patrimônio; 
b) No verão, são mais numerosos os crimes contra a pessoa; 
c) Na primavera, há maior incidência dos crimes contra os costumes (sexuais). 
- Quetelet (Adolphe Quetelet) foi o defensor das estatísticas oficiais de medição de 
delitos, mas se apercebeu que uma razoável quantidade de crimes não era detectada ou 
comunicada aos órgãos oficiais. São as chamadas cifras negras. 
 
INSTAURAÇÃO DE IP EM LOCAL DIVERSO DA CONSUMAÇÃO DO FATO 
 
- O CPP não estabeleceu uma regra para a instauração do IP. 
- Delegado de policia não tem competência, tem atribuição (assim como MP). 
- Art. 70, CPP, estabelece regras e competências, adotando a teoria do RESULTADO 
(ou do evento). 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de 
execução. 
 § 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora 
dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, 
o último ato de execução. 
http://www.estudodirecionado.com/2014/06/teoria-das-leis-termicas.html
 § 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, 
será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido 
ou devia produzir seu resultado. (TEORIA DA UBIQUIDADE) 
 § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando 
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas 
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
 Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em 
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
- Se não for arguida incompetência, será preclusiva. 
- O INQUERITO POLICIAL é diferente de PROCESSO PENAL. 
- Crime de espaço máximo e crime a distância são sinônimo. 
- Por questão de politica criminal, o local adequado para abrir IP onde foram praticados 
homicídios culposos ou dolosos é onde ocorreram os atos executórios independente de 
onde venha a ser consumado. 
- A autoridade que terá atribuição para instaurar flagrante em caso de fugitivo, será onde 
ela for capturado. Caso o auto de prisão em flagrante seja lavrado em outro local da 
captura, não há nulidade do procedimento, apenas uma mera irregularidade. 
- No caso do latrocínio é analisado como o homicídio, devendo ser apurado onde 
ocorreram os atos executórios. (TEORIA DA ATIVIDADE) 
 
TEORIA DA PONDERAÇÃO CONCRETA NA ORBITA DO DIREITO PENAL 
NO TEMPO 
 
- Depois de cumprir todas as fases do processo legislativo previsto na Constituição 
Federal, a lei penal ingressa no ordenamento jurídico e, assim como as demais leis em 
geral, vigora até ser revogada por outro ato normativode igual natureza. É o que se 
convencionou chamar de princípio da continuidade das leis. 
- A revogação é a retirada da vigência de uma lei. Dependendo do seu alcance, pode ser 
absoluta ou total, conhecida como ab-rogação (ab-rogação = absoluta), ou parcial, 
denominada derrogação. 
- A lei tem que ser revogada formalmente e materialmente. Exemplo: Crime de 
adultério previsto no artigo 240, CP. Quando ela (lei) é incorporada por outro 
dispositivo, não ocorre o abolitio criminis e sim, a continuidade normativo-típica, uma 
vez que ocorreu a revogação formal e não material. 
- A abolitio criminis apenas tem efeitos penais com sua revogação, subsistindo seus 
efeitos extrapenais. 
- A neocriminalização é o surgimento de uma nova lei que venha a criminalizar conduta 
que anteriormente era considerada típica. Tais situações serão verificadas com a 
hipertrofia do direito penal; no direito penal expansivo. Todo efeito será da sua vigência 
para frente e nunca retroagirá para prejudicar quem quer que seja. 
- A abolitio criminis se contrapõe a neocriminalização. 
- A regra geral é a da prevalência da lei que se encontrava em vigor quando da prática 
do fato, vale dizer, aplica-se a lei vigente quando da prática da conduta (tempus regit 
actum). Dessa forma, resguarda-se a reserva legal, bem como a anterioridade da lei 
penal, em cumprimento às diretrizes do texto constitucional. 
Lei penal mais grave ou lex gravior 
- E a que de qualquer modo implicar tratamento mais rigoroso às condutas já 
classificadas como infrações penais, tendo aplicação apenas a fatos posteriores à sua 
entrada em vigor. Jamais retroagirá, conforme expressa determinação constitucional. 
Exemplos: criação de qualificadora, agravante genérica ou causa de aumento da pena, 
imposição de regime prisional mais rígido, aumento do prazo prescricional, supressão 
de atenuante genérica ou causa de diminuição da pena etc. 
Abolitio criminis e lei posterior benéfica 
- Abolitio criminis é a nova lei que exclui do âmbito do Direito Penal um fato até então 
considerado criminoso (art. 2.°, caput, CP), ostentando natureza jurídica de causa de 
extinção da punibilidade (art. 107, inc. n i). Sua configuração reclama revogação total 
do preceito penal, e não somente de uma norma singular referente a um fato que, sem 
ela, se contém numa incriminação penal. Com efeito, a abolitio criminis pressupõe a 
supressão formal (exclusão do tipo penal) e material (exclusão da conduta ilícita do 
âmbito do Direito Penal) de um fato anteriormente classificado como infração penal. 
Alcança a execução e os efeitos penais da sentença condenatória, não servindo como 
pressuposto da reincidência, e também não configura maus antecedentes. Sobrevivem, 
entretanto, os efeitos civis de eventual condenação. 
- Lei penal benéfica (lex mitior ou novatio legis in mellius) é a que se verifica quando, 
ocorrendo sucessão de leis penais no tempo, o fato previsto como crime ou 
contravenção penal tenha sido praticado na vigência da lei anterior, e o novel 
instrumento legislativo seja mais vantajoso ao agente, favorecendo-o de qualquer modo. 
– A lei mais favorável deve ser obtida no caso concreto, aplicando-se a que produzir o 
resultado mais vantajoso ao agente (teoria da ponderação concreta). 
- No campo da Lei de Drogas, o Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento 
de que o crime ora tipificado pelo art. 28, caput (porte de droga para consumo pessoal), 
em razão da natureza das penas a ele cominadas, é mais brando do que a figura 
antigamente prevista no art. 16 da Lei 6.368/1976. Deve, assim, retroagir para alcançar 
os fatos cometidos sob a égide da lei antiga. 
- Nos termos do art. 5.°, XL, da Constituição Federal, a abolitio criminis e a novatio 
legis in mellius devem retroagir, por configurar nítido benefício ao réu. A retroatividade 
é automática, dispensa cláusula expressa e alcança inclusive os fatos já definitivamente 
julgados. 
- Pode ocorrer, ainda, ultratividade da lei mais benéfica. Tal se verifica quando o crime 
foi praticado durante a vigência de uma lei, posteriormente revogada por outra 
prejudicial ao agente. Subsistem, no caso, os efeitos da lei anterior, mais favorável. Isso 
porque, como já abordado, a lei penal mais grave jamais retroagirá. 
Combinação de leis penais (lex tertia) 
- Pode ocorrer o conflito entre duas leis penais sucessivas no tempo, cada qual com 
partes favoráveis e desfavoráveis ao réu. A discussão reside na possibilidade ou não de 
o juiz, na determinação da lei penal mais branda, acolher os preceitos favoráveis da 
primitiva e, ao mesmo tempo, os da posterior, combinando-os para utilizá-los no caso 
concreto, de modo a formar uma lex tertia, ou seja, uma lei híbrida. 
- STF entende atualmente que não existe a possibilidade do magistrado combinar leis 
para beneficiar o réu, tendo em vista que ele não cabe à função de legislador, muito 
menos por ofender o principio da legalidade. O STJ segue o mesmo entendimento. 
Súmula 501, STJ: 
Súmula 501: é cabível a aplicação 
retroativa da Lei 11.343/06, desde que o 
resultado da incidência das suas 
disposições, na íntegra, seja mais 
favorável ao réu do que o advindo da 
aplicação da Lei 6.368/76, sendo vedada 
a combinação de leis. 
- Não há consenso doutrinário. No terreno da jurisprudência, historicamente o Supremo 
Tribunal Federal sempre se posicionou pela impossibilidade de combinação de leis 
penais. Entretanto, recentemente, o Excelso Pretório rompeu com seu posicionamento 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95503/lei-de-t%C3%B3xicos-lei-11343-06
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103305/lei-de-drogas-de-1976-lei-6368-76
clássico, e decidiu pelo cabimento, a autor de crime de tráfico de drogas cometido sob a 
égide da Lei 6.368/1976, do benefício introduzido pelo art. 33, § 4.°, da Lei 
11.343/2006. 
- Assim decidindo, o Supremo Tribunal Federal abandonou a teoria da ponderação 
unitária ou global e filiou-se à teoria da ponderação diferenciada, pela qual, considerada 
a complexidade de cada uma das leis em conflito no tempo e a relativa autonomia de 
cada uma das disposições, é preciso proceder-se ao confronto de cada uma das 
disposições de cada lei, podendo, portanto, acabar por se aplicar ao caso subjudice 
disposições de ambas as leis. 
- Hoje, entretanto, o Supremo Tribunal Federal, por decisões de suas turmas, está 
dividido. Ora admite a combinação de leis penais, ora retoma sua clássica posição, 
filiando-se à teoria da ponderação unitária, ou global, contrária à constituição da lei 
híbrida. 
- O Superior Tribunal de Justiça, em sua orientação jurisprudencial dominante, não 
admite a combinação de leis penais. 
Lei penal intermediária 
- É possível, em caso de sucessão de leis penais, a aplicação de uma lei intermediária 
mais favorável ao réu, ainda que não seja a lei em vigor quando da prática da infração 
penal ou a lei vigente à época do julgamento. Essa é a posição consagrada no Supremo 
Tribunal Federal. 
Lei penal temporária e lei penal excepcional (estrito senso) 
- Lei penal temporária é a que tem a sua vigência predeterminada no tempo. A lei diz, 
por exemplo, que sua validade se limita ao dia 31 de dezembro do ano em que foi 
editada. 
- Lei penal excepcional, por outro lado, é a que se verifica quando sua duração está 
relacionada a situações de anormalidade. Exemplo: É editada uma lei que diz ser crime, 
punido com reclusão de seis meses a dois anos, tomar banho com mais de dez minutos 
de duração, durante o período de racionamento de energia. 
- Estas leis são autorrevogáveis. Basta a superveniência da data prevista na lei 
temporária ou o fim da situação de anormalidade relacionada à lei excepcional para que 
deixem, automaticamente, de produzir efeitos jurídicos. Por esse motivo, são 
classificadas como leis intermitentes. Se não bastasse, possuem ultratividade (art. 3.°, 
CP), pois se aplicam ao fato praticadodurante sua vigência, embora decorrido o período 
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram. Em outras palavras, 
ultratividade significa a aplicação da lei mesmo depois de revogada. ESSA SITUAÇÃO 
É CHAMADA DE EFEITO CARRAPATO DA LEI PENAL. 
- O fundamento da ultratividade é simples e foi suficientemente explicado pelo item “8” 
da Exposição de Motivos da antiga Parte Geral do Código Penal: visa impedir que, em 
se tratando de leis previamente ilimitadas no tempo, possam ser frustradas as suas 
sanções por expedientes astuciosos no sentido do retardamento dos processos penais. 
As leis penais em branco e o conflito de leis no tempo 
- Lei penal em branco é aquela cujo preceito secundário é completo, mas o preceito 
primário necessita de complementação. O problema relativo ao assunto consiste em 
saber se, uma vez alterado o complemento da lei penal em branco, posteriormente à 
realização da conduta criminosa, ou seja, com a infração penal já consumada, e 
beneficiando o agente, deve operar-se a retroatividade. 
- É possível abolitio criminis na lei penal em branco, se por exemplo a portaria que 
determina quais drogas são proibidas e simplesmente uma droga deixa de constar nesta 
portaria. 
- Com efeito, o complemento da lei penal em branco pode assumir duas faces distintas: 
normalidade e anormalidade. 
Quando o complemento revestir-se de situação de normalidade, a sua modificação 
favorável ao réu revela ai alteração do tratamento penal dispensado ao caso. Em outras 
palavras, a situação que se buscava incriminar passa a ser irrelevante. Nesse caso, a 
retroatividade é obrigatória. O que era crime deixou de ser. Aplica-se ao caso, portanto, 
a regra delineada pelo art. 5.°, XL, da Constituição Federal. Por seu turno, quando o 
complemento se inserir em um contexto de anormalidade, de excepcionalidade, a sua 
modificação, ainda que benéfica ao réu, não pode retroagir, com fundamento no art. 3.° 
do Código Penal (ultratividade). Se no momento em que estava em vigor o 
complemento havia algo de anormal, ou seja, se se tratava de situação que naquele 
momento - e não necessariamente no futuro - deveria ser reprimida, a modificação do 
complemento não pode produzir efeitos aos casos anteriormente praticados, ou seja, 
cometidos em período de anormalidade. Essa é a posição do Supremo Tribunal Federal. 
 
 
 
 
 
CENA PORNOGRAFICA NA ORBITA DO ECA x STF 
 
- Cena pornográfica ou sexo explicito é um tipo penal aberto. 
O tipo penal 241- E, do ECA complementa essa lacuna com o conceito. 
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo 
explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou 
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos 
órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. 
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 
- Guilherme Nucci defende que o artigo 241-E, deixou lacunas quanto à questão da 
vestimenta da criança e do adolescente e com isso é ATIPICO. 
- A questão foi levada ao STJ, em sua 6ª Turma, que a norma explicativa do 241-E, e foi 
decidido que não se restringe a exibição dos órgãos genitais, na verdade deve ser dada 
uma interpretação conforme artigo 6º, do ECA. 
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se 
dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a 
condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. 
Buscando a inteligência da lei, o STJ entende que poses eróticas em que uma criança / 
adolescente faça parte, mesmo que esteja com roupa (órgãos genitais cobertos), ingressa 
no conceito de pornografia, quando incontroversa a finalidade de explorar a 
sexualidade. DEVE EXISTIR O DOLO (desejo lascivo), para configurar os crimes dos 
artigos 240 / 241 - E. 
Julgado STJ, 6ª Turma, REsp 1543267 / SC 
 - Caso sejam encontradas fotos de crianças / adolescentes em poses sensuais / eróticas, 
no CELULAR a pessoa pode ser presa em flagrante por se tratar de CRIME 
PERMANENTE, tendo em vista que armazenar também entra no artigo 241 – B, do 
ECA. 
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou 
outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica 
envolvendo criança ou adolescente. 
OBS IMPORTANTE 1: Caso uma pessoa venha aliciar uma ADOLESCENTE (16 
anos), não cabe tipificar no ECA, tendo em vista que o artigo 241 – D, se refere tão 
somente a CRIANÇA. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2
 Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de 
comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso. 
OBS IMPORTANTE 2: As causas de aumento previsto no ECA no artigo 240, § 2º, 
não se aplica a qualquer outro artigo. 
 
PUREZA DA DROGA x FIXAÇÃO DA PENA NO TRÁFICO x STF 
 
- Exemplo, em laudo fica caracterizado que a cocaína não era pura, existia talco como 
substância presente também. A fixação feita pelo magistrado, com base nos artigos 42 e 
59 da Lei 11.343/06, como se a droga fosse pura. 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o 
previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do 
produto, a personalidade e a conduta social do agente. 
- O STF analisou questão recentemente sobre a pureza da droga e fixação da pena. A 2ª 
Turma, entendeu que é desnecessário determinar a pureza do entorpecente, irrelevante 
para a fixação da pena. 
Julgado STF, 2ª Turma, HC 132909. 
 
ACESSO AOS AUTOS POR PARTE DE ADVOGADO DE TERCEIRO NÃO 
INVESTIGADO x STJ 
 
- A lei 13.245/16, altera o Estatuto de Ética da Ordem dos Advogados. 
- Essa lei amplia o direito do advogado sobre o Inquérito Policial, entretanto não tornou 
o IP, com ampla defesa e direito ao contraditório. 
- O advogado não pode exigir nenhuma diligência, isto porque o delegado é o “capitão” 
do IP, determinando o que pode e o que não pode. 
- O advogado pode ter acesso aos autos desde que já esteja materialmente produzida e 
documentada. Diligência em curso, não pode o advogado ainda ter acesso aos autos. 
- Súmula 14 do STF reza que: 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de 
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
- A questão foi para o STJ, em sua 5ª Turma, se ADVOGADO DE TERCEIRO pode ter 
ACESSO AOS AUTOS EM QUE ELE NÃO É INVESTIGADO, e decidiu que O 
ACESSO AMPLO DOS AUTOS é permitido ao ADVOGADO DO INVESTIGADO. O 
acesso de advogado de terceiro e não investigado é RESTRITO. 
Julgado STJ, 5ª Turma 
 
O QUE É A TEORIA DA TINTA DILUÍDA OU DA MANCHA PURGADA OU 
DA LIMITAÇÃO DO NEXO CAUSAL ATENUADO OU TEORIA DA 
EXCEÇÃO DA MANCHA OU NÓDOA REMOVIDA 
 
- ORIGEM: direito norte-americano com o nome de “burt paint”. 
- CONCEITO: “Ocorre quando um ato posterior totalmente independente afasta a 
ilicitude originária. O vício da ilicitude originária é atenuado em virtude do espaço 
temporal decorrido entre a prova primária e a secundária, ou por conta de circunstâncias 
supervenientes na cadeia probatória”. 
- Essa teoria foi adotada no caso Won Sun vs. USA, de 1963 – O cidadão TÍCIO acaba 
preso e essa prisão foi ilegal porque não havia causa provável de sua prisão. Ele, preso 
ilegalmente, confessa e delata MÉVIO. MÉVIO, por sua vez, confessa o tráfico e delata 
CAIO. Nesse sentido, percebam que a prisão ilegal de TÍCIO, resultou a delação de 
MÉVIO, que resultou na delação de CAIO. 
 
PERGUNTA-SE: Essa prisão de CAIO é prova lícita ou ilícita? É ilícita por derivação 
causal. 
 
O detalhe do caso concreto julgado nos EUA é que, algumas semanas depois, de forma 
TOTALMENTE INDEPENDENTE,CAIO comparece perante a autoridade e resolve 
confessar a prática do delito, na presença de seu advogado. A Suprema Corte 
Americana entendeu que, embora num primeiro momento, a prisão de Caio ter sido 
ilícita. A posteriori, porém, a partir do momento em que ele, de forma totalmente 
independente e autônoma, confessa, é como se tivéssemos uma prova que não foi 
contaminada pelo vício da ilicitude originária. Então, essa circunstância superveniente 
na cadeia probatória faz essa prova absolutamente lícita. 
- Essa teoria já foi adotada pelo STJ e pelo Supremo? Resposta negativa. Não há 
julgados adotando essa teoria. Não obstante a ausência de julgados, a doutrina tem 
defendido que essa teoria ou limitação foi colocada no art. 157, § 1º do CPP: 
Art. 155,§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas (PROVA 
ILÍCITA POR DERIVAÇÃO), salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade 
entre umas e outras (TEORIA DO NEXO CAUSAL EVIDENCIADO OU DA MANCHA 
PURGADA), ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente 
das primeiras. 
- Destarte, de acordo com essa exceção, quando Caio confessa é como se não houvesse 
nenhum nexo causal entre a confissão dele e a prova ilícita originária. 
Assim, em resumo, a teoria da exceção da mancha ou nódoa removida (a “purged taint 
exception”), surgiu no direito norte-americano, relaciona-se com a possibilidade de uma 
ilicitude de prova inicial ser removida por ato independente provocado por terceiro ou 
pelo acusado. Em outras palavras, não se aplica a teoria da prova ilícita por 
derivação se a relação entre a ilegalidade entre a prova primária e secundária for 
atenuada em virtude do decurso do tempo, de circunstâncias supervenientes na 
cadeia probatória ou da vontade de um dos envolvidos em colaborar com a 
persecução criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICAS RÁPIDAS 
 
 
179 – LIMITAÇÕES À FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM 
R = É nulo o acórdão que se limita a ratificar a sentença e a adotar o parecer ministerial, 
sem sequer transcreve-los, deixando de afastar as teses defendidas ou de apresentar 
fundamentos próprios. Isso porque, nessa hipótese, esta caracterizada a nulidade 
absoluta do acórdão por falta de fundamentação. STJ, HC 214.049 
 
180 – A lei 13.260/13 definiu o que vem a ser uma organização terrorista, além do 
que alterou a lei nº. 12.850/13, que versa sobre a organização criminosa, 
abrangendo o seu conceito para também abarcar os grupos terroristas. Assim, a 
organização terrorista nada mais é do que uma forma de organização criminosa. 
 
181 – Pode o réu denunciado por delito na forma consumada, posteriormente ser 
condenado na forma tentada? 
R = O réu denunciado por crime na forma consumada pode ser condenado em sua forma 
tentada, mesmo que não tenha havido aditamento à denúncia. Igualmente, vale ressaltar 
que a tentativa não é uma figura autônoma, pois sua vontade contrária ao direito 
existente na tentativa é igual ao direito consumado. 
Como réu não se defende da capitulação da denúncia, mas do fato descrito na exordial 
acusatória, não há nulidade por ofensa ao artigo 384, CPP, quando o magistrado limita-
se a dar definição jurídica diversa (crime tentado), da que constou na denúncia (crime 
consumado), inclusive aplicado pena menos grave. 
Julgado STJ, HC 297.551/MG, 05/03/2015 
 
182 – As características da constituição de 1988, macete: 
PEDRA 
Promulgada / Escrita / Dogmática / Rígida / Analítica 
 
183 – Segundo o STJ, a subtração de valores de conta corrente, mediante 
transferência fraudulenta para conta de terceiros, sem consentimento da vitima, 
configura crime de FURTO MEDIANTE FRAUDE, previsto no artigo 155, § 4º, 
inciso II do CP. 
184 – O crime de incêndio descrito no artigo 250 do CP, é um crime de perigo 
concreto e, caso o agente, ao provocar o incêndio, acabe por causar, a titulo de 
culpa, a morte de alguém, deverá ser responsabilizado pelo crime do artigo 250 
C/C 258 do CP, o que acarretará a aplicação da pena do crime de incêndio em 
dobro. 
 
185 – Salvo exceções legais, a pena imposta não pode deixar de ser aplicada sob 
nenhum fundamento. Assim, por exemplo, o juiz não pode extinguir a pena de 
multa levando em conta seu valor irrisório. 
 
186 – Não é possível a pesquisa de DNA paterno nos glóbulos vermelhos adultos, 
considerando que estes são anucleados. 
 
187 – Pôquer é atividade licita desde que não envolva apostas. TRF 4 região. 
 
188 – O que se entende por nacionalidade potestativa? 
R = Trata-se de nacionalidade originária pelo critério Jus Sanguinis (filiação do 
individuo). Decorre quando filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira, que não estejam 
a serviço do Brasil, vier a residir no Brasil e optar, em qualquer tempo, depois de 
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. 
 
189 – De acordo com o artigo 110 da LEP, o juiz deverá estabelecer a sentença o 
regime inicial de cumprimento da pena, com observância do artigo 33 do CP, o 
qual estabelece distinção quanto à pena de reclusão e de detenção. 
 
190 – É vedada a edição de MP’s sobre matéria que vise a detenção ou sequestro 
de bens de POUPANÇA POPULAR ou qualquer outro ativo financeiro. 
 
191 – Para incidir a qualificadora do “recurso que impossibilita ou dificulta defesa 
da vitima” há de se observar o recurso usado pelo agente e não a qualidade da 
própria vitima. Se a vitima é impossibilitada de reagir por sua própria condição 
física, por exemplo, não há que se falar na citada qualificadora. 
 
192 – O grau de pureza da droga é IRRELEVANTE para fins de DOSIMETRIA 
DA PENA. A segunda turma do STF entendeu ser desnecessário determinar a 
pureza do entorpecente. De acordo com a lei, preponderam apenas a natureza e a 
quantidade da droga apreendida para o cálculo da dosimetria da pena (HC 
132909/SP). 
 
193 – A prática de tortura por agente público valendo-se da sua condição, além de 
caracterizar crime previsto na Lei 9455/97, também é ato de improbidade, 
consoante decisão veiculada no informativo 577 do STJ. 
 
194 – Não se deve confundir MODALIDADE com TIPO DE LICITAÇÃO. 
Tipo é o critério de julgamento a ser utilizado (menor preço, melhor técnica ou 
técnica e preço, maior lance ou oferta), modalidade é o procedimento a ser fixado 
em lei (concorrência, tomada de preços...). 
 
195 – A teoria da EFICACIA DIRETA e INDIRETA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS se aplicam diretamente a todas as relações privadas 
(particulares). Todos os cidadãos devem, mesmo nas relações uns com os outros, 
respeitar os direitos fundamentais. 
 
196 – O nascimento da CRIMINOLOGIA é ponto divergente na doutrina. A 
corrente MAJORITARIA aponta seu marco cientifico ou marco inicial é a 
publicação da obra L’UOMO DELINQUENTE (1876), por Cesare Lombroso. No 
entanto, alguns sustentam que se deu com DEI DELITTI e DELLE PENE (1764), 
de Cesare Bonesana (ou Cesare Baccaria). De todo modo, ambos trouxeram 
relevante contribuição aos estudos do fenômeno criminal. 
 
197 – DOLO GERAL, segundo NELSON HUNGRIA, “é quando o agente, 
julgando ter obtido o resultado intencionado, pratica segunda ação com diverso 
propósito e só então é que efetivamente o dito resultado se produz”. 
 
198 – Os guardas portuários GOZAM de PORTE DE ARMA DE FOGO? 
R = NÃO. A lei 12.993/2014, previa o porte de arma de fogo para os guardas 
portuários. Esse dispositivo foi vetado pela presidente da republica sob a justificativa de 
que não havia dados concretos que comprovassem a necessidade de sua autorização e 
que isso poderia resultar em aumento desnecessário do risco em decorrência do aumento 
de armas em circulação. 
 
199 – A confiança da vitima no autor autoriza a exasperação da pena do crime de 
estelionato consoante entendimento do STJ. 
 
200 – Aquele que obstrui as investigações que buscam apurar crime praticado por 
organização criminosa, pratica crime equiparado àorganização criminosa. 
 
201 – Desvio de subjetivo quantitativo de conduta ou cooperação dolosamente 
distinta é o fenômeno descrito no art. 29, § 2º, do CP, em que um concorrente quis 
participar de crime menos grave do que o crime efetivamente perpetrado. 
 
202 – Quando se trata de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena 
imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação. 
STF súmula 497 
 
203 – A prescrição retroativa tem natureza jurídica de PRESCRIÇÃO DE 
PRETENSÃO PUNITIVA. 
 
204 – As lesões leves suportadas pela vitima serão absorvidas pelo crime de 
tortura. 
 
205 – A corte especial do STJ entendeu que fere os princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade a pena prevista para o tipo penal do artigo 
273, §1, B, V, do CP, que trata de exposição a venda de produtos terapêuticos ou 
medicinais de procedência ignorada. Assim, realizando um ajuste principiológico, 
entendeu que, no caso, se deve usar a pena prevista no artigo 33 da lei de drogas, 
inclusive com a possibilidade de diminuição de pena prevista no § 4º do citado 
dispositivo. 
 
 
 
206 – O que se entende por TEORIA SINTOMATICA? 
R = É a teoria que sustenta a punição em razão da periculosidade objetiva, isto é, do 
perigo representado pelo agente, mesmo que o agente não venha a praticar alguma 
conduta que gere risco de lesão ao bem jurídico. Essa teoria levaria à punição a tentativa 
inidônea não punível no CP (artigo 17). 
O direito brasileiro não adota. 
 
207 – Crime gratuito é aquele cometido sem motivo conhecido. Não há de ser 
confundido com o motivo fútil, presente quando o móvel apresenta real 
desproporção entre o delito e sua causa moral. 
 
208 – Impunidade da Cogitação 
R = Os princípios cogitationis poenam nemo patitur e de internis non curat praetor são 
regras gerais, advindas da mais conhecida tradição jurídica romana. A fase de cogitação 
é ABSOLUTAMENTE impune, uma vez que se desenvolve no campo impenetrável do 
“claustro psíquico”. 
 
209 – O que é DOLO de dupla consciência necessária? 
R = É a consciência e vontade de produzir um resultado como consequência necessária 
do efeito colateral necessário da conduta. Trata-se da inevitável violação de bem 
jurídico em decorrência do resultado colateral produzido a título de dolo direto de 
segundo grau. Percebe-se que a existência de dolo direto de terceiro grau pressupõe a 
existência de dolo direito de segundo grau. Exemplo: o agente, para matar seu inimigo 
(fim proposto), coloca uma bomba no avião em que ele se encontra, vindo a matar, além 
de seu inimigo (dolo direto de primeiro grau), todos os demais que estavam a bordo 
como consequência necessária do meio escolhido (dolo de segundo grau). Entretanto, 
uma das pessoas a bordo estava grávida, de sorte que da sua morte decorreu 
necessariamente o aborto (dolo direto de terceiro grau). No exemplo, o agente deve ter 
consciência da gravidez para responder pelo resultado. 
 
210 – Normas constitucionais de eficácia plena são aquelas normas que receberam 
do constituinte normatividade suficiente à sua incidência imediata, ou seja, não 
necessitam de providencia normativa ulterior para sua aplicação. 
 
211 – Crime de conexão ocasional: NÃO há, na realidade, conexão entre os crimes, 
pois um não é cometido para assegurar a execução ou para garantir a ocultação de 
outro. Há, tão somente, uma proximidade física entre várias infrações penais, que 
não se relacionam entre si. Ex: o agente mata alguém e, em seguida, aproveita a 
oportunidade para subtrair bens a este pertencentes. 
 
212 – Existe crime de conduta mista? 
R = Sim, crime de conduta mista é aquele cuja conduta reúne ação e omissão. Um bom 
exemplo, é o artigo 169, II, CP. 
Assim, na apropriação de coisa achada, o agente apropria-se da coisa achada (ação), e 
deixa de restitui-lo ao dono (omissão), configurando-se como crime de conduta mista. 
 
213 – O arrependimento eficaz aplica-se também aos crimes cometidos com 
violência e grave ameaça (agente descarrega arma na vitima e depois se arrepende, 
a socorre e evita sua morte); o arrependimento posterior só incide sobre crimes 
cometidos SEM violência ou grave ameaça. 
 
 214 – Síndrome de Lima é um conjunto de sintomas desenvolvidos por 
sequestradores em sua atividade criminosa, nas relações de proximidade e 
compreensão das necessidades das vitimas, resultando em afeto. Ou seja, o oposto 
a síndrome de Estocolmo. Neste caso, os bandidos têm extrema compaixão pelas 
vítimas. 
 
215 – O que é direito à perversão no direito penal? 
R = Apenas atos projetados no mundo exterior ingressam no conceito de conduta, ou 
seja, enquanto a vontade do criminoso não se liberta do claustro psíquico que existe na 
mente do agente, o direito penal não pode agir. 
Desta forma, a cogitação nunca é punível, pois não há sequer perigo de lesão ao bem 
jurídico. 
Por esta razão, ao menos em nossas ideias, todos têm o direito de sermos perversos e o 
direito penal não pode punir esse tipo de pensamento. 
 
 
 
216 – O que se entende por exterioridade no concurso de crimes? 
R = O concurso de pessoas depende da punibilidade de um crime, a qual requer, em seu 
limite mínimo, o inicio da execução. Tal circunstância constitui o principio da 
exterioridade. Assim, um bom exemplo é o artigo 31, CP. 
 
217 – O que se entende por erro do “baile de máscaras”? 
R = Trata-se do erro sobre a pessoa (erro in persona), previsto no artigo 20, § 3º, do CP. 
Neste erro, o agente responderá pelo crime como se tivesse atingido a pessoa visada 
inicialmente, com todas as suas características. 
 
218 – O que se entende por crime INFAMANTE? 
R = Denominação dada ao crime que, devido aos meios empregados e às circunstâncias 
em que se realizou, ocasiona no meio social uma reprovabilidade maior manifestada 
sobre o autor do crime e que o desonra, rebaixa e avilta, principalmente levando-se em 
consideração os motivos que levaram o agente a delinquir e que causam repulsa. 
 
219 – O que é CRIME CONSUNTO e CRIME CONSUNTIVO? 
R = Conforme se extrai da denominação, este aspecto da classificação se aplica nos 
casos de incidência do principio da consunção (ABSORÇÃO). Nessa esteira, crime 
consunto é o absorvido; consuntivo é o que absorve. Ex: quando a potencialidade lesiva 
do falso se exaure no estelionato, o crime patrimonial será consuntivo em relação ao 
crime contra a fé pública, consunto. 
 
220 – Qual a diferença entre dinheiro NEGRO e dinheiro SUJO? 
R = O dinheiro negro é o dinheiro LÍCITO, mas não declarado, não sendo objeto de 
crime de lavagem de dinheiro, interessando somente à fiscalização tributária e 
constituído, eventualmente objeto material do crime de sonegação fiscal. 
Já o dinheiro sujo é o dinheiro proveniente de atividades ILÍCITAS, sendo objeto 
material essencial do crime de lavagem de dinheiro. 
 
221 – Homicídio e a desnecessidade de ouvir todas as vítimas. 
Não há direito absoluto à produção de prova. Em casos complexos, há que confiar 
no prudente arbítrio do juiz da causa, mais próximo dos fatos, quanto à avaliação 
de pertinência e relevância das provas requeridas pelas partes. Assim a 
obrigatoriedade de oitiva da vítima deve ser compreendida à luz da razoabilidade 
e da utilidade da colheita da referida prova. 
Julgado HC 131158/RS 
 
222 – O que consiste o FENÔMENO DA EROSÃO DA CONSCIÊNCIA 
CONSTITUCIONAL? 
R = Tal fenômeno ocorre quando o Poder Público se abstém de cumprir, total ou 
parcialmente, o dever de legislar imposto por norma constitucional, acabando por violar 
a própria integridade da constituição tornando-a ineficaz. 
 
223 – O que é a TEORIA DA IMPRESSÃO ou OBJETIVO-SUBJETIVA nos 
crimes tentados? 
R = Representa um limite à teoria subjetiva, evitando o alcance desordenado dos atos 
preparatórios. A punibilidade da tentativa só é admitida quando a atuação da vontade 
ilícita do agente seja adequada para comovera confiança na vigência do ordenamento 
normativo e o sentimento de segurança jurídica dos que tenham conhecimento da 
conduta criminosa. 
 
224 – O que é AÇÃO DE PREVENÇÃO PENAL? 
R = Consoante entendimento doutrinário, é aquela ajuizada com o objetivo de se aplicar 
medida de segurança a inimputável do artigo 26, caput, do CP. 
 
225 – O que seria AÇÃO PENAL ADESIVA? 
R = Segundo Renato Brasileiro, dois conceitos existem para a ação penal adesiva: 
A primeira corrente prega que é possível que o MP ofereça denúncia em crimes de ação 
penal privada, DESDE QUE visualize a presença de interesse público. Nesses casos, o 
ofendido pode se habilitar como acusador subsidiário, como se fosse uma espécie de 
ação penal adesiva. Para a segunda corrente, a ação penal adesiva é a possibilidade de 
litisconsorte entre o MP, que oferece denúncia em crime de ação penal pública, e o 
querelante, que oferece queixa em relação ao crime (conexo) de ação penal privada. 
 
 
 
 
226 – A segunda turma do STF reconheceu que a condição de “mula” ou “avião”, 
não significa, necessariamente, que o agente integre organização criminosa. 
 
227 – Conforme entendimento do STJ, é possível que o crime de falso seja 
absolvido pela figura delitiva do descaminho quando servir como mero 
instrumento para a consumação do crime de importação irregular de mercadorias, 
nele se esgotando sua potencialidade lesiva. 
 
228 - Crime de vitriolagem é aquele perpetrado mediante arremesso de ácido 
sulfúrico contra a vítima, com o objetivo de lhe causar lesões corporais 
deformantes da pele e dos tecidos subjacentes. 
Caracteriza, portanto, crime de lesão corporal gravíssima, pela deformidade 
permanente (art. 129, 2º, inc. IV, do CP: Art. 129. Ofender a integridade corporal ou 
a saúde de outrem: (...) 2º Se resulta: (...) IV - deformidade permanente). 
 
229 – Em crime de contrabando de cigarros não pode se aplicar o principio da 
insignificância conforme decisão do STJ. 
 
230 – O artigo 121, § 5 do ECA (lei 8.069/90), prevê a liberação compulsória do 
adolescente, menor infrator, aos 21 anos de idade, conforme decisão do STJ. 
 
 231 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com/topico/10624670/artigo-129-do-decreto-lein2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com/legislacao/91614/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
JULGADOS DIVERSOS 
 
STF: internação só deve ser aplicada quando presentes requisitos do artigo 122 do ECA. 
O STF concedeu ordem de oficio para que o paciente fosse aplicado medida 
socioeducativa diversa da internação. No caso o paciente não ostentava antecedentes 
criminais e seu envolvimento com o delito de tráfico de maconha foi sem uso de 
violência e de baixa periculosidade, sem fatos esses que aliados às circunstâncias 
concretas, “envolveria a concessão da ordem”. 
Julgado STF, HC 125016 / SP. 
 
O STJ decidiu que o exercício de acupuntura o delito previsto no 282 do CP (exercício 
ilegal da medicina, arte dentaria ou farmacêutica), tendo em vista que o artigo em 
comento é uma norma penal em branco que necessita de regulamentação federal. Nessa 
esteira, na lei regulamentar do exercício da medicina não prevê acupuntura e por isso 
estender o entendimento a este seria uma interpretação in malam partem, o que é 
vedado. 
Julgado STJ, RHC 66.641 / SP 
 
Segundo o STF, no julgamento da ADI 3038/SC, a CF/88 estabelece em seu artigo 144, 
§4, os requisitos necessários para ocupar a direção da Policia Civil há de ser 
necessariamente, um DELEGADO DE POLICIA DE CARREIRA. Dessa forma, 
Constituição Estadual não pode determinar diferente da Constituição Federal. 
Julgado STF, ADI 3038/SC 
 
Na visão do STF, a prática de ato libidinoso importa em tentativa de estupro, e não na 
figura consumada, sempre que funcionar como “PRELÚDIO DO COITO”. 
Julgado STF, HC 100314 
 
Segundo o STJ, em julgamento de HC pela 6ª turma, o que fora pacificado é o 
entendimento de que a conduta de apresentar falsa identidade perante autoridade 
policial para se livrar de flagrante de roubo, caracteriza o crime previsto no artigo 307, 
CP, sendo inaplicável a tese de autodefesa.

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