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CCJ0038-WL-D-AMMA-06-Competência

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.
Prof. RODOLFO KRONEMBERG HARTMANNProf. RODOLFO KRONEMBERG HARTMANN
Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE 
PATRIMONIAL. FRAUDES.PATRIMONIAL. FRAUDES.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV.
Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.Aula 6: COMPETÊNCIA. PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDES.
COMPETÊNCIA.
Este assunto é tratado no art. 475-P e no art. 575, ambos do CPC,
que possuem redação muito parecida, quando a execução tiver
lastreada em título executivo judicial.
Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I –
os tribunais, nas causas de sua competência originária; II – o juízo
que processou a causa no primeiro grau de jurisdição; III – o juízo
cível competente, quando se tratar de sentença penal
condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o
exeqüente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram
bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do
executado, casos em que a remessa dos autos do processo será
solicitada ao juízo de origem.
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No caso do art. 475-P, que é mais recente, percebe-se que a
grande inovação se encontra no seu parágrafo único, que
agora confere ao exeqüente a possibilidade de escolher a
base territorial para a etapa de cumprimento da sentença.
Vale dizer que as principais divergências aqui são:
a) este dispositivo mitiga o princípio da perpetuatio
jurisdictionis (art. 87, CPC)?;
b) o exeqüente poderia exercer esta opção mais de uma
vez?;
c) existem outras hipóteses que a execução de título
judicial pode ser realizada em outro juízo?
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COMPETÊNCIA.
Se, contudo, a execução estiver lastreada em título
executivo extrajudicial, deverão ser observadas as mesmas
regras que norteiam o processo de conhecimento,
conforme consta no art. 576 do CPC.
Art. 576. A execução, fundada em título extrajudicial,
será processada perante o juízo competente, na
conformidade do disposto no Livro I, Título IV, Capítulos II
e III.
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LEGITIMAÇÃO ATIVA E PASSIVA
A legitimação ativa se encontra no art. 566 e
art. 567 do CPC, podendo ser tanto originária
como superveniente.
A legitimação passiva se encontra no art. 568
do CPC.
Admite-se o litisconsórcio tanto no pólo ativo
quanto passivo.
Não são admitidas as tradicionais modalidades
de intervenção de terceiros do processo de
conhecimento, uma vez que a execução tem
algumas próprias específicas. Mas este tema é
bastante controvertido.
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A responsabilidade patrimonial nada mais é do que a
possibilidade de sujeição de um patrimônio às medidas
executivas. Para o estudo do tema, contudo, é
fundamental distinguir o “débito” (schuld) da
“responsabilidade” (haftung). O débito é oriundo de
uma obrigação assumida por dada pessoa. Já a
responsabilidade significa a sujeição do patrimônio de
uma pessoa ao pagamento de um débito que pode ter
sido ou não assumido pela mesma. Somente o
patrimônio presente e futuro é que se sujeitam aos
atos executivos, como prevê o art. 591 do CPC.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL.
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A regra geral é a de que, aquele
que assume o débito também
assume a responsabilidade. Porém,
existem situações de débito sem
responsabilidade e de
responsabilidade sem débito. Com
efeito, o contrato de fiança é uma
hipótese de responsabilidade sem
débito, uma vez que a obrigação
principal foi assumida pelo
devedor principal. Contudo,
também é possível que exista o
débito sem responsabilidade, tal
como ocorre nas dívidas contraídas
em decorrência de jogo.
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Conforme visto, é correto afiançar que a regra geral
determina que é o próprio patrimônio do devedor, seja o
atual ou o futuro, que responderá pela dívida contraída,
tal como prevê o art. 591 do CPC. Existem, porém,
algumas hipóteses em que bens que pertenciam ao
patrimônio do devedor também podem ser usados para
pagamento aos credores. São aquelas hipóteses em que os
bens foram transferidos para terceiros de forma
fraudulenta.
FRAUDE A CREDORES, FRAUDE A 
EXECUÇÃO E FRAUDE A ALIENAÇÃO DE 
BEM PENHORADO.
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A fraude contra credores ocorre quando o devedor aliena o
seu patrimônio com o objetivo de frustrar o pagamento
dos seus credores. Para a sua caracterização, são exigidos
dois requisitos: o elemento subjetivo entre o
devedor/vendedor e o terceiro/adquirente, tendece a
prejudicar os credores, e, também, o elemento objetivo,
que consistiria na diminuição patrimonial do devedor até o
ponto de reduzí-lo a insolvência. Vale mencionar que se o
ato de transferência for praticado a título gratuito, este
elemento subjetivo será presumido iures tantum. Ao
revés, se o ato de transferência for oneroso, o credor
interessado terá que demonstrar este consilium fraudis
para obter a declaração de ineficácia deste ato de
transferência.
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É importante consignar, ainda, que não pode ser penhorado
um bem que tenha sido alienado em fraude pauliana sem que
haja o prévio acolhimento da pretensão deduzida em ação
pauliana. É correto concluir, portanto, que, ao menos por
ora, estes bem se encontram fora do campo de incidência da
responsabilidade patrimonial.
Já a fraude a execução encontra previsão no art. 593, inciso
II, CPC, sendo que nela só há a necessidade da comprovação
do elemento objetivo (devedor reduzido a insolvência), já
que, tradicionalmente, era dispensada a comprovação do
consilium fraudis. Este panorama mudou com a edição da
Súmula 375 do STJ, que dispõe que: " O reconhecimento da
fraude de execução depende do registro da penhora do bem
alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente" .
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E, de resto, também não se faz necessária a propositura de
ação pauliana, pois o exeqüente poderá suscitar esta matéria
no decorrer da própria execução fiscal, com o manejo de
uma mera petição. A consequência do reconhecimento da
fraude à execução é, no entanto, idêntica a da fraude a
credores, pois em ambas as situações o negócio jurídico
celebrado entre o devedor e o terceiro permanece existindo
esendo válido, embora se torne ineficaz em relação ao
credor prejudicado.
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A maior dúvida envolvendo a fraude à execução gira em torno
do momento em que ocorre a sua configuração. Existem,
basicamente, três entendimentos:
a) data da averbação da certidão de distribuição (art. 615-A,
CPC);
b) data do ajuizamento;
c) data da citação.
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EXERCÍCIOS!
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1ª questão. Raimundo promove execução em face de
James, perante a 1ª Vara Cível da Comarca de Teresópolis,
que resultou na penhora do único bem penhorável de
propriedade do executado. Ocorre que, em determinado
momento do processo, Marco Antônio ajuíza embargos de
terceiros (arts. 1.046/1.054, CPC – via própria para buscar
o desfazimento de uma penhora), aduzindo que o bem
constricto na realidade lhe pertence, pois tinha adquirido-
o sem saber da existência dessa execução em curso, bem
como que não foi realizada nenhuma das averbações
indicadas no art. 659, par.4º e art. 615-A, ambos CPC..
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A parte contrária, responde aos embargos sob o
argumento de que a hipótese é de fraude a execução,
pois o bem foi alienado no curso do processo, sendo
irrelevante a discussão a respeito da boa-fé ou má-fé das
partes envolvidas.
Indaga-se:
a) como deve o magistrado decidir? Justifique.
b) Na fraude a execução é possível que o comprador
alegue boa-fé na aquisição do bem? Justifique
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2ª questão. Assinale a alternativa correta, que diga
respeito a legitimação ativa na execução.
a) O credor é legitimado passivo para promover a execução;
b) O Ministério Público é legitimado ativo para promover a
execução, em todas as hipóteses em que o processo tratar
de direitos individuais disponíveis;
c) A Defensoria Pública executa, em seu próprio nome
(agindo como substituta processual), os títulos executivos
judiciais em favor dos seus clientes e assistidos;
d) O Ministério Público é legitimado ativo para promover a
execução, nos casos prescritos em lei.
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E ACABOU... ATÉ A PRÓXIMA 
SEMANA COM NOVAS LIÇÕES!

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