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Aminoácidos Professora Raquel Xavier Ligeiro Instituto de Ciências da Saúde - INCISA Centro Universitário de Caratinga- UNEC PROTEÍNAS Aminoácidos ESPECIFICIDADE C, H, O, N, S,P, Macromolécula 20 comuns Polímeros de aa Organização da macromolécula: proteína • Um aminoácido consiste em um carbono “central” com uma ligação a grupo amino (-NH2), outra a um grupo carboxila (-COOH), a terceira a um átomo de hidrogênio e a quarta a uma cadeia lateral variável • Centro quiral: átomo de carbono com quatro grupos diferentes ligados a ele • Tal centro quiral ocorre em todos aminoácidos, exceto na glicina Estrutura química dos aminoácidos Propriedades ópticas dos aminoácidos • Carbono quiral • Carbono opticamente ativo • Exceção: glicina • Duas formas: D, L • Duas formas: estereoisômeros • Imagens em espelho que não podem ser sobrepostas pela rotação da molécula Estrutura química dos aminoácidos Aminoácido: biomolécula das proteínas Classificação segundo o radical ou cadeia lateral Estrutura química dos aminoácidos • Solução fisiológica • pH 7,4 • Caráter anfótero • Ácidos (doadores de prótons) • Bases (recebedores de prótons) Aminoácidos apolares Aminoácidos apolares • Interação dos R apolares • Proteína solúvel: interior; (interação hidrofóbica); estabelecimento da estrutura tridimensional • Proteína de membrana: superfície; interagindo com o ambiente lipídico Anemia falciforme • Patologia • Substituição do ácido glutâmico por valina • Subunidade beta da hemoglobina Prolina • Estrutura rígida em anel • 5 átomos • Grupo amino secundário • Iminoácido • Estrutura fibrosa do colágeno Aminoácidos polares não carregados Aminoácidos polares não carregados • Pontes de H • Pontes de S • OH (hidroxila): serina, treonina e tirosina podem servir de sítio de ligação para o grupo fosfato • Glicoproteínas Aminoácidos com cadeia lateral positiva (básico) Aminoácidos com cadeia lateral negativo (ácido) • Doadores de prótons Glutamato Aspartato Aminoácidos sulfurados • Estabelecimento das pontes de S-S • Importante para a estrutura terciária das proteínas • Albumina (proteína do plasma sanguíneo, transportadora) • Cisteína + cisteína = CISTINA • Os resíduos de cisteína são unidos por ponte dissulfeto • Estas ligações formam papel estrutural muito importante para a estrutura de proteínas. • Cistina é menos solúvel do que outros aminoácidos, precipita na urina para formar os cálculos renais Aminoácidos sulfurados Aminoácidos aromáticos Dobramento protéico • Processo complexo • Pontes de S-S (cisteína e metionina podem estar separadas na estrutura primária ou em cadeias polipeptídicas diferentes ) • Interações hidrofóbicas (aa apolares :interior das cadeias) • Pontes de H • Interações iônicas (aa básicos e ácidos) (aminoácidos polares e com carga na superfície da proteína) Papel biológico dos aminoácidos Grupo HEME • Glicina •Hemoglobina •Mioglobina Heme Regeneração do ATP Glicina arginina metionina CREATINA Depósito de energia nos músculos e cérebro Creatina • A degradação da fosfocreatina gera a creatinina, cujos níveis no soro sanguíneo são muito utilizados para medir a FUNÇÃO RENAL Fosfocreatina Creatinina • Glicina • Ácido glutâmico: excitatório • GABA (ácido gama aminobutírico) derivado do ácido glutâmico: inibitório • Serotonina ( derivada do triptofano) MENSAGEIROS QUÍMICOS ENTRE AS CÉLULAS Neurotransmissão Processos alérgicos e inflamatórios Histidina--------- ----------------------------------------Histamina • Mastócitos • Sabe-se que existem muitos outros aminoácidos, derivados dos aminoácidos comuns • Hidroxiprolina e hidroxilisina :colágeno Aminoácidos incomuns • Tiroxina: hormônio da tireóide (T4) • Regulação do metabolismo Aminoácidos incomuns Essenciais :são aqueles que não podem ser sintetizados pelos animais. Dieta Não essenciais: são aqueles que podem ser sintetizados pelos animais. Aminoácidos essenciais e não essenciais • Atuam como intermediários metabólicos • Por exemplo, arginina, citrulina e ornitina • Componentes do ciclo da uréia. • A síntese da uréia – uma molécula formada no fígado – é o principal mecanismo de excreção do excesso de nitrogênio proveniente do catabolismo dos aminoácidos. Aminoácidos não essenciais Aminoácidos essenciais e não essenciais • Mais comum das deficiências enzimáticas • Erro do metabolismo:FENILALANINA • Fenilanina hidroxilase • Herança recessiva • Cromossomo 12 • Aumento de Phe sanguínea e diminuição da Tyr Fenilcetonúria Aminoácidos • Fenilalanina • Aminoácido essencial Aminoácidos • Tirosina • Aminoácido não essencial Proteína da dieta fenilalanina tirosina Produtos Tóxicos Fenilalanina hidroxilase Proteínas teciduais melanina tiroxina catecolaminas Fenilcetonúria • Microcefalia • Retardo mental • Crises convulsivas • Hiperatividade • Déficit do crescimento • Déficit de pigmentação Fenilcetonúria: manifestações clínicas • Teste do pezinho • Teste da fralda • Avaliação Ausência da fenilalanina hidroxilase Aumento dos níveis séricos de fenilalanina Níveis deprimidos de tirosina Fenilcetonúria: diagnóstico São cadeias de aminoácidos Ligação peptídica Oligopepetídeos: poucos aa Polipeptídeos: muitos aa bastante estáveis: 7 anos * Água é eliminada no processo Polipeptídios • As proteínas também são chamadas de polipeptídeos, porque os aminoácidos que as compõe são unidos por ligações peptídicas .Uma ligação peptídica é a união do grupo amino (-NH2) de um aminoácido com o grupo carboxila (-COOH) de outro aminoácido, através da formação de uma amida Polipeptídios Ligação peptídica Ligação peptídica • ocitocina: 9 resíduos de aa: estimula as contrações uterinas • bradicinina: 9 resíduos: inibe a inflamação de tecidos • citocromo C: 104 resíduos: respiração celular e apoptose • titina: 27.000 resíduos: músculo Peptídeos funcionais • Glutationa: 3 resíduos. (ácido glutâmico, cisteína e glicina) síntese de proteínas e DNA; protege as células dos efeitos destrutivos dos metabólitos reativos de oxigênio. Peptídeos funcionais Proteínas Proteínas • Macromoléculas complexas, compostas de aminoácidos, e necessárias para os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos • São os constituintes básicos da vida: tanto que seu nome deriva da palavra grega "proteios", que significa "em primeiro lugar”. Definição: Proteínas Funções das proteínas •A função da proteína depende da seqüência de aminoácidos; • Cada tipo de aminoácidos; • Milhares de doenças genéticas foram relacionadas com a produção de proteínas defeituosas; • 1/3 por causa de uma única alteração em sua seqüência da estrutura primária Funções das proteínas - Elementos estruturais (colágeno) e sistemas contráteis; - Armazenamento(ferritina); - Veículos de transporte (hemoglobina); - Hormônios; - Protetora (imunoglobulina); - Enzimáticas (lipases); - Nutricional (caseína); Classificação das proteínas •Estrutura • Forma • Composição • Número de cadeias • tipo de aminoácidos que possui; • tamanho da cadeia; • configuração espacial da cadeia polipeptídica. ESTRUTURA PRIMÁRIA ESTRUTURA SECUNDÁRIA ESTRUTURA TERCEÁRIA ESTRUTURA QUATERNÁRIA Estrutura • seqüência de aminoácidos ao longo da cadeia polipeptídica • nível estrutural mais simples• uma extremidade "amino terminal" e uma extremidade "carboxi terminal". Estrutura Primária Estrutura Primária Estrutura Primária • Arranjo espacial de aminoácidos entre si na seqüência primária da proteína • Ocorre graças à possibilidade de rotação das ligações entre os carbonos dos aminoácidos e seus grupamentos amina e carboxila • São dois os tipos principais de arranjo secundário regular: alfa-hélice folha-beta Estrutura Secundária • A conformação espacial é mantida graças as interações intermoleculares (ligação hidrogênio) entre os hidrogênios dos grupos amino e os átomos de oxigênio dos outros aminoácidos. Estrutura Secundária • Em geral, estas ligações forçam a proteína a assumir uma forma helicoidal, como uma corda enrolada em torno de um tubo imaginário. • Esta forma, a mais comum, é chamado de alfa hélice. Estrutura Secundária • hélice em espiral formada por 3,6 resíduos de aminoácidos por volta • principal força de estabilização da alfa- hélice é a ponte de hidrogênio. Estrutura Secundária: alfa- hélice Estrutura Secundária: alfa- hélice • Arranjos em paralelo ou no sentido anti-paralelo • Os segmentos em folha da proteína adquirem um aspecto de uma folha de papel dobrada em pregas. • As pontes de hidrogênio mais uma vez são a força de estabilização principal desta estrutura Estrutura Secundária: beta- hélice • Resulta do enrolamento da hélice ou da folha pregueada, • Mantida por pontes de hidrogênio e dissulfeto; • Confere a atividades biológica às proteínas; • Caracterizada pelas interações de longa distância entre aminoácidos. Estrutura terciária Estrutura Terciária • Podem ter duas ou mais cadeias polipeptídicas • Subunidades se mantém unidas por forças covalentes, como pontes dissulfeto, e ligações não covalentes, como pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas. • As subunidades podem atuar de forma independente ou cooperativamente no desempenho da função bioquímica da proteína Estrutura quaternária Estrutura quaternária Estrutura das proteínas Proteínas Fibrosas • insolúveis nos solventes aquosos e possuem pesos moleculares muito elevados. • formadas geralmente por longas moléculas mais ou menos retilíneas e paralelas ao eixo da fibra. • pertencem as proteínas de estrutura, como colágeno do tecido conjuntivo, as queratinas dos cabelos, as esclerotinas do tegumento dos artrópodes, a conchiolina das conchas dos moluscos, ou ainda a fribrina do soro sanguíneo ou a miosina dos músculos. Forma das proteínas Colágeno Forma das proteínas: fibrosa • Ehlers Danlos: juntas frouxas. • Osteogênese imperfeita: formação anormal dos ossos. • Escorbuto: degeneração do tecido conjuntivo, carência de vitamina C. Doenças relacionadas com o colágeno Proteínas Globulares : • Estrutura espacial mais complexa, • Mais ou menos esféricas. • Geralmente solúveis nos solventes aquosos seus pesos moleculares situam-se entre 10.000 e vários milhões. • Proteínas ativas como as enzimas, transportadores como a hemoglobina, etc. Forma das proteínas: globulares Mioglobina Proteína globular, responsável pelo armazenamento e como facilitadora da difusão de oxigênio no tecido muscular que se contrai rapidamente. Forma das proteínas: globular Hemoglobina Proteína globular, responsável pelo transporte de oxigênio para o organismo. A hemoglobina, citada anteriormente, é formada pela união de duas cadeias "alfa“ e duas cadeias "beta". Forma das proteínas: globular • Um exemplo clássico é a anemia falciforme. Nessa doença hereditária, há uma troca na cadeia de aminoácidos da hemoglobina (substituição de um ácido glutâmico por uma valina). Isto acaba por determinar mudanças na hemácia, célula que contém a hemoglobina, que assume o formato de foice Anemia falciforme Citocromo C Proteína globular, responsável pela cadeia respiratória e pelo desencadeamento da apoptose Forma das proteínas: globular Proteína Globular Proteína Fibrosa Forma das proteínas: globular e fibrosa • SIMPLES – Constituídas somente por aminoácidos – Por hidrólise liberam apenas aminoácidos. • CONJUGADAS – Contêm grupos prostéticos, isto é, grupos não aminoácidos, tais como carboidratos, íons, pigmentos, etc. – Por hidrólise liberam aminoácidos mais um radical não peptídico, denominado grupo prostético. Ex: metaloproteínas, hemeproteínas, lipoproteínas, glicoproteínas Composição das proteínas Hemoglobina • Contém 4 grupos prostéticos, cada um consistindo de um íon de ferro e a porfirina. • São justamente estes grupos que habilitam a hemoglobina a carregar o oxigênio através da corrente sanguínea. Exemplos de proteínas conjugadas • Lipoproteínas, tal como LDL e HDL, são também exemplos de proteínas conjugadas neste caso, com lipídeos. Exemplos de proteínas conjugadas PROTEÍNAS MONOMÉRICAS: Formadas por apenas uma cadeia polipeptídica. PROTEÍNAS OLIGOMÉRICAS: Formadas por mais de uma cadeia polipeptídica; São as proteínas de estrutura e função mais complexas. Número de cadeias • Quando as proteínas são submetidas à elevação de temperatura, a variações de pH ou a certos solutos como a uréia, sofrem alterações na sua configuração espacial, e sua atividade biológica é perdida. • Este processo se chama desnaturação. • Ao romper as ligações originais, a proteína sofre novas dobras ao acaso. Geralmente, as proteínas tornam-se insolúveis quando se desnaturam. É o que ocorre com a albumina da clara do ovo que, ao ser cozida, se torna sólida. Desnaturação das proteínas • Na desnaturação, a seqüência de aminoácidos não se altera e nenhuma ligação peptídica é rompida. • Algumas proteínas desnaturadas, ao serem devolvidas ao seu meio original, podem recobrar sua configuração espacial natural. • Todavia, na maioria dos casos, nos processos de desnaturação por altas temperaturas ou por variações extremas de pH, as modificações são irreversíveis. A) Proteína ativa e funcional B) Proteína desnaturada e inativada. Desnaturação das proteínas
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