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PROPEDEUTICA FISICA DO TORAX.pdf

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PROPEDÊUTICA FÍSICA DO TÓRAX 
 
A – Inspeção 
estática 
 >>> Pesquisar no pescoço o sinal de Lancisi (estase jugular bilateral por insuficiência cardíaca congestiva) 
dinâmica: 
 - uso de musculatura acessória: trapézio, escaleno e esternocleidomastoideo 
 - presença de tiragem intercostal: músculos intercostais externos e internos anteriores 
 
B – Palpação 
Palpar edema e enfisema subcutâneo 
Palpar o ictus cordis: 
Palpar frêmitos (valvopatias): Tipos: orovalvares (aórtico, pulmonar, tricúspide, mitral, diastólico pulmonar, 
sistólico mitral permanente ou transitório), pericárdicos e pleuropericárdicos 
Frêmito Tóraco-Vocal (pneumopatias) – FTV (33) 
ELASTICIDADE: manobra de LASÈGUE 
EXPANSIBILIDADE: manobra de RUAULT 
 
 
C – Percussão dígito-digital (normal: som claro pulmonar). Se macicez: sinal de Signorelli (derrame pleural) 
 >>> Percussão precordial - Pesquisar: sinal de Lewis (derrame pericárdico), 
D – Ausculta: 
 
Ausculta da voz: Ressonância vocal ou Broncofonia (33): 
Normal: mais intenso nos homens que as mulheres, tem relação direta com a voz, maior intensidade nas porções 
do tórax próximas à bifurcação da traqueia (carina) e ápices pulmonares e menos intensos em idosos, obesos e 
musculatura hipertrofiada 
Anormal: 
a) Diminuído ou abolido (estenose, obstrução e derrame pleural) e aumentado (condensação e 
cavitação). 
b) Pectorilóquia (audição perceptível das palavras pela auscultação sobre a parede torácica), que 
podem ser: 
fônica: voz ciciada com nitidez nas sílabas 
afônica: voz com rumor indistinto como sussurro 
egofônica (ou egofonia): voz anasalada 
anforofonia: som metálico ou musical 
 
Ausculta Pulmonar 
MURMÚRIO VESICULAR (MV) – som do ar que entra e sai dos pulmões 
 
RUÍDOS ADVENTÍCIOS (RA) Classificação: 
 
1 – Secos e úmidos 
 – Secos: roncos – hipersecreção pulmonar em brônquios maiores 
 sibilos – brococonstrição, por exemplo na asma 
 raros: guincho, grito e ruído de bandeira 
 – Úmidos: 
estertores finos (ou crepitantes ou alveolares) – Ocorre na inspiração e não modifica com a tosse, por 
ex: congestão pulmonar, pneumonia etc. 
estertores grossos – secreção bronquiolar e brônquica – Ocorre o final da inspiração, durante 
expiração e modifica com a tosse, por ex: bronquiectasia 
raros: cavernosos, anfóricos e gargarejo 
 
2 – Atrito pleural 
 
3 – Tínito metálico (por ex: fístula pulmonar) 
 
4 – Estridor laríngeo ou traqueal – analisar: duração, intensidade, altura e timbre 
 
5 – Sopros pulmonares: 
Tipos: brônquico, tubário, pleurítico, cavernoso, anfórico e metálico 
 
 
 
Ausculta Cardíaca – Localizar os cinco focos de ausculta (FA, FP, FAA, FT e FM). Os sons e ruídos audíveis no coração 
e grandes vasos são classificados em: bulhas, ruídos adventícios e sopros 
 
BULHAS CARDÍACAS: Avaliar quanto a intensidade, timbre, desdobramentos e ritmicidade (normal em dois 
tempos: “TUM-TÁ”) ou arritimico (irregular). Avaliar possíveis alterações 
 
B1 ou 1ª bulha ou sistólica: som grave e prolongado (TUM) que indica o fechamento das valvas tricúspide e mitral 
B2 ou 2ª bulha ou diastólica: som agudo e breve (TÁ) que indica o fechamento das valvas pulmonar e aórtica 
B3 ou 3ª bulha: normalmente não audível ao estetoscópio, embora exista fisiologicamente que significa a vibração dos ventrícu los 
durante o seu enchimento. Quando audível ao estetoscópio, determina o ritmo de galope (TUM-TÁ-TÁ). 
B4 ou 4ª bulha: dificilmente é audível ao estetoscópio, mas ao ecodopplercardiograma. Fisiologicamente signif ica o momento da 
sístole atrial. 
 
Alterações da intensidade das bulhas: A hiperfonese, geralmente, ocorre com o aumento do pós-carga, 
calcificação valvar, insuficiência mitral e aórtica, hipertensão arteial etc, por exemplo a hiperfonese B2 em foco 
pulmonar ocorre na hipertensão da artéria pulmonar. A hipofonese, geralmente, ocorre em cardiomegalia, 
insuficiência cardíaca, derrame pericárdico etc. Também descrita como bulhas abafadas. 
 
Alterações do timbre das bulhas: Ocorrem nas alterações texturais das valvas como nas ateromasias valvar 
aórtica ou pulmonar e doença reumática, bem como quando existir câmaras de ressonância em proximidade de 
uma determinada valva, por exemplo no pneumotórax e pneumoperitôneo adquirindo um timbre metálico ou 
anfórico. 
 
Desdobramento das bulhas: desdobramento fisiológico na expiração em FM e na inspiração em FP, os casos 
patológicos ocorrem tanto na inspiração quanto expiração (principalmente se forçadas) e aparecem no aumento 
de condução AV, fibrilação atrial, angina, infarto do miocárdio, hipertensão pulmonar e hipertesão arterial etc. 
 
OBS: Os ritmos de GALOPE são diastólicos e classificados como: galope por hiperatividade cardíaca, galope 
por transtornos de condução AV ou bloqueio de ramo e galope na insuficiência cardíaca. 
 
RUÍDOS ADVENTÍCIOS (estalito de abertura valvar): O estalito de abertura frequentemente se observa em 
mitral e aparece na diástole com início logo no seu início (depois de 8s) da segunda bulha e seu foco mais audível 
é o mitral. É um ruído seco, breve, vibrante que se origina nos folhetos da mitral endurecidos ou intumecidos. Tal 
som ocorre durante a fase de enchimento rápido do ciclo cardíaco. 
OBS: Na estenose mitral, deve-se analisar o Ritmo de Duroziez (ruflar protodiastólico + sopro pré-sistólico + 
hiperfonese de B1 + segunda bulha + estalito de abertura da mitral 
 
SOPROS CARDÍACOS 
Tipos de sopros cardíaco, segundo a classificação de Carral 
 a) Orgânicos: 
1 – Valvar (mais importante) 
2 – Septal (em casos de comunicação interatrial e interventricular) 
3 – Outros: muscular, vascular e pericárdico >>> RAROS 
 b) Anorgânicos 
 1 – Fisiológico (ocorre na infância que desaparece espontaneamente) 
 2 – Outros: cardiopulmonar e cardiosseroso >>> RAROS 
 
>>Os SETE caracteres propedêuticos do sopro cardíaco: 1) tempo do ciclo (sistólico ou diastólico), 2) sede (foco), 3) 
propagação, 4) intensidade (fraco, médio e forte ou classificação de Levine), 5) altura (grave ou agudo), 6) timbre (suave, 
rude, ruflar ou musical), 7) variações com posição e inspiração 
>> foco mitral e tricúspide, melhor audível deitado ou em decúbito de Pachon (decúbito lateral esquerdo) 
>> foco pulmonar e aórtico, melhor audível sentado 
 
OBS: As posições na ausculta de sopros, deve ser: 
Pachon para melhor ausculta do sopro da estenose mitral e B3 de câmaras esquerdas. Pode-se utilizar a 
campânula do estetoscópio. 
Sentado e inclinado para frente com expiração do ar para melhor ausculta dos sopros aórticos. Usar o 
diafragma do estetoscópio. 
 
ESTENOSE VALVAR: Mitral – sopro diastólico, som grave e timbre em ruflar; Tricúspide – sopro diastólico e som grave; 
Aórtica – sopro sistólico, som grave e timbre rude; Pulmonar – sopro sistólico e som grave 
 
INSUFICIÊNCIA VALVAR: Mitral – sopro sistólico, som agudo e timbre suave ou musical; Tricúspide – sopro sistólico e 
som agudo; Aórtica – sopro diastólico, som agudo e timbre suave; Pulmonar – sopro diastólico e som agudo 
 
Manobra de Rivero Carvalho: Diferencia entre o sopro da insuficiência mitral e tricúspide, pois o sopro tricúspide 
é mais intenso na inspiração profunda seguido de apneia voluntária devido aumento do retorno venoso.

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