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DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO - ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA CÁRIE

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DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO
ALTERAÇÕES DO ÓRGÃO DENTAL: ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA CÁRIE
A cárie é uma doença infecciosa. As microbiotas presentes na cavidade bucal vão fermentar os carboidratos da nossa dieta e produzirão ácido lático que vai diminuir o pH do dente e desmineralizar o esmalte do dente. A desmineralização causa cavidades no tecido e as bactérias entram no tecido.
Lesão inicial ( Bactérias na superfície do dente provocam a desmineralização do tecido ( cavidade ( bactérias penetram nos tecidos duros.
A saliva é responsável pela remineralização dos dentes. Pessoas que fizeram xerostomia, ou seja, que não produzem saliva têm muitos problemas de cárie.
A lesão inicial é visualizada no exame clinico como:
Mancha branca fosca: cárie ativa
Pronto acastanhado opaco ou escuro: cárie inativa (atividade passada) Se não for tratada pode retornar.
Aspectos radiográficos da cárie:
Imagem radiolúcida
Forma irregular
Bordos difusos
Locais seletivos dos tecidos duros
Cárie: Imagem radiolúcida. O exame radiográfico não revela se a cárie está ou não ativa. Para saber a situação real da cárie é preciso realizar o exame clinico, além de comparar a radiografia mais atual com radiografias anteriores.
Exames radiográficos para detectar cáries:
Radiografia interproximal
Radiografia periapical pelo paralelismo: Dentes anteriores e posteriores, além de caries secundárias (embaixo de restaurações)
Obs: A radiografia panorâmica NÃO serve para a detecção de cáries.
Intervalos entre os exames radiográficos para detectar cáries:
Individualizado: de acordo com as necessidades de cada paciente, baseando-se na percepção da atividade e suscetibilidade à cárie, idade e local da lesão.
Pacientes sem histórico de cárie: Intervalos maiores
Paciente com cárie ativa: Intervalos menores.
Retorno de pacientes com cárie ou alto risco:
Criança: Interproximal a cada 6 meses ou até não apresentar lesão cariosa
Adolescente: Interproximal - de 6 a 12 meses de intervalo ou até não apresentar mais lesão cariosa.
Adulto: Interproximal – 12 a 18 meses de intervalo.
Retorno de pacientes sem cárie ou baixo risco
Criança:
Decídua: interproximal – 12 a 24 meses, visíveis.
Mista: interproximal – 12 a 24 meses
Adolescente: Interproximal – 18 a 36 meses de intervalo
Adulto: interproximal – 24 a 26 meses de intervalo.
Classificação das cáries – área ou local
Cáries de superfície lisa:
Interproximal
Vestibular e lingual – mais comum em sulcos e fissuras
Raiz
Cáries de ponto ou fissura
Oclusal
Vestibular e/ou lingual
Cáries recorrentes/secundárias: embaixo de restaurações 
Cárie interproximal:
Normalmente são encontradas nas áreas entre o ponto de contato e a gengiva marginal livre
Burn-out: Abaixo da margem gengival
Superfícies proximais posteriores amplas – lesão de esmalte 30 a 40% de perda mineral.
Lesão > que na radiografia
Cárie: Progressão lenta na maioria dos indivíduos 
Cavitação: Sempre carie ativa
Esmalte: Forma triangular com a base voltada para a superfície do dente. Outras formas também são comuns. Estende-se através dos prismas do esmalte.
Dentina: ápice do triangulo voltado para a câmara pulpar. Base maior que o do esmalte. Cresce em direção à polpa.
Segue em direção aos túbulos dentinários
Formas irregulares de descalcificação também podem estar presentes.
Burn-out:
Localizado no colo do dente, demarcado acima pelo contorno do esmalte ou restauração e abaixo pelo nível ósseo.
Forma triangular, gradualmente se tornando menos aparente em direção ao centro do dente.
Cáries nas superfícies radiculares
Envolvem a dentina e o cemento
Associadas à retração gengival
O cemento exposto é mole sendo facilmente degradado
Detectadas clinicamente
Cárie radicular é diferente de Burn-out
Cárie oclusal:
Cárie em criança e adolescente 
Processo de desmineralização – sulcos e fissuras do esmalte – acúmulo de placa
Prismas de esmalte – linha radiolúcida entre esmalte e dentina
Lesões iniciais – brancas, foscas, amareladas, acastanhadas ou pretas – exame radiográfico
Cavidade: lesão em dentina
Exame clinico antes do radiográfico 
Ausência de sinais clínicos: Observar e postergar o tratamento restaurador
Cáries Oclusais em dentina: Imagem radiolúcida de base ampla – abaixo de uma fissura – com pouca ou nenhuma alteração em esmalte
Mais profunda: mas fácil de detectar
Efeito Mach: Diferença de densidade bem definida como entre o esmalte e dentina, pode parecer haver uma região mais radiolúcida adjacente ao esmalte.
	Ilusão de ótica: Interpretação falso positiva.
Cárie rampante:
Conhecida também como cárie de mamadeira: geralmente em crianças muito pequenas
Cáries graves de progressão rápida: comum em crianças com higiene oral e dieta inadequadas.
Mais rara atualmente em função do uso de fluoretos, boas praticas de higiene oral e alimentação adequada
Pacientes com xerostomia possuem muitas cáries rampantes
Com o exame radiográfico é possível observar destruições avançadas, especialmente nos dentes antero-inferiores.
Cárie vestibular e lingual:
Ocorrem mais frequentemente em sulcos e fissuras do esmalte
Pequenas, redondas, elípticas ou semilunares
Possuem bordas proeminentes e bem definidas
Lesão vestibular ou lingual sobre posta a junção amelo-dentinária. Muito confundida com a cárie oclusal
Cárie oclusal: Possui bordas não bem definidas, diferente da cárie vestibular e lingual
Exame clinico: Método definitivo para detectar lesões vestibulares ou linguais.
Cáries recorrentes ou secundárias:
Ocorrem sob restaurações preexistentes
Falhas no contorno e na extensão da restauração – acúmulo de placa
Tratamento como qualquer lesão primária
Lesão próxima à restauração: mascarada por restaurações radiopacas – exame clinico cuidadoso.
Materiais restauradores (hidróxido de cálcio, resina, silicato) radiolúcidos são diferenciados das cáries, pois têm contornos suaves e bem definidos.
Cáries após radioterapia:
Radioterapia na região de cabeça e pescoço causa perda da função das glândulas salivares (xerostomia) o que gera a cárie rampante mais agressiva denominada de cárie por radiação.
Normalmente inicia na região cervical
Imagem característica: imagem radiolúcida nas faces mesial e distal na região cervical.
Uso de fluoretos tópicos (soluções remineralizadoras) e higiene oral cuidadosa podem reduzir os danos resultantes da xerostomia induzida pela radiação.
Classificação das cáries – extensão
D1: Lesões de esmalte clinicamente detectáveis com superfícies intactas
D2: Cavidades limitadas ao esmalte clinicamente detectáveis
D3: Lesões na dentina clinicamente detectáveis
D4: Lesões que atingem a polpa
Tratamento:
D1 e D2: Medidas preventivas
D3 e D4: Tratamento restaurador
Detectar lesões de cáries e estar apto para avaliar o nível de doença, é portanto, crucial em determinados tratamentos clínicos.

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