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Pilares I

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Revista da Anicer 1 
4 De Novembro De 2022 
Por Emil Sanchez 
Os pilares têm diversas funções na 
composição estrutural: a) servir de apoio para 
paredes submetidas às pressões horizontais 
oriundas da ação do vento; b) resistir às forças 
verticais provenientes das reações das peças 
que sobre ele se assentam; c) gerar rigidez nas 
paredes, conforme ilustrado na Figura 1. Por isso, 
seu dimensionamento, de acordo com a NBR 
16868:2010 ocorre, no caso geral, por flexo-
compressão. 
 
Figura 1 
A altura efetiva do pilar será sua altura real 
quando for considerado bi-rotulado, e duas 
vezes a altura real no caso de ser engastado na 
base e livre no topo (Figura 2). A NBR 16868:2010 
prescreve as restrições aos deslocamentos 
para essas condições de contorno. 
 
Figura 2 
Na compressão axial, caso muito especial no 
dimensionamento, na expressão para a força 
resistente de cálculo se admite um fator R de 
redução como função apenas do índice de 
esbelteza da parede, sem a consideração das 
condições de contorno do pilar, e das 
excentricidades, originárias de imperfeições 
executivas e das solicitações a que está 
submetido. Essa expressão é obtida de forma 
similar à da parede, mas com uma redução de 
10% na força normal resistente de cálculo: 
NRd =0,9fd.RA 
 
Pilares 
2 Revista da Anicer 
com o coeficiente redutor que considera 
somente a esbelteza do pilar 
R=1-(λ/40)3 
λ=he/te 
onde 
fd= resistência à compressão de cálculo da 
alvenaria; 
A=área da seção resistente, sem considerar os 
revestimentos. 
A resistência fd, em geral, é obtida ao se 
considerar a razão básica entre as resistências 
características do bloco e do prisma 
preenchido com grout: 
fpk /fbk=0,5 
A menor dimensão da seção transversal deve 
ser igual a 14 cm, e se tem para a esbelteza λ os 
limites de 24 para pilares não armados, e 30 
para pilares armados. Ressalta-se que no caso 
dos pilares não armados toda a seção 
transversal do pilar deve ser preenchida 
com grout. 
A consideração da esbelteza com uma razão 
entre a altura efetiva do pilar e sua menor 
espessura efetiva, λ=he/te, resulta valores 
inferiores ao se considerar esse parâmetro por 
meio da expressão clássica da Mecânica dos 
Sólidos Deformáveis, que é λ=he/i, onde o 
denominador é o raio de giração da seção 
transversal. Exemplificando o exposto, para o 
caso de um pilar isolado com 300 cm de altura, 
bi-rotulado, dimensões 29 cm X 39 cm ao se 
empregar os requisitos prescritos na NBR 
16868:2010 obtém-se: λ=he/te=300/29=10<16 
(pilar curto); entretanto, com a formulação 
clássica resultará: i=b/3,46=29/3,46=8,4, daí 
λ=he/i=300/8,4=36. Isto mostra que se fosse 
um pilar de concreto armado estaria um pouco 
acima do limite para ser considerado pilar 
curto. 
Em seu item 9.3.3 a NBR 16868:2010 prescreve 
a necessidade de se considerar as 
excentricidades dos carregamentos sobre os 
pilares, no caso do dimensionamento à flexo-
compressão. 
A verificação da resistência do pilar à 
compressão axial, no Estado Limite Último, é 
efetuada pela inequação NSd ≤ NRd, onde NSd é a 
força normal solicitante valor de cálculo.

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