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Universidade Federal de Vic¸osa Centro de Cieˆncias Exatas e Tecnolo´gicas - CCE Departamento de Matema´tica MAT 147 - CA´LCULO II 2013/I Professor: Luiz Henrique Couto. 1 Sequeˆncias 1.1 Definic¸o˜es e Exemplos Uma sequeˆncia nume´rica e´ uma correspondeˆncia (isto e´, uma func¸a˜o) f que associa cada nu´mero natural n a um u´nico nu´mero an, chamado de elemento da sequeˆncia: f : N∗ → R n 7→ f(n) = an 1 7→ f(1) = a1 2 7→ f(2) = a2 ... ... O nu´mero a1 e´ denominado primeiro termo, a2 e´ o segundo termo e, em geral, an e´ o n-e´simo termo, tambe´m chamado termo geral. Trataremos exclusivamente de sequeˆncias infinitas, de modo que cada termo an tera´ um sucessor an+1. Exemplo 1.1 Considere as sequeˆncias: (a) {an} = { √ n} = {√1,√2,√3, . . . ,√n, . . .} (b) {bn} = { 1 n } = { 1, 1 2 , 1 3 , . . . , 1 n , . . . } (c) {cn} = { (−1)n+1 1 n } = { 1,−1 2 , 1 3 , . . . , (−1)n+1 1 n , . . . } Estas podem ser apresentadas graficamente das seguintes formas: 1 Exemplo 1.2 Encontre uma fo´rmula para o termo geral an da sequeˆncia{ 3 5 ,− 4 25 , 5 125 ,− 6 625 , 7 3125 , . . . } . Soluc¸a˜o: Foi nos dado que a1 = 3 5 , a2 = − 4 25 , a3 = 5 125 , a4 = − 6 625 , a5 = 7 3125 . Observe que os numeradores dessas frac¸o˜es comec¸am com 3 e sa˜o incrementados com 1 a` medida que avanc¸amos para o pro´ximo termo. O segundo termo tem numerador 4, o terceiro 5. Generalizando, o n-e´simo termo tera´ numerador n + 2. Os denominadores sa˜o poteˆncias de 5. Logo, an tem denominador 5n. Os sinais dos termos alternam entre positivos e negativos. Assim, precisamos, a cada termo, efetuar uma multiplicac¸a˜o por −1. O fator (−1)n nos indica que comec¸amos com um termo negativo. Como queremos ecomec¸ar com um termo positivo, usamos o alternador de sinal (−1)n−1 ou (−1)n+1. Portanto, an = (−1)n−1n+ 2 5n . Exemplo 1.3 Algumas sequeˆncias na˜o teˆm uma equac¸a˜o de definic¸a˜o simples: (a) A sequeˆncia {pn}, onde pn representa a populac¸a˜o do mundo no dia 1o de janeiro do ano n. (b) A sequeˆncia {an}, onde an e´ o algarismo da n-e´sima casa decimal do nu´mero e, e´ uma sequeˆncia bem definida cujos primeiros termos sa˜o 7, 1, 8, 2, 8, 1, 8, 2, 8, 4, 5, . . . . (c) A sequeˆncia de Fibonacci {fn}, definida recursivamente pelas condic¸o˜es f1 = 1, f2 = 1, fn = fn−1 + fn−2, n ≥ 3, e´ tal que cada termo e´ a soma dos dois termos precedentes. Seus primeiros termos sa˜o: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, . . . . Definic¸a˜o 1.4 Uma sequeˆncia {an} possui limite L e escrevemos lim n→∞ an = L ou an → L quando n→∞ se pudermos tornar os termos an ta˜o pro´ximos de L quanto quisermos ao fazer n suficiente- mente grande. Se lim n→∞ an for um nu´mero, dizemos que a sequeˆncia converge (ou e´ convergente). Caso contra´rio, dizemos que a sequeˆncia diverge (ou e´ divergente). Definic¸a˜o 1.5 Dizemos que um sequeˆncia {an} e´ (a) crescente se an ≤ an+1, para todo n ∈ N∗; (b) decrescente se an ≤ an+1, para todo n ∈ N∗; (c) mono´tona se for crescente ou decrescente; (d) limitada superiormente se existe uma constante real M tal que an ≤M , para todo n ∈ N∗; 2 (e) limitada inferiormente se existe uma constante real N tal que an ≥ N , para todo n ∈ N∗; (f) limitada quando ela for limitada superiormente e inferiormente. Exemplo 1.6 Note que, pela definic¸a˜o: (a) as sequeˆncias {n}, { n n+ 1 } e {3} sa˜o crescentes; (b) a sequeˆncia { 3 n+ 5 } e´ decrescente pois, como 0 < n+ 5 ≤ n+ 6, segue que 1 n+ 5 > 1 n+ 6 ⇒ 3 n+ 5 > 3 n+ 6 = 3 (n+ 1) + 5 ⇒ an ≥ an+1; (c) as sequeˆncias {an} = { n n+ 1 } e {bn} = { n! nn } sa˜o limitadas (inferiormente por 0 e superior- mente por 1) pois 0 < n < n+ 1⇒ 0 < n n+ 1 < 1⇔ 0 < an < 1 e 0 < 1 · 2 · 3 · . . . · n n · n · n · . . . · n = 1 n · 2 n · 3 n · n n ≤ 1 · 1 · 1 · . . . 1 = 1. Exemplo 1.7 Mostre que a sequeˆncia com termo geral an = n n2 + 1 e´ decrescente. Soluc¸a˜o: Considere a func¸a˜o f(x) = x x2 + 1 . Como f ′(x) = x2 + 1− 2x (x2 + 1)2 = 1− x2 (x2 + 1)2 < 0 sempre que x2 > 1, f e´ decrescente em (1,+∞) e, como f(n) = an, segue que {an} e´ decrescente. Definic¸a˜o 1.8 Seja {an} uma sequeˆncia. Dizemos que {bn} e´ uma subsequeˆncia de {an} se exis- tirem nu´meros naturais t1, t2, . . . , tn, . . . tais que t1 < t2 < . . . < tn < . . . e bn = atn. Exemplo 1.9 Considere a sequeˆncia {an} = { 1,−1 2 , 1 3 ,−1 4 , 1 5 ,−1 6 , . . . } . Note que {bn} = {a2n+1} ={ 1, 1 3 , 1 5 , . . . } e {cn} = {a2n} = { −1 2 ,−1 4 ,−1 6 , . . . } sa˜o subsequeˆncias de {an} correspondentes aos temos de ı´ndices ı´mpares e pares, respectivamente. 3 1.2 Teoremas sobre sequeˆncias Teorema 1 Seja {an} uma sequeˆncia e seja f uma func¸a˜o definida para todo inteiro positivo tal que f(n) = an, para n ∈ N∗. Se lim x→∞ f(x) = L, enta˜o lim n→∞ an = L. Teorema 2 Sejam {an} e {bn} duas sequeˆncias. Se lim n→∞ an = L e lim n→∞ bn = M , enta˜o (i) lim n→∞ c · an = c · L; (ii) lim n→∞ (an + bn) = L+M ; (iii) lim n→∞ (an · bn) = L ·M ; (iv) lim n→∞ an bn = L M , desde que lim n→∞ bn 6= 0 e todo bn 6= 0. Teorema 3 (Teorema do Confronto para Sequeˆncias) Sejam as sequeˆncias {an}, {bn} e {cn}. Se lim n→∞ an = lim n→∞ bn = L e an ≤ cn ≤ bn, para todo n ∈ N∗, enta˜o lim n→∞ cn = L. Teorema 4 (Teorema da Convergeˆncia Mono´tona) Toda sequeˆncia mono´tona limitada e´ con- vergente. Teorema 5 Toda sequeˆncia convergente e´ limitada. Teorema 6 Se {xn} e´ uma sequeˆncia tal que lim n→∞ xn = 0 e {yn} e´ uma sequeˆncia limitada, enta˜o lim n→∞ (xn · yn) = 0 (mesmo que na˜o exista lim n→∞ yn). Teorema 7 Seja {an} uma sequeˆncia e seja {bn} uma subsequeˆncia de {an}. Se lim n→∞ an = L, enta˜o lim n→∞ bn = L. Corola´rio 1.10 1. Se duas subsequeˆncias de uma sequeˆncia convergem para pontos distintos, enta˜o a sequeˆncia e´ divergente. 2. Se uma subsequeˆncia diverge, enta˜o a sequeˆncia diverge. 3. Se as subsequeˆncias dos ı´ndices pares e ı´mpares convergem para um mesmo valor, enta˜o a sequeˆncia tambe´m converge para o mesmo valor. 4 1.3 Exerc´ıcios Observac¸a˜o: Representaremos as sequeˆncias denotando os termos dentre chaves ou pareˆnteses. 1. Determine o termo geral de cada sequeˆncia abaixo. (a) { 1 2 , 2 3 , 3 4 , 4 5 , . . . } Soluc¸a˜o: Note que a1 = 1 2 , a2 = 2 3 , a3 = 3 4 , a4 = 4 5 , . . .. Desta forma, a sequeˆncia acima pode ser escrita como: (an) = ( n n+ 1 ) n∈N∗ . (b) { 1 2 , 1 4 , 1 8 , 1 16 , . . . } Soluc¸a˜o: Note que a1 = 1 2 , a2 = 1 4 , a3 = 1 8 , a4 = 1 16 , . . .. Desta forma, a sequeˆncia acima pode ser escrita como: (an) = ( 1 2n ) n∈N∗ . (c) {1, 3, 5, 7, . . .} Soluc¸a˜o: Note que a1 = 1, a2 = 3, a3 = 5, a4 = 7, . . .. Desta forma, a sequeˆncia acima pode ser escrita como: (an) = (2n− 1)n∈N∗ . (d) { 1,−2 3 , 4 9 ,− 8 27 , . . . } Soluc¸a˜o: Note que a1 = 1, a2 = −2 3 , a3 = 4 9 , a4 = − 8 27 , . . .. Desta forma, a sequeˆncia acima pode ser escrita como: (an) = ( −2 3 )n−1 n∈N∗ . (e) {2, 7, 12, 17, . . .} Soluc¸a˜o: Note que a1 = 2, a2 = 7, a3 = 12, a4 = 17, . . .. Desta forma, a sequeˆncia acima pode ser escrita como: (an) = (5n− 3)n∈N∗ . 5 (f) {0, 2, 0, 2, . . .} Soluc¸a˜o: Note que a1 = 0, a2 = 2, a3 = 0, a4 = 2, . . .. Desta forma, o termo geral da sequeˆncia acima pode ser escrito como: an = { 0, se n e´ ı´mpar 2, se n e´ par. 2. Seja an = 1 · 3 · 5 · 7 · . . . · (2n− 1) 2 · 4 · 6 · . . . · 2n . Resolva os itens abaixo: (a) Exprima an+1 em func¸a˜o de an: Soluc¸a˜o: Seja an = 1 · 3 · 5 · 7 · . . . · (2n− 1) 2 · 4 · 6 · . . . · 2n . Assim, segue que: an+1 = 1 · 3 · 5 · 7 · . . . · (2(n+ 1)− 1) 2 · 4 · 6 · . . . · 2(n+ 1) = 1 · 3 · 5 · 7 · . . . · (2n− 1)(2n+ 1) 2 · 4 · 6 · . . . · 2n · (2n+ 2) = an ( 2n+ 1 2n+ 2 ) . (b) Mostre que (an) e´ decrescente; Soluc¸a˜o: Observe que: an ≥ 0 ∀ n ∈ N∗. E temos pela letra anterior que an+1 = an ( 2n+ 1 2n+ 2 ) . Efetuando a divisa˜o an+1 an , obtemos: an+1 an = an ( 2n+1 2n+2 ) an = 2n+ 1 2n+ 2 . Como n ∈ N∗ temos que 2n+ 1 < 2n+ 2⇒ 2n+1 2n+2 < 1. Assim, an+1 an < 1⇒ an+1 < an. Logo a sequeˆncia e´ decrescente. (c) Mostre que (an) e´ convergente. Soluc¸a˜o: Como an e´ mono´tona, para que ela seja convergente basta que ela seja limitada. De fato, an = 1 · 3 · 5 · 7 · . . . · (2n− 1) 2 · 4 · 6 · . . . · 2n = 1 2 · 3 4 · 5 6 · 7 8 · . . . · 2n− 1 2n < 1. e an > 0, pois o numerador e denominador sa˜o sempre positivos. Assim, 0 < an < 1. Portanto, an e´ limitada e, consequentemente, convergente. 6 3. Verifique se as sequeˆncias abaixo sa˜o mono´tonas ou na˜o mono´tonas. Quais sa˜o limitadas? Lembrando que N∗ = {1, 2, 3, ...}. (a) ( n2 2n2 + 1 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Temos que an+1 = (n+ 1)2 2(n+ 1)2 + 1 e an = n2 2n2 + 1 . Assim, an+1 an = (n+1)2 2(n+1)2+1 n2 2n2+1 = (n+ 1)2 2(n+ 1)2 + 1 · n 2 2n2 + 1 2n4 + 4n3 + 3n2 + 2n+ 1 2n4 + 4n3 + 3n2 = 1 + 2n+ 1 2n4 + 4n3 + 3n2 . Observe que, como n ∈ N∗, enta˜o 2n+ 1 2n4 + 4n3 + 3n2 > 0, temos an+1 an > 1 ⇒ an+1 > an. Portanto a sequeˆncia e´ estritamente crescente. Ale´m disso, como 0 < n2 < 2n2 < 2n2 + 1, temos 0 < n2 2n2 + 1 < 1, ou seja a sequeˆncia e´ limitada. (b) (2 + cos(npi))n∈N∗ Soluc¸a˜o: Note que quando n e´ par, temos 2+cos(2kpi) = 2+1 = 3 e quando n e´ ı´mpar, 2+cos(2k+ 1pi) = 2− 1 = 1. Logo, na˜o e´ mono´tona, pois oscila estre os valores 3 e 1. E ale´m disso, a sequeˆncia e´ limitada, pois: −1 ≤ cos(npi) ≤ 1⇒ 2− 1 ≤ 2 + cos(npi) ≤ 2 + 1⇒ 1 ≤ 2 + cos(npi) ≤ 3. Logo, 1 ≤ an ≤ 3. (c) (( 1 + 2 n )n) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tomando f(x) = ( 1 + 2 x )x , temos que f(n) = an para n ∈ N∗. Como f(x) > 0, repare que f(x) = ( 1 + 2 x )x ⇒ ln(f(x)) = ln (( 1 + 2 x )x) = xln ( 1 + 2 x ) , ou seja, f(x) = exln(1+ 2 x). Derivando, temos f ′(x) = exln(1+ 2 x) · [ ln ( 1 + 2 x ) − 2 x(x+ 2) ] . Como −2 ≤ − 2 x(x+ 2) < 0, enta˜o, para que f ′(x) seja maior que zero basta que ln ( 1 + 2 x ) > 2 pois a exponencial e´ sempre positiva. Mas isso e´ equivalente a dizer 7 que 1 + 2 x > e2 ⇒ x > 2 e2 − 1 = 0, 31. Como para a nossa sequeˆncia, x > 1, sempre teremos ln ( 1 + 2 x ) > 2 e assim, f ′(x) > 0, ou seja, f e´ crescente para todo x ≥ 1. Portanto, (an) e´ crescente para todo n ∈ N∗. Como lim x→∞ f(x) = lim x→∞ ( 1 + 2 x )x , fazendo a mudanc¸a de varia´vel 2 x = 1 y , segue que x→∞⇒ y →∞ e, assim, lim x→∞ ( 1 + 2 x )x = lim y→∞ ( 1 + 1 y )2y = lim y→∞ (( 1 + 1 y )y)2 = ( lim y→∞ ( 1 + 1 y )y)2 = e2. Logo, y = e2 e´ uma ass´ıntota horizontal para f(x). Como f(x) e´ crescente e f(1) = 1 = a1, temos enta˜o 1 ≤ f(x) ≤ e2, e assim f e´ limitada. Como f(n) = an, temos 1 ≤ an ≤ e2, e assim, a sequeˆncia (an) e´ limitada. (d) ( en n ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Considere a func¸a˜o f tal que f(x) = ex x . Temos que: f ′(x) = ex · x− ex x2 = ex(x− 1) x2 . Observe que para x > 1, temos que f ′(x) > 0 e portanto crescente e a sequeˆncia mono´tona. Temos ainda que a1 = e < e2 2 = a2. Portanto, a sequeˆncia e´ mono´tona para todo x ≥ 1. Entretanto ela na˜o e´ limitada, pois lim x→∞ ex x LH = lim x→∞ ex 1 =∞. (e) (n2 · e−n)n∈N∗ Soluc¸a˜o: Considere a func¸a˜o f tal que f(x) = n2 en . Note que: f ′(x) = 2x · ex − x2 · ex (ex)2 = (2x− x2) · ex (ex)2 = 2x− x2 ex = x(2− x) ex . Da´ı, segue que f ′(x) e´ negativa ∀ x ≥ 2. Portanto, f(x) e´ decrescente ∀ x ≥ 2. Logo, f(n) = an e´ decrescente ∀ n ≥ 2. Note que a sequeˆncia e´ limitada, pois: 0 ≤ an ≤ a2 = 0.54 < 1. (f) ( n3 − 3n2 + 4 n3 − n2 − 8n+ 12 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Manipulando algebricamente segue que n3 − 3n2 + 4 n3 − n2 − 8n+ 12 = n+ 1 n+ 3 . Note que an+1 = (n+ 1) + 1 (n+ 1) + 3 = n+ 2 n+ 4 8 e an = n+ 1 n+ 3 . Assim, an+1 an = n+2 n+4 n+1 n+3 = n+ 2 n+ 4 · n+ 3 n+ 1 = n2 + 5n+ 6 n2 + 5n+ 4 . Observe que, como n ∈ N∗, enta˜o n2 + 5n + 6 > n2 + 5n + 4. Desta forma, an+1 an > 1 ⇒ an+1 > an. Portanto, a sequeˆncia e´ estritamente crescente. Ale´m disso, como n + 3 > n + 1 ⇒ 0 < 1 n+ 3 < 1 n+ 1 ⇒ 0 < n+ 1 n+ 3 < n+ 1 n+ 1 = 1 conclu´ımos que a sequeˆncia e´ limitada. (g) ( (−1)n · n 3 1 + 2n2 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Inicialmente observe que: a1 = −1 3 , a2 = 8 33 , a3 = − 27 163 . Da´ı temos que a1 < a2 e a3 < a2. Portanto an na˜o e´ mono´tona pois os termos oscilam entre positivos e negativos. Ale´m disso, esta sequeˆncia tambe´m na˜o e´ limitada, pois |an| na˜o e´ limitado. De fato, lim n→∞ |an| = lim n→∞ n3 1 + 2n2 =∞. (h) ( n 2n ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Observe que: an+1 an = n+1 2n+1 n 2n = n+ 1 2n · 2 · 2n n = n+ 1 2n . Para todo n ≥ 1, temos n + 1 ≤ 2n. Da´ı, n+ 1 2n ≤ 1. Assim, an+1 ≤ an. Portanto, a sequeˆncia e´ mono´tona decrescente. Ale´m disso, sequeˆncia e´ limitada, pois 0 < an < a2 = 1 2 < 1. (i) ( 1− 3n 1− n ) n≥2 . Soluc¸a˜o: Note que: an+1 an = 1−3(n+1) 1−(n+1) 1−3n 1−n = −3n− 2 −n · 1− n 1− 3n = 3n2 − n− 2 3n2 − n . Observe que 3n2 − n− 2 < 3n2 − n, para todo n ≥ 2. Deste modo, an+1 an = 3n2 − n− 2 3n2 − n < 1. 9 Assim, an+1 < an. Portanto a sequeˆncia e´ decrescente, logo mono´tona. Ale´m disso, a sequeˆncia e´ limitada, pois: 3n > n⇒ −3n < −n⇒ 1− 3n < 1− n⇒ 1− 3n 1− n < 1. Portanto, 0 < an < 1. (j) ( n2 n+ 1 − n 2 + 1 n ) n∈N∗ . Soluc¸a˜o: Por manipulac¸o˜es alge´bricas, n2 n+ 1 − n 2 + 1 n = n2 · n− (n2 + 1) (n+ 1) n(n+ 1) = −n(n+ 1)− 1 n(n+ 1) = −1− 1 n(n+ 1) . Considere a func¸a˜o f tal que f(x) = x2 x+ 1 − x 2 + 1 x = −1− 1 x(x+ 1) . Temos que: f ′(x) = 2x+ 1 (x(x+ 1))2 . Assim, f e´ crescente para todo x ≥ 1 e, enta˜o, como f(n) = an para todo n ∈ N∗, temos que a sequeˆncia (an) e´ crescente, logo mono´tona. Ale´m disso, (an) e´ limitada, pois f(x) e´ limitada. De fato, como 0 < 1 x(x+ 2) ≤ 1⇒ −1 ≤ − 1 x(x+ 2) < 0⇒ −2 ≤ −1− 1 x(x+ 2) < −1, temos, −2 ≤ f(x) < −1, e assim f(x) e´ limitada. 4. Mostre que: (a) lim n→∞ n n+ 1 = 1 Soluc¸a˜o: Seja f(x) = x x+ 1 . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e coincide com a sequeˆncia an = n n+ 1 nos inteiros positivos. Logo, como: lim x→∞ x x+ 1 LH = lim x→∞ 1 1 = 1 pelo Teorema 1, temos que lim n→∞ n n+ 1 = 1. (b) lim n→∞ ( 1 + ( −1 2 )n) = 1 Soluc¸a˜o: Como − 1 2n < ( −1 2 )n < 1 2n , segue que ⇒ 1− 1 2n < 1 + ( −1 2 )n < 1 + 1 2n . 10 Como f(x) = 1− 1 2x e g(x) = 1+ 1 2x esta˜o definidas para todo x ≥ 1, x ∈ R, f(n) = 1− 1 2n e g(n) = 1 + 1 2n para n ∈ N∗ e ainda lim x→∞ f(x) = lim x→∞ ( 1− 1 2x ) = 1 e lim x→∞ g(x) = limx→∞ ( 1 + 1 2x ) = 1, temos que lim n→∞ ( 1− 1 2n ) = 1 e lim n→∞ ( 1 + 1 2n ) = 1. Portanto, pelo Teorema do Confronto para Sequeˆncias, segue que lim n→∞ ( 1 + ( −1 2 )n) = 1. 5. Em cada item, determine se a sequeˆncia converge ou diverge. (a) ( n 2n+ 1 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Como f(x) = x 2x+ 1 esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e f(n) = n 2n+ 1 = an para n ∈ N∗ e ainda lim x→∞ f(x) = lim x→∞ x 2x+ 1 LH = lim x→∞ 1 2 = 1 2 , temos, pelo Teorema 1, que lim n→∞ n 2n+ 1 = 1 2 , donde concluimos que ( n 2n+ 1 ) n∈N∗ con- verge. (b) ( (−1)n+1 n 2n+ 1 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tomando as subsequeˆncias (bk) = (a2k) = ( (−1)2k+1 2k 2(2k) + 1 ) = ( − 2k 4k + 1 ) e (ck) = (a2k−1) = ( (−1)2k−1+1 2k − 1 2(2k − 1) + 1 ) = ( (−1)2k 2k − 1 4k − 2 + 1 ) = ( 2k − 1 4k − 1 ) de (an), como as func¸o˜es f(x) = − 2x 4x+ 1 e g(x) = 2x− 1 4x− 1 esta˜o definidas para todo x ≥ 1, x ∈ R e temos que f(n) = bn e g(n) = cn para n ∈ N∗, e ainda lim x→∞ f(x) = lim x→∞ ( − 2x 4x+ 1 ) LH = lim x→∞ ( −2 4 ) = −1 2 e lim x→∞ g(x) = lim x→∞ ( 2x− 1 4x− 1 ) LH = lim x→∞ ( 2 4 ) = 1 2 , conclu´ımos, pelo Teorema 1 que lim k→∞ bk = 1 2 6= −1 2 = lim k→∞ ck 11 e assim, (an) possui duas subsequeˆncias (bk) = (a2k) e (ck) = (a2k−1) com limites distintos e, portanto, diverge pelo Corola´rio 1.10. (c) ( (−1)n+1 1 n ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Note que − 1 n < ( (−1)n+1 1 n ) < 1 n . Como f(x) = −1 x e g(x) = 1 x esta˜o definidas para todo x ≥ 1, x ∈ R, f(n) = − 1 n e g(n) = 1 n para n ∈ N∗ e ainda lim x→∞ f(x) = lim x→∞ ( −1 x ) = 0 e lim x→∞ g(x) = lim x→∞ ( 1 x ) = 0, temos que lim n→∞ ( − 1 n ) = 0 e lim n→∞ ( 1 n ) = 0. Portanto, pelo Teorema do Confronto para Sequeˆncias, temos que lim n→∞ ( (−1)n+1 1 n ) = 0. Logo a sequeˆncia ( (−1)n+1 1 n ) n∈N∗ converge. (d) (8− 2n)n∈N∗ Soluc¸a˜o: Seja f(x) = 8 − 2x. Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e conicide com a sequeˆncia (an) = (8− 2n) nos inteiros positivos. Logo, como: lim x→∞ f(x) = lim x→∞ 8− 2x = −∞ pelo Teorema 4.2, temos que lim n→∞ 8− 2n = −∞. Portanto, temos que (8− 2n)n∈N∗ diverge. 6. Verifique se as sequeˆncias abaixo sa˜o divergentes ou convergentes. Caso sejam convergentes, para onde convergem? Lembrando que N∗= {1, 2, 3, . . . }. (a) ( n2 2n2 + 1 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Seja f(x) = x2 2x2 + 1 . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e coincide com a sequeˆncia (an) = ( n2 2n2 + 1 ) nos inteiros positivos. Logo, como: lim x→∞ f(x) = lim x→∞ ( x2 2x2 + 1 ) LH = lim x→∞ ( 2x 4x ) LH = lim x→∞ ( 2 4 ) = 1 2 , 12 pelo Teorema 1, temos que lim n→∞ ( n2 2n2 + 1 ) = 1 2 . Portanto, ( n2 2n2 + 1 ) n∈N∗ converge para 1 2 . (b) (2 + cos(npi))n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tomando as subsequeˆncias (bk) = (a2k) = (2 + cos(2kpi)) = 2 + 1 = 3 e (ck) = (a2k−1) = (2 + cos((2k − 1)pi)) = 2 + 0 = 2 de (an), como as func¸o˜es f(x) = 3 e g(x) = 2 esta˜o definidas para todo x ≥ 1, x ∈ R e temos que f(n) = bn e g(n) = cn para n ∈ N∗, e ainda lim x→∞ f(x) = lim x→∞ 3 = 3 e lim x→∞ g(x) = lim x→∞ 2 = 2, conclu´ımos, pelo Teorema 1 que lim k→∞ bk = 3 6= 2 = lim k→∞ ck e assim, (an) possui duas subsequeˆncias (bk) = (a2k) e (ck) = (a2k−1) com limites distintos e, portanto, diverge pelo Corola´rio 1.10. (c) (( 1 + 2 n )n) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tome f(x) = ( 1 + 2 x )x . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e que lim x→∞ f(x) = lim x→∞ ( 1 + 2 x )x . Fazendo a mudanc¸a de varia´vel 2 x = 1 y , temos que x→∞⇒ y →∞ e assim lim x→∞ ( 1 + 2 x )x = lim y→∞ ( 1 + 1 y )2y = lim y→∞ (( 1 + 1 y )y)2 = ( lim y→∞ ( 1 + 1 y )y)2 = e2. Como f(n) = ( 1 + 2 n )n para n ∈ N∗, temos pelo Teorema 1 que lim n→∞ ( 1 + 2 n )n = e2, donde conclu´ımos que (( 1 + 2 n )n) n∈N∗ converge para e2. (d) (√ 2n+ 3−√2n− 3) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tome f(x) = √ 2x+ 3 − √2x− 3. Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e que lim x→∞ f(x) = lim x→∞ (√ 2x+ 3−√2x− 3 ) = lim x→∞ (√ 2x+ 3−√2x− 3 ) · (√ 2x+ 3 + √ 2x− 3)(√ 2x+ 3 + √ 2x− 3) 13 = lim x→∞ (√ 2x+ 3 )2 − (√2x− 3)2(√ 2x+ 3 + √ 2x− 3) = limx→∞ (2x+ 3)− (2x− 3)√2x+ 3 +√2x− 3 = limx→∞ 6√2x+ 3 +√2x− 3 = 0. Como f(n) = √ 2n+ 3−√2n− 3 para n ∈ N∗ temos, pelo Teorema 1, que lim n→∞ (√ 2n+ 3−√2n− 3 ) = 0, donde conclu´ımos que (√ 2n+ 3−√2n− 3) n∈N∗ converge para 0. (e) ( en n ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tome f(x) = ex x . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e que lim x→∞ f(x) = lim x→∞ ( ex x ) LH = lim x→∞ ( ex 1 ) =∞. Como f(n) = en n para n ∈ N∗ temos, pelo Teorema 1, que lim n→∞ ( en n ) =∞, donde conclu´ımos que ( en n ) n∈N∗ diverge. (f) (n2e−n)n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tome f(x) = x2e−x = x2 ex . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e que lim x→∞ f(x) = lim x→∞ x2 ex LH = lim x→∞ 2x ex LH = lim x→∞ 2 ex = 0. Como f(n) = n2e−n para n ∈ N∗, temos pelo Teorema 1 que lim n→∞ n2e−n = 0, donde conclu´ımos que (n2e−n)n∈N∗ converge para 0. (g) ( n3 − 3n2 + 4 n3 − n2 − 8n+ 12 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Tome f(x) = x3 − 3x2 + 4 x3 − x2 − 8 + 12. Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e que lim x→∞ f(x) = lim x→∞ x3 − 3x2 + 4 x3 − x2 − 8 + 12 = limx→∞ x3 ( 1− 3 x + 4 x3 ) x3 ( 1− 1 x − 8 x2 + 12 x3 ) = 1 1 = 1. 14 Como f(n) = n3 − 3n2 + 4 n3 − n2 − 8n+ 12 para n ∈ N ∗, temos pelo Teorema 1 que lim n→∞ n3 − 3n2 + 4 n3 − n2 − 8n+ 12 = 1, donde conclu´ımos que ( n3 − 3n2 + 4 n3 − n2 − 8n+ 12 ) n∈N∗ converge para 1. (h) ( (−1)n n 3 1 + 2n4 ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Sabendo que 0 < ∣∣∣∣(−1)n n31 + 2n4 ∣∣∣∣ ≤ n31 + 2n4 , temos − n 3 1 + 2n4 ≤ ( (−1)n n 3 1 + 2n4 ) ≤ n 3 1 + 2n4 . Como f(x) = − x 3 1 + 2x4 e g(x) = x3 1 + 2x4 esta˜o definidas para todo x ≥ 1, x ∈ R, f(n) = − n 3 1 + 2n4 e g(n) = n3 1 + 2n4 para n ∈ N∗ e ainda lim x→∞ f(x) = lim x→∞ − x 3 1 + 2x4 = lim x→∞ − x 3 x3 ( 1 x3 + 2x ) = 0 e lim x→∞ g(x) = lim x→∞ x3 1 + 2x4 = lim x→∞ x3 x3 ( 1 x3 + 2x ) = 0, temos que lim n→∞ − n 3 1 + 2n4 = 0 e lim n→∞ n3 1 + 2n4 = 0. Portanto, pelo Teorema do Confronto para Sequeˆncias, segue que lim n→∞ ( (−1)n n 3 1 + 2n4 ) = 0, isto e´, ( (−1)n n 3 1 + 2n4 ) n∈N∗ converge para 0. i) ( n 2n ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Seja f(x) = x 2x . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e coincide com a sequeˆncia an = n 2n nos inteiros positivos . Logo, como: lim x→∞ f(x) = lim x→∞ x 2x LH = lim x→∞ 1 2x · ln(2) = 0 temos, pelo Teorema 1, que lim n→∞ ( n 2n ) = 0. Portanto a sequeˆncia ( n 2n ) n∈N∗ converge para 0. 15 (i) ( 1− 3n 1− n ) n≥2 Soluc¸a˜o: Seja f(x) = 1− 3x 1− x . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 2, x ∈ R e coincide com a sequeˆncia an = 1− 3n 1− n para n ≥ 2. Logo,como: lim x→∞ f(x) = lim x→∞ 1− 3x 1− x LH = lim x→∞ −3 −1 = 3 temos, pelo Teorema 1, que lim n→∞ ( 1− 3n 1− n ) = 3. Portanto a sequeˆncia ( 1− 3n 1− n ) n≥2 converge para 3. (j) ( n2 2n3 − 1 · sen(n) ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Note que a func¸a˜o sen(n) e´ limitada, pois 0 < |sen(n)| ≤ 1 para todo n ∈ N∗. Note tambe´m que lim x→∞ n2 2n3 − 1 = limx→∞ n2 n2(2n− 1 n2 ) = lim x→∞ 1 2n− 1 n2 = 0. Da´ı, pelo Teorema 6, segue que lim n→∞ ( n2 2n3 − 1 · sen(n) ) = 0 e portanto, a sequeˆncia( n2 2n3 − 1 · sen(n) ) n∈N∗ converge para 0. (k) ( n2 n+ 1 − n 2 + 1 n ) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Seja f(x) = x2 x+ 1 − x 2 + 1 x = x2 · x− (x+ 1) · (x2 + 1) (x+ 1)x = x3 − (x3 + x2 + x+ 1) x2 + x = −x2 − x− 1 x2 + x . Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e coincide com a sequeˆncia an = n2 n+ 1 − n 2 + 1 n nos inteiros positivos. Logo, como: lim x→∞ f(x) = lim x→∞ (−x2 − x− 1 x2 + x ) = lim x→∞ ( x2(−1− 1 x − 1 x2 ) x2(1 + 1 x ) ) = lim x→∞ (−1− 1 x − 1 x2 1 + 1 x ) = −1 temos, pelo Teorema 1, que lim n→∞ (−n2 − n− 1 n2 + n ) = −1. Portanto a sequeˆncia ( n2 n+ 1 − n 2 + 1 n ) n∈N∗ converge para −1. (l) ( n−√n2 − n) n∈N∗ Soluc¸a˜o: Seja f(x) = x − √x2 − x. Repare que f esta´ definida para todo x ≥ 1, x ∈ R e coincide 16 com a sequeˆncia an = n− √ n2 − n nos inteiros positivos. Logo, como: lim x→∞ f(x) = lim x→∞ x− √ x2 − x = lim x→∞ ( x− √ x2 − x ) · ( x+ √ x2 − x x+ √ x2 − x ) = lim x→∞ ( x2 − (√x2 − x)2 x+ √ x2 − x ) lim x→∞ ( x2 − x2 + x x+ √ x2 − x ) = lim x→∞ x x+ √ x2 ( 1− 1 x ) = lim x→∞ x x+ x √ 1− 1 x = lim x→∞ x x ( 1 + √ 1− 1 x ) = lim x→∞ 1 1 + √ 1− 1 x = 1 1 + 1 = 1 2 temos, pelo Teorema 1, que lim n→∞ ( n− √ n2 − n ) = 1 2 . Portanto a sequeˆncia ( n−√n2 − n) n∈N∗ converge para 1 2 . 7. Mostre que a sequeˆncia ( cos(n) n ) e´ convergente, sendo n ≥ 1. Soluc¸a˜o: Note que a func¸a˜o cos(n) e´ limitada, pois |cos(n)| ≤ 1 para todo n ∈ N∗. Note ainda que lim x→∞ 1 x = 0. Da´ı, pelo Teorema 6 temos que lim n→∞ ( cos(n) n ) = 0 e portanto, a sequeˆncia e´ convergente. 8. Use o Teorema do Confronto para mostrar que a sequeˆncia ( 3 + (−1)n n2 ) e´ convergente. Soluc¸a˜o: Como −1 ≤ (−1)n ≤ 1, temos 3−1 ≤ 3+(−1)n ≤ 3+1⇒ 2 ≤ 3+(−1)n ≤ 4⇒ 2 n2 ≤ 3+(−1)n n2 ≤ 4 n2 . Seja f(x) = 2 x2 e g(x) = 4 x2 . Repare que f e g esta˜o definidas para todo x ≥ 1, x ∈ R, f(n) = 2 n2 e g(n) = 4 n2 para n ∈ N∗ e ainda lim x→∞ f(x) = lim x→∞ 2 x2 = 0 lim x→∞ g(x) = lim x→∞ 4 x2 = 0. Assim, pelo Teorema 1, lim n→∞ ( 2 n2 ) = 0 e lim n→∞ ( 4 n2 ) = 0. Portanto, pelo Teorema do Confronto para Sequeˆncias, temos que lim n→∞ ( 3 + (−1)n n2 ) = 0. Logo a sequeˆncia ( 3 + (−1)n n2 ) n∈N∗ converge. 17 9. Deˆ um contra-exemplo para justificar que a proposic¸a˜o e´ falsa: (a) Toda sequeˆncia limitada e´ convergente; Soluc¸a˜o: Tome a sequeˆncia (2 + cos(npi))n∈N∗ , vista no exerc´ıcio 6(b). Ela e´ limitada mas na˜o e´ convergente. (b) Toda sequeˆncia divergente e´ na˜o limitada; Soluc¸a˜o: Tome a sequeˆncia (2 + cos(npi))n∈N∗ , vista no exerc´ıcio 6(b). Ela e´ divergente e e´ limitada. (c) Toda sequeˆncia alternada e´ divergente; Soluc¸a˜o: Tome a sequeˆncia ( (−1)n+1 1 n ) n∈N∗ , vista no exerc´ıcio 5(c). Ela e´ alternada e convergente. (d) Se a sequeˆncia (an) diverge, enta˜o a sequeˆncia (|an|) tambe´m diverge. Soluc¸a˜o: Tome a sequeˆncia (an) = (−1)n. (an) diverge pois an = { 1, para n par −1, para n ı´mpar , isto e´, os termos de an oscilam entre 1 e −1. No entanto, |an| = 1 e, assim, lim n→∞ |an| = 1, ou seja, (|an|) converge. 10. A proposic¸a˜o a seguir e´ verdadeira ou falsa? Se uma sequeˆncia converge para um limite L, enta˜o toda subsequeˆncia sua tambe´m converge para L. Soluc¸a˜o: A afirmativa e´ verdadeira. E´ exatamente o que afirma o Teorema 7. 11. Construa uma sequeˆncia que tenha uma subsequeˆncia convergindo para −4 e outra convergindo para 10. Soluc¸a˜o: Tome, por exemplo, a sequeˆncia (an)n∈N∗ dada por an = −4 cos ( 1 n ) para n par 10 cos ( 1 n ) , para n ı´mpar . Sendo (bk) = (a2k) a subsequeˆncia de (an) formada tomando os elementos da sequeˆncia com ı´ndice par e (ck) = (a2k−1) a subsequeˆncia de (an) formada tomando os elementos da sequeˆncia com ı´ndice ı´mpar, temos lim n→∞ bk = lim n→∞ −4 cos ( 1 n ) = −4 e lim n→∞ ck = lim n→∞ 10 cos ( 1 n ) = −10. Portanto, (an) possui uma subsequeˆncia convergindo para −4 e outra convergindo para 10. 18 12. Deˆ um exemplo de uma sequeˆncia que seja limitada e convergente, pore´m na˜o mono´tona. Soluc¸a˜o: Tome a sequeˆncia ( (−1)n+1 1 n ) n∈N∗ , vista no exerc´ıcio 5(c). Ela e´ alternada (portanto na˜o mono´tona) e convergente. Ale´m disso, e´ limitada pois, como 0 < ∣∣∣∣(−1)n+1 1n ∣∣∣∣ ≤ 1n ≤ 11 = 1, temos −1 ≤ ( (−1)n+1 1 n ) ≤ 1. 13. Dada a sequeˆncia (an), onde an > 0 para todo n e an+1 < kan com 0 < k < 1, prove que (an) e´ convergente. Soluc¸a˜o: Provaremos que (an) e´ limitada e mono´tona. Assim, pelo Teorema da Convergeˆncia Mono´tona, teremos que (an) e´ convergente. De fato, como 0 < k < 1, temos kan < an. Assim, como todos os termos da sequeˆncia sa˜o positivos, temos 0 < an+1 < kan < an ⇒ an+1 < an, ou seja, (an) e´ decrescente (e portanto mono´tona). Repare ainda que, por ser decrescente, o maior termo de an e´ a1, e, portanto, temos 0 < an ≤ a1, ou seja, (an) e´ tambe´m limitada. 14. Prove que se a sequeˆncia (an) for convergente e lim n→∞ an = L, enta˜o a sequeˆncia ((an) 2) tambe´m sera´ convergente e lim a2n = L 2. Soluc¸a˜o: Se lim n→∞ an = L, enta˜o, pelo Teorema 2(iii), temos lim n→∞ a2n = lim n→∞ (an · an) = L · L = L2. 19
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