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DAC e SCA

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Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
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Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
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Amigo (a)! 
 
Bem-vindo (a) a mais uma aula do nosso curso. Nessa aula, vamos falar da DAC, Angina 
Pectoris, Síndrome Coronariana Aguda e IAM 
Mantenha a fé e determinação. A sua aprovação depende de seu envolvimento e disciplina. 
 
Boa aula! 
 
Profº. Caíque Jordan 
Profº. Rômulo Passos 
Profa. Tainá Santiago 
 
 
www.romulopassos.com.br 
 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
 4 
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA 
 
1. INTRODUÇÃO 
A doença arterial coronariana (DAC) é um tipo de distúrbio dos vasos sanguíneos que está incluída na 
categoria geral da aterosclerose, que deriva de duas palavras gregas: athere (papa gordurosa) e skleros 
(“duro”). Assim, a aterosclerose é a principal causa de DAC. 
O mecanismo da DAC geralmente se relaciona à obstrução da luz da artéria coronária por uma placa 
aterosclerótica, fazendo com que o fluxo sanguíneo se torne insuficiente para uma determinada região do 
miocárdio, devido ao desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio. 
A DAC pode se apresentar em sua forma crônica, como na angina estável, ou como uma síndrome 
coronariana aguda (SCA), que engloba a angina instável (AI) e o infarto agudo do miocárdio (IAM). 
 
2. FISIOPATOLOGIA DA ATEROSCLEROSE 
Acredita-se que o processo comece na forma de estrias gordurosas de lipídios que são depositados na 
túnica íntima das artérias, cujo desenvolvimento ao longo de muitos anos envolve uma resposta infamatória. 
Os monócitos (macrófagos) são células inflamatórias atraídas para o local da lesão endotelial, onde fagocitam 
lipídeos e se transformam em “células espumosas”, que transportam lipídeos para dentro da parede arterial. 
Essas células ainda liberam mediadores químicos, que podem causar ainda mais lesão ao endotélio, atraindo 
plaquetas e dando início ao processo de coagulação (SMELTZER et al., 2011). 
As células musculares lisas dentro da parede do vaso proliferam e formam um revestimento fibroso 
sobre um cerne repleto de lipídeo e infiltrado inflamatório. Esses depósitos são denominados ateromas ou 
placas ateroscleróticas. Se o revestimento for fino e a inflamação for contínua, a lesão transforma-se na 
denominada placa vulnerável. A placa rota constitui um foco para a formação de um trombo, que pode 
obstruir o fluxo sanguíneo levando à síndrome coronariana aguda, que pode resultar em infarto agudo do 
miocárdio (SMELTZER et al., 2011). 
 
3. FATORES DE RISCO DA DAC 
São características ou condições estatisticamente associadas a uma incidência elevada em uma doença. 
Na DAC, são classificados em (LEWIS et al., 2013): 
 
FATORES DE RISCO PARA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA 
Fatores de risco não modificáveis Fatores de risco modificáveis 
Aumento da idade 
Gênero (homens > mulheres até 65 anos) 
Etnia (brancos > afrodescendentes) 
Predisposição genética e história familiar de 
doença cardíaca 
Maiores 
Lipídeos séricos: 
 Colesterol total > 200 mg/dL 
 Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL 
 LDL > 160 mg/dL 
 HDL < 40 mg/dL em homens ou < 50 mg/dL em mulheres 
Pressão arterial ≥ 140/90 mmHg 
Diabetes melito 
Tabagismo 
Sedentarismo 
Obesidade: circunferência abdominal ≥ 102 cm em homens e ≥ 88 
cm em mulheres 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
 5 
 
Contribuintes 
Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL 
Fatores de risco psicossociais (p. ex. depressão, estresse, 
hostilidade e raiva) 
Níveis elevados de homocisteína 
 
4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
A DAC produz sintomas e complicações de acordo com a localização e o grau de estreitamento da luz 
arterial, formação de trombo e obstrução do fluxo sanguíneo para o miocárdio. Esse comprometimento do 
fluxo sanguíneo é habitualmente progressivo, resultando em isquemia. A angina de peito refere-se à dor 
torácica que é produzida pela isquemia do miocárdio (SMELTZER et al., 2011). 
 
ANGINA PECTORIS (ANGINA DO PEITO) 
 
1. CONCEITO 
A angina é uma síndrome clínica caracterizada por dor ou desconforto em qualquer das seguintes 
regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores, sendo tipicamente desencadeada 
ou agravada com atividade física ou estresse emocional e atenuada com uso de nitroglicerina e derivados. A 
angina usualmente acomete portadores de DAC com comprometimento de, pelo menos, uma artéria 
epicárdica. Entretanto, pode também ocorrer em casos de doença cardíaca valvar, cardiomiopatia hipertrófica 
e hipertensão não controlada. 
Pacientes com coronárias normais e isquemia miocárdica relacionada ao espasmo ou disfunção 
endotelial também podem apresentar angina. Além dela, há várias situações de dor torácica ou sintomas 
manifestados nas regiões habituais de sua manifestação que possuem outros diagnósticos, como alterações 
relacionadas ao esôfago, estômago, pulmão, mediastino, pleura e parede torácica. Uma vez excluídas possíveis 
causas cardíacas, as orientações para a condução destes pacientes estão fora da abrangência desta diretriz. 
 
 
 
 
 
2. TIPOS DE ANGINA 
A isquemia do músculo cardíaco pode produzir dor ou outros sintomas, cuja gravidade varia desde uma 
indigestão leve até uma sensação de sufocação ou de peso na parte superior do tórax, incluindo desde 
desconforto até dor agonizante, acompanhada de intensa apreensão e sensação de morte iminente. A dor é, 
com frequência, sentida profundamente no tórax, atrás do esterno (retroesternal). Tipicamente, a dor ou 
desconforto é mal localizado e pode irradiar-se para o pescoço, a mandíbula, os ombros e a face interna dos 
braços, habitualmente no braço esquerdo (SMELTZER et al., 2011). 
 
A angina pode ser classificada, em: 
 
“ Precisamos recarregar nossas baterias, descansar de 8 a 10 minutos a cada 1 
hora de estudo para ter melhor aproveitamento e retomar a concentração.” 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
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3. FATORES PRECIPITANTES DA ANGINA 
De acordo com Lewis et al. (2013), a angina pode ser precipitada pelos seguintes fatores: 
 Esforço físico; 
 Temperaturas extremas; 
 Emoções fortes; 
 Consumo de refeições pesadas; 
 Tabagismo, fumaça de cigarro; 
 Atividade sexual; 
 Estimulantes (p. ex. cocaína, metanfetamina); 
 Padrões de ritmo circadiano. 
 
4. TRATAMENTO CLÍNICO E CUIDADO COLABORATIVO DA ANGINA 
O tratamento da angina estável crônica objetiva diminuir a demanda de oxigênio e/ou aumentar a 
oferta de oxigênio. A ênfase contínua na redução de fatores de risco é uma prioridade e deve ser discutida 
com o paciente. Vejamos na figura a seguir um esquema resumido do tratamento (LEWIS et al., 2013). 
PRINCIPAIS ELEMENTOS DO TRATAMENTO DA ANGINA ESTÁVEL CRÔNICA 
As estratégias devem abordar todos os elementos de tratamento e orientações ao paciente relacionados no seguinte 
mnemônico: 
A 
agente Antiagregante plaquetário / Anticoagulante / terapia Antianginosa 
bloqueador dos receptores da Angiotensina / inibidor da ECA 
B 
bloqueador beta-adrenérgico 
pressão arterial (Blood pressure) 
C 
cigarro 
bloqueadores dos canais de cálcio / colesterol 
D 
dieta 
diabetes 
E 
educação 
exercício 
F vacinação contra a gripe (Flu) 
ANGINA ESTÁVEL 
dor previsível e consistente que ocorre ao 
esforço, mas que é aliviada pelo repouso 
e/ou pelo usode nitroglicerina. 
 
ANGINA INSTÁVEL 
(também chamada de angina pré-infarto 
ou angina em crescendo): os sintomas 
aumentam de frequência e gravidade; 
podem não ser aliviados com o repouso 
nem com o uso de nitroglicerina. 
 
ANGINA INTRATÁVEL OU REFRATÁRIA 
dor torácica intensa e incapacitante. ANGINA VARIANTE 
(também denominada de Prinzmetal): dor 
em repouso, com elevação reversível do 
segmento ST; acredita-se que seja causada 
por vasoespasmo da artéria coronária. 
 
ISQUEMIA SILENCIOSA 
evidência objetiva de isquemia (como 
alterações eletrocardiográficas na prova 
de esforço), porém o paciente não relata 
nenhuma dor. 
 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
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Quanto aos cuidados de enfermagem, as principais metas consistem no tratamento imediato e 
apropriado na ocorrência da angina, prevenção da angina, redução da ansiedade, conscientização do processo 
patológico e compreensão do cuidado prescrito (SMELTZER et al., 2010). Para tanto, o enfermeiro executa as 
seguintes intervenções: 
 Fornecer informações durante um episódio de angina o paciente interromper todas as atividades e 
sentar ou repousar no leito em uma posição semi-Fowler; 
 Observar sinais de angústia respiratória; 
 Administrar nitroglicerina por via sublingual; 
 Avaliar os parâmetros vitais; 
 Administrar oxigênio em caso de queda de saturação de oxigênio ou se a FR estiver aumentada; 
 Executar métodos de redução do estresse; 
 Alternar os períodos de atividade e repouso para prevenção de um novo episódio. 
 
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 
 
1. CONCEITO 
A síndrome coronariana aguda (SCA) é considerada uma situação de emergência, caracterizada pelo 
início abrupto de isquemia miocárdica, que resulta em morte do miocárdio se não forem realizadas as 
intervenções definitivas imediatamente. A SCA abrange a angina instável, o infarto agudo do miocárdio (IAM) 
sem supra desnivelamento do segmento ST (IAMSST) e o infarto agudo do miocárdio com supra 
desnivelamento do segmento ST (IAMST). Independentemente do caso, existe um profundo desequilíbrio 
entre o aporte e a demanda de oxigênio do miocárdio (SMELTZER et al., 2011). 
 
2. FISIOPATOLOGIA 
A fisiopatologia das SCA está relacionada com a placa aterosclerótica instável ou vulnerável, cuja ruptura 
é o grande fator responsável pela trombose aguda devido à grande exposição do sangue aos fatores pró-
coagulantes existentes abaixo do endotélio (SALLUM; PARANHOS, 2010). 
Quando a ruptura da placa é superficial e a obstrução arterial não é total, denomina-se SCA sem supra 
desnivelamento do segmento ST, ocorrendo por isquemia da área afetada (angina instável) ou infarto 
subendocárdico (IAMSST) (SALLUM; PARANHOS, 2010). 
Em IAM ocorre a destruição permanente de uma área do miocárdio, geralmente devido à ruptura 
profunda e extensa de uma placa aterosclerótica com subsequente oclusão total do lúmen da artéria e lesão 
transmural. Nesses casos, ocorre uma elevação típica do segmento ST no eletrocardiograma (ECG), 
caracterizando o IAMST (SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
“ Força meu amigo (a) a aula está terminando! ” 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
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3. FATORES DE RISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
O principal sinal de apresentação na maioria dos pacientes com SCA é a dor torácica, que surge 
subitamente e continua, apesar da medicação e do repouso. Os pacientes também podem apresentar uma 
combinação de sinais e sintomas (SMELTZER et al., 2010), são eles: 
 Cardiovasculares: palpitação, presença de B3 e B4, início recente de sopro, distensão venosa jugular 
e alterações do ECG; 
 Respiratórias: falta de ar, dispneia, taquipneia e estertores (de o IAM tiver causado congestão 
pulmonar); 
 Gastrintestinais: náuseas e vômitos; 
 Geniturinários: redução do débito urinário; 
 Cutâneos: pele fria, pegajosa, sudoreica e pálida (devido à estimulação simpática); 
 Neurológicos: ansiedade, inquietação e tonturas. 
Quanto à localização da dor torácica, normalmente ocorre na região do precórdio ou do epigástrio e os 
locais de irradiação vão desde a região supraumbilical até a mandíbula, incluindo a região cervical, ombros e 
membros superiores; é mais comum para o membro superior esquerdo, acompanhado ou não de parestesia, 
mas pode migrar para qualquer localização do tórax, região epigástrica ou dorso (SALLUM; PARANHOS, 2010). 
 
5. AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS 
Geralmente, o diagnóstico de SCA baseia-se nos sintomas de apresentação citados acima. O 
eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações e os exames laboratoriais dos biomarcadores cardíacos séricos 
(creatinoquinase - CK – e suas isoformas, troponinas – especialmente as cardioespecíficas cTnI e cTnT; e a 
mioglobina). O exame físico isoladamente não confirma o diagnóstico, mas é de grande valia (SMELTZER et al., 
2011). 
As modificações no ECG que ocorrem durante o infarto são observadas nas derivações que visualizam a 
superfície acometida do coração. As alterações clássicas do ECG consistem em inversão da onda T, elevação do 
segmento ST e desenvolvimento de uma onda Q anormal. Os pacientes são diagnosticados com umas das 
seguintes formas de SCA (SMELTZER et al., 2011): 
 Angina instável: o paciente apresenta manifestações clínicas de isquemia coronária, porém o ECG e 
os biomarcadores cardíacos não revelam nenhuma evidência de IAM; 
 IAMSST: o paciente apresenta elevação dos biomarcadores cardíacos, porém nenhuma evidência 
definitiva de IAM no ECG; 
IDADE 
Homens> 45 e 
Mulheres > 55 
↑ DO COLESTEROL 
LDL E HDL ↓ 
HISTÓRIA FAMILIA TABAGISMO 
OBSIDADE 
HAS 
DM 
SEDENTARISMO 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
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IAMST: o paciente apresenta evidências de IAM no ECG, com alterações características em duas 
derivações contíguas de um ECG com 12 derivações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse tipo de IAM existe uma lesão significativa do miocárdio. 
No que diz respeito aos biomarcadores cardíacos, sua presença indica que houve dano ao miocárdio 
com morte celular. Os níveis de CK começam a subir cerca de 6 horas depois do IAM, com pico por volta das 
18 horas, retornando ao normal com 24 a 36 horas. A fração CK-MB é específica para lesão do miocárdio 
(LEWIS et al., 2013). 
Os níveis sérios de cTnI e cTnT aumentam 4 a 6 horas após o início do IAM, com pico de 10 a 14 horas, 
retornando ao valor basal em 10 a 14 dias. Já a mioglobina é liberada na circulação dentro de 2 horas após um 
IAM, com picos em 3 a 15 horas, retornando ao normal em 24 horas devido à rápida excreção renal (LEWIS et 
al., 2013). 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO (IAM) 
 
Para a confirmação do diagnóstico de um IAM o ECG de 12 derivações deve ser obtido dentro de 10 min 
a partir do momento em que o paciente se queixa de dor e chega ao serviço de emergência. Para uma maior 
acurácia, deve-se providenciar a coleta de amostras para a investigação dos biomarcadores cardíacos e 
enzimas que incluem a creatinoquinase (CK total e CK-MB), mioglobina e a troponinas (I e T) (SMELTZER et 
al., 2011). 
A intervenção farmacológica inicial visa a diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio e o 
retardo do processo de obstrução coronariana (SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011): 
 
 Morfina: combate à dor e ajuda na redução do tônus adrenérgico; 
 Oxigênio suplementar: aumenta a oferta de oxigênio ao paciente; 
 Nitroglicerina: redução da pré-carga, da tensão na parede ventricular e da pós-carga; 
 Aspirina: impedimento da agregação plaquetária; 
 Betabloqueador: diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio; 
 Anticoagulaçãocom heparina ou inibidores das plaquetas (enoxaparina e clopidogrel). 
 Avaliar quanto às indicações para terapia de reperfusão: intervenção coronária percutânea e terapia 
trombolítica. 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
 10 
1. TROMBOLÍTICOS E INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA (ICP) DE EMERGÊNCIA 
 
Os trombolíticos são usados no tratamento de alguns pacientes com IAM e as opções disponíveis 
atualmente no Brasil são: estreptoquinase, alteplase e tenecteplase. A finalidade dos agentes trombolíticos 
consiste em dissolver o trombo de uma artéria coronária (trombólise), possibilitando novamente o fluxo 
sanguíneo através da artéria (reperfusão), minimizando o tamanho do infarto e preservando a função 
ventricular (SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTTZER et al., 2011). O tempo ideal desde a admissão até a 
administração do trombolítico é < 30 min (tempo porta-agulha). 
Devido ao importante risco de sangramento, a terapia trombolítica traz consigo uma série de cuidados 
que devem ser implementados pelo enfermeiro e sua equipe, conforme explanado por Smeltzer et al. (2011): 
 Minimizar o número de vezes em que se realiza a punção da pele do paciente; 
 Evitar injeções intramusculares; 
 Coletar o sangue para exames laboratoriais quando iniciar a linha IV; 
 Iniciar as linhas IV antes da terapia trombolítica, designar uma linha a ser usada para a coleta de 
amostras de sangue; 
 Evitar o uso contínuo do manguito de pressão arterial não invasivo; 
 Monitorar à procura de arritmias agudas e hipotensão; 
 Monitorar quanto à reperfusão: resolução da angina ou das alterações agudas do segmento ST; 
 Verificar sinais e sintomas de sangramento: diminuição dos valores do hematócrito e hemoglobina, 
redução da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, extravasamento ou protrusão nos locais 
de procedimentos invasivos, dor lombar, fraqueza muscular, alterações no nível de consciência, queixas 
de cefaleia; 
 Tratar o sangramento importante interrompendo a terapia trombolítica e quaisquer anticoagulantes; 
aplicar pressão direta e notificar imediatamente o médico; 
 Tratar o sangramento menor através da aplicação de pressão direta, quando acessível e apropriado; 
continuar o monitoramento. 
O paciente com IAMST pode ser levado diretamente ao setor de hemodinâmica para uma intervenção 
coronária percutânea (ICP) imediata. O procedimento é realizado para abrir a artéria coronária ocluída em 90 
minutos (tempo porta-balão) após a chegada a um hospital que tenha hemodinâmica a fim de promover a 
reperfusão para a área que foi privada de oxigênio. Geralmente, realiza-se a ICP com a colocação de stent(s) 
revestido(s) com fármaco (LEWIS et al., 2013; SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTTZER et al., 2011). 
 As vantagens da ICP incluem: 
 Fornecer uma alternativa à intervenção cirúrgica; 
 É realizada com anestesia local; 
 O paciente recebe alta com 24 h após o procedimento; 
 O tempo de internação é de cerca de 1 a 3 dias, em comparação com a internação por 4 a 6 dias na 
cirurgia de revascularização; 
 O paciente pode retornar ao trabalho cerca de 5 a 7 dias após a ICP (LEWIS et al., 2013). 
 
Vejamos agora as indicações e contraindicações relativas e absolutas dessa terapia: 
 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A TERAPIA TROMBOLÍTICA 
 
Indicações: 
 Dor torácica por mais de 20 min, que não é aliviada pela nitroglicerina 
 Elevação do segmento ST em, pelo menos, duas derivações que estão na mesma área do coração 
 Menos de 6h desde o início da dor (de modo ideal dentro da primeira hora) 
 
Contraindicações absolutas: 
 Sangramento ativo; 
 Hemorragia interna ativa ou diátese hemorrágica (excluindo a menstruação) 
 Distúrbio hemorrágico conhecido 
 História conhecida de aneurisma cerebral ou malformação arteriovenosa 
 Neoplasia intracraniana conhecida (primária ou metastática) 
 Acidente vascular cerebral isquêmico recente (nos últimos 3 meses) 
 Traumatismo facial ou craniano significativo nos últimos 3 meses 
 Suspeita de dissecção de aorta 
 Cirurgia de grande porte recente 
 
Contraindicações relativas/cautela: 
 Úlcera péptica ativa 
 Uso atual de anticoagulantes 
 Gravidez 
 Acidente vascular isquêmico há mais de 3 meses, demência ou doença intracraniana conhecida que não se encaixa nas 
contraindicações absolutas 
 Cirurgia (incluindo cirurgia ocular a laser) recente (em 3 semanas) ou punção de vasos não compressíveis 
 Doenças sistêmicas graves (p. ex. câncer terminal/avançado, doença hepática/renal grave) 
 Hipertensão grave não controlada (PA > 180/110 mmHg) em vigência ou hipertensão crônica grave mal controlada 
 Reanimação cardiopulmonar traumática ou prolongada (> 10 mm) 
 
2. COMPLICAÇÕES DO IAM 
 
As complicações podem ocorrer devido a disfunções elétricas ou problemas na contratilidade 
(bombeamento): 
 Bradicardia e taquicardia sinusais; 
 Choque cardiogênico; 
 Edema agudo de pulmão; 
 Síndrome de Dessler; 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
 12 
 Extrassístoles atriais; 
 Extrassístoles ventriculares; 
 Bloqueio atrioventricular durante o IAM; 
 Aneurisma ventricular após o IAM; 
 Ruptura septal ventricular após IAM; 
 Ruptura do músculo papilar após IAM; 
 Ruptura da parede cardíaca após IAM; 
 Pericardite após IAM; 
 Insuficiência cardíaca e IAM. 
 
4. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA 
 
 A classificação de killip permite avaliar a gravidade da insuficiência ventricular nos pacientes com IAM e 
classifica o risco de mortalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KILLIP MANIFESTAÇÕS CLÍNICAS MORTALIDADE 
1 Sem congestão pulmonar, sem dispnéia B3 ou creptos 6% 
2 Estertores pulmonares, distensão de julgular e B3 17% 
3 Edema agudo de pulmão 38% 
4 Choque cardiogênico 
PAS< 80 sem resposta ao volume 
81% 
Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir, faça isso apenas das aulas 
que estiver acompanhando, pois o material é atualizado e ampliado mensalmente. 
 
Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste curso Completo de 
Enfermagem para Concursos. 
 
As questões online estão sendo ampliadas diariamente (todas comentadas em vídeo) - estude por elas 
para ser aprovado (a). 
“Não perca a esperança, pois a sua fé e determinação o levará a caminhos de vitórias”. 
 
Fernanda Andrade Rocha - 058.211.655-47
 
 13 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
Meu amigo (a), o foco e disciplina nos estudos o levará a aprovação, 
então, vamos ver algumas questões importantes a respeito do tema abordado! 
 
1) (Prefeitura de Cortês-PE/ IDEST/2014) Com relação à administração da terapia trombótica no I.A.M., são 
contra indicações absolutas, exceto: 
a) Sangramento ativo. 
b) Distúrbio hemorrágico conhecido 
c) História de A.V.C. hemorrágico 
d) Cirurgia ou trauma importante recente 
e) Até 6 horas do início da dor 
COMENTÁRIOS: 
Os trombolíticos são usados no tratamento de alguns pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM), 
cuja finalidade consiste em dissolver o trombo em uma artéria coronária possibilitando novamente o fluxo do 
sangue através da coronária (reperfusão), minimizando o tamanho do infarto e preservando a função 
ventricular. 
Possui as seguintes indicações: 
 Dor torácica por mais de 20 min, que não é aliviada com nitroglicerina; 
 Elevação do segmento ST em, pelo menos, duas derivações que estão na mesma área do coração; 
 Menos de 6h desde o início da dor. 
 Possui as seguintes contraindicações absolutas: 
 Sangramento ativo; 
 Distúrbio hemorrágico conhecido; 
 Histórico de acidentevascular encefálico hemorrágico; 
 Histórico de malformação dos vasos intracranianos; 
 Cirurgia de grande porte ou traumatismo recentes; 
 Hipertensão não controlada; 
 Gravidez. 
 
 
2) (MPE-RS/ MPE-RS/2014) O infarto agudo do miocárdio foi responsável por 60.080 óbitos no Brasil em 2004, 
sendo a principal causa isolada de morte no país. São manifestações clínicas do infarto agudo do miocárdio: 
a) anorexia, dor torácica, febre e sepse. 
b) dor torácica, sudorese intensa, dispneia, náuseas e vômitos. 
c) dor torácica, hipoglicemia e hipertensão arterial. 
d) prostração, febre e edema. 
e) diarreia, poliúria e câimbras. 
 
 
Isto posto, o gabarito da questão é a letra E. 
. 
 
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COMENTÁRIOS: 
A síndrome coronariana aguda (SCA) é uma situação de emergência, caracterizada pelo início súbito de 
isquemia miocárdica, que resulta em morte do miocárdio (isto é, infarto do miocárdio) se não forem realizadas 
imediatamente intervenções definitivas. O espectro da SCA abrange a angina instável, o IAM sem elevação do 
segmento ST (IAMSSST) e o IAM com supradesnivelamento ST (IAMCSST). Em um IAM ocorre destruição 
permanente de uma área do miocárdio, tipicamente devido à ruptura de uma placa e formação subsequente 
de trombo, resultando em oclusão completa da artéria (SMELTZER, 2011). 
 A dor torácica surge subitamente e é contínua, apesar do repouso e do uso de medicamento 
(nitroglicerina). Os pacientes podem apresentar uma combinação de sintomas, incluindo dor torácica, falta de 
ar, indigestão, náuseas e ansiedade. Podem ter pele fria, pálida e úmida (sudorese intensa). 
 
 
3) (Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais/ FUMARC/2014) Considerando o caso clínico do 
paciente diagnosticado no pronto socorro com IAM sem supradesnivelamento de ST e sua resposta à questão 
anterior (28), a prioridade de tratamento para ele, de acordo com as diretrizes 2010 para Reanimação 
Cardiopulmonar da American Heart Association e que o enfermeiro precisa dar o encaminhamento necessário, 
é: 
a) Fibrinólise. 
b) Realização de ecocardiograma. 
c) Reperfusão com angioplastia no laboratório de hemodinâmica. 
d) Agendamento de cineangiocoronariografia (CAT) de 12 a 24 horas. 
COMENTÁRIOS: 
Caros colegas, a American Heart Association (AHA, 2010) determina a seguinte disposição em suas 
diretrizes: 
 A realização da intervenção coronária percutânea (ICP) tem sido associada a resultados favoráveis em 
pacientes adultos ressuscitados de uma PCR. É sensato incluir cateterização cardíaca nos protocolos pós-PCR 
padronizados como parte de uma estratégia geral para melhorar a sobrevivência neurologicamente intacta 
nesse grupo de pacientes. Em pacientes com PCR extra-hospitalar devida a FV, recomenda-se a angiografia de 
urgência com revascularização imediata da artéria relacionada ao infarto/enfarte. 
 No Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica, Smeltzer e cols. (2011) consideram que o paciente com 
infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) pode ser levado diretamente 
ao laboratório de hemodinâmica para uma ICP imediata. O procedimento é realizado para abrir a artéria 
coronária ocluída e promover a reperfusão para a área que foi privada de oxigênio. 
 O tempo porta-balão consiste no intervalo de tempo médio decorrido entre a entrada do paciente com 
sintomas de IAM, no pronto socorro, até o início do cateterismo de emergência, feita por meio de um cateter-
balão para desobstrução da artéria afetada (ICP). É considerado o tratamento mais eficiente para crises de 
infarto e o limite máximo de tempo estabelecido é de 90 min. 
 
 
Portanto, a resposta correta é a alternativa B. 
 
Portanto, a resposta correta é a letra C. 
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4) (Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais/ FUMARC/2014) A prioridade do cuidado de 
enfermagem para um paciente que está na sala de emergência, com IAM, deve considerar o seguinte 
diagnóstico de enfermagem: 
a) Náusea. 
b) Eliminação urinária prejudicada. 
c) Integridade da pele prejudicada. 
d) Perfusão tissular cardiopulmonar ineficaz. 
COMENTÁRIOS: 
A síndrome coronariana aguda (SCA) é uma situação de emergência, caracterizada pelo início súbito de 
isquemia miocárdica, que resulta em morte do miocárdio (isto é, infarto do miocárdio) se não forem realizadas 
imediatamente intervenções definitivas. O espectro da SCA abrange a angina instável, o IAM sem elevação do 
segmento ST (IAMSSST) e o IAM com supradesnivelamento ST (IAMCSST). Em um IAM ocorre destruição 
permanente de uma área do miocárdio, tipicamente devido à ruptura de uma placa e formação subsequente 
de trombo, resultando em oclusão completa da artéria (SMELTZER, 2011). 
Podemos concluir, então, nobres concurseiros, que podemos estabelecer o diagnóstico de enfermagem 
PRORITÁRIO: 
PERFUSÃO TISSULAR CARDIOPULMONAR INEFICAZ relacionado à isquemia miocárdica secundária à 
obstrução das artérias coronárias por placas de ateroma rotas e/ou trombos. 
 
 
5) (Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais/ FUMARC/2014) Você é enfermeiro e recebe um 
paciente com dor torácica isquêmica há 20 minutos. De acordo com as diretrizes 2010 para Reanimação 
Cardiopulmonar da American Heart Association, deve-se considerar nesse momento, EXCETO: 
a) Realização de eletrocardiograma em 12 derivações. 
b) Repouso no leito, acesso venoso e monitorização eletrocardiográfica. 
c) Transferência imediata para realização do ecocardiograma de urgência, necessário para diagnóstico. 
d) Administração de oxigênio, morfina, nitrato, aspirina, betabloqueador, conforme prescrição/protocolo e 
necessidade do paciente. 
COMENTÁRIOS: 
Smeltzer e cols. (2011) em seu Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica ensinam as seguintes Diretrizes 
para o Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio: 
- Usar um caminho rápido até o hospital; 
- Obter um eletrocardiograma de 12 derivações a ser lido dentro de 10 min; 
- Obter amostras de sangue para determinação dos biomarcadores cardíacos, incluindo troponina; 
- Iniciar as intervenções médicas de rotina: oxigênio suplementar, nitroglicerina, morfina, ácido acetilsalicílico 
(162 a 325 mg), betabloqueador, inibidor da enzima conversora da angiotensina dentro de 24h, 
anticoagulação com heparina ou inibidores das plaquetas; 
- Avaliar quanto a indicações para terapia de reperfusão: intervenção coronária percutânea ou terapia 
trombolítica; 
Logo, a resposta correta é a alternativa D. 
 
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- Continuar a terapia, quando indicado: heparina intravenosa (heparina de baixo peso molecular, bivalirudina 
ou fondaparinux), clopidogrel (Plavix), inibidor da glicoproteína IIb/IIIa, repouso no leito por um período 
mínimo de 12 a 24h. 
Obviamente, deve-se ser assegurado acesso venoso calibroso e monitorização eletrocardiográfica 
contínua à beira leito. 
 
 
 
6) (Prefeitura de Marumbi-PR/FAUEL/2014) Paciente atendido em casa queixando-se de dor torácica de forte 
intensidade há mais de 30 minutos, que se localiza atrás do esterno e irradia-se para o membro superior 
esquerdo, falta de ar e inquietação, a suspeita é de: 
a) Acidente Vascular Cerebral. 
b) Insuficiência Cardíaca Congestiva. 
c) Infarto Agudo do Miocárdio. 
d) Angina Pectoris. 
COMENTÁRIOS: 
A síndrome coronariana aguda (SCA) é uma situação de emergência, caracterizada pelo início súbito de 
isquemia miocárdica, que resulta em morte do miocárdio (isto é, infarto do miocárdio) se não forem realizadas 
imediatamente intervenções definitivas. O espectro da SCA abrange a angina instável, o IAM sem elevação do 
segmento ST(IAMSSST) e o IAM com supradesnivelamento ST (IAMCSST). Em um IAM ocorre destruição 
permanente de uma área do miocárdio, tipicamente devido à ruptura de uma placa e formação subsequente 
de trombo, resultando em oclusão completa da artéria (SMELTZER, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dor torácica surge subitamente e é contínua (pode irradiar para o membro superior esquerdo, região 
epigástrica, mento e dorso), apesar do repouso e do uso de medicamento (nitroglicerina). Os pacientes podem 
apresentar uma combinação de sintomas, incluindo dor torácica, falta de ar, indigestão, náuseas e ansiedade. 
Podem ter pele fria, pálida e úmida (sudorese intensa). 
 
 
 
 
A letra C apresenta uma intervenção descabida, visto que o IAM não precisa de 
ecocardiagrama para seu diagnóstico. 
 
Portanto, a resposta correta é a letra C. 
 
 
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7) (Prefeitura de Arapongas–PR/ IBFC/2014) Considerando o Infarto Agudo do Miocárdio, leia as frases abaixo 
e a seguir assinale a alternativa correta. 
I - É resultante da obstrução de uma das artérias coronárias, Essa obstrução pode ocorrer devido a 
aterosclerose, trombose, agregação plaquetária, estenose ou espasmo da artéria coronária. 
II - São considerados fatores predisponentes o envelhecimento, o sedentarismo, o tabagismo e a obesidade. 
III. A concentração sérica da creatinocinase (CK) mostrasse diminuída, principalmente da isoenzima CK-MB, 
que é a fração muscular cardíaca da CK. 
IV - Um dos diagnósticos de enfermagem é a dor aguda relacionada com a isquemia dos tecidos miocárdicos. 
a) As frases I, II, III e IV estão corretas. 
b) Apenas as frases I e IV estão corretas. 
c) Apenas as frases I, II e IV estão corretas. 
d) Apenas as frases I e II estão corretas. 
COMENTÁRIOS: 
A creatinocinase, creatinoquinase ou creatinofosfoquinase (CK) é uma enzima que catalisa a via 
metabólica da creatina-creatinina nas células musculares e no tecido cerebral. Em virtude de sua participação 
ativa na produção de energia, a CK reflete o catabolismo normal dos tecidos; a observação de níveis séricos 
elevados indica traumatismo ou necrose miocárdica. Cumpre ressaltar que sua isoforma (isoenzima) CK-MB é 
utilizada para diagnosticar um IAM e reinfarto, tendo em vista que suas concentrações séricas apresentam-se 
elevadas (LIPPINCOTT, 2011). 
Portanto, a única assertiva incorreta é a III. 
 
 
8) (CNEN/IDECAN/2014) O acidente vascular encefálico (AVE) consiste na perda súbita da função cerebral em 
decorrência da ruptura do aporte sanguíneo para uma região do cérebro. As lesões são provocadas por um 
enfarte devido à isquemia ou à hemorragia, resultante do comprometimento da função cerebral. Assinale, a 
seguir, as complicações mais comuns do AVE. 
a) Paraplegia, angina e anemia 
b) Xantoma, hiperlipidemia e pneumonia aspirativa 
c) Tromboembolismo venoso, uremia e diverticulose 
d) Úlcera de decúbito, paraplegia e erupção cutânea 
e) Pneumonia aspirativa, úlcera de decúbito e tromboembolismo venoso 
COMENTÁRIOS: 
Existem inúmeros problemas e alterações provocados pelo acidente vascular encefálico, dentre eles: 
Alterações das funções motoras: alterações do tônus, perda do mecanismo de controle postural. 
Alterações da função sensorial: déficits sensoriais superficiais, propioceptivas e visuais. A diminuição da 
sensibilidade superficial (tátil, térmica e dolorosa) contribui para o risco de autolesões (como as úlceras por 
pressão). 
Alterações da função perceptiva: os distúrbios podem ser a nível da figura de fundo, posição no espaço, 
constância da forma, percepção da profundidade, relações espaciais e orientação topográfica, apraxia e 
agnosia. 
A resposta correta é a letra C. 
 
 
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Alterações de comunicação: afasia (de Broca, de Wernicke, global, anômica, transcortical motora, 
transcortical sensorial, transcortical mista). 
Alterações de comportamento: labilidade emocional. 
Problemas e complicações secundárias: pneumonia aspirativa, tromboembolismo venoso, infecção do 
trato respiratório, incontinência urinária e constipação. 
 
 
9) (TCE-PI/FCC/2014) A portaria do MS de nº 664/2012 estabelece o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas 
sobre a trombólise no acidente vascular cerebral isquêmico agudo. Dentre as informações descritas nesse 
documento, consta que 
a) o aparecimento súbito de déficits neurológicos nos AVC isquêmico e hemorrágico independe da região 
cerebral envolvida 
b) o paciente com suspeita de AVC deve ser encaminhado ao centro habilitado para atendimento de urgência 
em AVC 
c) a administração do trombolítico, por via intravenosa, deve ocorrer em até 12 horas do início dos sinais e 
sintomas 
d) a sintomatologia mais comum nos infartos da artéria carótida é hemiparesia e hemiplegia ipsilateral 
e) a investigação, quanto ao início das manifestações neurológicas do AVC, é secundária à aplicação dos 
critérios de inclusão ou de exclusão do trombolítico 
COMENTÁRIOS: 
Vamos comentar as alternativas INCORRETAS: 
a) o aparecimento súbito de déficits neurológicos nos AVC isquêmico e hemorrágico DEPENDE da região 
cerebral envolvida. 
c) a administração do trombolítico, por via intravenosa, deve ocorrer em até 4,5 horas do início dos 
sinais e sintomas. 
d) a sintomatologia mais comum nos infartos da artéria carótida é hemiparesia e hemiplegia 
CONTRALATERAL. 
e) a investigação, quanto ao início das manifestações neurológicas do AVC, é PRIMÁRIA (ANTERIOR) à 
aplicação dos critérios de inclusão ou de exclusão do trombolítico. 
 
 
10. (EBSERH Nacional/Instituto AOCP/2015) O infarto agudo do miocárdio possui como uma de suas 
principais características: 
a) o acometimento principalmente de homens com menos de 45 anos. 
b) a elevação rapidamente das enzimas hepáticas. 
c) a dor leve e com menos de 10 minutos de duração. 
d) o fato de a pressão diastólica sempre se elevar a níveis superiores a 180 mmHg. 
e) a existência de oclusão de uma artéria ou ramo de coronária. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar item por item e identificar o que está errado: 
a) O acometimento principalmente dos homem com MAIS de 45 anos 
Diante do exposto, concluímos que a resposta correta é a letra E. 
 
Isto posto, a reposta correta é a letra B. 
 
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b) A elevação rapidamente das enzimas CARDÍACAS 
c) A dor FORTE e com MAIS de 10 minutos de duração. 
d) O fato de a pressão SISTÓLICA sempre se elevar a níveis superiores a 180 mmHg 
 
 
11. (Exercito do Brasil/ EsFCEx / 2015) Milhares de brasileiros morrem por ano em consequência das doenças 
cardiovasculares, dentre elas destacam-se o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e a Insuficiência Coronariana 
(angina). Existem várias situações clínicas e patológicas dessas doenças que podem gerar uma situação de 
urgência e emergência. Assinale a alternativa correta acerca do atendimento de emergência a indivíduos em 
situação de IAM e angina: 
a) manter o paciente em jejum por até 12 horas para evitar o vômito. 
b) manter vias aéreas permeáveis, com uso de O2, sob cateter nasal até 2 litros/minuto. 
c) a analgesia e sedação podem ser necessárias durante as crises de angina e infarto em virtude do estresse 
causado. 
 d) manter o paciente deitado, em decúbito lateral esquerdo, com a cabeceira ligeiramente elevada. 
 e) o uso de nitratos durante as crises de angina e infarto não aliviam a dor, mas podem prevenir novas crises. 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos item por item: 
a) manter o paciente em jejum por até 12 horas para evitar o vômito. FALSO 
b) manter vias aéreas permeáveis, com uso de O2, sob cateternasal até 2 litros/minuto. FALSO. O aporte 
de O2 deve ser intenso, e não apenas 2 litros/minuto. 
d) manter o paciente deitado, em decúbito lateral esquerdo, com a cabeceira ligeiramente elevada. 
FALSO 
e) o uso de nitratos durante as crises de angina e infarto não aliviam a dor, mas podem prevenir novas 
crises. FALSO 
 
 
12. (Prefeitura de Gravataí - RS/ MAKIYAMA / 2015) Um trabalhador de 40 anos, vítima de infarto agudo do 
miocárdio, foi encaminhado para o pronto socorro. Ele foi admitido consciente e com sudorese, referindo 
intensa dor precordial. Após atendimento inicial, apresentou parada cardiorrespiratória. Foi realizada 
avaliação primária seguida de avaliação secundária, e ele foi levado para sala de emergência. Havia o 
enfermeiro, duas auxiliares de enfermagem e dois médicos atendendo tal paciente. Diante desse quadro, 
assinale a alternativa CORRETA quanto à sequência da avaliação secundária. 
a) Ajudar na intubação endotraqueal, rever o acesso venoso, preparar as medicações solicitadas para parada 
cardiorespiratória e fazer o diagnóstico diferencial. 
b) Ajudar na aspiração endotraqueal, preparar as medicações solicitadas para parada cardiorrespiratória, 
providenciar acesso venoso e fazer o diagnóstico diferencial. 
c) Preparar as medicações solicitadas para parada cardiorrespiratória, fazer massagem cardíaca, ventilar o 
paciente com máscara e fazer o diagnóstico diferencial. 
d) Ajudar na intubação endotraqueal, massagem cardíaca, providenciar o acesso venoso e ajudar na aspiração 
endotraqueal. 
Desta forma, o gabarito correto é a letra E. 
 
Desta forma obtemos o gabarito correto: C. 
 
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e) Preparar para as medicações, ventilar o paciente com máscara e ambú, providenciar acesso venoso e 
massagem cardíaca. 
COMENTÁRIOS: 
b) Ajudar na aspiração endotraqueal, preparar as medicações solicitadas para parada 
cardiorrespiratória, providenciar acesso venoso e fazer o diagnóstico diferencial. FALSO. O acesso venoso é 
realizado na primária. 
c) Preparar as medicações solicitadas para parada cardiorrespiratória, fazer massagem cardíaca, 
ventilar o paciente com máscara e fazer o diagnóstico diferencial. FALSO. A massagem cardíaca faz parte da 
primaria. 
d) Ajudar na intubação endotraqueal, massagem cardíaca, providenciar o acesso venoso e ajudar na 
aspiração endotraqueal. 
e) Preparar para as medicações, ventilar o paciente com máscara e ambú, providenciar acesso venoso e 
massagem cardíaca. FALSO. Ventilar com mascara e ambú estão inclusos na avaliação primária. 
 
 
 
 
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Caro colega, 
Chegamos ao final de nossa aula. 
Contamos com engajamento, estudo e determinação de todos vocês! 
Profº. Rômulo Passos 
Profª. Raiane Bezerra 
Profª. Tainá Santiago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo, a alternativa correta é a A. 
 
 
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GABARITO 
1. E 
2. B 
3. C 
4. D 
5. C 
6. C 
7. C 
8. E 
9. B 
10. E 
11. C 
12. A 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 10ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 
2. LEWIS, S. L.; et al. Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica - Avaliação e Assistência Dos Problemas 
Clínicos. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
 
3. SALLUM, A. M. C.; PARANHOS, W. Y. O Enfermeiro e as Situações de Emergência. 2ª ed. Belo Horizonte - 
MG: Atheneu LTDA, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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