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Soluções em série – Tópico 2 • Pontos ordinários e singulares • Solução em torno de pontos ordinários • Equação de Airy • Existência das soluções em série Soluções em série em torno de um ponto ordinário • Anteriormente, estudamos métodos de resolução de equações diferenciais lineares de segunda ordem com coeficientes constantes. • Agora consideraremos o caso onde os coeficientes são funções da variável independente, na qual denotaremos por x. • É suficiente considerar apenas a equação homogênea uma vez que os métodos para o caso não homogêneos são similares. • Consideraremos primeiramente o caso onde P, Q, R são polinômios e portanto todos contínuos. • Contudo, como veremos, o método de solução é também aplicável quando P, Q e R são funções analíticas gerais. ,0)()()( 2 2 =++ yxR dx dyxQ dx ydxP Pontos ordinários • Assumimos que P, Q, R são polinômios sem fatores em comum, e que queremos resolver a equação abaixo nas vizinhanças do ponto x0: • O ponto x0 é chamado de ponto ordinário se P(x0) ≠ 0. Uma vez que P é contínua, P(x) ≠ 0 para todo x em um intervalo em torno de x0. Dentro deste intervalo, dividimos a equação diferencial por P e obtemos • Como p e q são contínuas, o primeiro teorema de EDO lineares nos diz que existe uma única solução, para o conjunto de condições iniciais y(x0) = y0, y'(x0) = y0' . 0)()()( 2 2 =++ yxR dx dyxQ dx ydxP )( )()( , )( )()(,0)()(2 2 xP xRxq xP xQxpondeyxq dx dyxp dx yd ===++ Pontos singulares • Suponha que queremos resolver a equação abaixo nas vizinhanças de um ponto x0: • O ponto x0 é chamado de ponto singular se P(x0) = 0. • Uma vez que P, Q, R P, Q, R são polinômios sem fatores em comum, segue que Q(x0) ≠ 0 ou R(x0) ≠ 0, ou ambos. • Então ou p ou q ou ambos se tornam ilimitados quando x → x0, e portanto o primeiro teorema de EDO lineares não se aplica. • No próximo tópico estudaremos soluções em torno de pontos singulares especiais (pontos singulares regulares). )( )()( , )( )()(,0)()(2 2 xP xRxq xP xQxpondeyxq dx dyxp dx yd ===++ Soluções em série em torno de pontos ordinários • Para resolver nossa equação em torno de um ponto ordinário x0, assumiremos uma representação em série de uma função solução desconhecida y: • Dentro do intervalo de convergência, esta representação de y é contínua e possui derivadas de todas as ordens. 0)()()( 2 2 =++ yxR dx dyxQ dx ydxP ∑∞ = −= 0 0 )()( n n n xxaxy Exemplo 1: soluções em série (1 de 8) • Procuremos uma solução em série para a equação • Aqui, P(x) = 1, Q(x) = 0, R(x) = 1. Assim todo ponto x é um ponto ordinário. Escolheremos x0 = 0. • Assumindo uma solução em série sob a forma • Diferenciando termo a termo obtemos • Substituindo estas expressão na equação obtemos ∑∞ = = 0 )( n n n xaxy ( )∑∑∑ ∞ = −∞ = −∞ = −=′′=′= 2 2 1 1 0 1)(,)(,)( n n n n n n n n n xannxyxnaxyxaxy ( ) 01 02 2 =+− ∑∑ ∞ = ∞ = − n n n n n n xaxann ∞<<∞−=+′′ xyy ,0 Exemplo 1: combinando séries (2 de 8) • Nossa equação é • Mudando os índice obtemos ( ) 01 02 2 =+− ∑∑ ∞ = ∞ = − n n n n n n xaxann ( )( ) ( )( )[ ] 012 ou 012 0 2 00 2 =+++ =+++ ∑ ∑∑ ∞ = + ∞ = ∞ = + n n nn n n n n n n xaann xaxann Exemplo 1: relação de recorrência (3 de 8) • Assim a equação resulta em • Para esta equação ser válida para todo x, os coeficientes de cada potência de x devem ser zero, e portanto • Este tipo de equação é chamado de relação de recorrencia. O próximo passo é determinar os coeficientes a0, a1, a2, …. ( )( ) ( )( ) ...,2,1,0,12 ou ...,2,1,0,012 2 2 =++ −= ==+++ + + n nn aa naann n n nn ( )( )[ ] 012 0 2 =+++∑∞ = + n n nn xaann • Para determinar a2, a4, a6, …., procedemos como segue: Exemplo 1: coeficientes pares (4 de 8) ( )( )122 ++ −=+ nn aa nn ( ) ...,3,2,1, )!2( 1 , 12345656 , 123434 , 12 0 2 04 6 02 4 0 2 =−= ⋅⋅⋅⋅⋅−=⋅−= ⋅⋅⋅=⋅−= ⋅−= k k aa aaa aaa aa k k M • Para determinar a3, a5, a7, …., procedemos como segue: Exemplo 1: coeficientes ímpares (5 de 8) ( ) ...,3,2,1, )!12( 1 , 123456767 , 1234545 , 23 1 12 15 7 13 5 1 3 =+ −= ⋅⋅⋅⋅⋅⋅−=⋅−= ⋅⋅⋅⋅=⋅−= ⋅−= + kk aa aaa aaa aa k k M ( )( )122 ++ −=+ nn aa nn Exemplo 1: soluções (6 de 8) • Assim, os resultados anteriores mostram que • Então • Note que a0 e a1 são determinados pelas condições iniciais. • Também, utilizando o teste da razão, podemos mostrar que estas duas séries convergem absolutamente para o intervalo (-∞, ∞), e portanto as manipulações realizadas em cada passo são válidas. 11202 0 !)12( )1(, !)2( )1(,)( a k aa k aondexaxy k k k k n n n + −=−== + ∞ = ∑ 12 0 1 2 0 0 !)12( )1( !)2( )1()( + ∞ = ∞ = ∑∑ +−+−= nn n n n n x n ax n axy Example 1: funções definidas pelo PVI (7 de 8) • A solução obtida é • Do cálculo, sabemos que esta solução é equivalente a • De fato, é fácil de verificar que cos x e sin x formam um conjunto fundamental de solução da equação diferencial original 12 0 1 2 0 0 !)12( )1( !)2( )1()( + ∞ = ∞ = ∑∑ +−+−= nn n n n n x n ax n axy xaxaxy sincos)( 10 += ∞<<∞−=+′′ xyy ,0 Exemplo 1: gráficos (8 de 8) • Os gráficos abaixo mostram as somas parciais das séries para o cos x e sin x. • Conforme o número de termos aumenta, o intervalo no qual a aproximação se torna satisfatória também aumenta gerando uma soluação mais fidedigna. • Contudo, o truncamento da série proporciona somente uma aproximação local nas vizinhanças de x = 0. 12 0 1 2 0 0 !)12( )1( !)2( )1()( + ∞ = ∞ = ∑∑ +−+−= nn n n n n x n ax n axy Exemplo 2: Equação de Airy (1 de 10) • Vamos determinar a solução em série em torno de x0 = 0 da equação de Airy: • Veja que P(x) = 1, Q(x) = 0 e R(x) = - x. Assim, todos os pontos são pontos ordinários. • Assumindo uma solução em série e diferenciando-a obtemos • Substituindo estas expressões na equação, segue ( )∑∑∑ ∞ = −∞ = −∞ = −=′′=′= 2 2 1 1 0 1)(,)(,)( n n n n n n n n n xannxyxnaxyxaxy ( ) 01 0 1 2 2 =−− ∑∑ ∞ = +∞ = − n n n n n n xaxann ∞<<∞−=−′′ xxyy ,0 Exemplo 2: combinando séries (2 de 10) • Nossa equação é • Renomeando os índices obtemos ( ) 01 0 1 2 2 =−− ∑∑ ∞ = +∞ = − n n n n n n xaxann ( )( ) ( )( )[ ] 01212 ou 012 1 122 1 1 0 2 =−+++⋅⋅ =−++ ∑ ∑∑ ∞ = −+ ∞ = − ∞ = + n n nn n n n n n n xaanna xaxann Exemplo 2: relação de recorrência (3 de 10) • Copiando a equação do slide anterior • Para esta equação ser válida para todo x, o coeficiente de cada potência de x deve ser zero; assim a2 = 0 e ( )( ) ( )( ) ...,2,1,0,23 ou ,...3,2,1, 12 3 1 2 =++= =++= + − + n nn aa n nn aa n n n n ( )( )[ ] 01212 1 122 =−+++⋅⋅ ∑∞ = −+ n n nn xaanna Exemplo 2: coeficientes (4 de 10) • Do slide anterior a2 = 0 e • Para esta relação de recorrência, temos a2 = a5 = a8 = … = 0. • O próximo passo é determinar os coeficientes a0, a3, a6, …. • Para isso vamos procurar uma fórmula com a3n, n = 1, 2, 3, … • Em seguida, determinaremos a1, a4, a7, …, através de uma fórmulapara a3n+1, n = 1, 2, 3, … ( )( ) ...,2,1,0,323 =++=+ nnn aa nn Exemplo 2: determinando a3n (5 de 10) • Determinando a3, a6, a9, …. • A equação geral para esta sequência é ( )( )323 ++=+ nn aa nn L, 98653298 , 653265 , 32 06 9 03 6 0 3 ⋅⋅⋅⋅⋅=⋅=⋅⋅⋅=⋅=⋅= aaaaaaaa ...,2,1, )3)(13)(33)(43(6532 0 3 =−−−⋅⋅⋅= nnnnn aa n L Exemplo 2: Determinando a3n+1 (6 de 10) • Obtendo a4, a7, a10, … • A fórmula geral para esta sequência é L, 1097643109 , 764376 , 43 17 10 14 7 1 4 ⋅⋅⋅⋅⋅=⋅=⋅⋅⋅=⋅=⋅= aaaaaaaa ...,2,1, )13)(3)(23)(33(7643 1 13 =+−−⋅⋅⋅=+ nnnnn aa n L ( )( )323 ++=+ nn aa nn Exemplo 2: séries e coeficientes (7 de 10) • Dos slides anteriores sabemos que onde a0, a1 são constantes arbitrárias, e n n n n n n xaxaaxaxy ∑∑ ∞ = ∞ = ++== 3 10 0 )( ...,2,1, )13)(3)(23)(33(7643 ...,2,1, )3)(13)(33)(43(6532 1 13 0 3 =+−−⋅⋅⋅= =−−−⋅⋅⋅= + nnnnn aa n nnnn aa n n L L Exemplo 2: solução (8 de 10) • Assim, a solução é onde a0 e a1 são constantes arbitrárias determinadas pelas condições iniciais. • Considere os dois casos (1) a0 =1, a1 = 0 ⇔ y(0) = 1, y'(0) = 0 (2) a0 =0, a1 = 1 ⇔ y(0) = 0, y'(0) = 1 • As soluções correspondentes y1(x), y2(x) são linearmente independentes, uma vez queW(y1, y2)(0) =1 ≠ 0, onde ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +⋅++⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −⋅+= ∑∑ ∞ = +∞ = 1 13 1 1 3 0 )13)(3(43)3)(13(32 1)( n n n n nn xxa nn xaxy LL )0()0()0()0( )0()0( )0()0( )0)(,( 2121 21 21 yyyyyy yy yyW ′−′=′′= 21 Exemplo 2: soluções fundamentais (9 de 10) • Solução obtida: • Para os casos (1) a0 =1, a1 = 0 ⇔ y(0) = 1, y'(0) = 0 (2) a0 =0, a1 = 1 ⇔ y(0) = 0, y'(0) = 1, as soluções y1(x) e y2(x) são linearmente independentes, e portanto são soluções fundamentais da equação de Airy, com solução geral dado por y (x) = c1 y1(x) + c1 y2(x) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +⋅++⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −⋅+= ∑∑ ∞ = +∞ = 1 13 1 1 3 0 )13)(3(43)3)(13(32 1)( n n n n nn xxa nn xaxy LL Exemplo 2: gráficos (10 de 10) • Assim, dados as condições iniciais y(0) = 1, y'(0) = 0 e y(0) = 0, y'(0) = 1 as soluções são, respectivamente, • Os gráficos de y1 e y2 são dados abaixo. Os números próximos de cada curva representam as somas parciais. ∑∑ ∞ = +∞ = +⋅+=−⋅+= 1 13 2 1 3 1 )13)(3(43 )(, )3)(13(32 1)( n n n n nn xxxy nn xxy LL Exemplo 3: equação de Airy (1 de 7) • Neste exemplo, vamos determinar a solução em série em torno de x0 = 1 da equação de Airy: • Temos, P(x) = 1, Q(x) = 0 e R(x) = - x. • Assumindo uma solução em série e diferenciando-a obtemos • Substituindo estes resultados na EDO e rearranjando os índices, segue ( )∑∑∑ ∞ = −∞ = −∞ = −−=′′−=′−= 2 2 1 1 0 )1(1)(,)1()(,)1()( n n n n n n n n n xannxyxnaxyxaxy ( )( ) ( ) ( ) .1112 00 2 ∑∑ ∞ = ∞ = + −=−++ n n n n n n xaxxann ∞<<∞−=−′′ xxyy ,0 Exemplo 3: Manipulando a equação em série (2 de 7) • Do slide anterior temos • O x do lado direito pode ser escrito como 1 + (x – 1), assim ( )( ) ( ) ( )∑∑ ∞ = ∞ = + −=−++ 00 2 1112 n n n n n n xaxxann ( )( ) ( ) [ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( )∑∑ ∑∑ ∑∑ ∞ = − ∞ = ∞ = +∞ = ∞ = ∞ = + −+−= −+−= −−+=−++ 1 1 0 0 1 0 00 2 11 11 1)1(1112 n n n n n n n n n n n n n n n n n n xaxa xaxa xaxxann Exemplo 3: relação de recorrência (3 de 7) • A equação é reescrita como • Juntando os termos determinamos a relação de recorrência • Igualando os coeficientes das potências de x -1 obtemos M , 1224 34 , 66 23 , 2 2 10 4124 10 3013 0 202 aaaaaa aaaaaa aaaa +=⇒+=⋅ +=⇒+=⋅ =⇒= ( )( ) ( ) ( ) ( )∑∑∑ ∞ = − ∞ = ∞ = + −+−+=−+++ 1 1 1 0 1 22 111122 n n n n n n n n n xaxaaxanna ( )( ) )1(,12 12 ≥+=++ −+ naaann nnn Exemplo 3: solução (4 de 7) • Baseado nos slides anteriores temos com ( )∑∞ = −= 0 1)( n n n xaxy ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+= L L 12 1 6 11 24 1 6 1 2 11)( 43 1 432 0 xxxa xxxaxy M , 1224 , 66 , 2 arbitrário arbitrário 10 4 10 3 0 2 1 0 aaa aaa aa a a += += = = = Exemplo 3: solução e recursão (5 de 7) • A solução obtida é • A fórmula de recursão tem três termos, e determinar uma fórmula geral para os coeficientes an contendo três termos é bastante difícil ou até mesmo impossível. • Contudo, utilizando a última equação, podemos gerar quantos coeficientes quisermos. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) . 12 1 6 11 24 1 6 1 2 11)( 43 1 432 0 ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+= L L xxxa xxxaxy ( )( ) )1(,12 12 ≥+=++ −+ naaann nnn M , 1224 , 66 , 2 arbitrário arbitrário 10 4 10 3 0 2 1 0 aaa aaa aa a a += += = = = Exemplo 3: solução e convergência (6 de 7) • Solução obtida: • Uma vez que não temos uma fórmula geral para an, não podemos usar os testes de convergência (e.g., teste da razão) nesta série de potências • Isto torna nossa manipulação da série de potênciais duvidosa. Contudo, um teorema anunciado logo a seguir confirmará a convergência da solução. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+= L L 12 1 6 11 24 1 6 1 2 11)( 43 1 432 0 xxxa xxxaxy ( )∑∞ = −= 0 1)( n n n xaxy Exemplo 3: soluções fundamentais (7 de 7) • Assim, a solução pode ser escrita como onde y3(x) e y4(x) são funções linearmente independentes e portanto formam um conjunto fundamental de soluções para a equação de Airy. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +−+−+−+= L L 12 1 6 11 24 1 6 1 2 11)( 43 1 432 0 xxxa xxxaxy )()()( 4130 xyaxyaxy += Existência das soluções em séries • Uma função p é analítica em x0 se ela tem uma expansão em série de Taylor que converge para p em algum intervalo em x0 • O ponto x0 é um ponto ordinário da equação se p(x) = Q(x)/P(x) e q(x)= R(x)/P(x) são analíticos em x0. De outro modo x0 é um ponto singular. • Se x0 é um ponto ordinário, então p e q são analíticas e tem derivadas de todas as ordens em x0. Isto nos permite obter a solução da EDO acima como uma série y(x) = Σ an(x - x0)n. ∑∞ = −= 0 0 )()( n n n xxpxp 0)()()( 2 2 =++ yxR dx dyxQ dx ydxP Teorema 5.1 • Se x0 é um ponto ordinário da equação diferencial então a solução geral para esta equação é onde a0 e a1 são arbitrários, e y1 e y2 são soluções em série linearmente independentes e analíticas em x0. • Além disso, o raio de convergência para cada solução em série y1 e y2 é ao menos tão grande quanto o menor raio de convergência das séries para p e q. 0)()()( 2 2 =++ yxR dx dyxQ dx ydxP )()()()( 2110 0 0 xyaxyaxxaxy n n n +=−=∑∞ = Raio de convergência • Assim, se x0 é um ponto ordinário da equação diferencial, então existe uma solução em série y(x) = Σ an(x - x0)n. • Além disso, o raio de convergência para cada solução em série y1 e y2 é ao menos tão grande quanto o menor raio de convergência das séries para p e q. • Este raio de convergência pode ser determinado de duas formas distintas: 1. Obtendo as séries de Taylor em torno x0 de p e q, e em seguida determinando seus raiosde convergência. 2. Se P, Q e R são polinômios sem fatores em comum, então pode se mostra que Q/P e R/P são analíticas em x0 se P(x0) ≠ 0, e o raio de convergência da série de potências para Q/P e R/P em torno de x0 é a distância de x0 à raiz mais próxima de P (incluindo os zeros complexos). Exemplo 4 • Seja f (x) = (1 + x2)-1. Determine o raio de convergência da série de Taylor em torno x0 = 0. • Esta série de Taylor é • Usando o teste da razão, temos • Assim, o raio de convergência é ρ = 1. • Alternativamente, note que os zeros de 1 + x2 são x = ±i. Uma vez que a distância no plano complexo de 0 para i ou –i é 1, vemos novamente que ρ = 1. LL +−++−+−=+ nn xxxx x 2642 2 )1(11 1 1for ,1lim )1( )1(lim 22 221 <<=− − ∞→ ++ ∞→ xxx x nnn nn n Exemplo 5 • Determine o menor valor do raio de convergência da solução em série em torno de x0 = 0 para a equação • Note que P(x) = (x - 1), Q(x) = 0 e R(x) = 1. Assim, x0 = 0 é um ponto ordinário, pois q(x) = 1/(x - 1) é analítica em x0 = 0. • Uma vez que x = 1 é um ponto singular de q, o raio de convergência para a expansão em série de Taylor de q em torno de x0 = 0 é ρ = 1. • Portanto, pelo teorema 5.1, o raio de convergência para a solução em série em x0 = 0 é pelo menos ρ = 1. 0)1( =+′′− yyx Exemplo 6: equação de Airy • Determine o menor valor do raio de convergência da solução em série em torno de x0 = 1 para a equação • Aqui, P(x) = 1, Q(x) = 0 e R(x) = - x. • Assim, todo ponto x é um ponto ordinário, pois p(x) = 0 e q(x) = - x são analíticos em toda a reta real. • O raio de convergência para p e q é infinito. • Portanto, pelo teorema 5.1, o raio de convergência para a solução em série em torno de x0 = 1 é infinito. 0=−′′ xyy Exemplo 7 • Determine o menor valor do raio de convergência da solução em série em torno de x0 = -1 para a equação • Aqui, P(x) = x(x + 3), Q(x) = 1 e R(x) = 1. • Assim, x0 = -1 é um ponto ordinário, uma vez que p(x) = 1/x(x + 3) e q(x) = 1/x(x + 3) são analíticas em x0 = -1. • Também, p e q tem pontos singulares em x = 0 e x = -3. • O raio de convergência para a expansão da série de Taylor de p e q em torno de x0 = -1 é ρ = 1. • Portanto, pelo teorema 5.1, o raio de convergência para a solução em série em x0 = -1 é pelo menos ρ = 1. 0)3( 2 =+′+′′+ yyyxx Exemplo 8: equação de Legendre • Determine o menor valor do raio de convergência da solução em série em x0 = 0 para a equação de Legendre • Aqui, P(x) = 1 – x2, Q(x) = -2x e R(x) = α (α + 1). • Assim, x0 = 0 é um ponto ordinário, uma vez que p(x) = -2x/(1 – x2) e q(x) = α (α + 1)/(1 – x2) são analíticas em x0 = 0. • Temos também que p e q têm pontos singulares em x = ±1. • O raio de convergência para a expansão da série de p e q em torno de x0 = 0 é ρ = 1. Portanto, este é o menor valor para o raio de convergência da solução da equação de Legendre. • Pode-se mostrar que se α é um inteiro positivo, então uma das soluções em série termina depois de um número finito de termos, e portanto converge para todo x, não somente para |x| < 1. ( ) constant. a ,012)1( 2 ααα =++′−′′− yyxyx Exemplo 9: raio de convergência (1 de 2) • Determine o menor valor do raio de convergência da solução em série em torno de x0 = 0 para a equação • Aqui, P(x) = 1 + x2, Q(x) = 2x e R(x) = 4x2. • Assim, x0 = 0 é um ponto ordinário, uma vez que p(x) = 2x/(1 + x2) and q(x) = 4x2 /(1 + x2) são analíticas em x0 = 0. • Veja que p e q tem pontos singulares em x = ±i. • O raio de convergência para a expansão da série de Taylor de p e q em torno de x0 = 0 é ρ = 1. • Portanto, pelo teorema 5.1, o raio de convergência para a solução em série em x0 = 0 é pelo menos ρ = 1. 042)1( 22 =+′+′′+ yxyxyx Exemplo 9: teoria da solução (2 de 2) • Assim, para a equação o raio de convergência para a solução em série em x0 = 0 é ao menos ρ = 1 (teorema 5.1). • Suponha que as condições iniciais y(0) = y0 e y(0) = y0' são dadas. Uma vez 1 + x2 ≠ 0 para todo x, então existe uma única solução para o problema de valor inicial em -∞ < x < ∞ (teorema de exis. e uni. de EDO lineares de segunda ordem). • Por outro lado, o teorema 5.1 somente garante uma solução sob a forma Σanxn para -1 < x < 1, onde a0 = y0 e a1 = y0'. • Assim, a solução única para -∞ < x < ∞ pode não ter uma série de potências em x0 = 0 que converge para todo x. ,042)1( 22 =+′+′′+ yxyxyx Exemplo 10 • Determine o menor valor do raio de convergência da solução em série em torno de x0 = 0 para a equação • Aqui, P(x) = 1, Q(x) = sinx e R(x) = 1 + x2. • Note que p(x) = sin x não é polinomial, porém possuí uma série de Taylor em torno de x0 = 0 que converge para todo x. • Similarmente, q(x) = 1 + x2 tem uma série de Taylor em torno de x0 = 0 (igual a 1 + x2) que converge para todo x. • Portanto, pelo teorema 5.1, o raio de convergência para a solução em série em x0 = 0 é infinito. ( ) 0)1(sin 2 =++′+′′ yxyxy Soluções em série �em torno de um ponto ordinário Pontos ordinários Pontos singulares Soluções em série em torno de pontos ordinários Exemplo 1: soluções em série (1 de 8) Exemplo 1: combinando séries (2 de 8) Exemplo 1: relação de recorrência (3 de 8) Exemplo 1: coeficientes pares (4 de 8) Exemplo 1: coeficientes ímpares (5 de 8) Exemplo 1: soluções (6 de 8) Example 1: funções definidas pelo PVI (7 de 8) Exemplo 1: gráficos (8 de 8) Exemplo 2: Equação de Airy (1 de 10) Exemplo 2: combinando séries (2 de 10) Exemplo 2: relação de recorrência (3 de 10) Exemplo 2: coeficientes (4 de 10) Exemplo 2: determinando a3n (5 de 10) Exemplo 2: Determinando a3n+1 (6 de 10) Exemplo 2: séries e coeficientes (7 de 10) Exemplo 2: solução (8 de 10) Exemplo 2: soluções fundamentais (9 de 10) Exemplo 2: gráficos (10 de 10) Exemplo 3: equação de Airy (1 de 7) Exemplo 3: Manipulando a equação em série (2 de 7) Exemplo 3: relação de recorrência (3 de 7) Exemplo 3: solução (4 de 7) Exemplo 3: solução e recursão (5 de 7) Exemplo 3: solução e convergência (6 de 7) Exemplo 3: soluções fundamentais (7 de 7) Existência das soluções em séries Teorema 5.1 Raio de convergência Exemplo 4 Exemplo 5 Exemplo 6: equação de Airy Exemplo 7 Exemplo 8: equação de Legendre Exemplo 9: raio de convergência (1 de 2) Exemplo 9: teoria da solução (2 de 2) Exemplo 10
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