Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA+AULA+ DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Prof. RODOLFO KRONEMBERG HARTMANNProf. RODOLFO KRONEMBERG HARTMANN Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.PATRIMONIAL. FRAUDES. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. COMPETÊNCIA. Este assunto é tratado no art. 475-P e no art. 575, ambos do CPC, que possuem redação muito parecida, quando a execução tiver lastreada em título executivo judicial. Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I – os tribunais, nas causas de sua competência originária; II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição; III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira. Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. No caso do art. 475-P, que é mais recente, percebe-se que a grande inovação se encontra no seu parágrafo único, que agora confere ao exeqüente a possibilidade de escolher a base territorial para a etapa de cumprimento da sentença. Vale dizer que as principais divergências aqui são: a) este dispositivo mitiga o princípio da perpetuatio jurisdictionis (art. 87, CPC)?; b) o exeqüente poderia exercer esta opção mais de uma vez?; c) existem outras hipóteses que a execução de título judicial pode ser realizada em outro juízo? DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. COMPETÊNCIA. Se, contudo, a execução estiver lastreada em título executivo extrajudicial, deverão ser observadas as mesmas regras que norteiam o processo de conhecimento, conforme consta no art. 576 do CPC. Art. 576. A execução, fundada em título extrajudicial, será processada perante o juízo competente, na conformidade do disposto no Livro I, Título IV, Capítulos II e III. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. LEGITIMAÇÃO ATIVA E PASSIVA A legitimação ativa se encontra no art. 566 e art. 567 do CPC, podendo ser tanto originária como superveniente. A legitimação passiva se encontra no art. 568 do CPC. Admite-se o litisconsórcio tanto no pólo ativo quanto passivo. Não são admitidas as tradicionais modalidades de intervenção de terceiros do processo de conhecimento, uma vez que a execução tem algumas próprias específicas. Mas este tema é bastante controvertido. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. A responsabilidade patrimonial nada mais é do que a possibilidade de sujeição de um patrimônio às medidas executivas. Para o estudo do tema, contudo, é fundamental distinguir o “débito” (schuld) da “responsabilidade” (haftung). O débito é oriundo de uma obrigação assumida por dada pessoa. Já a responsabilidade significa a sujeição do patrimônio de uma pessoa ao pagamento de um débito que pode ter sido ou não assumido pela mesma. Somente o patrimônio presente e futuro é que se sujeitam aos atos executivos, como prevê o art. 591 do CPC. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. A regra geral é a de que, aquele que assume o débito também assume a responsabilidade. Porém, existem situações de débito sem responsabilidade e de responsabilidade sem débito. Com efeito, o contrato de fiança é uma hipótese de responsabilidade sem débito, uma vez que a obrigação principal foi assumida pelo devedor principal. Contudo, também é possível que exista o débito sem responsabilidade, tal como ocorre nas dívidas contraídas em decorrência de jogo. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. Conforme visto, é correto afiançar que a regra geral determina que é o próprio patrimônio do devedor, seja o atual ou o futuro, que responderá pela dívida contraída, tal como prevê o art. 591 do CPC. Existem, porém, algumas hipóteses em que bens que pertenciam ao patrimônio do devedor também podem ser usados para pagamento aos credores. São aquelas hipóteses em que os bens foram transferidos para terceiros de forma fraudulenta. FRAUDE A CREDORES, FRAUDE A EXECUÇÃO E FRAUDE A ALIENAÇÃO DE BEM PENHORADO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. A fraude contra credores ocorre quando o devedor aliena o seu patrimônio com o objetivo de frustrar o pagamento dos seus credores. Para a sua caracterização, são exigidos dois requisitos: o elemento subjetivo entre o devedor/vendedor e o terceiro/adquirente, tendece a prejudicar os credores, e, também, o elemento objetivo, que consistiria na diminuição patrimonial do devedor até o ponto de reduzí-lo a insolvência. Vale mencionar que se o ato de transferência for praticado a título gratuito, este elemento subjetivo será presumido iures tantum. Ao revés, se o ato de transferência for oneroso, o credor interessado terá que demonstrar este consilium fraudis para obter a declaração de ineficácia deste ato de transferência. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. É importante consignar, ainda, que não pode ser penhorado um bem que tenha sido alienado em fraude pauliana sem que haja o prévio acolhimento da pretensão deduzida em ação pauliana. É correto concluir, portanto, que, ao menos por ora, estes bem se encontram fora do campo de incidência da responsabilidade patrimonial. Já a fraude a execução encontra previsão no art. 593, inciso II, CPC, sendo que nela só há a necessidade da comprovação do elemento objetivo (devedor reduzido a insolvência), já que, tradicionalmente, era dispensada a comprovação do consilium fraudis. Este panorama mudou com a edição da Súmula 375 do STJ, que dispõe que: " O reconhecimento da fraude de execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente" . DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. E, de resto, também não se faz necessária a propositura de ação pauliana, pois o exeqüente poderá suscitar esta matéria no decorrer da própria execução fiscal, com o manejo de uma mera petição. A consequência do reconhecimento da fraude à execução é, no entanto, idêntica a da fraude a credores, pois em ambas as situações o negócio jurídico celebrado entre o devedor e o terceiro permanece existindo esendo válido, embora se torne ineficaz em relação ao credor prejudicado. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. A maior dúvida envolvendo a fraude à execução gira em torno do momento em que ocorre a sua configuração. Existem, basicamente, três entendimentos: a) data da averbação da certidão de distribuição (art. 615-A, CPC); b) data do ajuizamento; c) data da citação. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. EXERCÍCIOS! DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. 1ª questão. Raimundo promove execução em face de James, perante a 1ª Vara Cível da Comarca de Teresópolis, que resultou na penhora do único bem penhorável de propriedade do executado. Ocorre que, em determinado momento do processo, Marco Antônio ajuíza embargos de terceiros (arts. 1.046/1.054, CPC – via própria para buscar o desfazimento de uma penhora), aduzindo que o bem constricto na realidade lhe pertence, pois tinha adquirido- o sem saber da existência dessa execução em curso, bem como que não foi realizada nenhuma das averbações indicadas no art. 659, par.4º e art. 615-A, ambos CPC.. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. A parte contrária, responde aos embargos sob o argumento de que a hipótese é de fraude a execução, pois o bem foi alienado no curso do processo, sendo irrelevante a discussão a respeito da boa-fé ou má-fé das partes envolvidas. Indaga-se: a) como deve o magistrado decidir? Justifique. b) Na fraude a execução é possível que o comprador alegue boa-fé na aquisição do bem? Justifique DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. 2ª questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito a legitimação ativa na execução. a) O credor é legitimado passivo para promover a execução; b) O Ministério Público é legitimado ativo para promover a execução, em todas as hipóteses em que o processo tratar de direitos individuais disponíveis; c) A Defensoria Pública executa, em seu próprio nome (agindo como substituta processual), os títulos executivos judiciais em favor dos seus clientes e assistidos; d) O Ministério Público é legitimado ativo para promover a execução, nos casos prescritos em lei. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV. Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES. E ACABOU... ATÉ A PRÓXIMA SEMANA COM NOVAS LIÇÕES!
Compartilhar