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Aspectos da Prática Docente e Questões Atuais da Educação - Aula 04

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ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 1 
Prezado aluno, 
 
Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém 
todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear 
do conteúdo. 
Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da 
apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você 
encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a 
respeito de cada item. 
Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. 
A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um 
momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados 
devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. 
A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você 
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma 
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na 
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções 
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. 
Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais 
complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, 
artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. 
Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e 
organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu 
aprendizado! 
Bons estudos! 
 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 2 
Introdução 
Esta aula trará à tona reflexões sobre o conhecimento de que dispõem os 
professores em termos de prática pedagógica, com ênfase nos debates voltados 
para a história da formação do educador. 
Para tal, apontaremos os desafios dessa atuação e suas consequências para o 
trabalho docente na Educação Superior nas últimas décadas. 
Bons estudos! 
 
Objetivo: 
1. Valorizar os saberes profissionais dos professores no desempenho de suas 
atividades, com ênfase na história da formação docente; 
2. Discutir sobre a formação de professores face às tendências e mudanças do 
Ensino Superior. 
Conteúdo 
O que é ser professor? 
O ofício docente é muito antigo... Desde a Antiguidade, a figura daquele que 
ensina, que dá lições, está presente nas narrativas escritas e nas imagens. 
Sendo assim, em linha direta com seu significado primário: 
 
O professor é aquele que ensina, que professa o conhecimento no sentido de 
sua “declaração do saber”. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 3 
Em Roma, a figura do magister – o mestre – estava relacionada com o ensino 
das primeiras letras e, posteriormente, com o estudo da gramática e da retórica 
para a prática da política. 
De acordo com Penin (apud BRASIL, 2009, p. 2), há somente 300 anos, no 
século XVIII, o professor surgiu como profissional do ensino nas lutas por 
democratização lideradas pela burguesia revolucionária. 
A autora complementa: 
“[...] a definição do professor como sujeito do ensino encaminhou a 
for-mulação de um core curriculum para sua formação, ancorado na área da 
Pedagogia, inaugurando o início da profissionalização”. 
A história da profissão docente é um campo bastante interessante para 
pensarmos a condição atual dessa profissão. Então, vamos estudá-la a partir de 
agora. 
 
 
 
Disponível em: 
http://www.ricardocosta.com/sites/default/files/imagens/sabedoria/sabedo2.jpg
. Acesso em: 12 nov. 2014. 
 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 4 
Funcionarização da carreira de magistério 
A profissão docente foi construída a partir das exigências sociais ao longo do 
tempo. 
Para entendermos essa trajetória no Brasil, seguiremos, aqui, a classificação de 
Nóvoa (1991), que demarca a seguinte passagem dessa carreira, denominada 
funcionarização do magistério: 
 
 
 
A partir do momento em que a formação do professor passa a ser controlada 
pelas escolas, o Estado intervém nesse processo, transformando o docente em 
funcionário. 
 
De acordo com Nóvoa (1991, p. 117-118): 
“[...] os processos de profissionalização e de funcionarização são quase 
sinônimos – tornar-se docente profissional significa, em geral, chegar a um 
posto de funcionário na administração pública”. 
Esse novo ordenamento propunha um tripé sobre o qual o professor, segundo 
Villela (2005), deveria “saber se portar, saber o que ensinar e como ensinar”, 
além de instruir o aluno a ler, a escrever, a contar e a rezar. 
Nesse contexto, surgiu a primeira entidade de formação profissional do 
educador: a Escola Normal. 
 
Escolas Normais 
Remodelada a partir da década de 1860, a Escola Normal já preconizava um 
ensino de ordem técnica que pudesse instrumentalizar o professor na tarefa de 
lecionar. 
 
 
 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 5 
Junto à preocupação quanto à pergunta “O QUE ensinar?”, as Escolas 
Normais deram um passo à frente, acrescentando ao pensamento anterior a 
questão “COMO ensinar?”. 
 
Antes de ser apenas um jogo de palavras, esse novo questionamento trouxe 
uma dimensão técnica à profissão docente, diferenciando-a do exercício leigo 
associado a ela. 
Dessa forma, o primeiro movimento na profissionalização do professor foi a 
criação das Escolas Normais como instâncias primárias de formação para a 
atividade do magistério como carreira profissional. 
 
 
Atenção 
 A primeira Escola Normal brasileira foi criada em Niterói, no Rio 
de Janeiro, no ano de 1835. O Curso Normal tinha o objetivo de 
formar professores para atuarem no magistério de Ensino 
Primário e era oferecido em cursos públicos de Nível Secundário 
– hoje, Ensino Médio. 
A partir da criação da escola no Município da Corte, várias 
províncias criaram Escolas Normais, a fim de formar o quadro 
docente para suas escolas de Ensino Primário. Desde então, o 
movimento de criação de Escolas Normais no Brasil esteve 
marcado por diversas tentativas de afirmação e de 
reformulações. 
Apesar disso, o Ensino Normal atravessou a República e chegou 
aos anos 1940 e 1950 como instituição pública fundamental 
formadora dos quadros docentes para o Ensino Primário em todo 
o País. 
Fonte: SCHAFFRATH, M. dos A. S. Disponível em: 
http://goo.gl/zWwh38. Acesso em: 27 nov. 2014. 
 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 6 
História da profissão docente 
Como você pôde perceber, a demanda pela profissionalização da carreira 
docente do século XIX não surgiu por acaso. Essa busca fomentou uma cultura 
profissional relacionada ao ensino, cujo objetivo era firmar a identidade da 
carreira e enfatizar a dissociação entre docência e religião. 
 
Sobre o assunto, Nóvoa (1995, p. 18) ressalta que: 
“[...] os professores são os protagonistas no terreno da grande operação 
histórica da escolarização, assumindo a tarefa de promover o valor educação: 
ao fazê-lo, criam as condições para a valorização de suas funções e, portanto, 
para a melhoria de seu estatuto socioprofissional”. 
 
Também no Brasil, a profissão docente seguiu essa linha e, nos primeiros anos 
da República, a docência ganhou status mais firme como categoria profissional. 
 
A República tinha como perspectiva o controle da educação formal. Seu intuito 
era retirá-la do âmbito privado, institucionalizando e promovendo a estatização 
dos sistemas escolares. 
Tal projeto republicano de escolarização das massas previa a formação dos 
professores que atuariam nas escolas públicas de forma sólida e competente. 
Disso resultava a importância da EscolaNormal. Caberia à escola, então, a 
tarefa de educar o povo. 
Dessa forma, os republicanos reafirmaram a educação como fundamental à 
consolidação do novo regime político – a base para o projeto de reforma e de 
construção de uma nova e regenerada sociedade brasileira. 
Na verdade, tratava-se muito mais da vontade de concretizar um ideal de 
“ordem e progresso” do que, de fato, de realizar tal projeto. E um dos atores 
privilegiados para o cumprimento desse ideal era o professor. 
 
Por muitas décadas, os professores foram formados pela Escola Normal, o que 
fortaleceu a identidade profissional docente. Por exemplo, no Rio de Janeiro – 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 7 
então capital federal do Brasil –, em 1932, fundou-se o Instituto de Educação, 
que deveria ser modelo para toda a formação nacional. 
 
Diante desse quadro, o professor formado pela Escola Normal que desejasse 
seguir sua formação e complementá-la no Ensino Superior deparava-se com 
certos entraves. Conheceremos, a seguir, alguns deles. 
 
 
Atenção 
 De acordo com Vasconcellos (2004, p. 67): 
“[...] a Escola Normal [foi] fundamental na constituição da 
‘profissão docente’. A partir dela, [configurou-se] o ‘novo’ 
professor, deixando para trás o ‘velho mestre-escola’ do Ensino 
Primário”. 
 
Formação docente para o Ensino Superior 
Vamos entender, agora, as influências do processo de formação docente para o 
Ensino Superior. 
 
Conforme apontam Vicentini e Lugli (2009, p. 45): 
“[...] cursar o Ensino Normal dava acesso a somente alguns cursos do Ensino 
Superior diretamente vinculados com o tipo de formação oferecido, ou seja, os 
cursos da Faculdade de Filosofia, especialmente o de Pedagogia (criados em 
1939)”. 
 
Frente a essas dificuldades, a formação docente ficava restrita a alguns poucos 
cursos do Ensino Superior, restando ao profissional que atuava nas Escolas 
Primárias a Escola Normal como instância primeira – e praticamente única – de 
instrução formal. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 8 
Esse processo formativo para a atuação do professor na Educação Superior não 
entrava, inicialmente, no debate mais amplo sobre as instâncias de formação, 
nem seu preparo para exercer a docência. 
 
De acordo com Valente e Viana (2010, p. 210-211): 
“[...] os Cursos Superiores procuravam profissionais que tinham sucesso em 
sua atividade [...], convidando-os para ensinar os alunos a serem tão bons 
quanto eles. Praticamente, exigia-se apenas o Bacharelado, pressupondo-se 
que ‘quem sabe automaticamente sabe ensinar’. 
 
Cunha (2003) afirma que, no Brasil, D. João VI fundou cátedras isoladas de 
Ensino Superior, visando à formação de profissionais, tais como as cátedras 
independentes de Anatomia e de Cirurgia. 
Posteriormente, em 1813, essas disciplinas foram reunidas e deram origem às 
academias de Medicina no Rio de Janeiro e na Bahia – atuais universidades 
federais. 
Por seu notório saber, os catedráticos eram os professores que atuavam no 
Ensino Superior da época: o mais alto posto da docência. 
A tendência de agrupar as cátedras persistiu durante todo o Período Imperial, 
só apresentando mudanças a partir da Proclamação da República, em 1889. 
Desse momento em diante, a criação dos estabelecimentos de ensino e sua 
manutenção material passou para a esfera do Estado. 
 
Vicentini e Lugli (2009) indicam que, para compreender a história da 
profissionalização docente no Brasil, é necessário saber que, no final da década 
de 1930, já havia um grupo de intelectuais do ensino preocupados com essa 
formação: os chamados por Nagle (2001) de educadores profissionais. 
Para o exercício da docência no Ensino Superior, nessa época, exigia-se do 
professor muito mais do que habilidades pedagógicas. O docente devia possuir: 
• Qualificações relacionadas a sua formação na Graduação e na prática 
profissional; 
• Qualidades acadêmicas; 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 9 
• Atividades de pesquisa; 
• Titulações relacionadas a sua área de estudos. 
 
 
O educador precisava estar preparado, de acordo com esses parâmetros, para 
atuar nas instituições universitárias brasileiras. 
Mas quando e como elas surgiram? 
 Vamos descobrir? 
 
 
Atenção 
 Sobre a formação docente para o Ensino Superior, Santos (2010, 
p. 29) esclarece o seguinte:“[...] embora com muitas tentativas 
pretendidas sobre a formação do professor em Nível Superior, ou 
seja, a criação de instituto que atendesse a essa clientela, têm-
se conhecimento de que, por decreto, a primeira faculdade de 
Filosofia, Ciências e Letras tenha sido concedida pela Ordem dos 
Beneditinos. 
Em decorrência do atraso que se encontrava a formação do 
professor em Nível Superior, o Ministro Francisco Campos 
estruturou a reforma [nesse setor educacional], até então 
considerada a maior da história. [...] 
E, pelo decreto, ficou consolidada a Lei nº 1.190/39, que tratou 
da formação do professor em Nível Superior no Brasil, sendo 
essa formação de caráter triplo, como se apresenta: cultura 
geral, docência e pesquisa”. 
 
Ensino Superior no Brasil 
De acordo com Cunha (2003), o Ensino Superior no Brasil, tal qual o 
entendemos atualmente, iniciou-se, portanto, na década de 1920 e se 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 10 
consolidou a partir da década de 1930 como fruto da industrialização e 
urbanização do País. 
Esses novos rumos que tomavam o panorama nacional exigiam, também, uma 
modificação social nos sistemas educacionais. Observe o quadro a seguir com 
as iniciativas e datas de fundação das primeiras universidades do Brasil: 
 
 
 
Fonte: Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio 
Teixeira (MEC/INEP), 2006. In: Leite, 2013. p. 33. 
 
Conforme aponta Cunha (2003, p. 166), com a promulgação do Decreto nº 
19.851/31 – chamado de Estatuto das Universidades Brasileiras –, foram 
estabelecidos padrões de organização para as Instituições de Ensino Superior 
(IES) de todo o País. 
Para o autor, com base nesse dispositivo legal: 
“[...] o corpo docente seria constituído, em termos gerais, de professores 
catedráticos – um para cada cadeira do curso –, de auxiliares de ensino – chefe 
de clínica, chefe de laboratório, assistente ou preparador – e de livre-
docentes”. 
Diante desse cenário, a fundação da Universidade de São Paulo (USP) trouxe 
um incremento à carreira docente no Ensino Superior. 
Cunha (2003, p. 173) ainda afirma que a USP incluiu em seu quadro docente 
professores estrangeiros com alta qualificação. Com isso, a universidade “[...] 
proporcionou condições para que se formasse um novo modelo de docente-
pesquisador”. Esse fato foi importante para o processo de institucionalização 
dos campos científico e tecnológico no Brasil. 
 
Sendo assim, foram fortalecidas as bases da docência no Ensino Superior, com 
alunos interessados em se dedicar à pesquisa e ao magistério. Muitas vezes, 
eles eram enviados à Europa e aos Estados Unidos para estagiar junto aos 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 11 
grandes nomes da ciência e retornavam ao Brasil como pesquisadores e 
professores da Educação Superior. 
 
Durante todo o Estado Novo (1937-1945), não houve mudanças significativas 
no quadro que se refere à prática docente universitária, permanecendo os 
padrões anteriores. 
Conforme destaca Santos (2010, p. 18): 
“[...] o ensino na universidade é uma prática que exige do professor uma 
atitude criadora, reflexiva e crítica. No entanto, boa parte dos professores da 
Educação Superior teve referência na Graduaçãode conhecimentos pautados 
em uma visão técnica, conservadora e fragmentada. 
[Em outras palavras], cada disciplina era desenvolvida isoladamente e, somente 
no estágio, o aluno era conduzido a desenvolver a síntese e a aplicação de toda 
a teoria estudada. Com isso, a fragmentação conduziu a uma ordem, separando 
os que sabem (cientistas) dos que não sabem (cidadãos comuns) e valorizando 
o conhecimento científico com status superior”. 
 
Diante dessa situação, Cunha (2003, p. 171) enfatiza que, também nessa 
época, os professores catedráticos das universidades controladas pelo 
Ministério da Educação (MEC) foram “[...] efetivados nos quadros do 
funcionalismo público federal, com remuneração e privilégios idênticos aos de 
seus colegas da Universidade do Brasil [...]”. 
 
Legislação do sistema educacional brasileiro 
Ao longo dos anos, o sistema educacional brasileiro foi-se tornando complexo. 
Disso resultou a necessidade de regulamentá-lo. Saiba, a partir de agora, de 
que forma esse processo ocorreu ao longo do século XX no Brasil: 
 
1961 - Conforme ressalta Santos (2010, p. 31): 
“[...] para melhor organizar a estrutura da educação no País, [foi] criada a 
primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 4.024/61 –, 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 12 
[que trouxe], no bojo do discurso, o Ensino Secundário Normal para a formação 
de professores do Primário”. 
 
1968 - Santos (2010, p. 31) continua: 
“[...] [a criação] da Lei nº 5.540/68, [que promulgou] a Reforma Universitária, 
[impulsionou] os programas de Pós-Graduação, deixando a pesquisa para esse 
nível e, para a Graduação, a função profissionalizante”. 
Essa lei trouxe algumas consequências diretas para a carreira docente 
universitária. 
De acordo com Cunha (2003, p. 178-179): 
“[...] professores e pesquisadores experientes foram compulsoriamente 
aposentados; docentes jovens foram impedidos de progredir na carreira [...]. 
[Por outro lado], uma aliança tácita entre docentes e pesquisadores experientes 
fez com que as agências de fomento ampliassem os recursos destinados à Pós-
Graduação. [Sendo assim]: 
• Novos prédios foram construídos nos campi; 
• Laboratórios foram equipados; 
• A profissão docente foi institucionalizada mediante o regime de tempo 
integral e de dedicação exclusiva; 
• As instituições públicas de Ensino Superior ampliaram, expressivamente, 
o número de estudantes nelas matriculados”. 
 
Além disso, a Lei nº 5.540/68 também previa para o exercício docente no 
Ensino Superior a proporção entre professores com Pós-Graduação e com 
tempo integral nos quadros da universidade, bem como que o ensino fosse 
indissociável da pesquisa. 
 
1971 - O registro legal fortaleceu a indicação de que o professor docente que 
atuava ou que desejava atuar no magistério, de forma geral, devia buscar sua 
formação. 
Sobre o assunto, Santos (2010, p. 31) afirma: 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 13 
“[...] 10 anos após a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
[foi] elaborada a Lei nº 5.692/71, com caráter de obrigatoriedade para os 
cursos profissionalizantes e para a preparação de professores com habilitação 
em magistério. Esse aspecto [passou a ter] maior relevância para as discussões 
ocorridas no cenário educacional nos últimos 30 anos”. 
 
Anos 1980 e 1990 - A tendência anterior também marcou as décadas de 
1980 e 1990, com a construção de leis e de documentos tanto para a Educação 
Básica quanto para a Educação Superior. 
Conforme destaca Santos (2010, p. 31): 
“[...] os anos 1980 foram marcados pela organização de movimentos de 
educadores e pela discussão sobre a formação de professores. 
Iniciou-se uma ampla mobilização e discussão nacional em torno da elaboração 
do Plano Decenal de Educação para Todos (1994), que, dentre outras ações, 
buscou implementar políticas de longo alcance para a profissionalização, como: 
• O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de 
Valorização do Magistério (1996); 
• A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei nº 
9.394/96); 
• Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997); 
• Os Referenciais Curriculares Nacionais (1999)”. 
 
Com o impulso da Pós-Graduação, a estreita ligação entre ensino e pesquisa 
fortaleceu-se no exercício do magistério universitário, não só nas universidades 
federais mas também nas estaduais e privadas. 
 
Legislação do sistema educacional brasileiro 
Nos dias atuais, a formação do professor docente para o Ensino Superior tem 
sido reflexo do que está instituído na LDB (1996). 
De acordo com Cunha (2003, p. 189): 
"[...] as universidades [foram] caracterizadas por sua produção e por seu corpo 
docente, podendo especializar-se por campo do saber. Pelo menos, um terço 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 14 
[desses profissionais] deverá ter estudos pós-graduados. A mesma proporção 
dos docentes deverá ser contratada em regime de tempo integral”. 
Diante do que estudamos, percebemos, então, que a carreira docente na 
educação universitária vem sofrendo mudanças gradativas e qualitativas, bem 
como exigindo do profissional desse nível de ensino empenho constante em sua 
formação – aquela que alinhe ensino, pesquisa e extensão. 
 
Mas como esse processo ocorre atualmente? Quais são as qualidades e as 
competências necessárias ao professor da Educação Superior de hoje e que 
desafios esse profissional precisa vencer? São muitas as exigências direcionadas 
ao educador do século XXI. Por isso, ele não pode deixar de se atualizar! Mas 
esse é um assunto sobre o qual vamos discutir na próxima aula. Até lá! 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Para isso, leia o 
texto Desenvolvimento docente no Ensino Superior: visibilidade e atuação 
profissional. Após sua leitura: 
a) Localize no texto três passos importantes para a construção da identidade do 
professor do Ensino Superior e comente-os com suas palavras, com base no 
que estudamos nesta aula. 
b) No item “A prática do professor universitário: perspectivas e desafios na 
atuação profissional” (p. 5), retire do texto os desafios atuais da docência 
universitária. 
 
Chave de resposta A 
PRIMEIRO PASSO (p. 3) 
“O primeiro passo equivale à mobilização dos saberes da experiência 
profissional. Abriga os conhecimentos produzidos pelo docente no cotidiano, 
mediados pelo processo constante de reflexão crítica sobre a prática em sala de 
aula, enriquecida pelas contribuições das experiências pedagógicas de seus 
pares de profissão, assim como pelo suporte da pesquisa e pelo investimento 
em estudos correlatos a sua área de atuação”. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 15 
Sugestão de comentários 
O docente do Ensino Superior deve mobilizar os saberes de suas experiências 
bem como exercitar a troca constante e cotidiana dessas experiências com seus 
pares em uma dimensão crítica e construtiva. 
SEGUNDO PASSO (p. 3) 
“O segundo passo corresponde ao conhecimento ou domínio das áreas 
específicas. A terminologia conhecimento [...] é tomada em seu sentido lato, na 
conotação de ‘trabalhar’, ‘classificar’, ‘analisar’ e ‘contextualizar’ as informações. 
Cabe ao professor produzir conhecimentos com seus alunos, facilitando as 
condições para que esse processo ocorra”. 
Sugestão de comentários 
O docente do Ensino Superior deve produzir conhecimento atualizado e analisá-
lo criticamente, facilitando e promovendo espaços para essa produção e 
construção dos alunos. 
TERCEIRO PASSO (p. 4) 
“[...] o terceiropasso consiste nos saberes pedagógicos inerentes ao 
profissional docente. Implica a compreensão de que, para ensinar, são 
solicitados os conhecimentos específicos, os saberes pedagógicos didáticos e a 
experiência”. 
Sugestão de comentários 
O docente do Ensino Superior não se pode descuidar dos aspectos inerentes à 
docência e dos saberes pedagógicos do processo de ensinar e aprender. 
Chave de resposta b 
De acordo com o texto, atualmente, os desafios da docência universitária são: 
“[...] a regulação externa, esteada em critérios e métricas de qualidade e 
performance, [que] estabelece um novo cenário ao docente que atua no Ensino 
Superior” (p. 5); 
“[...] [a] incessante busca dos professores por publicações, 
qualificação/diplomação, cursos de aperfeiçoamento e demais indicadores de 
classificação e avaliação institucional, convergindo em um processo 
desenfreado de atingimento de metas e ranqueamentos institucionais e 
interinstitucionais” (p. 6); 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 16 
“[...] [o] processo de formação continuada que gere ações na melhoria da 
prática pedagógica” (p. 6); 
“[...] a edificação de uma prática pedagógica significativa e formativa” (p. 6); 
“[...] [o entendimento, por parte do professor, do] espaço destinado às aulas 
[para] além da delimitação temporal e física, transcendendo a ação de 
transmissão de conhecimentos e [de] experiências que julga ter adquirido ao 
longo de sua atuação profissional, [bem como] ultrapassando o contexto 
acadêmico” (p. 7); 
“[...] [a percepção do] espaço único e privilegiado da aula para além da 
centralidade da fala do professor, [o que] implica tomá-lo como movimento 
múltiplo de aprendizagens – dos conteúdos específicos da disciplina, da 
profissão e da vida” (p. 7). 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre as Escolas Normais: 
• Leia o texto Formação na escola da praça; 
• Navegue pelo site da primeira Escola Normal da América Latina – 
Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho. 
 
Além disso, sugerimos as seguintes leituras: 
TANURI, L. M. Contribuição para o estudo da Escola Normal no Brasil. Revista 
Pesquisa e Planejamento, São Paulo, v. 13, p. 7-98, dez. 1970. 
VILLELA, H. O. S. A primeira Escola Normal do Brasil. In: NUNES, C. (Org.). O 
passado sempre presente. São Paulo: Cortez, 1992. p. 17-42. 
 
Para saber mais sobre a UDF, leia o texto A Universidade do Distrito Federal. 
 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 17 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, assista ao vídeo a 
seguir: https://www.youtube.com/watch?v=wZ-WzIfEVG0 
 
Referências 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. TV 
Escola/Salto para o Futuro, Brasília, ano XIX, n. 14, out. 2009. (Edição 
especial: profissão docente). 
CUNHA, L. A. Ensino Superior e universidade no Brasil. In: LOPES, E. M. T. et 
al. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p. 
151-204. 
LEITE, M. de L. S. F. Análise do trabalho docente na Educação Superior: 
um estudo de caso no Curso de Administração da UNIT – Aracaju Farolândia. 
2013. 193 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Tiradentes, 
Aracaju, 2013. 
NAGLE, J. Educação e sociedade na Primeira República. Rio de Janeiro: 
DP&A, 2001. 
______. O processo histórico de profissionalização do professorado. In: 
______. (Org.). Profissão professor. Porto: Porto, 1995. p. 13-33. 
SANTOS, M. S. G. Saberes da prática na docência do Ensino Superior: 
análise de sua produção nos cursos de licenciaturas da UEMA. 2010. 225 f. 
Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 
2010. 
VALENTE, G. S. C.; VIANA, L. de O. O ensino de Nível Superior no Brasil e as 
competências docentes: um olhar reflexivo sobre esta prática. Revista Práxis 
Educacional, Vitória da Conquista, v. 6, n. 9, p. 209-226, jul./dez. 2010. 
VASCONCELLOS, M. C. C. Um estudo sobre a gênese da profissão docente. 
Revista Poiésis, v. 2, n. 2, p. 57-72, jan./dez. 2004. 
VICENTINI, P. P.; LUGLI, R. G. História da profissão docente no Brasil: 
representações em disputa. São Paulo: Cortez, 2009. 
VILLELA, H. de O. S. Do artesanato à profissão – representações sobre a 
institucionalização da formação docente no século XIX. In: STEPHANOU, M.; 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 18 
BASTOS, M. H. C. (Orgs.). Histórias e memórias da Educação no Brasil. v. 
II: século XIX. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 104-115. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A classificação de Nóvoa (1991) sobre a evolução da profissão docente demarca 
a passagem do modelo não sistematizado da profissão de professor para a 
escolarização dessa carreira – mudança que o autor denomina: 
a) Elitização do magistério 
b) Docilização do magistério 
c) Funcionarização do magistério 
d) Problematização do magistério 
e) Desprofissionalização do magistério 
 
Questão 2 
Analise as frases a seguir: 
I. O primeiro movimento na profissionalização do professor foi a criação das 
Escolas Normais como instâncias primárias de formação para a atividade do 
magistério como carreira profissional. 
II. Com o crescimento da população nos grandes centros, aumentou, 
também, a demanda de escolarização. 
Com base no que estudamos nesta aula, podemos afirmar que: 
a) A afirmativa II completa a I. 
b) A afirmativa II é contrária à I. 
c) A afirmativa I está incorreta. 
d) A afirmativa II está incorreta. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 19 
e) As afirmativas I e II estão incorretas. 
 
Questão 3 
(Adaptado de: UFSM-2012) Como sabemos, a valorização dos professores é 
elemento fundamental da educação em meio à complexidade com que se 
organizam as políticas públicas nessa área. Esse reconhecimento: 
a) Refere-se somente à educação para a cidadania. 
b) É condição para planejarmos políticas de democratização, qualidade e 
equidade na educação do Brasil. 
c) Implica refletir sobre o modo como a escola se organiza, exigindo a 
superação de projetos didáticos não afinados com uma pedagogia das 
competências. 
d) Está relacionado, exclusivamente, à publicação de políticas de governo, 
assentadas na preocupação com a organização dos níveis e das 
modalidades educacionais. 
e) Tem sido priorizado no Brasil, sobretudo nos três últimos governos, que 
implementaram Diretrizes Nacionais para os cursos de Graduação e, 
portanto, de Licenciatura. 
 
Questão 4 
De acordo com o que estudamos nesta aula, a profissionalização da função 
docente está mais associada à valorização do(a): 
a) Gestão escolar. 
b) Instituição de ensino. 
c) Carreira do magistério. 
d) Papel da escola/universidade. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 20 
e) Papel da educação e do educador. 
 
Questão 5 
A criação das Escolas Normais foi um grande passo na educação brasileira para 
chegarmos à formação docente de que dispomos hoje – aquela que contempla 
uma dimensão: 
a) Técnica e humana. 
b) Sistemática e universal. 
c) Pragmática e vanguardista. 
d) Tradicional e estruturalista. 
e) Ultrapassada e dispensável. 
 
Questão 6 
Leia as afirmativas a seguir: 
I. O conceito de universidade surgiu no Brasil a partir da criação de cátedras 
isoladas. 
II. As cátedras eram compostas por planos de ensino complexos e bem 
formalizados. 
III. As cátedras foram reunidas após sua instituição e, em seguida, tornaram-se 
cursos. 
Entre as afirmativas anteriores, está(ão) CORRETA(S): 
a) Apenas II 
b) I e II 
c) I e III 
d) II e III 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO21 
e) I, II e III 
 
Questão 7 
(Adaptado de: ENADE/INEP – Pedagogia – 2005) A primeira iniciativa, no Brasil, 
de formar o professor primário em nível universitário se deu com a Escola de 
Educação da Universidade do Distrito Federal, em 1935. 
Liderada pelo intelectual Anísio Teixeira, essa iniciativa contribuiu para a 
configuração do perfil e da carreira do educador, com a definição de um espaço 
de atuação profissional precisamente identificado. Contudo, para que essa 
formação docente obtivesse resultados positivos, era preciso: 
a) Conceber a atividade educativa somente como prática severa. 
b) Preparar o professor para assumir funções técnicas e administrativas. 
c) Definir a educação como arte prática e instrumento de análise das 
Ciências Sociais. 
d) Construir conhecimentos educacionais independentes das demais 
Ciências Humanas. 
e) Dispensar o exercício científico na ação educativa a partir da perspectiva 
da organização da escola. 
 
Questão 8 
(Adaptado de: ENADE/INEP – Pedagogia – 2005) Após o Golpe de 1964, 
desencadeou-se uma dura repressão, que atingiu, implacavelmente, a educação 
brasileira. Durante o Governo Costa e Silva, foi aprovada e sancionada a 
Reforma Universitária, promulgada pela Lei nº 5.540/68, que atuou no sentido 
de: 
I. Promover a liberdade de ensino, com a concentração das decisões nas mãos 
dos reitores. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 22 
II. Incentivar as atividades de pesquisa, com a desarticulação do sistema de 
Pós-Graduação – em especial, nas universidades públicas. 
III. Assegurar o controle do Ensino Superior brasileiro pela política do regime. 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
a) I e III 
b) II e III 
c) Apenas I 
d) Apenas II 
e) Apenas III 
 
Questão 9 
(Prefeitura Municipal de Tibagi/PR – UNIUVI – 2011) A Lei nº 9.394/96 (LDB) 
estabelece alguns princípios nos quais se deve basear o ensino. Assinale a 
opção que NÃO corresponde a esses preceitos: 
a) Garantia do padrão de qualidade. 
b) Valorização do profissional da educação escolar. 
c) Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
d) Pagamento de um preço justo pela mensalidade nos estabelecimentos 
públicos oficiais. 
e) Gestão democrática do ensino público em conformidade com a referida a 
lei e com a legislação dos sistemas de ensino. 
 
Questão 10 
(Adaptado de: UFSM-2012) O início do novo milênio foi marcado por grandes 
mudanças econômicas, sociais e culturais. Na educação, uma série de novas 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 23 
políticas delinearam desafios aos educadores, aos educandos e aos gestores 
educacionais. 
Considerando essas políticas e suas respectivas propostas, relacione as colunas 
a seguir: 
1. Plano Nacional de 
Educação 
 ( ) Conjunto de programas organizados em torno 
de quatro eixos norteadores – Educação 
Básica, Educação Superior, educação 
profissional e alfabetização. 
2. Constituição 
Federal de 1988 
 ( ) Diagnóstico, diretrizes, objetivos e metas para 
todos os níveis e modalidades da educação no 
Brasil. 
3. Plano de 
Desenvolvimento da 
Educação 
 ( ) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e 
de divulgar o pensamento, a arte e o saber. 
4. Índice de 
Desenvolvimento da 
Educação Básica 
 ( ) Desempenho de escolas, municípios, estados e 
do país, que define a política de investimento 
de recursos na educação. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 24 
Cátedra: Do latim cathedra – que, por sua vez, tem origem em um vocábulo 
grego que significa “assento” ou “cadeira” –, trata-se da disciplina que ensina o 
catedrático. Esse termo também é usado para fazer referência à função e ao 
exercício desse profissional. 
Para Cunha (2003, p. 154), as cátedras: 
“[...] eram unidades de ensino de extrema simplicidade, consistindo em um 
professor que, com seus próprios meios, ensinava seus alunos em lugares 
improvisados”. 
Adaptado de: http://goo.gl/71Hdur 
 
Catedrático: Professor que preenche determinados requisitos para partilhar 
conhecimentos. 
Disponível em http://goo.gl/71Hdur. Acesso em: 27 nov. 2014. 
 
Docência e religião: Sobre a separação da profissionalização docente e a 
carreira religiosa, Vasconcellos (2004, p. 58-59) afirma o seguinte: 
“[...] partindo da ideia de que a função primeira da escola era ler, escrever e 
contar, o discurso iluminista supunha que fosse acessível a todos, pois todas as 
crianças estariam aptas a ser educadas, o que preveniria ‘os males 
provenientes da miséria, da ignorância, da embriaguez e dos vícios, 
moralizando a família através da moralização de seus filhos’. 
Nesse contexto de surgimento da ‘escolaridade’ da população brasileira, 
começam, também, a se mostrar os primeiros vestígios de profissionalização 
do professorado e da constituição de uma identidade diferente da que 
predominava até então, impregnada pela associação entre o magistério e a 
vida religiosa”. 
 
Livre-docentes: Aqueles que obtêm a livre-docência, ou seja, o título 
universitário alcançado por concurso ou por merecimento. 
Fonte: Dicionário Aulete online. 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 25 
 
Professor: Palavra que vem do latim professus, que significa “aquele que 
declarou em público”, e do verbo profitare, ou seja, “declarar publicamente”, 
“afirmar perante todos”. 
Formada pelo prefixo pro, que corresponde “à frente”, esse termo também 
possui outro significado: “pessoa que se declara apta a realizar determinada 
ação” – nesse caso, a ação de ensinar. 
 
Universidade do Brasil: De acordo com Cunha (2003, p. 203): 
“[...] de 1920 a 1937, [esta instituição foi] denominada Universidade do Rio de 
Janeiro. Desde 1965, [é conhecida como] Universidade Federal do Rio de 
Janeiro”. 
 
Universidade do Rio de Janeiro: Chamada de Universidade do Brasil desde 
1937. 
 
Universidade Técnica do Rio Grande do Sul: Criada em 1896 com o nome 
de Escola de Engenharia de Porto Alegre. Desde 1934, é conhecida como 
Universidade de Porto Alegre. 
 
 
 
Aula 4 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: De acordo com Nóvoa (1991), a passagem do modelo não formal 
para o formal da profissão do professor é denominada funcionarização do 
magistério. 
 
Questão 2 - A 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 26 
Justificativa: De fato, a criação das Escolas Normais foi uma solicitação da 
sociedade para a profissionalização dos professores. Afinal, com o surgimento 
do projeto republicano de escolarização em massa, a melhor qualificação 
docente tornou-se necessária. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: A valorização dos trabalhadores da educação deve passar pelo 
âmbito governamental na forma de políticas públicas que visem à construção, à 
implementação e à consolidação de um sistema articulado, capaz de dar conta 
dos diversos aspectos desse reconhecimento. 
 
Questão 4 - E 
Justificativa: Para Nóvoa (1995, p. 18), "os professores são os protagonistas no 
terreno da grande operação histórica da escolarização, assumindo a tarefa de 
promover o valor educação: ao fazê-lo, criam as condições para a valorização 
de suas funções e, portanto, para a melhoria de seu estatuto socioprofissional". 
 
Questão 5 - A 
Justificativa: As Escolas Normais nos fizeram pensar nas metodologias utilizadas 
para fins de prática pedagógica, ou seja, em como ensinar e produzir 
conhecimento junto aos alunos. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: De acordo com Cunha (2003, p. 154), as cátedras "eram unidades 
de ensino de extremasimplicidade, consistindo em um professor que, com seus 
próprios meios, ensinava seus alunos em lugares improvisados". 
 
Questão 7 - C 
Justificativa: Através do processo de formação, Anísio Teixeira pretendia 
qualificar o professor para atuar não só no Ensino Primário mas também em 
todos os níveis de ensino. 
 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 27 
Questão 8 - D 
Justificativa: Conforme estudamos nesta aula, a Lei da Reforma Universitária 
incentivava a Pós-Graduação como instância de pesquisa e de formação do 
professor para atuar no Ensino Superior. 
 
Questão 9 - D 
Justificativa: A LDB (1996) não se ocupa das questões relacionadas à 
mensalidade escolar. 
 
Questão 10 - C, A, B, D, E 
Justificativa: O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) traz, em suas 
diretrizes, as ações que podem ser implementadas no diversos níveis da 
educação, a partir de diagnósticos levantados, entre outros instrumentos, por 
meio do sistema nacional de avaliação, prevendo, também, destinação 
orçamentária para esses fins. O Plano Nacional de Educação (PNE), por sua 
vez, prevê metas a serem alcançadas pelos níveis e pelas modalidades da 
educação decenalmente – tempo que será reavaliado e refeito para uma nova 
década. Já a Constituição Federal (1988) reza sobre os princípios da gestão 
democrática e da educação no País. O Índice de Desenvolvimento da Educação 
Básica (IDEB) é um indicador calculado a partir de provas do Sistema de 
Avaliação da Educação Básica (SAEB) sobre a qualidade da educação. Por fim, o 
Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades 
Federais (REUNI) busca ampliar o acesso e a permanência na Educação 
Superior. 
 
 
 
 ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 28 
Vanessa Monteiro Ramos Gnisci é Mestre em Educação pela Faculdade de 
Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP-
UERJ), Especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Federal 
Fluminense (UFF) e Graduada em Letras Português/Literaturas pelo Centro 
Universitário Augusto Motta (UNISUAM). Tem experiência como docente nos 
Ensinos Fundamental e Médio. Atualmente, é técnica do setor de 
Implementação e Articulação de Formação Complementar na Secretaria 
Municipal de Educação de Nova Iguaçu e professora de Língua Portuguesa da 
rede estadual de educação do Rio de Janeiro. 
Currículo Lattes. 
 
5. Programa de 
Apoio a Planos de 
Reestruturação e 
Expansão das 
Universidades 
Federais 
 
 ( ) Articulação da Graduação com a Pós-
Graduação e da Educação Superior com a 
Educação Básica.

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