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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA- SEET DEPARTAMENTO DE FÍSICA - DEFIS ANDRESSA MAYARA COSTA ROSA LEONIR JOSAFAT GUEMBARSKI MARIANA GABRIELA FABIANI MATHEUS VIEIRA CAMARGO RAMOS PATRICIA CAMARGO DE OLIVEIRA SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS Relatório entregue ao professor Dr. Valdirlei Fernandes Freitas da disciplina de Física Experimental II para obtenção de nota parcial referente ao 1º semestre do 2º ano do curso de Física. Experimento realizado dia 20/03/2017 e entregue dia 27/03/2017. Responsável pelo relatório: Mariana Gabriela Fabiani. Guarapuava - PR 2017 1.RESUMO No presente relatório estudou-se as Superfícies Equipotenciais, caracterizadas por todos os pontos de uma determinada superfície conterem o mesmo potencial elétrico e serem perpendiculares às linhas de força eletrostática do sistema. 2.INTRODUÇÃO Quando se é analisada uma superfície que possua seus pontos com o mesmo potencial elétrico, a superfície é chamada de superfície equipotencial. Linhas nessa superfície são linhas equipotenciais. As superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares às linhas equipotenciais. Com isso, o trabalho da força eletrostática é definido como o produto escalar da força pelo deslocamento, como mostra a equação abaixo: W = F d* 2.1 ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA Energia potencial elétrica ou também chamada de eletrostática é definida pela força de duas cargas elétricas dentro de um campo gravitacional, as quais com suas forças de repulsão ou atração vão definir o seu movimento. Não se devendo confundir os campos elétricos com o potencial elétrico. A energia gerada é obtida a partir de combinar a corrente elétrica com o potencial elétrico, resultando na interação conservativa da Lei de Coulomb - que pode ser explicada a partir do trabalho realizado pelas forças no campo elétrico a uma distância ‘r’, como apresentado na seguinte equação: Sendo que: Ep = energia potencial elétrica (J) K = constante elétrica do meio ( )C2 N .m2 Q = carga fonte (C) q = carga de prova ou teste (C) d = distância entre as cargas (m) 2.2 CAMPO ELÉTRICO Na eletrostática entende-se que o espaço que envolve as energias elétricas é o campo elétrico do sistema, caracterizado por ser uma grandeza vetorial, ou seja, são agregados uma direção e um sentido ao mesmo. Como as cargas no campo podem ser positivas ou negativas, quando coloca-se uma carga de prova próxima ao campo elétrico as cargas interagem em uma relação de repulsão ou atração, sendo possível assim definir a direção e o sentido do mesmo. De uma maneira mais formal, pode-se dizer que, pelo princípio da superposição, a força sobre uma carga puntiforme q, pertinente a sua interação eletrostática com outras cargas puntiformes e fixadas em outras posições, é proporcional a q. [1] Sendo representado por: Fi = qi . Ei Onde pode-se descrever da seguinte forma: E = F/q Pode-se dizer então, que as demais cargas sendo uma fonte para o campo elétrico, fornecem o sentido da carga em questão. Desse modo atuando sobre a carga e onde está localizada e, como há a presença das forças de atração e repulsão nesse sistema, gerando um campo elétrico. Analogamente sendo E = F/q, dado em Newtons por Coulomb. A carga que exerce o papel de carga de prova e que possibilita a medição do valor do campo elétrico criado pelas demais cargas segue o seguinte raciocínio: uma distribuição de cargas no espaço vazio (vácuo) afeta todos os pontos do espaço, produzindo em cada um deles um valor do campo elétrico, e a carga de prova revela a existência deste campo pela força exercida. A carga de prova também cria o seu próprio campo elétrico e pode prejudicar as demais cargas, modificando assim, por consequência, o campo elétrico. Para minimizar essa perturbação, deve-se considerar o valor da carga de prova o menor possível. [1] Juntamente com o campo elétrico está o potencial elétrico. O potencial elétrico é o trabalho necessário para trazer a carga de prova até uma distância desejada das demais cargas, pela carga do sistema: , lembrando que V = q W W = F × d Onde: V = q F×d ⇒ F = d V ×q E = d V ×q × q 1 ⇒ E = d V ( mV olt) Sendo possível, desta forma, a realização de cálculos para se obter o valor do campo elétrico. 2.3 LINHAS DE FORÇA Também chamadas de linhas de campo, as linhas de força são definidas como sendo uma curva tangente em cada ponto à direção do campo neste mesmo ponto [1]. Com a linha de força, pode-se estabelecer a direção do campo elétrico e, a partir da curva tangente, o sentido do campo elétrico também é determinado. Fig 1. Linhas de campo de uma carga positiva e de uma carga negativa, respectivamente. 2.4 SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS Nos campos elétricos encontram-se as superfícies equipotenciais, que são paralelas e possuem a mesma distância que as linhas de força, muitas vezes também são encontradas perpendicularmente às linhas de força do campo elétrico. Lembrando que o vetor campo elétrico é perpendicular às superfícies equipotenciais, deste modo, consequentemente, as linhas de força que por ali passam o tangenciam. [2] 3. OBJETIVOS ● Realizar um mapeamento das linhas equipotenciais e das de força de um campo elétrico, através da simulação do caso eletrostático. ● Medir o potencial elétrico sobre linhas ou superfícies equipotenciais. 4. MATERIAIS ● Cuba transparente com 5 mm de líquido condutor (H2O); ● Papel milimetrado; ● Dois eletrodos em forma de barra; ● Dois eletrodos em forma de disco; ● Ponteira de metal para medição; ● Quatro cabos de ligação banana/banana com derivação. 5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para realizar o mapeamento dos pontos com mesmo potencial elétrico de uma superfície equipotencial, montou-se o aparato experimental de modo que uma das folhas de papel milimetrado fosse disposta embaixo da cuba, para que a leitura da localização dos pontos na mesma pudesse ser realizada. Em seguida, adicionou-se 250 ml de água (líquido condutor) no interior da cuba, assim como dois eletrodos em formato cilíndrico, sendo um positivo e o outro negativo e dispostos de modo a ficarem com um espaço de 10 cm aproximadamente entre si. Cada um deles foi ligado a um cabo de ligação banana/banana, e os cabos ligados à fonte. O terminal negativo da fonte também foi ligado ao terminal negativo do multímetro da mesma forma, a ponteira, utilizada para a movimentação dentro da cuba e para encontrar os pontos equipotenciais, por sua vez, foi ligada ao terminal positivo do multímetro. Ativando-se a fonte, aplicou-se uma tensão de 10V ( voltz) nos eletrodos e, com o auxílio da ponteira, localizou-se pontos simétricos e com valor de 3 V, 5 V e 7 V de tensão no líquidocondutor, respectivamente, sendo que para cada valor de tensão encontrou-se 7 pontos simétricos, que foram passados através de coordenadas para um outro papel milimetrado e então, através dos pontos obtidos, foram traçadas as curvas equipotenciais e as linhas de força do sistema estudado. Repetindo o procedimento nas duas práticas que se seguiram, sendo que na segunda o eletrodo negativo cilíndrico foi substituído por um eletrodo negativo em forma de barra e manteve-se o eletrodo positivo cilíndrico, e na terceira, por sua vez, substituiu-se o eletrodo positivo cilíndrico por um eletrodo positivo em forma de barra, mantendo-se o eletrodo negativo plano. Para cada caso observado tomou-se atenção à polaridade dos eletrodos e realizou-se a análise das linhas equipotenciais formadas pelos pontos mapeados. 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao utilizar dois eletrodos em forma de disco (prática 1), por suas áreas serem pequenas em relação aos em forma de barra, ao traçar as linhas de forças do campo elétrico e determinar o vetor para as forças elétricas, notou-se que a trajetória realizada pelas cargas eram em forma de curvas. Quando utilizou-se, na prática 2, um eletrodo em forma de disco e um em forma de barra, percebeu-se que o comportamento das cargas ainda era em forma de curvas, porém, mais abertas visto que a área da barra (pólo negativo) era maior. Na última prática, em que utilizou-se dois eletrodos em forma de barra, observou que, ao contrário dos anteriores, as cargas descreveram trajetórias retilíneas ao saírem do positivo para o negativo, ou seja, de maneira uniforme, apresentando a mesma distância de uma linha de força para outra. 7. CONCLUSÃO A partir destes dados pôde-se comprovar que, como na teoria, as cargas elétricas migram do pólo positivo para o negativo e, ainda, verificou-se que quanto mais próximo o ponto lido de tensão estiver do pólo positivo maior será o potencial elétrico e, portanto, quanto mais perto encontrar-se do pólo negativo menor será o mesmo. Além disso, não conhecer o valor da carga elétrica não influenciou nos cálculos dos campos elétricos. Outro fator que não teve importância durante o experimento foi o tempo, já que se tivesse este dado, a diferença de potencial em um determinado ponto iria se alterar com o passar do tempo. Portanto, o que diferenciou em resultados diferentes de campos elétricos foram a diferença de potencial e a distância entre os pólos elétricos na superfície equipotencial. 8.RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DO ROTEIRO EXPERIMENTAL a) Ao se mergulhar a ponta de prova na água mediu-se a diferença de potencial elétrico entre dois pontos, os quais neste experimento foram entre dois eletrodos cilíndricos, na primeira prática; entre um eletrodo plano e um cilíndrico na segunda prática e, na terceira prática, entre dois eletrodos planos. d) A equação utilizada para o cálculo da intensidade do campo elétrico, neste experimento, foi desenvolvida no início deste relatório, sendo esta: , a E = d V ( mV olt) razão da diferença de potencial (ddp), em Volts, pela distância entre duas superfícies equipotenciais (d), em metros. Em cada uma das três práticas foram realizados três cálculos de campo elétrico, levando em conta, em todas, a distância e a ddp, as quais foram de 3 a 5V, de 3 a 7V e de 5 a 7V. Tabela 1: Prática 1 - Medidas de distâncias entre superfícies equipotenciais. 3V a 5V 3V a 7V 5V a 7V Distância (m) 0,039 0,06 0,022 Campo Elétrico correspondente (V/m) 51,28 66,67 90,91 Tabela 2: Prática 2 - Medidas de distâncias entre superfícies equipotenciais. 3V a 5V 3V a 7V 5V a 7V Distância (m) 0,033 0,058 0,022 Campo Elétrico (V/m) 60,61 68,97 90,91 Tabela 3: Prática 3 - Medidas de distâncias entre superfícies equipotenciais. 3V a 5V 3V a 7V 5V a 7V Distância (m) 0,029 0,054 0,024 Campo Elétrico (V/m) 68,97 74,07 83,33 f) Todos os campos elétricos observados neste experimento são constantes, pois não há variação da grandeza tempo. Na primeira e na segunda prática deste experimento os campos elétricos observados são homogêneos, vendo que as distâncias entre as linhas de força podem variar neste caso.Na terceira prática, por sua vez, o campo elétrico é uniforme, pois as distâncias entre as linhas de força não variam muito. 9. REFERÊNCIAS [1]. H, Moysés Nussenzveig. Curso de Física Básica, Volume 3, Eletromagnetismo. 1ª Edição. Editora: Edgard Blucher. [2]. HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. KRANE, Kenneth S. Fundamentos da Física. Edição de 1996.
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