Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
%ROHWLP�7pFQLFR�GD�(VFROD�3ROLWpFQLFD�GD�863 ’HSDUWDPHQWR�GH�(QJHQKDULD�GH�&RQVWUXomR�&LYLO ,661���������� %7�3&&���� (UFLR�7KRPD] 3DXOR�+HOHQH 6mR�3DXOR�–����� 48$/,’$’(�12�352-(72�(�1$�(;(&8d›2�’( $/9(1$5,$�(6758785$/�(�’(�$/9(1$5,$6 ’(�9(’$d›2�(0�(’,)¸&,26 Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Construção Civil Boletim Técnico - Série BT/PCC Diretor: Prof. Dr. Antônio Marcos de Aguirra Massola Vice-Diretor: Prof. Dr. Vahan Agopyan Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya Abiko Suplente do Chefe do Departamento: Prof. Dr. João da Rocha Lima Junior Conselho Editorial Prof. Dr. Alex Abiko Prof. Dr. Francisco Cardoso Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr. Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves Prof. Dr. Antônio Domingues de Figueiredo Prof. Dr. Cheng Liang Yee Coordenador Técnico Prof. Dr. Alex Abiko O Boletim Técnico é uma publicação da Escola Politécnica da USP/Departamento de Engenharia de Construção Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e pesquisadores desta Universidade. Este texto faz parte da tese de doutorado, de título “Requisitos Técnicos e Operacionais Visando a Qualidade na Construção de Edifícios” , que se encontra à disposição com os autores ou na biblioteca da Engenharia Civil. FICHA CATALOGRÁFICA Thomaz, Ercio Qualidade no projeto e na execução de alvenaria estrutural e de alvenarias de vedação em edifícios / E. Thomaz, P. Helene. -- São Paulo : EPUSP, 2000. 31 p. -- (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, Departa- mento de Engenharia de Construção Civil, BT/PCC/252) 1. Alvenaria estrutural - Qualidade 2. Alvenaria de vedação - Quali- dade 3. Edifícios I. Helene, Paulo Roberto do Lago II. Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia de Cons- trução Civil III. Título IV. Série ISSN 0103-9830 CDU 624.012 624.012.15 69 4XDOLGDGH�QR�3URMHWR�H�QD�([HFXomR�GH�$OYHQDULD�(VWUXWXUDO H�GH�$OYHQDULDV�GH�9HGDomR�HP�(GLItFLRV SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 PROPRIEDADES GERAIS DOS COMPONENTES E DAS ALVENARIAS 3 QUALIDADE NO PROJETO DE ALVENARIAS ESTRUTURAIS 4 QUALIDADE NA EXECUÇÃO DE ALVENARIAS ESTRUTURAIS 5 QUALIDADE NO PROJETO DAS ALVENARIAS DE VEDAÇÃO 6 QUALIDADE NA EXECUÇÃO DAS ALVENARIAS DE VEDAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5(6802 Os projetos das alvenarias normalmente têm se restringido ao comportamento mecânico e à coordenação dimensional com outros elementos, como caixilhos e vãos estruturais (no caso das alvenarias de vedação). No presente Boletim procura-se enfocar as alvenarias de forma mais ampla, considerando-se aspectos do desempenho termoacústico, resistência à ação do fogo e estanqueidade à água. Apontam-se cuidados essenciais no projeto e na execução das alvenarias, propondo-se alguns detalhes construtivos e indicando-se traços referenciais para as argamassas de assentamento. Apresentam-se ainda, para as alvenarias de blocos vazados de concreto e de cerâmica, alguns resultados de ensaios de isolação acústica, isolação térmica e resistência ao fogo. $%675$&7 Masonry designs generally is limited to structural behavior of the walls and the dimensional coordination between blocks, windows, doors and structural reinforced concrete frames. This paper intends to demonstrate that is quite important to consider a series of constructive details in the masonry designs, as well as analyzing different masonry properties concerning fire resistance, thermal and acoustical properties. It is suggested some cares within the walls construction, concerning to the necessary details adoption and the required properties of the mortars. For the national current ceramic and concrete hollow blocks it is indicated some results of essays: thermal insulation, acoustical insulation and fire resistance. � � 4XDOLGDGH�QR�3URMHWR�H�QD�([HFXomR�GH�$OYHQDULD�(VWUXWXUDO H�GH�$OYHQDULDV�GH�9HGDomR�HP�(GLItFLRV ���,1752’8d›2 Tradicionalmente pesadas, espessas e rígidas, as alvenarias evoluíram para as lâminas consideravelmente delgadas dos nossos dias. A evolução tecnológica apontou, de um lado, para o desenvolvimento de materiais com pequena massa especifica (enquadrando-se aí os concretos celulares), e de outro, para os componentes vazados (blocos de concreto, cerâmica ou sílica-cal); a partir aproximadamente da metade do século XX, ocorreu verdadeira revolução na técnica das alvenarias. Em termos gerais, as alvenarias, em função sobretudo da natureza dos seus componentes (materiais pétreos), apresentam bom comportamento às solicitações de compressão, o mesmo não ocorrendo em relação às solicitações de tração, flexão e cisalhamento. Em função da utilização conjugada de materiais diferentes (componentes de alvenaria e argamassa de assentamento), com propriedades diferenciadas (resistência mecânica, módulo de deformação longitudinal, coeficiente de Poisson), as alvenarias são normalmente heterogêneas e anisotrópicas. Além das propriedades referidas, influenciam o comportamento mecânico das paredes diversos outros fatores, tais como: - geometria, rugosidade superficial e porosidade do componente de alvenaria; - índice de retração, poder de aderência e poder de retenção de água da argamassa de assentamento; - esbeltez, eventual presença de armaduras (alvenarias armadas e parcialmente armadas), número e disposição das paredes contraventantes; - amarrações, cintamentos, disposição e tamanho dos vãos de portas e janelas; - enfraquecimentos provocados pelo embutimento de tubulações, rigidez dos elementos de fundação, geometria do edifício etc. Os projetos das alvenarias normalmente têm se restringido ao comportamento mecânico e à coordenação dimensional com outros elementos, como caixilhos e vãos estruturais (no caso das alvenarias de vedação). No presente Boletim procura-se enfocar as alvenarias de forma mais ampla, considerando-se aspectos do desempenho termoacústico, resistência à ação do fogo e estanqueidade à água. Apontam-se cuidados essenciais no projeto e na execução das alvenarias, propondo-se alguns detalhes construtivos e indicando-se traços referenciais para as argamassas de assentamento. Apresentam-se ainda, para as alvenarias de blocos vazados de concreto e de cerâmica, alguns resultados de ensaios de isolação acústica, isolação térmica e resistência ao fogo. 2 ���35235,(’$’(6�*(5$,6�’26�&20321(17(6�(�’$6�$/9(1$5,$6 Existem no mercado várias opções de tijolos e blocos, com diferentes características: materiais, dimensões, disposições dos furos, textura e diversas outras propriedades físicas e mecânicas (resistência à compressão, porosidade e capilaridade, absorção de água, coeficientes de absorção e dilatação térmica etc).Trabalho anterior deste autor1 aponta os seguintes atributos que devem ser considerados na escolha do componente de alvenaria: - ergonomia: tamanho, textura, forma e peso do bloco influem na produtividade: nem sempre o componente de menor tamanho repercutirá na menor produtividade; - regularidade geométrica: blocos regulares permitem assentamento uniforme (economia de argamassa de assentamento e de revestimento), viabilizando ainda revestimentos em gesso; nas alvenarias aparentes a regularidade ganha ainda maior importância; - fornecimento / embalagem: bons acondicionamentos (paletização etc) facilitarão a integridade dos blocos e o transporte até os pavimentos; os diferentes tipos de blocos apresentam diferentes resistências ao manuseio (quebras, lascamento de cantos); - forma do bloco, absorção de água e aderência:os componentes de alvenaria devem apresentar um valor mínimo de absorção de água (abaixo do qual não haverá adequada penetração de nata de aglomerante nos seus poros) e, idem, um valor máximo (para que não ocorra intensa retirada de água da argamassa, prejudicando a hidratação do aglomerante); para mesmas condições de assentamento (mesma argamassa, etc), quanto maior a área de contato argamassa/bloco, maior a aderência; a penetração de argamassa em ranhuras ou furos de alguns blocos pode melhorar consideravelmente a aderência; - movimentações higroscópicas: os materiais porosos, constituintes dos blocos, sofrem em maior ou menor escala variações volumétricas em função do teor de umidade; produtos sujeitos a grande retração de secagem, ou que absorvam mais umidade (incidência de chuva no canteiro ou na própria parede recém erguida), tenderão a secar na parede acabada, induzindo com maior probabilidade a formação de fissuras e destacamentos; - movimentações térmicas: frente a oscilações da temperatura, os materiais constituintes dos blocos apresentarão diferentes variações dimensionais, podendo induzir destacamentos entre alvenaria e estrutura (paredes de vedação) ou entre paredes ligadas com juntas a prumo; as pinturas externas das paredes influenciarão decisivamente a escala das movimentações (quanto mais escura a cor, maior a absorção de calor, maiores as movimentações térmicas); - tamanho do bloco e “flexibilidade da parede”: como regra geral, a capacidade das alvenarias absorverem deformações impostas (recalques etc) é regida pelas juntas (deformabilidade da argamassa, tipo de junta – a prumo ou em amarração, espessura e quantidade de juntas; para idênticas condições de assentamento, portanto, quanto maior a dimensão do bloco, menor o número de juntas e, comparativamente, menor o poder de absorção de movimentações; - peso próprio das paredes e dimensionamento da estrutura: blocos mais leves propiciarão, no caso de alvenarias de vedação, a redução de seção dos componentes estruturais, 1 THOMAZ, E. &RPR�&RQVWUXLU�$OYHQDULDV�GH�9HGDomR. Revista Téchne nº 15 e nº 16, Editora PINI. São Paulo, 1995. 3 passando a ter maior importância no projeto estrutural a consideração da ação do vento e ação do fogo; a partir de uma certa flexibilidade da estrutura deve-se também considerar o eventual papel contraventante das alvenarias e a necessidade de adoção de uma série de detalhes para sua vinculação à estrutura; - desempenho termo-acústico: o desempenho térmico dependerá da inércia térmica (função da massa da parede e do calor específico do material) e da presença de camadas confinadas de ar; do ponto de vista da isolação acústica, como regra geral, paredes mais pesadas apresentam melhor isolação aos ruídos aéreos (“Lei das Massas”), ocorrendo o inverso em relação aos ruídos por impacto; o desempenho acústico será muito influenciado por frestas ou descontinuidades nas juntas de assentamento, eventual reverberação nos furos dos blocos e presença de revestimento; - outras características: na escolha dos blocos deve-se ainda considerar resistência sob ação do fogo, capacidade de fixação de peças suspensas (armários, redes de dormir), efetividade de ligações com marcos ou contra-marcos, facilidade de embutimento de instalações, resistência a cargas laterais, incorporação de equipamentos às paredes (exaustores, caixas de aparelho de ar condicionado, suportes de filtro de água, papeleira, saboneteira, arandelas). Aspecto extremamente importante é a coordenação dimensional: o tamanho dos blocos deve ser compatível com os vãos estruturais ou com as dimensões das paredes estruturais, tamanho dos caixilhos, caixas de ar condicionado e outros equipamentos. As alvenarias deverão ser alvo de projetos específicos, indicando disposição das juntas de assentamento e das amarrações, posições das aberturas de portas e janelas, presença de vergas, contra- vergas e tubulações etc. Nas ligações entre as paredes recomenda-se juntas em amarração, recorrendo-se a componentes especiais exemplificados na Figura 1. Figura 1: Componentes especiais para encontro entre paredes Fisher2 afirma que no projeto das alvenarias de vedação, e também em alvenarias estruturais de pequenos edifícios, deve-se considerar, mais do que o próprio desempenho 2 FISHER, R. 3DUHGHV. Versão espanhola da 1a. edição inglesa, tradução de Luis M. J. Cisneros. Editorial Blume. Barcelona, 1976. 4 mecânico, aspectos da estanqueidade à água, isolação térmica e isolação acústica. Do ponto de vista da sensação acústica, recordando o conceito de Decibel (equação 1), explica preliminarmente que existe para o ouvido humano forte equivalência entre a pressão sonora e a frequência, conforme ilustrado na Figura 2. 1.log.20 0 1 HT S S G% = p1 = pressão acústica da onda expressa em Pascais p0 = pressão acústica do limiar da audição (p0 = 2 x 10-5 Pa) Figura 2: Sensação do ouvido humano: curva de equivalência entre pressão e frequência (56dB, frequência 62,5Hz → mesma sensação para 40dB, frequência 1000Hz). A capacidade de isolação acústica dos materiais varia de acordo com as diferentes faixas de frequência que integram os sons. De acordo com Becker3, considerando uma média ponderada dessas frequências, a isolação aos sons aéreos (Ia) para elementos maciços pode ser estimada através da massa da parede, aplicando-se a seguinte fórmula: 3 BECKER, R�� ,QGXVWULDOL]DWLRQ� DQG� 5RERWLF� LQ� %XLOGLQJ. Chapter 4: Application of the Performance Approach. Harper & Row Publishers. New York, 1990. 5 2.)(3,512 3 HTG%$P,D += m = massa da parede, em kg/m2. Fisher (1976) explica que, pela lei das massas e das frequências, ocorre aproximadamente: - para determinada frequência, duplicando-se a massa da parede aumenta-se em 4 dBA sua isolação; situação inversa é verificada ao dividir-se esta massa pela metade; - para determinada massa, a duplicação da frequência redunda em aumento de 4 dBA na isolação acústica; situação inversa é verificada ao dividir-se a frequência pela metade. A equação 2 anterior, e a lei de massas e frequências, não se aplicam a paredes com vazios internos, onde a presença de câmaras de ar pode alterar substancialmente a isolação acústica desses elementos. Para paredes constituídas por blocos vazados de cerâmica e de concreto, o IPT4 obteve os valores experimentais indicados na Tabela 1, que também reúne valores da resistência térmica obtidos para as paredes ensaiadas. A menor isolação acústica dos blocos cerâmicos com furos na vertical deveu-se provavelmente à ressonância no interior dos furos, que teriam funcionado como “tubos acústicos”. 7DEHOD����&DUDFWHUtVWLFDV�WHUPRDF~VWLFDV�GH�SDUHGHV�FRQVWLWXtGDV�SRU�EORFRV�YD]DGRV 4 Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. $QiOLVH� GR� &RPSRUWDPHQWR� 7pUPLFR� H $F~VWLFR�GH�$OYHQDULDV. IPT, São Paulo, 1985. Relatório Técnico N° 21.910. 6 Em função de características físicas dos materiais (condutibilidade térmica, dilatação térmica, porosidade / capilaridade) e das características de construção das paredes (peso próprio, tipo de argamassa, compacidade das juntas de assentamento, forma de ligação com a estrutura) as alvenarias apresentam diferentes desempenhos sob ação do fogo; alguns valores obtidos em ensaios realizados no IPT4 são indicados na tabela a seguir. 7DEHOD����5HVLVWrQFLD�DR�IRJR�GH�SDUHGHV�FRQVWLWXtGDV�SRU�EORFRV�YD]DGRV Chichierchio5 estabelece diversas indicações sobre a resistência ao fogo e o desempenho termoacústico de alvenarias. Ressalta a importância das argamassas de revestimento das paredes, tanto do ponto de vista da melhoria da isolação térmica e acústicaqunto do ponto de vista do desempenho sob ação do fogo; neste último aspecto, lembra que as argamassas de revestimento poderão ser produzidas com adições leves, como vermiculita, argila expandida e fibras de amianto. No caso do revestimento com gesso, o material ainda absorverá calor para que se transforme quimicamente de sulfato de cálcio dihidratado para gesso hemi hirato e posteriormente anidrita. Relativamente à isolação aos sons aéreos, como termo de comparação com as alvenarias, Becker (1990) indica por exemplo para divisórias “dry-wall”, constituídas por placas de gesso e estrutura interna em perfis de aço, os seguintes valores de isolação acústica: 5 CHICHIERCHIO, L. C. Conforto Ambiental: Desempenho Térmico e Acústico e Proteção contra o Fogo. ,Q��0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULD, pp 119-141. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. 7 7DEHOD����,VRODomR�DF~VWLFD�GH�‡GU\�ZDOOV·�HP�JHVVR�H�HVWUXWXUD�GH�DoR�(Becker, 1990) Características da parede “dry-wall” Isolação acústica (dBA) Espessura total = 70mm, uma placa de gesso com 10mm de espessura em cada face da parede 33 Espessura total = 70mm, uma placa de gesso com 10mm de espessura em cada face da parede, inserção no vazio interno de manta lã de rocha com 25mm de espessura 46 Espessura total = 90mm, duas placas de gesso com 10mm de espessura em cada face da parede, inserção no vazio interno de manta lã de rocha com 25mm de espessura 51 ���48$/,’$’(�12�352-(72�’(�$/9(1$5,$6�(6758785$,6 Relativamente ao projeto das alvenarias estruturais, comentam-se a seguir aspectos relevantes a serem considerados no projeto: D�� $UTXLWHWXUD�GDV�IDFKDGDV As alvenarias localizadas nas fachadas dos edifícios têm a importante função de propiciar estanqueidade à água; a penetração de umidade pode provocar inclusive o desenvolvimento de fissuras e desagregações. Assim sendo, é desejável que as lâminas de água sejam descoladas o mais rapidamente possível das fachadas, o que se poderá conseguir com alguns recursos apontados em outro trabalho deste autor6 ( (posicionamento das alvenarias em relação à estrutura, beirais, pingadeiras, peitoris, reentrâncias etc). A pintura das fachadas em cores escuras favorece a absorção de calor, redundando em maiores movimentações térmicas das paredes, aumentando a possibilidade de ocorrência de fissuras e destacamentos; a combinação alternada de faixas claras e escuras numa mesma fachada pode aumentar essa potencialidade. No caso de alvenarias aparentes, cuidados especiais deverão ser observados a fim de evitar a ocorrência de eflorescências: seleção dos componentes de alvenaria (isentos ou com teores mínimos de saís solúveis, argamassa de assentamento sem a presença de cal, aplicação de verniz ou material hidrofugante com a parede totalmente seca etc). E�� 3URMHWR�HVWUXWXUDO A norma brasileira NBR 108377 define as condições para o projeto de alvenarias estruturais em blocos vazados de concreto: distribuições de cargas, trechos curtos (pilares), trechos com aberturas sucessivas (vigas), flanges, elementos contraventantes, efeito global 6 THOMAZ, E. Patologias das Alvenarias. ,Q��0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 97-117. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. 7 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10837 / 89 – &iOFXOR� GH $OYHQDULD�(VWUXWXUDO�GH�%ORFRV�9D]DGRV�GH�&RQFUHWR. Rio de Janeiro, 1989. 8 do vento, enrijecedores, etc. A norma prevê a disposição de armaduras construtivas e armaduras de amarração para qualquer modalidade de alvenaria, definindo três modalidades: alvenaria não armada (somente armaduras construtivas), alvenarias armadas (pilaretes grauteados nos furos dos blocos, absorvendo parte das cargas verticais) e, por último, alvenaria parcialmente armada (pilaretes apenas nas paredes mais carregadas). Puga8 comenta que a grande maioria dos edifícios em alvenaria hoje construídos no Brasil correspondem à alvenaria não armada, por dois motivos básicos: a) é muito pequena a contribuição das armaduras na resistência final da alvenaria frente às cargas verticais; b) há indústrias que já produzem blocos com resistências mecânicas relativamente altas, com boa homogeneidade da produção. O projetista esclarece que a alvenaria armada justifica-se quando ocorrem esforços de tração ou no caso de edifícios muito esbeltos, onde a ação global do vento passa a ser mais importante. Ao se comprimir uma alvenaria constituída por componente maciços, a argamassa de assentamento sofre deformações transversais mais acentuadas que os tijolos, introduzindo nos mesmos um estado triaxial de tensões: compressão vertical e tração nas duas direções do plano horizontal; nessas condições, a argamassa fica portanto submetida a um estado triaxial de tensões de compressão. Ultrapassada a resistência à tração dos tijolos, começam a ocorrer fissuras verticais no corpo da parede. No caso de alvenarias constituídas por blocos vazados, outras tensões importantes juntar-se-ão às precedentes; para blocos com furos retangulares dispostos verticalmente, as tensões tangenciais normalmente provocam ruptura dos septos ou nervuras transversais dos blocos, levando à ruptura da parede. Diversos fatores intervém na resistência final de uma parede a esforços axiais de compressão: resistência mecânica dos componentes de alvenaria e da argamassa de assentamento; módulos de deformação longitudinal e transversal dos componentes de alvenaria e da argamassa; rugosidade superficial e porosidade dos componentes de alvenaria; poder de aderência, retenção de água, elasticidade e retração da argamassa; espessura, regularidade e tipo de junta de assentamento e, finalmente, esbeltez da parede produzida. Segundo Sahlin9, a espessura ideal das juntas de assentamento (horizontais e verticais) situa-se em torno de 10mm; para o autor, juntas com espessura de 15mm podem reduzir à metade a resistência à compressão da parede. Ressalta também que a qualidade da mão-de-obra pode implicar em variações da ordem de 30% nesta resistência. 0 principal fator que influi na resistência à compressão da parede é a resistência à compressão do bloco ou do tijolo; a influência da resistência da argamassa de assentamento é pouca significativa. Para blocos vazados de concreto Gomes10 relata pesquisas desenvolvidas no B.R.E, tomando como referência a resistência à compressão de uma argamassa 1:3 (cimento e areia, em volume), verificando-se queda de apenas 20% na resistência das paredes ao se reduzir a resistência à compressão da argamassa em quase 85% (Figura 3). Para blocos vazados em cerâmica, Tubi11 chega praticamente à mesma 8 PUGA, C. C. &iOFXOR�GH�$OYHQDULD�(VWUXWXUDO. Curso de Mestrado do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT. 1998 9 SAHLIN, SVEN. 6WUXFWXUDO�0DVRQU\. New Jersey, Prentice Hall, 1971. 10 GOMES, N. S. $�5HVLVWrQFLD� GDV� 3DUHGHV� GH� $OYHQDULD. São Paulo, 1983. Dissertação de mestrado apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 11 TUBI, N. /D� 5HDOL]]D]LRQH� GL� 0XUDWXUH� LQ� /DWHUL]LR. ANDIL – Associazione Nazionale degli Industriali dei Laterizi. Roma, 1986. 9 conclusão, observando que ao incrementar-se a resistência da argamassa acima dos 6MPa os ganhos de resistência da parede são muito pequenos. Figura 3 - Resistência à compressão da alvenaria em função da resistência à compressão da argamassa: blocos vazados de concreto167 e de cerâmica168, respectivamente. As alvenarias executadas com juntas em amarração, inclusive nas ligações entre as paredes, em conjunto com as lajes apresentam razoável poder de redistribuição de cargas, isto é, espalhamento das cargas das paredes mais carregadas para as paredes menos carregadas, o que, segundo Corrêa12,ocorre ao longo da altura do edifício, chegando em alguns casos a constatar-se quase que total homogeneização das cargas ao atingir-se o pavimento térreo. O professor relata ter desenvolvido um software de cálculo estrutural, levando em conta o aludido efeito da repartição de cargas. Vale frisar que a constatada redistribuição de carga é praticamente interrompida nas regiões das aberturas de portas e janelas, pontos em geral com acentuada concentração de tensões; daí a importância do correto dimensionamento de cintas, vergas e contra-vergas; Tubi (1986) recomenda que, ocorrendo aberturas muito próximas, deve-se adotar vergas e contra-vergas contínuas (Figura 4). Figura 4: Vergas e contra-vergas contínuas em alvenaria com grande número de aberturas 12 CORRÊA, M. R. S.; RAMALHO, M. A. 3URFHGLPHQWR�SDUD�$QiOLVH�GH�(GLItFLRV�GH�$OYHQDULD (VWUXWXUDO�6XEPHWLGRV�D�$o}HV�9HUWLFDLV. In 5th International Seminar on Structural Masonry for Developing Countries, Proceedings, pp 305-314. Florianópolis, 1994. 10 Como regra geral, as alvenarias são bastante susceptíveis à fissuração, devendo-se limitar as distorções angulares a L / 300 (possibilidade de ocorrência de estado limitado de fissuração), ou L / 500 no caso de não se admitir fissuras. Há necessidade também de limitarem-se as flechas de vigas de fundação e vigas de transição (Figura 5), já que, sob ação dos deslocamentos, há tendência das paredes trabalharem solidariamente, comportando-se como vigas altas. Nesse aspecto, a nova versão da norma brasileira NBR 611813 parametriza o cálculo estimativo das flechas, estabelendo ainda os valores máximos admitidos; em geral a parcela da flecha a ser desenvolvida após a construção da parede será limitada a L/500. Figura 5: Interação entre alvenaria estrutural e viga de transição A introdução de uma taxa mínima de armadura na alvenaria (0,2% por exemplo), não chega a aumentar significativamente a resistência à compressão da parede; entretanto, tal armadura melhora substancialmente o comportamento da alvenaria quanto à fissuração, normalmente provocada por atuação de cargas excêntricas, ocorrências de recalques diferenciados, deslocamentos dos apoios ou concentração de tensões. F��-XQWDV�GH�DVVHQWDPHQWR As juntas em amarração facilitam a redistribuição de tensões provenientes de cargas verticais ou introduzidas por deformações estruturais e movimentações higrotérmicas; as juntas aprumadas não propiciam o espalhamento das tensões, tendendo as paredes a trabalharem como uma sucessão de “pilaretes”. Embora desejável a defasagem de ½ bloco entre fiadas sucessivas, sobreposições não inferiores a 1/3 do bloco são aceitáveis. As juntas poderão ser “tomadas” (retirada da argamassa expulsa para fora da parede pela pressão do assentamento) ou “frisadas”, situação característica das alvenarias aparentes. Nas fachadas, o frisamento das juntas, além de criar depressões que favorecem o descolamento das lâminas de água, promovem melhor compactação da argamassa, favorecendo a impermeabilidade das juntas. A ausência de argamassa nas juntas verticais (“juntas secas”) repercute em maiores ou menores prejuízos à resistência ao cisalhamento da alvenaria, à resistência ao fogo, ao desempenho termoacústico, à resistência a cargas laterais e à capacidade de redistribuição das tensões desenvolvidas nas paredes. Dessa forma, não se recomenda em nenhuma circunstância a adoção de “juntas secas” nas alvenarias estruturais. 13 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 3URMHWR� GH� (VWUXWXUDV� GH� &RQFUHWR. Projeto de revisão da NBR 6.118. Rio de Janeiro, outubro / 1999. 11 G��(QFRQWURV�HQWUH�SDUHGHV Nos encontros entre paredes (“L”, “T” ou cruz) é sempre desejável as juntas em amarração; recomenda-se o emprego de blocos especiais, com comprimentos ou formas adaptados para essas ligações, conforme Figura 1 anterior. Quando optar-se por encontros entre paredes com juntas aprumadas, uma série de cuidados deverá ser prevista: maior rigidez dos apoios, disposição de ferros ou telas metálicas nas juntas de assentamento, embutimento de tela no revestimento, cuidados redobrados na compactação da argamassa das juntas horizontais e verticais. No caso de apoios com pequena deformabilidade, nos encontros entre paredes internas (relativamente protegidas das oscilações de temperatura) a inserção de ganchos ou ferros nas juntas de assentamento, e/ou o embutimento de tela de estuque na argamassa de revestimento podem evitar os destacamentos. Nos encontros entre paredes externas com juntas a prumo, em função da intensa solicitação térmica, recomenda-se a inserção dos ferros de amarração (assegurando a ancoragem mecânica entre paredes) e o tratamento da junta com selante flexível, garantindo acabamento e estanqueidade (Figura 6). Figura 6: Juntas a prumo: ligações com ferros embutidos nas juntas de assentamento e rejuntamento externo com selante flexível. H��-XQWDV�GH�FRQWUROH A fim de evitar-se a ocorrência de fissuras e destacamentos provocados por movimentações higrotérmicas dos materiais, de acordo com trabalho anterior deste autor (1995) recomenda-se a inserção de juntas de controle sempre que houver mudanças na direção ou na espessura das alvenarias, ou sempre que as paredes forem muito longas; neste caso, sugere-se que não sejam ultrapassados os distanciamentos entre juntas indicados na Tabela 4 a seguir. É também recomendável a introdução de juntas de controle nas paredes muito enfraquecidas pela presença de vãos de portas ou janelas. Para obter-se ancoragem mecânica entre os trechos de parede contíguos podem ser empregados ganchos de ferro φ 5mm a cada 40 ou 50cm, conforme Figura 7. O preenchimento da junta deve ser realizado 12 com material deformável (poliestireno ou poliuretano expandido, cortiça) e seu acabamento pode ser realizado com selante ou mata-junta. 7DEHOD����(VSDoDPHQWRV�Pi[LPRV�SDUD�MXQWDV�GH�FRQWUROH�HP�DOYHQDULDV Comprimento máximo da parede ou distância máxima (D) entre Juntas de controle (em metros) Paredes internas Paredes externas sem aberturas com aberturas sem aberturas Com aberturas Blocos ou tijolos assentados com argamassa mista; paredes revestidas/ impermeabilizadas b 14 b < 14 b 14 b < 14 b 14 b < 14 B 14 b < 14 barro cozido 15 12 12 10 11 9 9 8 cerâmica 12 10 10 8 9 8 8 7 concreto, sílica-cal 10 8 9 7 8 7 7 6 concreto celular 9 7 8 6 7 6 6 5 solo-cimento 7 6 6 5 5 4 4 4 Obs: • b = largura do bloco em cm • se as paredes forem dotadas de telas ou armaduras contínuas, em todas as juntas de assentamento, as distâncias acima poderão ser acrescidas em 50% • existindo junta na estrutura, deverá haver junta correspondente na parede • nos casos gerais, recomenda-se que a distância máxima entre elementos contraventantes ao longo da parede (pilaretes, paredes perpendiculares etc) não ultrapasse 0,9 D0,75 (paredes internas) ou 0,8 D0,75 (paredes externas) Figura 7: Execução de junta de controle em alvenaria I��/DMHV�GH�FREHUWXUD As alvenarias do último pavimento são em geral muito solicitadas pelas movimentações térmicas das lajes de cobertura; neste aspecto, cuidados como sombreamento, ventilação dos áticos e isolação térmica da laje de cobertura poderão minimizar a ocorrência de problemas. Soluções mais eficazes exigem a inserção de juntas de dilatação na laje ou mesmo a adoção de apoios deslizantes (neoprene, teflon, manta asfáltica, camada dupla de 13 manta de PVC) entre laje de cobertura e alvenaria, conforme Figura 8. Pode-se também recorrer ao seccionamento das paredes do último pavimento, mediante introdução de juntas ou adoção de portas com bandeiras (parede naturalmente seccionada pelo vão). Para evitar grandes solicitações às paredes em função da retração do concretoda laje de cobertura, caso não sejam previstas juntas de dilatação definitivas poderá ser adotada junta de retração provisória, também representada na Figura 8. Nesta circunstância, de sete a dez dias após a concretagem da laje seria complementado o lançamento de concreto no espaço originalmente reservado para a junta provisória. Figura 8: Apoio deslizante e junta de retração provisória em laje de cobertura. J��(PEXWLPHQWR�GH�LQVWDODo}HV Os projetos das instalações devem preceder o projeto executivo da alvenaria. A paginação das paredes deverá indicar o posicionamento de tubos e eletrodutos, caixas de luz ou telefone, pontos de tomada etc. De preferência, as caixas de pequenas dimensões devem ser previamente embutidas e chumbadas nos blocos, o que deverá estar previsto no projeto. Prumadas de água e esgoto devem obrigatoriamente estar alojadas em shafts, evitando o enfraquecimento das paredes resistentes. Ramais de distribuição de água ou coleta de esgoto de banheiros, cozinhas etc devem ser embutidos em “paredes hidráulicas”, sem função estrutural. Espaços no dorso de batentes de portas podem prestar-se para o alojamento de fios elétricos e instalação de tomadas e interruptores. K��)L[DomR�GH�FDL[LOKRV A paginação das paredes deve indicar com precisão posicionamentos e dimensões dos vãos (e não dos caixilhos) a serem inseridos na alvenaria. Com base nessas dimensões, devem ser previstos gabaritos metálicos indeformáveis para garantia das dimensões lineares e dos ângulos. No caso do emprego de contra-marcos, estes devem ser fixados durante a própria elevação da parede, dispensando-se obviamente os gabaritos. O projeto da alvenaria estrutural deverá ser acompanhado por memória de cálculo e 14 memorial descritivo da construção; devem ser apresentados todos os detalhes gráficos necessários, tais como: - planta da 1a e 2a fiadas, paginação das paredes / coordenação dimensional; - posição de vergas, cintas, grauteamentos e outros dispositivos estruturais; - posições de portas, janelas e equipamentos, insertos para fixação de contra-marcos etc - eixos de eletrodutos, posições de caixas de luz, tomadas etc - detalhes construtivos gerais (detalhes arquitetônicos das fachadas; cintas, vergas e contra-vergas; encontros entre paredes; ferros de arranque; juntas de controle, juntas deslizantes, tratamento de juntas com selantes flexíveis e outros). Deve também especificar detalhadamente todos os materiais a serem empregados: meio- blocos, canaletas, blocos “J”, ganchos de ligação, selantes, apoios, materiais isolantes térmicos, concreto, argamassas e grautes. O memorial descritivo da construção deve compreender todo o processo de execução das paredes, relativamente à marcação dos cantos, escoramento provisório de paredes (ação do vento durante a construção), prazo para início da construção das paredes sobre os elementos da fundação e outros. O projeto estrutural deve basear-se na correta avaliação da resistência à compressão das paredes, a partir da realização de ensaios de prismas; deve ainda compreender a correta especificação dos blocos, a adequada seleção do fornecedor e o eficiente controle da resistência característica dos blocos (fbk). O dimensionamento das fundações, vigas de transição, lajes, cintas e outros elementos em concreto armado deve ser compatível com o funcionamento da alvenaria, em termos de resistência e deslocamentos admissíveis. Kurdjian14 analisa de forma sistematizada as interações entre as fundações e as paredes estruturais, influências das aberturas nas paredes, formas de contraventamento e demais detalhes necessários à boa qualidade do projeto estrutural. Gomes15 faz diversas considerações sobre esbeltez de paredes e pilares em alvenaria, rigidez relativa das paredes, inserção de armaduras e outros detalhes. Os traços de grautes e argamassas de assentamento devem ser estabelecidos a partir das necessidades da estrutura em questão e de ensaios de prismas ocos e cheios. Quanto à resistência à compressão da argamassa, especifica-se em geral fc,argamassa = 0,7 fbk; na realidade, o traço da argamassa deverá ser estabelecido em função das diferentes exigências de aderência, impermeabilidade da junta, poder de retenção de água, plasticidade requerida para o assentamento, módulo de deformação da argamassa e outros. Relativamente ao assentamento, recomendam-se as argamassas mistas, compostas por cimento e cal hidratada. O cimento exercerá papel importante na aderência entre argamassa e componente de alvenaria, na resistência mecânica da parede e na estanqueidade à água das juntas. A cal, em função de seu poder de retenção de água, implicará em menor módulo de deformação das paredes, com maior potencial de 14 KURDJIAN, J. K. Cálculo Estrutural de Alvenarias. ,Q� �0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 177-210. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. 15 GOMES, N. S. Normalização Técnica de Alvenarias. ,Q��0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 211-246. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. 15 acomodar movimentações resultantes de recalques, variações higrotérmicas etc. Tango16 analisa em profundidade a influência da qualidade dos materiais (granulometria das areias, pureza da cal etc), propondo ainda formas corretas de dosagem de grautes e argamassas de assentamento. Sempre considerando argamassas mistas, a ASTM17 recomenda os traços indicativos apresentados na Tabela 5; obviamente que os traços deverão ser ajustados em função das características dos materiais disponíveis. A norma recomenda ainda que a aplicação das argamassas com maior resistência (tipos M ou S) seja reservada para situações especiais, como arrimos, embasamentos em contato com o solo etc. 7DEHOD���–�7UDoRV�LQGLFDWLYRV�SDUD�DUJDPDVVDV�GH�DVVHQWDPHQWR��$670� Tipo de Traço em volume Resistência média Argamassa cimento cal hidratada* areia aos 28dias (MPa) M 1 0,25 2,8 a 3,8 17,2 S 1 0,25 a 0,5 2,8 a 4,5 12,4 N 1 0,5 a 1,25 3,4 a 6,8 5,2 O 1 1,25 a 2,5 5,0 a 10,5 2,4 K 1 2,5 a 4,0 7,9 a 15,0 0,5 (*) cal hidratada em pó ou pasta de cal virgem Existe hoje no mercado a disponibilidade de argamassas de assentamento industrializadas ou pré-dosadas, fornecidas a granel, para as quais são válidas todas as indicações anteriores. Algumas argamassas são dosadas sem a introdução de cal hidratada, compensando-se essa ausência com a introdução de aditivos plastificante, incorporadores de ar e retentores de água. O resultado final, em temos de aderência, módulo de deformação e outros requisitos, deve ser o mesmo. Optando-se por assentamento com bisnaga (tipo bisnaga de confeiteiro, ou “biscoiteira” conforme designação em algumas regiões do país), a argamassa de assentamento deverá ser constituída por areia um pouco mais fina, com enriquecimento do traço. ��48$/,’$’(�1$�(;(&8d›2�’(��$/9(1$5,$6�(6758785$,6 A execução das alvenarias deverá seguir fielmente as indicações do projeto, referentes a materiais, detalhes construtivos (juntas, cintas etc) e processo executivo (forma de assentamento, ferramentas, escoramentos provisórios e outros). Sabbatini18 sugere diversas 16 TANGO; C. E. S. Materiais: Tecnologia e Controle. ,Q� �0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 143-176. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. 17 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. 6WDQGDUG�6SHFLILFDWLRQ�IRU�0RUWDU�IRU 8QLW�0DVRQU\. ASTM C 270-86b. In Annual Book of ASTM Standards. Philadelphia, 1987. 18 SABBATINI, F. H. 2�3URFHVVR�&RQVWUXWLYR�GH�(GLItFLRV�GH�$OYHQDULD�(VWUXWXUDO�6tOLFR�&DOFiULD. 298 pág. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (dissertação de mestrado). São Paulo, 1984. 16 medidas referentes à execução racionalizada das alvenarias não armadas. A execução das alvenarias deve basear-se em procedimento técnico estabelecendoa forma de locação das paredes (ângulos, modulação dos blocos), os detalhes de amarrações entre paredes, a forma de elevação dos cantos e marcação das fiadas, a disposição das armaduras horizontais e verticais (emendas), a forma de assentamento de marcos e contramarcos etc. De forma geral, os controles da execução das alvenarias estruturais devem compreender a qualidade dos componentes de alvenaria (integridade, regularidade dimensional e resistência mecânica), controles geométricos (posicionamento de vãos, verticalidade das ombreiras, prumo e planeza das paredes, nível, espessura e preenchimento das juntas), bitola e disposição de armaduras verticais e horizontais, compacidade dos grauteamentos e preenchimentos de cintas, vergas e contra-vergas, posicionamento de eletrodutos e caixas de luz, etc. Na Tabela 6 a seguir apresenta-se modelo de lista de verificação. Só devem ser empregados blocos convenientemente curados, onde a retração inicial de secagem já se desenvolveu completamente. A fim de evitar-se retração higroscópica dos blocos nas paredes acabadas, proveniente da sua saturação por incidência de chuvas, recomenda-se a proteção dos estoques nos pátios das fábricas e nos canteiros de obra. Especial atenção deverá ser dada ao controle do prumo das paredes, espessura e nivelamento das fiadas. Independentemente do processo, a argamassa de assentamento sempre deverá ser aplicada em excesso; o bloco será conduzido à sua posição definitiva mediante forte pressão para baixo e para o lado (Figura 8), atingindo-se a espessura desejada das juntas e fazendo refluir a argamassa em excesso. Figura 8: Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do nível das fiadas e do prumo das paredes. 17 7DEHOD����0RGHOR�GH�ILFKD�SDUD�FRQWUROH�GD�H[HFXomR�GH�DOYHQDULD�HVWUXWXUDO� )LFKD�(����–�([HFXomR�GH�$/9(1$5,$�(6758785$/&216758725$ 6,/9$ Versão: Data: Aprovação: OBRA:_________________________________________________________________________ PAVIMENTO:__________________ LOCAL: _________________________________________ EQUIPE:________________________ Encarregado:__________________________________ N° da inspeção / Atendimento 1 2 3 4Controles Condição/exigência S N S N S N S N 1. locação das paredes desvio ≤ 1cm 2. ângulos entre paredes* desvio ≤ 0,2° 3. modulação dos blocos cf. projeto G 4. posicionamento de vãos desvio ≤ 1cm 5. prumo da parede desv. ≤ 1mm 6. nível das juntas desv. ≤ 2mm 7. preenchimento das juntas compacto 8. armaduras verticais cf. projeto 9. armaduras horizontais cf. projeto 10. preenchimento do graute compacto 11. preenchimento das cintas compacto S e ss e n ci a is 12. preenchimento contra-vergas compacto a) amarrações entre paredes cf. projeto b) planeza da face das paredes desv. ≤ 3mm c) espessura das juntas 1 < e ≤ 1,5cm d) verticalidade das ombreiras desv. ≤ 1mm e) passagem de eletrodutos cf. projeto C f) posicionamento caixas de luz desv. ≤ 5mm g) assentamento blocos “J” nível/alinh 2mm h) traço da argamassa cf. projeto S im po rta nt es i) traço do graute cf. projeto data inspetor (*) desvio do esquadro: entre a extremida- de do lado do esquadro com 30cm e a face da parede não deverá resultar folga maior que 1mm (verificada com pente de folga) visto OBSERVAÇÕES: a) a inspeção dos serviços deve ser realizada com base no respectivo Procedimento; as não conformidades devem ser detalhadas no campo apropriado, no verso desta Lista de Verificação. b) as falhas devem ser classificadas em críticas (C), graves (G) ou secundárias (S), conforme definido no respectivo Procedimento. c) na constatação de qualquer falha crítica, comunicar imediatamente o engenheiro residente. ��48$/,’$’(�12�352-(72�’$6�$/9(1$5,$6�’(�9(’$d›2 18 A qualidade final de uma alvenaria de vedação estará intimamente associada à qualidade da estrutura, seja em termos de regularidade geométrica (vãos, ângulos, prumo, nível), seja em termos de comportamento mecânico. Apoiadas sobre vigas, lajes ou outros componentes estruturais, interligadas com pilares ou paredes estruturais, as alvenarias de vedação não se destinam a suportar carregamentos, embora lhes seja cada vez mais comum a transmissão de tensões oriundas de deformações impostas (flechas, recalques de fundação, movimentações térmicas). Face à irreversível tendência da flexibilização das estruturas dos edifícios, evidenciada acima de tudo nas estruturas pilar-laje, resta compatibilizar as deformações impostas com os materiais / sistemas construtivos das paredes, procurando-se evitar, desde a fase do projeto, as fissuras, os destacamentos e outras anomalias. Em outras palavras, deve-se prever uma série de dispositivos (juntas, encunhamentos e outros) que possibilitem o trabalho harmônico e solidário entre estruturas mais flexíveis e paredes menos flexíveis. As disposições gerais previstas no item anterior (arquitetura das fachadas, juntas de controle, fixação de caixilhos e outros), também se aplicam às alvenarias de vedação. Detalhes específicos devem contudo ser considerados, conforme alíneas seguintes: D��’LVSRVLomR�GDV�SDUHGHV�HP�UHODomR�DRV�SLODUHV As paredes de vedação poderão ser projetadas de forma a concorrerem de diferentes maneiras com os pilares: eixos coincidentes com os eixos dos pilares, alinhadas por uma das faces dos pilares, passando fora dos pilares. De acordo com o IPT19, no estudo da disposição das paredes devem ser considerados: - paredes passando fora dos pilares (pilares reentrantes em relação à fachada) evitam problemas de destacamentos entre as alvenarias e os pilares; em contrapartida, as flechas desenvolvidas nas extremidades dos balanços poderão afetar as paredes; algumas alvenarias resultarão muito extensas, exigindo a inserção de juntas de controle; - em função da disposição das paredes em relação aos pilares, ocorrerá maior ou menor incidência de recortes nos pisos e nos forros. E��/LJDo}HV�FRP�SLODUHV Nas ligações das alvenarias com a estrutura devem ser consideradas as diferentes propriedades térmicas entre o concreto estrutural e o material dos blocos, os gradientes térmicos nas fachadas, as dimensões dos panos e a flexibilidade da estrutura; para estruturas muito flexíveis, deve-se observar os detalhes indicados na alínea “g” seguinte. Como regra geral, as ligações com os pilares poderão ser executadas com ferros de espera 19 INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. 3DUHGHV�GH�9HGDomR�HP�%ORFRV�&HUkPLFRV�� 0DQXDO�GH�([HFXomR. Publicação IPT 1767. São Paulo, 1988. 19 introduzidos na armadura do pilar (ferros dobrados, faceando a fôrma internamente), ou com “ferros cabelo” posteriormente colados em furos executados com brocas de vídea φ 8mm (colagem com resina epoxy); recomenda-se adotar dois ferros φ 6mm a cada 40 ou 50cm, com transpasse em torno de 50cm. Canaletas assentadas na posição dos “ferros cabelo” (Figura 9), posteriormente preenchidas com micro-concreto, produzem ligações fortes e absorvem diferenças no posicionamento dos ferros em relação às fiadas. A ligação poderá ainda ser reforçada com a inserção de tela metálica na argamassa de revestimento. Figura 9: Ligações entre alvenarias e pilares com auxílio de blocos tipo canaleta e tela metálica galvanizada. As faces internas dos pilares devem receber chapisco 1:3 ou argamassa colante, aplicada com desempenadeira denteada. No assentamento, os blocos deverão ser fortemente pressionados contra o pilar, resultando refluxo de argamassa e total compacidade da junta. F��(QFXQKDPHQWRV Nos encunhamentos com lajes ou vigas superiores, após aplicação de chapisco ou argamassa colante no componente estrutural, recomenda-se o assentamento inclinado de tijolos de barro cozido, empregando-se argamassa relativamente fraca (“massa podre”). Cria-seassim uma espécie de “colchão deformável”, amortecedor das deformações estruturais que seriam transmitidas à parede. Nos projetos modulados, onde a última fiada de blocos praticamente faceia o componente estrutural, deve-se com muito mais razão empregar argamassa fraca em cimento. Nessa situação, tratando-se de blocos vazados, a última fiada pode ser composta por canaletas ou meio-blocos assentados com furos na horizontal (Figura 10), facilitando-se sobremaneira a execução do encunhamento. No caso de estruturas muito deformáveis, paredes muito extensas e/ou muito enfraquecidas pela presença de aberturas, recomenda-se a adoção de ligações flexíveis, conforme alínea “g” seguinte. 20 Figura 10: Encunhamento de parede com o emprego de tijolos de barro cozido, meio blocos ou blocos tipo canaleta. Para que não ocorra transmissão de carregamentos entre os sucessivos pavimentos, recomenda-se o máximo retardamento entre a elevação das alvenarias e o encunhamento das paredes. Transcorrido certo prazo após a elevação, pode-se adotar o encunhamento em pavimentos alternados; nessa hipótese, para abrir frentes para trabalhos internos (revestimentos etc), encunham-se dois pavimentos e pula-se o próximo, e assim sucessivamente. G��/LJDo}HV�FRP�HVWUXWXUD�PHWiOLFD Em função das acentuadas diferenças entre as propriedades físicas dos aços e dos materiais constituintes das alvenarias (módulo de deformação, coeficiente de dilatação térmica), particularmente nas paredes de fachada recomenda-se sempre a introdução de juntas elásticas nos encontros com componentes verticais ou horizontais da estrutura, conforme alínea “g” seguinte. As ancoragens poderão ser executadas com insertos de aço soldados na estrutura e chumbados na parede, seguindo-se os mesmos preceitos estabelecidos nas alíneas anteriores (bitolas, espaçamentos, transpasses, emprego de meio-blocos, canaletas, telas de reforço no revestimento). A fim de minimizar-se o risco de fissuras, advindas de movimentações higrotérmicas diferenciadas entre aço e alvenaria, todos os espaçamentos entre juntas de controle indicados na Tabela 4 anterior deverão ser reduzidos em 1m. H��9HUJDV���FRQWUD��YHUJDV�H�FLQWDV�GH�DPDUUDomR Com a finalidade de absorver tensões que se concentram nos contornos dos vãos, oriundas de deformações impostas, devem ser previstas vergas e contra-vergas com transpasse mínimo de 40cm para cada lado do vão. No caso de vãos sucessivos, as vergas e contra- vergas devem ser contínuas; em casos especiais (janelas ou portas de grandes dimensões, paredes muito altas), vergas e contra-vergas devem ser dimensionadas como vigas. 21 No caso de paredes com altura superior a 3m, devem ser previstas cintas de amarração intermediárias, dimensionadas sobretudo para absorver a ação de cargas laterais. Acima dos 5m de altura, as paredes devem ser dimensionadas como alvenarias estruturais. Vergas, contra-vergas e cintas de amarração devem ser convenientemente armadas, recomendando-se pelo menos 2 φ 6mm; podem ser construídas com concreto normal, ou micro-concreto, no caso do preenchimento de canaletas. A prática de adotar-se coxins laterais de distribuição (Figura 11), ao invés de contra-vergas contínuas, deve ser evitada: tais elementos não têm poder de redistribuir tensões provocadas por movimentações térmicas ou distorções dos panos no plano das paredes. Figura 11: Vergas, contra-vergas e coxins de distribuição no contorno de vãos de janelas I��$OYHQDULDV�GR�~OWLPR�SDYLPHQWR Em função das movimentações térmicas da laje de cobertura, no último pavimento devem ser redobrados os cuidados referentes às alvenarias de vedação, projetando-se encunhamentos deformáveis (alínea “g” seguinte), reforços mais cuidadosos nos vértices das aberturas etc. Em outro trabalho desenvolvido por este autor20 são sugeridos diversos detalhes para prevenir as patologias das alvenarias do último pavimento, medidas que poderão ser adotados isoladamente ou de forma associada, em função da intensidade das movimentações. Alguns dos recursos, representados na Figura 12, são: a) sombreamento da laje; b) ventilação do ático; c) pintura da face superior das telhas com tinta branca ou reflexiva; d) isolação térmica da laje de cobertura; e) inserção de juntas de dilatação na laje (solução mais eficiente); f) dimensionamento de cintamentos em concreto armado (antieconômicos); g) adoção de armaduras nas juntas de assentamento das últimas fiadas; h) adoção de reforços mais eficientes nos vértices dos vãos de janelas; i) emprego de rejuntamento flexível entre alvenaria e estrutura; j) inserção de juntas de controle nas paredes do último pavimento (portas com bandeira); k) inserção de tela metálica no revestimento, no encontro alvenaria / estrutura; l) adoção de apoios deslizantes entre laje de cobertura e vigamento. 20 THOMAZ, E. )LVVXUDV�HP�$OYHQDULDV���&DXVDV��3UHYHQomR�H�5HFXSHUDomR. In: Seminario Patologia y Gestión de Calidad en la Construcción. Montevideo, 1998. 22 Figura 12: Último pavimento: detalhes construtivos para evitar ocorrências de fissuras e destacamentos nas paredes. I��(VWUXWXUDV�IOH[tYHLV Sempre que as estruturas forem intencionalmente flexíveis, detalhes construtivos apropriados deverão ser adotados nos encontros das alvenarias com as vigas ou lajes, conforme Figura 13. A ancoragem superior das paredes, nesse caso, pode ser feita com insertos de aço (ferro φ 6mm, espaçamento médio em torno de 2m), fixados nas vigas ou lajes mediante furação (broca φ 8mm, profundidade do furo 5 a 6cm), limpeza e colagem com resina epoxy. O acabamento da junta pode ser executado com selante flexível, podendo-se pelo emprego de cordão de gesso (“roda-teto”). 23 Figura 13: Detalhes de ligação das alvenarias com viga ou laje muito deformável. Também nos encontros com pilares deverão ser adotadas juntas flexíveis, tanto para limitar a introdução de tensões na alvenaria pelas deformações da estrutura, como para evitar destacamentos em função de movimentações higrotérmicas do material. A ancoragem das paredes deve ser executada com “ferros cabelo”, procedendo-se o acabamento com selante flexível; a Figura 14 ilustra algumas soluções construtivas para essas juntas. Figura 14: Ligações entre alvenarias e pilares, recomendadas para estruturas flexíveis. 24 K��-XQWDV�GH�DVVHQWDPHQWR���DUJDPDVVDV�GH�DVVHQWDPHQWR Conforme comentário anterior, a ausência de argamassa nas juntas verticais (“juntas secas”) repercute em maiores ou menores prejuízos ao desempenho das paredes; nas alvenarias de vedação, há potencial risco de fissuras na argamassa de revestimento, nas posições das “juntas secas”, tanto em função de eventuais deformações impostas como em decorrência da própria retração da argamassa de revestimento. Essa técnica de assentamento poderá entretanto ser adotada em situações específicas (paredes internas, panos com pequenas dimensões), podendo-se também recorrer a dispositivos que contrabalancem parcialmente as perdas apontadas (introdução de tela metálica na argamassa de revestimento, introdução de barras ou treliças de arame nas juntas de assentamento etc). Na preparação de chapiscos recomenda-se evitar utilização de cimentos de alto forno (CP III) ou pozolânico (CP IV); pelo fato do chapisco ser aplicado em fina camada, ocorre rápida evaporação da água de amassamento, não havendo tempo para as reações de hidratação da escória e da pozolana. Na aplicação de chapisco com rolo (normalmente traço 1:2, substituição de 20 a 30% da água de amassamento por resina vinílica ou acrílica), ou mesmo em qualquer circunstância que se adicione as mencionadas resinas ao chapisco, recomenda-se que a aplicação preceda imediatamente a elevação da alvenaria; caso contrário, poderá ocorrer polimerização superficial da resina (“peeling”), prejudicando a aderência entre chapiscoe argamassa de assentamento (juntas em contato com pilares e vigas ou lajes). Relativamente à cal hidratada, faz-se um alerta para a presença no mercado brasileiro de produtos mais baratos, pretensamente “substitutos da cal”, constituídos na realidade por uma mistura de cal e filito argiloso; tais produtos, que conferem grande plasticidade às argamassas recém preparadas (argila é material muito plástico), trazem grandes prejuízos às argamassas, como redução da aderência, considerável aumento da retração de secagem, perda do poder de deformação etc. As areias devem ser lavadas e bem granuladas, recomendando-se areias grossas para chapisco e micro-concreto (módulo de finura em torno de 4) e areias médias para assentamento (módulo de finura em torno de 3); para confecção de micro-concreto deve- se utilizar pedrisco (dimensão máxima característica = 9,5mm). Areias com porcentagens consideráveis de material silto-argiloso (conhecidas no Brasil com diversos nomes: “saibro”, “caulim”, “arenoso”, “areia de estrada”, “areia de barranco” etc) poderão ser utilizadas nas argamassas de assentamento, somente em paredes que serão revestidas e impermeabilizadas. Assim mesmo, recomenda-se que esse material seja utilizado apenas na elevação de paredes internas, evitando-se seu emprego em encunhamentos e ligações com pilares. Os traços adequados de chapiscos, concretos e argamassas só podem ser estabelecidos a partir das características dos materiais a serem empregados em cada obra, incluindo-se aí os próprios blocos (com diferentes rugosidades, absorção de água etc), e dos processos executivos a serem adotados (assentamento com colher de pedreiro ou com bisnaga, chapisco aplicado com colher, rolo ou equipamento de projeção). Para os processos tradicionais de construção, considerando-se as granulometrias das areias acima indicadas, 25 recomendam-se os seguintes traços indicativos: 7DEHOD����7UDoRV�LQGLFDWLYRV�GH�DUJDPDVVDV�SDUD�H[HFXomR�GH�DOYHQDULDV�GH�YHGDomR Composição em volume - materiais na umidade naturalNatureza/destinação do material cimento cal hidrat. “saibro” areia pedrisco Chapisco 1 - - 3 - Argamassa assentamento* 1 2 - 9 a 12 - Argamassa assentamento 1 - 2 4 a 6 - Argamassa encunhamento 1 3 - 12 a 15 - Micro-concreto 1 0,1 - 2,5 2 (*) para alvenarias aparentes, esse traço deverá ser alterado para 1:1:(6 a 8) O traço da argamassa deverá ser estabelecido em função das diferentes exigências de aderência, impermeabilidade da junta, poder de retenção de água, plasticidade requerida para o assentamento e módulo de deformação (propriedade mais importante ainda nas alvenarias de vedação, frente ao risco de sobrecarga pelas deformações impostas). Para argamassas de assentamento pré-dosadas são válidas as mesmas exigências. O projeto das alvenarias de vedação deverá ser compatível com os projetos de fundações e estruturas (previsão dos recalques diferenciados e dos deslocamentos de vigas e lajes, rigidez e prazos de retirada de cimbramentos e escoramentos residuais, plano / sequência de elevação das alvenarias); sempre que necessário, deverão ser previstas ligações flexíveis ou outros detalhes construtivos que assegurem comportamento harmônico entre as partes. No recebimento do projeto das alvenarias de vedação (modelo de lista de verificação na Tabela 8 a seguir) mencionada compatibilidade deverá ser examinada. Em linhas gerais, o projeto deverá apresentar especificação de todos os materiais de construção necessários (incluindo traços indicativos das argamassas de assentamento e encunhamento), memorial descritivo da construção (forma de locação das paredes, execução dos cantos, escoramentos provisórios frente à ação do vento, prazos entre execução da estrutura / elevação das paredes / encunhamentos, forma de fixação de marcos e contramarcos) e todos os elementos gráficos necessários, ou seja: - planta da 1a e 2a fiadas, coordenação dimensional com a estrutura; coordenação dimensional com caixilhos, caixas de ar condicionado e outros; - coordenação / estudos das interferências com os projetos de estruturas, instalações, impermeabilização e outros; - posições relativas de todas as paredes, espessuras, ângulos etc - eventual necessidade de cintas ou pilaretes de reforço (paredes altas e/ou longas); - paginação das paredes, indicando forma e espessura das juntas de assentamento, posições e dimensões dos vãos, instalações, juntas de controle; - detalhes construtivos em geral (detalhes arquitetônicos das fachadas, ligações com 26 pilares, encontros entre paredes, encunhamentos, vergas, contra-vergas, cintas de amarração, presença de peitoris, fixação de caixilhos, embutimento de tubulações). 7DEHOD����0RGHOR�GH�ILFKD�SDUD�FRQWUROH�GR�SURMHWR�GH�DOYHQDULD�GH�YHGDomR )LFKD�3����–�5HFHELPHQWR�GR�SURMHWR�GH�DOYHQDULD�GH�YHGDomR&216758725$ 6,/9$ Versão: Data: Aprovação: OBRA:________________________________ LOCAL:_______________________________ DEPENDÊNCIA:________________________ PROJETISTA: ___________________________ N° DO PROJETO:________________________ Pranchas N°: ____________________________ $WHQGLPHQWR $��$QiOLVH�IRUPDO�GR�SURMHWR SIM 1›2 2EVHUYDo}HV �. Foram apresentadas todas as pranchas necessárias, paginação das paredes, cortes e detalhes construtivos? �. Foram apresentados memoriais, especificações e quanti- ficação de todos materiais e equipamentos necessários? �. São adequadas as escalas dos desenhos? Todas as posições e cotas dos caixilhos foram representadas? �. A referência de nível e as cotas correspondem àquelas dos demais projetos? �. Correta numeração, carimbos, assinaturas nas pranchas? $WHQGLPHQWR %��$QiOLVH�WpFQLFD�GR�SURMHWR SIM 1›2 2EVHUYDo}HV �. Detalhes arquitetônicos das fachadas são satisfatórios? �. Correta locação de paredes em relação a pilares e vigas ? �. Projeto compatível c/ recalques previstos das fundações? �. Projeto compatível com flechas previstas de vigas e lajes? �. Coordenação dimensional com vãos estruturais, caixilhos, equipamentos, pisos e forros é satisfatória? �. Detalhes de amarração entre as paredes estão corretos? �. Seção, transpasse e armação de vergas, contra-vergas e cintas foram corretamente projetados? �. Detalhes de ligação com pilares estão corretos? �. Encunhamentos foram corretamente especificados? ��. Juntas de controle foram corretamente especificadas? ��. Detalhes do último pav. (isolação, juntas) são corretos? ����Previsto embutimento de impermeab. nos pés das paredes? ����Posição de dutos e pontos compatível com proj. hidráulica? ����Posição de dutos e pontos compatível com proj. de elétrica? ����Posição de dutos e pontos compatível com projeto de gás? ��� Detalhes de fixação de caixilhos estão corretos? ����Detalhes de fixação de rodapés estão corretos? ����Argamassa�de assentamento foi corretamente especificada? 27 Data e local: ____________________________________________ _________________________________________ assinatura do responsável pelo recebimento visto do coordenador de projetos ��48$/,’$’(�1$�(;(&8d›2�’$6�$/9(1$5,$6�’(�9(’$d›2 A execução das alvenarias deverá seguir fielmente as indicações do projeto, referentes a materiais, detalhes construtivos (juntas, cintas e outros) e processo executivo (forma de assentamento, ferramentas, escoramentos provisórios etc). Em outra publicação deste autor (1995) são estabelecidas diversas recomendações para a execução; na Tabela 9 a seguir propõe-se modelo de lista de verificação para o controle da execução das alvenarias. Em linhas gerais, devem ser observados os seguintes cuidados: a) locação das paredes: prévia conferência das posições dos componentes da estrutura, locação pelos eixos ou faces dos pilares e vigas, de acordo com o projeto; b) nível da primeira fiada: demarcaçãovertical das fiadas (“escantilhão”), obedecendo modulação adotada no projeto e mantendo folga para o encunhamento; acerto da cota com argamassa ou micro-concreto (espessura > 3cm); c) locação da cota e posição de vãos de caixilhos, vergas e contra-vergas, tubulações horizontais etc; d) ferros-cabelo, insertos e chapisco: locar nos pilares as posições dos ferros-cabelo e, nas vigas ou lajes, as posições dos insertos eventualmente previstos no projeto; e) fixação dos ferros-cabelo, atentando-se para a profundidade e limpeza do furo (ar comprimido) antes da aplicação da resina epoxy; f) aplicação do chapisco nas faces de pilares, vigas ou lajes: deve-se previamente limpar a superfície, removendo totalmente resto de desmoldantes eventualmente empregados (remoção por lixamento, apicoamento, hidrojateamento, etc); após umedecimento do concreto, o chapisco poderá ser aplicado com colher de pedreiro, rolo de lã ou equipamento de projeção a ar comprimido; g) após locação das paredes e das fiadas, fixação de insertos, cura do chapisco e eventual correção do nível da laje, inicia-se o assentamento da primeira fiada, cuja exatidão influenciará toda a qualidade e produtividade do serviço; assentam-se inicialmente os blocos das extremidades de paredes, os blocos dos encontros entre paredes, e os blocos que delimitarão juntas de controle; h) no caso de blocos vazados, a partir da segunda fiada a argamassa de assentamento deve ser aplicada em cordões, posicionados sobre as paredes longitudinais dos blocos; promover elevação das paredes simultaneamente em todos os vãos da estrutura, ou de acordo com indicações do projeto; i) nos encontros com pilares, mais do que em qualquer outra posição, é vital a compactação e o refluxo da argamassa; sempre que o ferro-cabelo, previsto para ser embutido na junta, cair fora da junta de assentamento, recomenda-se assentar canaleta (Figura 9 anterior), ao invés de se dobrar a armadura; j) durante a elevação da alvenaria, a cada 50 ou 60cm, e obrigatoriamente nas posições das vergas e contra-vergas, deverá ser verificado o nivelamento e prumo da parede; o 28 prumo deverá sempre ser verificado em três ou quatro posições ao longo da parede, e em todas as faces (ombreiras) dos vãos de portas e janelas; nas paredes de fachada, o prumo deverá ser verificado pela face externa da parede; k) nas posições das janelas e portas, caso as vergas e contra-vergas sejam constituídas por canaletas, após posicionamento das armaduras e conveniente umedecimento, estas deverão ser totalmente preenchidas com o micro-concreto especificado; l) constitui excelente prática o chapiscamento das faces externas das paredes de fachada, executado logo após a elevação da alvenaria, protegendo-a contra a incidência das chuvas e evitando posteriores problemas de fissuras e destacamentos; m) encunhamentos: os encunhamentos rígidos devem ser executados com o máximo retardo possível após a conclusão das alvenarias em cada pavimento, nunca antes dos dez dias; além da observância desse prazo, é recomendável que o encunhamento das paredes de um pavimento só sejam executados após instalação de todas as cargas mortas mais importantes do pavimento superior (paredes, regularização de lajes etc); n) no caso de encunhamento flexível (sem aplicação de chapisco na base da viga ou laje), o material deformável (poliestireno expandido, cortiça) deve ser introduzido na junta sob pressão, devendo para tanto apresentar espessura um pouco maior do que a folga; o) juntas de controle: inserir nas juntas especificadas os ferros de ligação, controlar regularidade e abertura da junta, introduzir o material de enchimento; acabamento de acordo com o projeto. Relativamente aos controles durante a execução das alvenarias, pode-se apontar: - rigidez, posicionamento e prazos de retirada dos cimbramentos e reescoramentos; - prazo entre concretagem da laje do pavimento e início das alvenarias; - verificação das posições das paredes, dos eventuais enchimentos nas suas bases e da adequação das folgas para encunhamento; - verificação do posicionamento das juntas de controle, dos vãos de caixilhos, das instalações etc, em estrita obediência ao projeto executivo; - traços de argamassas, chapiscos e micro-concretos; - posições e bitolas dos ferros-cabelo e outros insertos; - amarração, espessura, regularidade, compactação, alinhamento, nível e prumo das juntas de assentamento; - amarração, ângulo e presença de armaduras nos encontros entre paredes; - prumo das paredes, prumo, nível e ângulos entre os requadros dos vãos; - posições de vergas, contra-vergas e cintas de amarração; - armaduras, umedecimento e concretagem de vergas, contra-vergas e cintas de amarração; - verticalidade dos caixilhos e correta fixação na alvenaria; - compactação da argamassa ou micro-concreto nos encontros com pilares; - prazo decorrido entre o término da alvenaria e seu encunhamento; - compactação do material no encunhamento; 29 - largura das juntas de controle, correta inserção do material de enchimento e dos ferros de ligação; - aplicação de selante em juntas de controle, nos encunhamentos e nas juntas aprumadas de paredes externas. 7DEHOD����0RGHOR�GH�ILFKD�SDUD�FRQWUROH�GD�H[HFXomR�GH�DOYHQDULD�GH�YHGDomR )LFKD�(����–�([HFXomR�GH�DOYHQDULD�GH�YHGDomR&216758725$ 6,/9$ Versão: Data: Aprovação: OBRA:_________________________________________________________________________ PAVIMENTO:________________ LOCAL: ________________________________________ EQUIPE:________________________ Encarregado:__________________________________ N° da inspeção / Atendimento 1 2 3 4Controles Condição/exigência S N S N S N S N 1. prazo de cura da estrutura cf. projeto 2. locação das paredes desvio ≤ 1cm 3. ângulos entre paredes* desvio ≤ 0,2° 4. modulação dos blocos cf. projeto 5. posicionamento de vãos desvio ≤ 1cm 6. prumo da parede desv. ≤ 1mm 7. nível das juntas desv. ≤ 2mm 8. preenchimento das juntas compacto 9. ligações com pilares cf. projeto 10. encunhamentos (prazo/detalhes) cf. projeto 11. embutimento impermeabilização cf. projeto 12. enchimento cintas / contra-vergas compacto e ss e n ci a is 13. detalhes último pavimento cf. projeto a) amarrações entre paredes cf. projeto b) planeza da face das paredes desv. ≤ 3mm c) espessura das juntas 1 < e ≤ 1,5cm d) verticalidade das ombreiras desv. ≤ 1mm e) passagem de eletrodutos cf. projeto f) posicionamento caixas de luz desv. ≤ 5mm g) assentamento de peitoris cf. projeto im po rta nt es h) traço da argamassa cf. projeto data inspetor (*) desvio do esquadro: entre a extremida- de do lado do esquadro com 30cm e a face da parede não deverá resultar folga maior que 1mm (verificada com pente de folga) visto 30 OBSERVAÇÕES: a) a inspeção dos serviços deve ser realizada com base no respectivo Procedimento; as não conformidades devem ser detalhadas no campo apropriado, no verso desta Lista de Verificação. b) as falhas devem ser classificadas em críticas (C), graves (G) ou secundárias (S), conforme definido no respectivo Procedimento. c) na constatação de qualquer falha crítica, comunicar imediatamente o engenheiro residente. 5()(5˙1&,$6�%,%/,2*5¨),&$6 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10837 / 89 – &iOFXOR�GH�$OYHQDULD�(VWUXWXUDO�GH�%ORFRV�9D]DGRV�GH�&RQFUHWR. Rio de Janeiro, 1989. ____ . 3URMHWR� GH�(VWUXWXUDV� GH�&RQFUHWR. Projeto de revisão da NBR 6.118. Rio de Janeiro, outubro / 1999. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. 6WDQGDUG� 6SHFLILFDWLRQ IRU� 0RUWDU� IRU� 8QLW� 0DVRQU\. ASTM C 270-86b. In Annual Book of ASTM Standards. Philadelphia, 1987. BECKER, R��,QGXVWULDOL]DWLRQ�DQG�5RERWLF�LQ�%XLOGLQJ. Chapter 4: Application of the Performance Approach. Harper & Row Publishers. New York, 1990. CHICHIERCHIO, L. C. Conforto Ambiental:Desempenho Térmico e Acústico e Proteção contra o Fogo. ,Q� � 0DQXDO� 7pFQLFR� GH� $OYHQDULD, pp 119-141. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. CORRÊA, M. R. S.; RAMALHO, M. A. 3URFHGLPHQWR� SDUD�$QiOLVH� GH�(GLItFLRV� GH $OYHQDULD�(VWUXWXUDO�6XEPHWLGRV�D�$o}HV�9HUWLFDLV. In 5th International Seminar on Structural Masonry for Developing Countries, Proceedings, pp 305-314. Florianópolis, 1994. FISHER, R. 3DUHGHV. Versão espanhola da 1a. edição inglesa, tradução de Luis M. J. Cisneros. Editorial Blume. Barcelona, 1976. GOMES, N. S. $�5HVLVWrQFLD�GDV�3DUHGHV�GH�$OYHQDULD. São Paulo, 1983. Dissertação de mestrado apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. ____ . Normalização Técnica de Alvenarias. ,Q��0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 211- 246. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. 3DUHGHV�GH�9HGDomR�HP�%ORFRV &HUkPLFRV���0DQXDO�GH�([HFXomR. Publicação IPT 1767. São Paulo, 1988. ____ . $QiOLVH�GR�&RPSRUWDPHQWR�7pUPLFR�H�$F~VWLFR�GH�$OYHQDULDV. IPT, São Paulo, 1985. Relatório Técnico N° 21.910. KURDJIAN, J. K. Cálculo Estrutural de Alvenarias. ,Q��0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 177-210. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. 31 PUGA, C. C. &iOFXOR� GH� $OYHQDULD� (VWUXWXUDO. Curso de Mestrado do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT. 1998 SABBATINI, F. H. 2� 3URFHVVR� &RQVWUXWLYR� GH� (GLItFLRV� GH� $OYHQDULD� (VWUXWXUDO 6tOLFR�&DOFiULD. 298 pág. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (dissertação de mestrado). São Paulo, 1984. SAHLIN, SVEN. 6WUXFWXUDO�0DVRQU\. New Jersey, Prentice Hall, 1971. TANGO; C. E. S. Materiais: Tecnologia e Controle. ,Q��0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 143-176. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. THOMAZ, E. &RPR�&RQVWUXLU�$OYHQDULDV�GH�9HGDomR. Revista Téchne nº 15 e nº 16, Editora PINI. São Paulo, 1995. ____ . )LVVXUDV� HP� $OYHQDULDV�� � &DXVDV�� 3UHYHQomR� H� 5HFXSHUDomR. In: Seminario Patologia y Gestión de Calidad en la Construcción. Montevideo, 1998. ____ . Patologias das Alvenarias. ,Q��0DQXDO�7pFQLFR�GH�$OYHQDULDV, pp 97-117. Projeto Editores Associados, São Paulo, 1990. TUBI, N. /D�5HDOL]]D]LRQH�GL�0XUDWXUH�LQ�/DWHUL]LR. ANDIL – Associazione Nazionale degli Industriali dei Laterizi. Roma, 1986. %2/(7,16�7e&1,&26�38%/,&$’26 BT/PCC/233 Influência do Tipo de Cal Hidratada na Reologia de Pastas. FABIOLA RAGO, MARIA ALBA CINCOTTO. 24 p. BT/PCC/234 A Inserção do Campus da Cidade Universitária “ Armando de Salles Oliveira” na Malha Urbana da Cidade de São Paulo. VERA ADELINA AMARANTE MACHADO MARQUES, WITOLD ZMITROWICZ. 34 p. BT/PCC/235 Aspectos de Desempenho da Argamassa dosada em Central. ANTONIO A. A. MARTINS NETO, JOÃO GASPAR DJANIKIAN. 25p. BT/PCC/236 Contratação de Performance: Modelo Norte-Americano nos Anos 90 na Automação Predial. ENIO AKIRA KATO, RACINE TADEU ARAUJO PRADO. 22p. BT/PCC/237 Dosagem de Argamassas através de Curvas Granulométricas. ARNALDO MANOEL PEREIRA CARNEIRO, MARIA ALBA CINCOTTO. 37p. BT/PCC/238 Estudo da Difusão do Oxigênio no Concreto. PAULO FANCINETE JÚNIOR, ENIO J. P. FIGUEIREDO. 23p. BT/PCC/239 Fissuração por Retração em Concretos Reforçados com Fibras de Polipropileno (CRFP). JUSSARA TANESI, ANTONIO DOMINGUES FIGUEIREDO. 24p. BT/PCC/240 Análise em Project Finance. A escolha da moeda de referência. JOÃO R. LIMA JR 42P. BT/PCC/241 Tempo em Aberto da Argamassa Colante: Influência dos Aditivos HEC e PVAc. YÊDA VIEIRA PÓVOAS, VANDERLEY MOACYR JOHN. 13p. BT/PCC/242 Metodologia para Coleta e Análise de Informações sobre Consumo e Perdas de Materiais e Componentes nos Canteiros de Obras de Edifícios. JOSÉ CARLOS PALIARI, UBIRACI ESPINELLI LEMES DE SOUZA. 20p. BT/PCC/243 Rendimentos Obtidos na Locação e Sublocação de Cortiços – Estudo de casos na área central da cidade de São Paulo. LUIZ TOKUZI KOHARA, ANDREA PICCINI. 14p. BT/PCC/244 Avaliação do Uso de Válvulas de Admissão de Ar em Substituição ao Sistema de Ventilação Convencional em Sistemas Prediais de Esgotos Sanitários. HELCIO MASINI, ORESTES MARRACCINI GONÇALVES. 12p. BT/PCC/245 Programações por Recursos: O Desenvolvimento de um Método de Nivelamento e Alocação com Números Nebulosos para o Setor da Construção Civil. SÉRGIO ALFREDO ROSA DA SILVA, JOÃO DA ROCHA LIMA JR. 26p. BT/PCC/246 Tecnologia e Projeto de Revestimentos Cerâmicos de Fachadas de Edifícios. JONAS SILVESTRE MEDEIROS, FERNANDO HENRIQUE SABBATINI. 28p. BT/PCC/247 Metodologia para a Implantação de Programa de Uso Racional da Água em Edifícios. LÚCIA HELENA DE OLIVEIRA, ORESTES MARRACCINI GONÇALVES. 14p. BT/PCC/248 Vedação Vertical Interna de Chapas de Gesso Acartonado: Método Construtivo. ELIANA KIMIE TANIGUTI, MERCIA MARIA BOTTURA DE BARROS. 26p. BT/PCC/249 Metodologia de Avaliação de Custos de Inovações Tecnológicas na Produção de Habitações de Interesse Social. LUIZ REYNALDO DE AZEVEDO CARDOSO, ALEX KENYA ABIKO. 22p BT/PCC/250 Método para Quantificação de Perdas de Materiais nos Canteiros de Obra em Obras de Construção de Edifícios: Superestrutura e Alvenaria. ARTEMÁRIA COÊLHO DE ANDRADE, UBIRACI ESPINELLI LEMES DE SOUZA. 23p. BT/PCC/251 Emprego de Dispositivos Automáticos em Aparelhos Sanitários para Uso Racional da Água. CYNTHIA DO CARMO ARANHA FREIRE, RACINE TADEU ARAÚJO PRADO. 14p. BT/PCC/252 Qualidade no Projeto e na Execução de Alvenaria Estrutural e de Alvenarias de Vedação em Edifícios. ERCIO THOMAZ, , PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE. 31 p. (VFROD�3ROLWpFQLFD�GD�863���'HSW�GH�(QJHQKDULD�GH�&RQVWUXomR�&LYLO (GLItFLR�GH�(QJHQKDULD�&LYLO���$Y��3URI��$OPHLGD�3UDGR��7UDYHVVD�� &LGDGH�8QLYHUVLWiULD���&(3�������������6mR�3DXOR���63���%UDVLO )D[����������������)RQH������������������(�PDLO��VHFUHWDULD#SFF�XVS�EU
Compartilhar