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Annaes do Conselho ultramarino

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\ \ A \
ANNAES
D()
CONSELHO ULTRAMARIN()
PAHTE OFETICIAL
SERIE I
FEVEREIRO DE 1854 A DEZEMBRO DE 1858
LISBOA
IMPRENSA NACIONAL
1867
 
-- - -
ANNAES DO CONSELHO ULTRAMARIN().
PARTE OFFICIAL.
INDICE DAS MATERIAS CONTIDAS NA SERIE I.
FEVEREIRO DE 1854 A DEZEMBRO DE 1858,
1854
1
Secretaria d'Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar.
Decretos e Portarias dos mezes: PAG,
Janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Fevereiro. . . . . . . . . . . . . . ......... 9-10
Março...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 13–17
Abril. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23–28
Maio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31-37
Junho............. • • • • • • • • • • • • • 39–42
Nomeações para diferentes empre
gos e outras deliberações relati
vas a empregados publicos das
Provincias Ultramarinas, decre
tadas nos mezes de Janeiro a Ju
nho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42–46
Decretos e Portarias dos mezes:
Julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49–53
Agosto e Setembro............... 73–82
Outubro e Novembro............. 85–96
Dezembro... . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Janeiro... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101–110
Fevereiro....................... 119–123
Março e Abril......... • • • • • • • • • • 127–144
Abril e Maio................ .... 151–159
Agosto . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • 183–188
Setembro... «... . . . . . . . . . . . . . . . . 191–196
Outubro........................ 203–210
*#### e Dezembro ....... . . . . 211-220
eZêII) OTO. . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • {
Janeiro... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223-229
Janeiro e Fevereiro .......... . . . . 232-235
Fevereiro e Março............... 239–246
Março e Abril................ ... 247–251
1856 Decretos e Portarias dos mezes: PAG.
Maio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255-26(}
Maio e Junho................... 264-269
Julho...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 275–279
Agosto....... • • • • • • • • • • • • • • • • . . 283–291
Setembro....................... 295–301
Outubro........................ 303–31()
Outubro e Novembro............. |311–329
Novembro e Dezembro .......... 331–346
Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351–360
Fevereiro ...................... 363–371
Fevereiro e Março............... 379-391
Abril. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 393–404
Março, Abril e Maio............. 405–420
Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421–429
Julho. . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • .... 433-448
Julho e Agosto.................. 449-459
Setembro....................... 461–474
Outubro ........................ 477–487
Novembro...................... 489–496
Dezembro. . . . . . . . . . . . .......... 497–514
Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 515-534
Fevereiro....................... 535–545
Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 547–557
Março e Abril................... 559–576
Maio... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 578–586
Junho... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 587–597
Julho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 599–61(}
Agosto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 611–620
Setembro........... • • • • • • • • • • • • 627–643
Outubro........................ 645-656
Novembro.......... • • • • • • • ..... 657-666
Dezembro .......... . . . . . . . . . . . . 669–682
Conselho Ultramarino.
POIRTARIAS.
PAG,
strucções e modelos por que se devem re
azenda na formação
29
edindo informa
ções dos Officiaes de todos os Corpos de
30
PAG.
De 27 de Dezembro de 1851, pedindo informa
ções e esclarecimentos aos Governadores da
India, Cabo Verde, S. Thomé e Principe e
Macau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
De 17 de Março de 1852, pedindo informações
e esclarecimentos aos Governadores de Mo
çambique e Timor.....................
De 7 de Agosto de 1852, sobre colonisação.... 7
De 3 de Setembro de 1852, pedindo informa
ções sobre as minas de salitre de alguns
districtos de Angola....................
De 25 de Outubro de 1852, remettendo as in
{
–5–
gular as Juntas de
dos respectivos orçamentos. ............ • • •
5 De 25 de Novembro de 1852,
primeira linha do Ultramar.............
6 Da mesma data, pedindo mappas dos Corpos
que guarnecem as Províncias Ultramarinas,
e bem assim da artilheria e mais petrechos
das fortalezas.........................
28||Da mesma data, pedindo informações de todos os
Empregados das Provincias Ultramarinas..
37
37
* - 4 + >= -
, *_*_**= *_*_*_*
 
2
PAG.
260
260
269
27()
280
28 |
28 |
29 |
429
429
43t)
|430
4}}{)
597
PAG,
De 21 de Dezembro de 1852, remettendo semen- De 29 de Agosto de 1854, ao Governador de An
tes de algodão..................... ..... 38 gola, exigindo informações sobre a navega
De 11 de Fevereiro de 1853, pedindo amostras ção do Quanza........... • • • • • • • • • • * • •
de gomma-elastica, da Provincia de An- De 8 de Setembro de 1854, ao Governador de#*# • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 144 Cabo Verde, exigindo informações sobre as
De 19 de Março de 1853, sobre a pesca das pe- matas de Guiné.............. . . . . . . . . . .
rolas nas Ilhas de Bazaruto na costa de De 12 de Setembro de 1854, ao Governador de
Sofala........ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 47 Timor e Solor, sobre a existencia n'a
De 18 de Julho de 1853, ao Governador de Mo- quella Ilha da arvore que produz a gutta
çambique, pedindo informações sobre os percha - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Prasos da Corôa....................... 112||De 15 de Setembro de 1854, ao Governador de
Da mesma data, aos Governadores das differen- S. Thomé e Principe sobre o orçamento...
tes Provincias, pedindo informações res- Da mesma data, ao Governador da India, sobre
pectivas ao commercio e industria ....... 112 o mesmo objecto............ . . . . . . . . . . .
De 26 de Julho de 1853, ao Governador de Da mesma data, exigindo o orçamento da Pro
Angola, com explicações sobre a synopse vincia de Angola pela fórma que indica...
de Legislação, que se lhe pedira, e a remessa Da mesma data, ao Governador de Macau, re
do orçamento e outros objectos.......... 124 commendando a execução dos artigos 3.º e
Da mesma data, remettendo ao Governador de 5.º das Instrucções de 25 de Outubro de
Angola sementes de diversas qualidades de 1852................ . . . . . . . . . . . . . . . . .
tabaco, e uma instrucção sobre a sua cul- Da mesma data, ao Governador de Cabo Verde,
tura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......... . . . . . 124 exigindo varias informações com o orça
De 1 de Agosto de 1853, ao Dr. Fredericó mento da Provincia............. • • • • • • •
Welwitsch com algumas instrucções relati- De 26 de Setembro de 1854, ao Governador de
vas á sua exploração de Angola...... .... 125 Macau, pedindoesclarecimentos sobre a
De 2 de Setembro de 1853, ao Governador de reforma da administração da justiça.......
CaboVerde, exigindo informações para a re- Circular aos Governadores Geraes, pedindo in
forma da administração e da justiça...... 145 formações sobre plantas textis ..... • • • • • •
De 8 de Novembro de 1853, exigindo uma conta De 22 de Novembro de 1854, ao Governador
mensal do rendimento do fundo de coloni- de Angola, remettendo o arcano do Dr.
sação... . . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 160 Stole...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
De 3 de Abril de 1854, ao Governador de An- De 23 de Janeiro de 1855, ao Governador de
gola, exigindo informações sobre a conve- Angola, exigindo o cumprimento da Por
niencia da venda dos arimos do Estado.... 189 taria de 27 de Dezembro de 1851 ........
De 28 de Abril de 1853, ao Governador da India, Da mesma data, ao mesmo Governador, remet
exigindo informações sobre os Prasos da tendo-lhe sementes para distribuir .........
Corôa n'aquelle Estado.......... • • • • • • • • 190 | De 24 do mesmo mez, ao Governador de Cabo
De 5 de Maio de 1854, ao Governador da India, Verde, para remetter as amostras de salitre
accusando recepção da synopse da legisla- e outros mineraes......................
ção desde 1651 até 1766, relativa aquelle De 5 de Março de 1855, aos Governadores Ge
Estado ...................... • • • • • • • • • 190 raes sobre a estatística das Alfandegas....
De 20 de Junho de 1854, ao Governador de Cabo De 22 de Junho de 1855, ao Governador de
Verde, accusando recepção da synopse da Angola, para se promover a cultura do ta
Legislação de 1766 até 1818 e a de algu- baco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
mas Ordens do seculo xvII.............. 222 | Da mesma data, para o mesmo fim, aos Gover
De 19 de Julho de 1854, á Junta de Fazenda de nadores de Cabo Verde, S. Thomé e Prin
S. Thomé e Principe, sobre a remessa do cipe e Lourenço Marques...............
orçamento........ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 230 | Da mesma data ao Governador de Angola, a fa
De 28 de Julho de 1854, ao Governador da India, vor das pescarias ......................
pedindo informações sobre os bens do Es- Da mesma data, ao mesmo Governador, acompa
tado em Diu e Damão............... . . . 230 nhando sementes de algodão.............
De 11 de Agosto de 1854, ao Governador da De 20 de Agosto de 1855, ao mesmo Governador,
India, sobre Misericordias .............. 237 sobre uma planta filamentosa descoberta por
De 16 de #### de 1854, circular exigindo conta Maximiano Pereira Bravo...............
annual do rendimento das Alfandegas..... 237 || De 28 de Setembro e 27 de Outubro de 1855,
De 22 de Agosto de 1854, ao Governador de remettendo sementes de tabaco aos Gover
S. Thomé e Principe, exigindo informações nadores de Cabo Verde, Angola e Lourenço
sobre a medida agraria ................. 423 | Marques. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CONSULTAS.
• PAG,
Sobre o modo de investigar a conducta dos Func- Sobre o estabelecimento do imposto de decima
cionarios ultramarinos.................. 10 industrial em Angola...................
Sobre a abolição do imposto da sisa em Macau Sobre valor das moedas em Macau...........
na compra de embarcações mercantes..... 11 || Sobre abertura de portos da Provincia de Moçam
Sobre a organisação administrativa das Provin- bique ao commercio nacional e estrangeiro.
cias das Novas Conquistas............... 17|Sobre o projecto de uma companhia denomi
Sobre a urzella............................ 18 nada Luso-africana-oriental..............
Sobre a reforma da administração da Provincia Sobre a organisação dos tribunaes judiciaes em
PAG.
46
4t}
de Moçambiqne........................ 19 Angola e S. Thomé............. • • • • • • • • 82
PAG.
Sobre a reforma da pauta da Alfandega de Mo
çambique........ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .º 83
Sobre a nomeação dos Parochos encommendados
em Angola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... 96
Sobre o privilegio pedido para a factura de ca
bos de ife............................. 97
Sobre a importação em Moçambique livre de di
reitos, de machinas para imprensar urzella
e grossarias para a transportar............ 98
Sobre a remessa para Mossamedes de duas ma
chinas para descaroçar algodão......... . 99
Sobre a venda das roças do Estado na Ilha de
S. Thomé...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 111
Sobre a fundação de um Seminario ecclesiastico
em Angola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Sobre a desnecessidade de Alfandega em Mossa
medes, e propondo a providencia conve
niente................ • • • • • • • • • • • • • • • •
Sobre o regimento para a arrecadação dos bens
dos defuntos e ausentes na Provincia de
125
Moçambique.................... • • • • • • 145
Sobre o soldo dos Officiaes militares na Provin
cia de Moçambique............ • • • • • • • • • 146
Sobre uma concessão de terrenos em Cabo Verde. 147
Sobre a divisão do ordenado de um dos profes
sores da escola principál de instrucção pri
maria de S. Thomé.................... 159
Sobre o beneficio concedido pela Junta de Fa
zenda de Moçambique , aos devedores de
dizimos e fóros á Fazenda............... 160
Sobre a creação do logar de Verificador da Al
fandega de Benguella................... 160
Sobre o modo de publicar o Boletim e Annaes
do Conselho Ultramarino............... 161
Sobre a liberdade dos negros ................ 166
Sobre a creação de uma cadeira de physica, chi
mica e zoologia em Goa...... • • • • • • • • • • • 167
Sobre a proposta para a exploração geographica
de Angola feita por L. A. Magyar........ 168
Sobre o requerimento em que o Dr. J. N. de
Salis se ofereceu para explorar o interior
da Africa austral... ........... • • • • • • • • • • 177
Sobre a creação de um Julgado no Concelho de
Santa Catharina da Ilha de S. Thiago..... 179
Sobre a erecção de um monumento em Loanda
a Pedro Alexandrino da Cunha........... 179
Sobre a abertura do porto de Angola ao commer
cio estrangeiro......................... 179
Propondo um regulamento para a venda das ro
ças do Estado em S. Thomé.............. 188
Sobre o augmento de soldo aos Officiaes supe
riores da Provincia de Angola............ 189
Sobre o julgamento das causas de coimas e trans
gressão de posturas municipaes em S.Thomé. 189
Sobre a importação da grossaria estrangeira em
Angola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
Sobre os passaportes das embarcações de cabo
tagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • • • 197
Sobre o augmento de soldo e pret aos militares
que forem servir em Guiné...; .......... ; . 210
Sobre os generos do commercio das Ilhas de
Timore Solor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
Sobre emolumentos dos Empregados da Alfan
dega de S. Thomé...................... 221
3
Supremo Tribunal de Justiça.
Sobre emolumentos do Secretario do Governo de
Moçambique..........................
Sobre qual deva ser a alçada dos Juizes de Da
mão e Diu....... * • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Sobre o Regimento da arrecadação dos bens dos
Sobre a pauta das Alfandegas de S. Thomé e
Principe. . . . . . . . . . . . . . . . . .............
Sobre depositos nas mesmas Alfandegas de S.
Thomé e Principe .....................
Sobre a organisação das Alfandegas de S. Thomé.
Sobre a extincção dos Prasos da Corôa em Mo
çambique............. • • • • • • • • • • • • • • • •
Sobre um emprestimo para obras publicas em
Cabo Verde............................
Sobre a reforma dos emolumentos judiciaes em
Moçambique..........................
Propondo o Regulamento para a arrecadação dos
bens dos defuntos e ausentes de S. Thomé e
Principe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre a organisaçãodas Alfandegas, e sua pauta,
em Guiné. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre o modo de tomar as contas das Juntas de
Fazenda..............................
******* ser elevado á categoria de
illa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre a observancia do Codigo criminal.......
Para serem isentos do pagamento de direitos de
Mercê os Professores de instrucção primaria
Para se promover a cultura do algodão....... ;.
Sobre os emolumentos parochiaes no Estado da
India. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre as antiguidades dos Officiaes que mudam
de arma............... • • • • • • • • • • • • • • •
Sobre direitos de generos estrangeiros natu
##### na India e levados para Moçam
1CIUlê - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Sobre } Regulamento da Junta de Fazenda de
Moçambique e da sua Contadoria..... • • • •
Sobre o melhoramento da redacção dos Boletins
Oficiaes das Provincias Ultramarinas.....
Sobre a alteração nos vencimentos dos solicita
dores e oficiaes de diligencias das causas
fiscaes do Estado da India...............
Sobre a Portaria do Governador Geral da India
que estabeleceu em 4 por cento a contribui
ção dos foros das Novas Conquistas.......
Sobre a syndicancia dos Governadores de Damão
e Diu mandada fazer pelo Governador Geral
da India. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre os vencimentos dos Governadores da Guiné
portugueza e Cacheu....................
Sobre os meios de facilitar a correspondencia
com Moçambique............... • • • • • • •
Sobre a abolição da escravidão no Districto do
Ambriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre o estabelecimento de uma typographia em
S. Thomé... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre um serviço de transportes por carros en
tre Pungo-Andongo e Cambambe.........
Sobre a repressão dos abusos chamados de cam
bolação e reviro em Angola..............
Sobre o estabelecimento da navegação a vapor
no rio Quanza............ . . . . . . . • • • • • •
defuntos e ausentes no Estado da Índia...
PAG.
22 |
229
235
235
236
236
244
251
253
254
28 |
282
301
310
328
643
Accordam no processo de syndicancia do ex-Governador Geral de Angola, Antonio Sergio de Sousa... 361
4
Supremo Conselho de Justiça Militar.
PAG.
Accordãos relativos a réos militares da Provincia de Cabo Verde......................... • • • • • • #
| 682Idem, idem, idem.................. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ' ' ' ' ' | 684
Tribunal da Relação de Lisboa.
PAG. PAG.
Accordam nos autos de syndicancia do ex-De- Accordam nos autos de syndicancia de Carlos
legado do Procurador Regio na Comarca Possollo de Sousa, ex-Secretario do Go
de Sota-Vento, Antonio Affonso Mendes verno Geral de Angola................. 262
Coutinho... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • 162 | Idem, idem, de João Pedro Lecor Buis, ex-Se
Idem, idem, de Guilherme Cypriano Demony, cretario do Governo Geral de Cabo Verde... 274
ex-Thesoureiro da Junta de Fazenda de An- Idem, idem, de João Maria Sequeira Pinto, ex
gola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Juiz de Direito de Macau . ............. 474
Idem, idem, de Antonio Maria Bouyrat, ex- Idem, idem, de Manoel Felicissimo Louzada de
Escrivão da Junta da Fazenda do Estado Araujo, ex-Juiz de Direito da Comarca de
da India.................... .......... 170 Sota-Vento de Cabo Verde............... 475
Idem, idem, de Francisco Xavier Barreto, ex-De- Idem, idem, de Antonio Valente de Couto, ex
legado do Procurador da Corôa e Fazenda Secretario do Governo Geral do Estado da
na Comarca de Bardez.............. ... 181 India ........ • • • • • • • • • • • • • • * - - - - - - - - - 476
Juito de Direito de Benguela.
Sentença no processo de syndicancia de Carlos Frederico Botelho de Vasconcellos, ex-Governador de
Mossamedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 273
Diversos assumplos.
PAG. PAG.
Documentos oficiaes sobre a exploração do rio Mappa dos navios entrados no porto da Ilha de ____
Cunene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 S. Thomé, desde Janeiro até Junho de 1856.348
- Extracto de um officio sobre o estado do esta- Noticia relativa ás minas de cobre no Bembe... 372
- belecimento de Mossamedes ............. 118||Mappa das embarcações de guerra e mercantes
Auto de reconhecimento de preito e vassallagem que entraram e saíram no porto da Ilha do
prestado pelo rei de Molombo, Capita Mu- Principe desde Janeiro até Junho de 1856. 376
nipolo, por seus embaixadores, com a noti- Mappa do marfim exportado de Quelimane no
cia do que mais se praticou nessa occasião. 148 primeiro semestre de 1856 .............. ... 392
Extracto de um oficio do Governador interino Mappa geral da população da Ilha de Santo
de Mossamedes...; ......:: ..... ......... 199 Antão e demonstrativo dos fugidos, ataca
Relatorio do Governador de Mossamedes, sobre dos, curados, mortos, e não atacados pelo
o estado d'aquelle estabelecimento ....... 293 cholera-morbus..................... ... 404
ANNA ES
CONSELHO ULTRAMARINO.
ADVERTENCIA PRELIMINAR.
Os ANNAEs Do CoNSELHo ULTRAMARINO, publicação que o mesmo Conselho era
obrigado a promover, pelo disposto no artigo 28.º do seu regimento, devem ser
uma vasta collecção de noticias, quantas se possam obter, sobre as forças produ
ctivas das províncias ultramarinas. a riqueza do seu solo, as qualidades e pro
priedades dos seus terrenos, o estado da população, e a sua industria e commer
cio, e além disso abranger tambem as noticias dos costumes dos seus habitantes,
e quaesquer outros objectos de interesse publico. Vé-se, pois, que esta publicação
que hoje começa, não é obrigada a circumscrever-se a taes ou taes objectos; póde
abranger noticias de todas as naturezas, com a unica condição de que essas noti
cias possam ser uteis ás provincias ultramarinas, já consideradas em si mesmas,
já nas suas relações de umas com outras ou com a metropole, e ainda mesmo com
outros quaesquer paizes.
Em documentos de duas diversas naturezas se podem achar taes noticias.
Convem a saber, escriptos officiaes, isto é, feitos no desempenho de funcções pu
blicas, ou escriptos particulares. Na diferença destas especies de documentos, se
funda a divisão destes Annaes em duas partes, uma official, e a outra não-official.
A parte official ha-de conter os decretos, cartas regias, portarias, e outros
quaesquer diplomas relativos ao Ultramar, tanto da respectiva Secretaria de Es
tado como do Conselho Ultramarino, que seja util conhecerem-se para a historia
das províncias ultramarinas ou do seu governo e administração, com tanto que
não contenham materia legislativa ou regulamentar, porque neste caso pertencem,
por sua natureza, ao Boletim do Conselho.
Hão de nesta mesma parte dos Annaes, achar logar as portarias, os regula
mentos, e outras quaesquer disposições dos Governadores das provincias ou das
demais Authoridades provinciaes, quando por algum motivo convenha que sejam
conhecidas fóra das respectivas provincias. Aqui se hão de tambem publicar as
contas, as noticias estatísticas, as informações, os relatorios de quaesquer funccio
narios publicos, quando pela sua materia, convenha ficarem colligidas neste vasto
deposito de documentos ultramarinos.
Na parte não official não é facil dizer o que se hade publicar, por que esta
parte dos Annaes é destinada para conservar e divulgar todas quantas notícias
directa ou indirectamente possam interessar ás províncias ultramarinas, ou á me
tropole nas suas relações com ellas. O § 3.º do artigo 8.º do decreto de 13 de
Dezembro de 1853,menciona como objectos proprios desta divisão dos Annaes
—memorias, viagens, e quaesquer notícias e informações sobre as provincias ul
tramarinasportuguezas, sobre as colonias cstrangeiras, C tudo, quanto possa illus
trar o conhecimento e administração daquelles paizes, ou directa ou indirectamente
lhe possa interessar.
Duas diferentes classes de escriptos se hão de por tanto aqui encontrar;
uns que interessem directamente a todas ou algumas das nossas Provincias Ultra
marinas; outros que respeitando directamente a outros paizes, o seu conhecimento
possa ser util, quer seja para imitar o bom, quer seja mesmo para evitar erros
conhecidos na experiencia alheia; quer seja finalmente porque as relações de qual
quer natureza dess outros paizes com as nossas provincias, nos torne interessante
o conhecimento do que lhes respeita. Dando a esta parte dos Annaes a conve
niente amplidão, trataremos de consignar nella todas as noticias que possam con
correr para o desenvolvimento da riqueza natural e das forças productivas de to
das as nossas provincias; e como objecto importante de estudo fallaremos do es
tado, progressos, ou decadencia das colonias estrangeiras; e para não omittirmos
informação alguma que possa interessar o nosso Ultramar noticiaremos os progres
sos da geographia da Africa interior, ou de outros alguns paizes, os progressos e
os aperfeiçoamentos da navegação, e as noticias que lhe sejam interessantes, por
que seria não attentar na natureza das provincias ultramarinas, deixar no esque
cimento os meios de communicação externa, sem os quaes não é possivel fazer
os progressos convenientes, não só na ordem economica e industrial, mas igual
mente na ordem social e intellectual. Por estes mesmos motivos daremos conhe
cimento dos escriptos sobre objectos coloniaes que se publicarem no territorio
portuguez; e procuraremos da-la das mais importantes publicações estrangeiras
sobre similhante objecto.
Nada temos a dizer da importancia da materia destes Annaes: primö porque
sendo elles principalmente destinados para ir colleccionando as notícias das pro
vincias ultramarinas, que successivamente se forem havendo, seria fallar fóra de
tempo, e querer asseverar sem os convenientes fundamentos, aquillo que só suc
cessivamente se hade ir conhecendo: secundo porque só poderia deixar de avaliar
a importancia de serios estudos sobre as nossas provincias ultramarinas, parte in
tegrante do territorio nacional, quem absolutamente não fizesse idéa da necessi
dade de conhecer assim, para fins de governo, como para fins economicos, a na
tureza, o estado, e as circumstancias daquelles territorios, e dos seus habitantes.
Para satisfazer ao gosto das pessoas que mais se interessam pelas cousas ul
tramarinas, tencionamos pôr no fim de cada numero uma resumida noticia das
mais recentes occorrencias que tiverem tido lugar nas diversas provincias, e que
de alguma maneira mereçam ser divulgadas. Parece-nos bastante o que temos
dito para illustrar o leitor sobre o fim e natureza desta publicação, e plano da
sua redacção: só nos resta advertir, que, conforme a disposição do decreto de 13
de Dezembro, a primeira parte dos Annaes hade levar no fim do anno dois in
dices; um chronologico das peças que encerrar, e o outro methodico; e similhan
temente a segunda parte hade levar outros dois indices, um chronologico, para
os documentos ou artigos a que convenha, e outro methodico, como o da pri
meira parte.
ANNAES
DO
CONSELHO ULTRAMARINO.
PARTE OFFICIAL.
Sliijllllzllllil FE Eflhlöli llllS N'Elli'lfllili ill ilzlllllllzl
E Utlllllllll.
MANDA Sua Magestade El-Rei, Regente em
Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, participar
ao Governador Geral da Provincia de Angola,
em additamento á Portaria de 27 de Agosto
do anno passado, e em resposta ao OlIicio n.o
256 do 1.” de Fevereiro do referido anno,
com que o Governador Geral interino da mesma
Provincia remetteu, informado, orequerimento,
em que José María Matozo da Camara pedia
privilegio para a fabricação de cabos de Ile,
que havendo o referido Matozo satisfeito as
disposições do Decreto de 31 de Dezembro de
1852, que regula a concessão dos privilegios
exclusivos pelos novos inventos: Houve por bem
o Mesmo Augusto Senhor Conceder-lhe, em
data de la de Dezembro ultimo, Alvará de
patente como inventor da fabricação, na refe
rida Provincia, de cabos e cordas do lio ex
trahido da planta denominada=lfe=pclo
tempo de quinze annos, conforme consta da
cópia authentica do mesmo Alvará que com
esta inclusa se remette para seu conhecimento
e ell'eitos necessarios. Paço. 9 de Janeiro de
185!. = Visconde de Athoguia.
Eu El-rei, Regente em Nome do Rei, Faço
saber aos que este Alvará virem, que, Atten
dendo ao que me representou José Maria Ma
tozo da Camara, negociante e proprietario da
cidade de Loanda, na Provincia de Angola,
pedindo-Me o privilegio exclusivo, por espaço
de quinze annos, da fabricação, na dita Pro
ANN. DO C. ULT. _- l'A RTE OFPÍClAL.-VOL. l.
vincia, de cabos e cordas feitas de fio extra
hido da planta denominada=lfe=,de cujo
processo elle fôra o descobridor e inventor;
e tendo elle satisfeito ás disposições do De
creto de trinta e um de Dezembro de mil oi
tocentos cincoenta e dois; Hei por bem, em
Nome de El-Rei, Conceder ao dito José Ma
ria Matozo da Camara Alvará de Patente,
como inventor da fabricação, na referida Pro
vincia, de cabos e cordas de lio extrahido da
dita planta, pelos ditos quinze annos, durante
os quaes ficarão postos sob guarda e defeza
da Lei os seus direitos de propriedade da men
cionada invenção, com as obrigações e clau
sulas contidas no supracitado Decreto. Pelo
que Mando ao Governador Geral da Provin
cia de Angola, e bem assim a quaesquer Au
thoridades e pessoas a quem o conhecimento
deste meu Alvará pertencer, o cumpram e
guardcm como nelle se contem, e será regis
tado aonde competir. Pagou setenta e cinco
mil réis de direitos correspondentes aos quinze
aunos do seu privilegia exclusivo, tres mil sete
centos e cincoenta réis dos cinco por cento
addicionaes, e sete mil oitocentos setenta e
cinco reis para amortisação das Notas do Banco
dc Lisboa, como fez certo pelo conhecimento
em forma que apresentou. Dado nesta Cidade
de Lisboa, aos llt de Dezembro de 1853.:
REI, Regente, com rubrica e guarda. :Vis
conde d'Athoguia. :Logar do sèllo grande das
Armas Beaes.
Alvará por que Vossa Magestade Ha por bem
Conceder a Jose Maria Matozo da Camara, Pri
vilegio exclusivo por espaço de quinze annos
para a fabricação, na Provincia de Angola, de
Cabos feitos de lio extrahido da planta deno
minada=lfc=, como acima se declara. Para
Vossa lllagestade vêr.=Manoel Pedro Vianna
l
— 2—
o fez. Deste nove mil e seiscentos réis. =Lo
gar do sêlo da causa publica. = Pagou dez
mil réis de sêlo, e seiscentos réis de imposto.
Lisboa, 19 de Dezembro de 1853. N.º 35.<=Pe
reira=Frederico.
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em
nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, que o Con
selheiro Director da Imprensa Nacional dê as
ordens necessarias para ser impressa á custa
do Estado, a obra intitulada=Apontamentos
sobre as doenças dos paizes quentes, tratadas
nos hospitaes de Moçambique, e de Gôa, com
posta pelo Doutor Antonio José de Lima Lei
tão, devendo, quanto ao formato e papel, ser
o mesmo que o da Memoria sobre o acido ar
senioso, que fazia o objecto da Portaria que
com a referida Memoria se lhe dirigiu em 6
de Agosto do anno passado, e entendendo-se
o referido Conselheiro em tudo o mais com o
auctor da precitada obra, que para esse fim
se lhe apresentará. Paço, 10 de Janeiro de
1854. =Visconde de Athoguia.
O Capitão do Porto de Loanda, Filippe An
tonio Escrivanis, 1.º Tenente da Armada, re
gressou para Loanda no Brigue Novo Afri
cano; o que se participou ao respectivo Go
vernador Geral em 14 de Janeiro de 1854.
Foi concedidaa Jozé Ly, Chim, Clerigo
tonsurado da Provincia de Cantão, que se acha
va em Lisboa, a admissão, como Alumno Pen
sionista, no Seminario Patriarchal de Santa
rem; o que foi communicado ao Cardeal Pa
triarcha em 14 de Janeiro de 1854.
4
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em
Nome do Rei, remetter ao Governador Geral
do Estado da India, para seu conhecimento
e devidos efeitos, a inclusa cópia authentica
(tambem nesta data enviada ao Reverendo
Bispo Eleito de Cochim, Vigario Capitular do
Arcebispado de Gôa) do Decreto de 24 de
Novembro ultimo, pelo qual, Conformando-Se
o Mesmo Augusto Senhor com a Proposta da
quelle Prelado, em Oficio de 19 de Agosto
proximo passado, Houve por bem Fazer mercê
das honras de Conego da Sé Primacial de Gôa
ao Reverendo João Marianno Gonçalves, Mis
sionario de Malvana;—por cujo Diploma tem
a satisfazer a quantia de 22$200 réis, como
consta da nota junta, que se remette para os
fins indicados na Circular de 30 de Setembro
do anno findo. —E como no citado Oficio do
referido Reverendo Bispo Eleito de Cochim, elle
propunha tambem a Sua Magestade, que ao
dito Padre João Marianno Gonçalves se abo
nasse uma gratificação mensal de 60$000 réis,
em consideração e indemnisação das avulta
das despezas que tem sido obrigado a fazer
na missão de Malvane, e dos valiosos servi
ços que ali tem prestado á causa do Real Pa
droado; Ha Sua Magestade por bem authori
sar o referido Governador Geral para que, de
accôrdo com o mesmo Reverendo Bispo Eleito,
e com a Junta da Fazenda, e verificada a ne
cessidade e justiça do proposto abono, possa
estabelecer ao dito Missionario a indicada gra
tificação mensal, ou aquella que parecer mais
conveniente, em vista dos escassos recursos
do cofre do mesmo Estado. Paço, em 18 de
Janeiro de 1854. =Visconde de Athoguia.
A nomeação de Adolpho Guilherme Ara
gon para Consul Geral de Portugal em Serra
Leôa foi communicada, por Portaria Circular
de 18 de Janeiro de 1854 aos Governadores
Geraes de Angola, e Cabo Verde, e ao Go
vernador da Província de S. Thomé e Prin
Cipe.
Em Portaria de 18 de Janeiro de 1854 se
participou ao Governador Geral do Estado da
India, que por serviços que tem prestado á
Igreja e ao Estado foi conferido o grau de
Commendador da Ordem de Christo a Lou
renço de Souza, Proprietario na Cidade de
Calcutá, e Fabriqueiro da Igreja Portugueza
de Nossa Senhora do Rozario em Bandel: e o
de Cavalleiro da mesma Ordem aos Reveren
dos Miguel Francisco Lobo, Governador Epis
copal da Dioceze de Meliapor; Joaquim das
Neves Rebello Videira, Missionario em Ben
gala; Norberto do Rozario e Carvalho, Prior
na Cidade de Damão; Joaquim Antonio do
Rozario, Conego da Sé Primacial de Gôa;
Ignacio L. da Silva, Vigario da Igreja de Ban
dora; e Filippe Athanazio da Costa, de Ban
del; ao Camarisdar Manoel de Souza, da Ilha
de Caranja, e a Christiano Frederico Keplhof,
Juiz Christão na Côrte Suprema de Travan
cor: assim como o grau de Cavalleiro da Or
dem de Nossa Senhora da Conceição de Villa
Viçoza ao Reverendo José Nicolau Barreto,
Desembargador da Relação Ecclesiastica de
Gôa.
 
Manda Sua Magestadc El-Rei, Regente em
Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, rcmetter á
Junta da Fazenda da Provincia de Angola os
dois inclusos conhecimentos, datados de 26 de
Outubro do anno passado e 10 do corrente,
de duas machines de descaroçar algodão, que
se remettem pelo brigue Novo Africano, Ca
pitão José Prcim da Costa, ao qual a mesma
Junta satisfará a quantia de 117%925 reis,
pela importancia do frete dos referidos obje
ctos, que deverão ser enviados para Mossa
medes, e alli entregues ao colono Bernardino
Freire de Figueiredo Abreu c Castro, o qual
deverá satisfazer á referida Junta, com o pro
ducto do primeiro algodão em rama ali pre
parado, não só a predita quantia de 117%925
reis, importancia do frete, como tambem a
de 3341095 réis fortes, em que importaram as
referidas machinas, responsabilisando-se a esse
pagamento por meio de uma obrigação, que
deverá assignar no acto em que lhe forem en
tregues. Paço, 18 de Janeiro de 1854.=Vi's
conde de Atliogui'a.
`Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em
Nome do Bei, pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, communi
oar ao Governador de Mossamedes, que nesta
data se remcttcm á Junta da Fazenda de An
gola, pelo Brigue Novo Africano, as duas Ma
chines de descaroçar algodão, que havia re
quisitado o Colono Bernardino Freire, ao qual
a mesma Junta as mandará entregar mediante
uma obrigação que elle deverá nesse acto, e
na forma do seu pedido, assignar, em que de
clare se responsabilisa a satisfazer a sua im
portancia pelo producto do primeiro algodão
em rama já preparado; e por esta occasião
Manda o Mesmo Augusto Senhor reconimen
dar ao referido Governador, que informe de
seis em seis mczes a respeito do uso que del
las tiver feito aquelle Colono, e' do estado em
que achar a cultura do algodão, para que em
vista de taes informações possam adoptar-se
as providencias que mais convier. Paço 18 de
Janeiro de 1854.=Vi'scoflde de Athoguía.
Sendo presente A Sua Magestade El-Ilci,
Regente em Nome do Rei, o OlIicio do Gover
nador Geral da Provincia de Angola, n.” 26,
de 24 de Outubro do anno passado, no qual,
dando conta do que fôra ponderado em Junta
de Fazenda,` assim' áccrca das disposições da
Portaria deste Ministerio de 27 de Feveiro de
1852, relativa a licenças concedidas aos Mi
3
litares e Empregados Civis, como acerca do
abono de gratificações aos seus Ajudantes de
ordens, se refere tambem por esta occasião
ás observações que sobre o 1.° daquelles as
sumptos fizera ein seus Oflicios n.°' 14 e 18
de 19 do dito mez, em que participára haver
concedido licença e mandado dar passagem
para Lisboa, com abono de vencimentos, aoCa
pltão do Exercito de Portugal. Antonio Lucio
Cordeiro de Araujo Feio, eao Tenente da mes
ma Provincia, Caetano Alberto Pereira da Ca
mara: Manda o Mesmo Augusto Senhor, pela
Secretaria de Estado dos Negocios da Mari
nha e Ultramar, participar ao referido Gover
nador Geral, para seu conhecimento e eñeitos
necessarios, e em resposta aos sohreditos Ofli
cios o seguinte :_Que quanto ás licenças con
cedidas pelo mesmo Governador Geral aos Olfi
ciaes, acima mencionados, Ha por bem de as
approvar, não obstante as disposições da já
citada Portaria de 27 de Fevereiro de 1862,
attenta a gravidade das circunstamcias que
lhes serviram de fundamento; e sem derogar
as mencionadas disposições, auctorisa conitudo
o referido Governador Geral, em caso de re
conhecida e igual gravidade, a conceder si
milhantes licenças, soh sua responsabilidade,
e da Junta de Saude; e que pelo que respeita
ao abono das gratificações aos Ajudantes de
Ordens, que a circumstancia de haverem se
guido viagem em navio de vapôr, não é bas
tante para justiticar a alteração da ordem es
tabelecida, de só se abonarem taes gratifica
ções desde que o individuo, a quem competem,
chega ao seu destino, e começa a ter o res
pectivo exercicio, pois que o serviço acciden
tal feito durante a viagem, e que tanto pode
ter lugar em navio de vapôr, como em na
vio de vela, não pode ser comprehendido co
mo desempenho de funcções que só legitima
mente começão a exercer-se depois de se ha
ver chegado á respectiva Provincia. Paço, em
20 de Janeiro de 1854.=Vi'sconde de Atho
guia. - »
Por Portaria dc 20 de Janeiro de 1854 se
communicou ao Governador Geral do Estado
da India, que ao Major de Artilheria do mes
mo Estado, Venancio da Costa Campos, foi
conferido o grau de Cavalleiro da Ordem de
Nossa Senhora da Conceição de Villa-Viçosa,
pelo bom serviço que prestára na confecção
de um Mappa Estatístico da população dol
territorio dc Gôa.
Sendo presente a sua Magestade El-Rei,
—4—
Regente em Nome do Rei, o Oficio do Gover
nador da Provincia de Macau, Timôr e So
lôr, de 24 de Outubro do anno findo (n.º 174),repetindo o pedido que havia feito pelo de 22
de Fevereiro do mesmo anno (n.º 123), para
que o Secretario nomeado para o Governo
daquella Provincia fosse tomar conta do seu
logar; Manda o mesmo Augusto Senhor, pela
Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha
e Ultramar, declarar ao referido Governador,
que ao Oficial despachado para o dito Em
prego foi, por assim convir ao serviço, dado
outro destino, como ao mesmo Governador se
communicou em Portaria n.º 1007, de 17 de
Dezembro ultimo, e que Considerando Sua
Magestade quanto importa não augmentar as
despezas do Cofre de Macau, Tem resolvido
não provêr por em quanto o mencionado Em
prego, cujas funcções, quando não possam ser
suppridas como até agora, poderão ser tempora
riamente desempenhadas por algum dos Guar
das Marinhas, ou Aspirantes que foram de
guarnição na Corveta D. João 1.º, e que para
esse fim o referido Governador julgar mais
idoneo. —Sua Magestade, Considerando tam
bem, que Vicente Caetano da Rocha, que, no
requerimento informado pelo mesmo Gover
nador em Officio n.º 177, de 8 de Novembro
ultimo, pedira lhe fosse concedido meio orde
nado do logar de Feitor e Avaliador que fôra
da Alfandega de Macau, poderia, quando se
verifique a justiça da sua pretenção, ser n’ella
attendido com a clausula de se empregar nos
trabalhos da Secretaria do Governo concilian
do-se assim o interesse do serviço publico,
com a contemplação a que o Supplicante te
nha jus: Ha por bem authorisar o referido
Governador para, no caso de entender que o
Supplicante está nas circumstancias de mere
cer o abôno que solicita, lh'o poder conceder
com a indicada clausula, até que possa ser
colocado em qualquer Emprego publico que
venha a vagar, e que não possa ser conve
nientemente supprido, como o está sendo o de
Contador da Junta da Fazenda. Paço em 27
de Janeiro de 1854. — Visconde de Athoguia.
Foi nomeado Cavalleiro da Ordem de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-Viçoza o Ma
jor do Batalhão de Artilheria da Provincia de
Cabo Verde, José Antonio Serrão: o que se
communicou ao Governador Geral da mesma
Provincia em 27 de Janeiro de 1854.
Sendo presente a Sua Magestade El-Rei, Re
gente em Nome do Rei, o Officio Confidencial
do Governador Geral da Província de Angola
n.º 4, de 19 de Outubro proximo passado, pe
dindo se modifiquem as disposições do Decreto
de 7 de Dezembro de 1836, para que, na au
sencia do Governador, funccionando o Conse
lho do Governo, tenha o Reverendo Bispo a
preeminencia, sendo ele quem presida, em
attenção á sua elevada jerarchia, não obstante
na ordem dos Conselheiros ser mais moderno:
Manda o Mesmo Augusto Senhor, pela Secreta
ria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultra
mar, participar ao referido Governador Geral,
que tendo já a este mesmo respeito representado
o Reverendo Bispo, foi ouvido o Conselho Ultra
marino, o qual, em Consulta de 15 d'Abril do
anno passado, foi de opinião, que a Authori
dade Ecclesiastica deveria, depois do Gover
nador Geral, preceder a qualquer outro Mem
bro do Conselho do Governo; mas como esta
intelligencia não era a que se derivava do De
creto de 7 de Dezembro de 1836, convinha es
tabelece-la em preceito bem claro e definido,
para que no futuro se evitem questões des
agradaveis, em vista do que se torna necessa
rio que ou as Côrtes resolvam este ponto, ou
na sua ausencia o Governo; ao que na occa
sião oportuna se dará a conveniente solução,
devendo no entanto o mesmo Governador Ge
ral fazer sciente do que fica dito, tanto ao Re
verendo Bispo, como aos demais Membros do
Conselho do Governo, de todos os quaes Es
pera Sua Magestade que uzem para com o dito
Bispo de todas aquellas attenções, a que, pela
preeminencia do seu cargo, costumes, e scien
cia, provavelmente deve esperar para com elle
se tenha. Paço, em 28 de Janeiro de 1854.=
Visconde d'Athoguia.
Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em
Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, remetter á
Junta da Fazenda da Provincia de Moçambi
que as inclusas sete contas, na importancia to
tal de 15:500$186 réis, proveniente de bo
cas de fogo, de artigos de material de arti
lheria, de armamento, correame, equipamen
to, e munições de guerra fornecidas pelo Ar
senal do Exercito para a guarnição da refe
rida Província, e que para ella foram remet
tidas a bordo da Fragata Dom Fernando; e
devendo aquella importancia ser satisfeita pelo
Cofre da Provincia no praso de oito annos,
contados do “dia 1.º do corrente mez: Deter
mina O Mesmo Augusto Senhor que a dita
Junta de Fazenda estabeleça o numero de pres
tações, e a época em que cada uma dellas deve
_5__
ter paga, de maneira que se ache satisfeita
aquella divida dentro do mencionado praso,
ou antes, se as circumstancias o permittirem.
Paço, 31 de Janeiro de 185L=Vísconde ¡IA
lhoguía.
Sendo necessario regular, do 1.° de Julho
de 1853 em diante, as contas das despezas,
que a Junta da Fazenda da Provincia de An
gola fizer, por conta deste Ministerio, com a
Estação Naval, como tambem as que na Me
tropole se fazem por conta da dita Provincia
de forma tal, que, no fim de cada anno econo
mico, se possa indemnisar o Cofre que fôr cré
dor: Manda Sua Magestade El-Rei, Regente
em Nome do Rei, pela Secretaria de Estado
dos Negocios da Marinha e Ultramar, que a
referida Junta da Fazenda observe a este res
peito as disposições seguintes:
1.° Que pelas despezas que a mesma Junta
tiver feito por conta deste Ministerio, até 30
de Junho de 1853, feche conta, a qual deve
rá ser liquidada em tempo competente, encon
trando-se com a despeza que a Junta fizesse
as que, pelo Cofre da Marinha, tem sido pagas
por conta da Provincia.
2.° Que a mesma Junta abra conta nova
do 1.” de Julho de 1853 em diante, na qual
debitará este Ministerio pelas despezas, que
desde este dia tiver feito por conta do mesmo;
bem como o creditará pela importancia da
conta inclusa das despezas que ate' lim de De
zembro ultimo tem sido pagas pelo Cofre da
Marinha, porconta dessa Provincia.
3.” Que a Junta remetta mensalmente a
este Ministerio uma conta por extracto, em
que demonstre as quantias por que em cada
mez debitou e creditou o mesmo Ministerio.
4." Que por este Ministerio lhe será remet
tida mensalmente uma igual conta, a fim da
Junta ter conhecimento das quantias que pelo
Cofre da Marinha vai pagar por despezas da
Provincia.
ö." Que pelos saldos que a Junta tiver a
seu favor poderá ir sacando sobre o Cofre da
Marinha, pela forma até agora usada, tendo
porém em vista, em quanto ao cambio, o que
lhe foi ordenado em Portaria de 31 de De
zembro ultimo.
6.° Finalmente, que nas remessas dos es
polios dos defuntos e ausentes, que tiver a fa
zer para o Deposito Publico por meio de sa
ques sobre o Cofre da Marinha, devera servir
de regulador para o cambio desses saques o
preço por que as Peças Portuguezas de quatro
oitavas correrem no mercado. Paço, 31 de Ja
neiro de 18öL=Vísconde d'Alhogm'u.
lIllllSElllO lílfllhlllfllllllll.
L.°1.° n.° 2f.=1l.' Repartição.=-_Sendo da
maior urgencia reunir no Conselho Ultrama
rino todos os esclarecimentos e informações
que devem habilita-lo a poder, em desempe
nho das funcções, que lhe são incumbidas pelo
Decreto de 23 de Setembro ultimo, aqui junto,
organisar e propôr ao Governo de Sua Mages
tade as providencias que mais interessarem as
vastas Colonias, que Portugal possue: Manda
Sua Magestade A Rainha, pelo mesmo Con
selho Ultramarino, que o Visconde do Pi
nheiro, Governador Geral da Provincia de
Angola, logo que tenha entrado no exercicio
de seu importante cargo,L trate de:V
l.” Fazer colligir, e remetter ao Conselho
uma Synopse de .toda a Legislação e provi
dencias de execução permanente relativas a
mesma Provincia, com indicação dos livros e
folhas delles em que estiverem registados os
diversos diplomas; podendo o Governador Ge
ral auxiliar-se dos livros n.°' 2, 3, e outros,
que devem existir no Archivoda Secretaria
do Governo Geral, em que se acham escriptas
as Synopses de todas as Leis, Decretos, e Re
gulamentos até fins do seculo passado;
2.” Ordenar' que a Junta de Fazenda or
ganise o orçamento provincial, relativo ao
anno economico proximo futuro, o qual orça
mento, depois de submettido a discussão no
Conselho do Governo, será logo remettido ao
Conselho Ultramarino, vindo acompanhado de
todos os esclarecimentos que parecerem ade
quados a elucidar este Conselho na definitiva
organisação do mesmo orçamento;
3.” Empregar todo o seu cuidado em col
ligir, e remetter, ao menos, a estatistica da
povoação da Provincia, seguindo os modelos
antigos, em quanto se não organisam e remet
tem outros;
4!” Enviar a este Conselho, logo que lhe
seja possivel, uma conta, ou relatorio do es
tado da agricultura na Provincia, por presi
dios e districtos, com declaração de quaes os
presídios e districtos em que ella tem tido,
modernamente, mais desenvolvimento, e tam
bem de quaes os generos que são mais culti
vados.
ö.° Mandar, no tempo chamado do cacim
bo, quando a saude dos europeus não periga
tanto, algum Oflicial entendido, que mui bem
pode ser o Major Silvino Candido de Almeida
Carvalho, que se acha em Loanda, ao Dis
tricto do Libongo, a fim de examinar com o
maior cuidado umas montanhas chamadas
lnduim-Cabengamba-e Sassa, onde ha pe
tróle em grande abundancia, para, por meio
das convenientes pesquisas, poder informar se
2
—6—
ali haverá algum jazigo de carvão de pedra,
com a descripção scientifica que possa attes
tar qual seja o seu grau de valor; enviando
depois a este Conselho a dita informação, com
amostras do petróleo e do carvão, no caso de
ser encontrado;
6.º Fornecer, de accôrdo com o Prelado
da Diocese, a este Conselho as informações
necessarias, sobre a melhor maneiro de orga
nisar em Loanda um Seminario, no presup
posto de deverem ser applicadas á manuten
ção delle as verbas que no ultimo orçamento
vem destinadas para alguns logares no Cabi
do, e para os parochos no interior, em quanto
elles não poderem prover-se; e tambem de
serem empregados alguns conegos como pro
fessores, e de estabelecer-se o Seminario no
proprio palacio do Bispo, mediante algumas
obras que se tornem indispensaveis para si
milhante fim; e em tal caso, qual a despeza
que haverá que fazer, acompanhando tudo do
seu parecer particular;
7.º Dar com a maior circumspecção as mais
minuciosas informações ácêrca do estado em
que se acha o trafico de escravos; cumprin
do-lhe declarar se os cruseiros das diversas
nações tem continuado com actividade na per
seguição daquelle trafico; se tem sido apre
sados ultimamente alguns navios portuguezes,
e quaes; se tem tido seguimento e ulterior
julgamento os processos alli instaurados con
tra auhtoridades, ou quaesquer indivíduos im
plicados em similhante contrabando; informa
ções estas que o referido Governador Geral
continuará a dar com referencia a cada tri
mestre, em Janeiro, Abril, Julho, e Outubro
de cada anno;
8.º Mandar organisar, para ser remettido
a este Conselho, um Mappa dos Carregadores
concedidos em cada districto, e presidio da
Provincia, nos ultimos tres annos, com de
claração dos que foram concedidos para den
tro dos limites, e dos que o foram para fóra
delles; e tambem outros da emigração em cada
districto e presidio no mesmo período;
9.º Ordenar a remessa a este Conselho de
duas collecções dos Boletins Oficiaes do Go
verno Geral que estiverem publicados; de
vendo continuar a enviar successivamente 2
exemplares dos numeros que forem saíndo.
Estas informações e esclarecimentos, que
Sua Magestade muito recommenda ao Gover
nador Geral da Província de Angola, serão en
viados ao Conselho Ultramarino com a possi
vel brevidade, e á proporção que os fôr col
ligindo, sem que o mesmo Governador Geral
fique dispensado de lhe subministrar quaes
quer outros que a sua experiencia e zelo pelo
bem publico o levem a acreditar como ten
dentes a promover, na parte relativa á Pro
vincia confiada á sua administração, o mais
cabal desempenho das funcções qne competem
a este Tribunal pelo Decreto da sua creação.
=Conselho Ultramarino, em 27 de Dezembro
de 1851. =José Ferreira Pestana, Vice-Pre
sidente.
No mesmo sentido, mutatis mutandis, se ex
pediram Portarias aos Governadores Geraes
do Estado da India, e da Província de Cabo
Verde, e aos Governadores das Províncias de
Macau e de S. Thomé e Principe.
Conselho Ultramarino. =L.º 1.º n.º 24.=
4.° Repartição. = Sendo da maior urgencia
reunir no Conselho Ultramarino todos os es
clarecimentos e informações que devem habi
lita-lo a poder, em desempenho das funcções
que lhe são incumbidas pelo Decreto de 23
de Setembro ultimo, aqui junto, organisar e
propôr ao Governo de Sua Magestade as pro
videncias que mais interessarem as vastas Pos
sessões ultramarinas, que Portugal possue;
Manda Sua Magestade, A Rainha, pelo mes
mo Conselho, que o Governador Geral da Pro
vincia de Moçambique, tracte de:
1.º Fazer colligir e remetter ao Conselho
uma Synopse de toda a Legislação e provi
dencias de execução permanente, relativas á
mesma Provincia, com indicação dos livros e
folhas delles em que estiverem registados os
diversos diplomas;
2.º Ordenar que a Junta de Fazenda orga
nise o orçamento provincial, relativo ao anno
economico proximo futuro, o qual orçamento,
depois de submettido á discussão no Conselho
do Governo, será logo remettido a este Con
selho Ultramarino, acompanhado de todos os
esclarecimentos que parecerem adequados a
elucida-lo na definitiva organisação do mes
mo orçamento;
3." Empregar todo o seu cuidado em col
ligir e remetter não só a estatística da povoa
ção, mas tambem a que poder ir apurando de
outros quaesquer ramos:
4.º Prestar informações ácerca da agricul
tura da Província, com designação dos dis
trictos em que ella tem tido, modernamente,
mais desenvolvimento, e dos generos que são
mais cultivados;
5.º Enviar a este Conselho um relatorio do
estado do commercio daquella Provincia, ad
duzindo todos os esclarecimentos que puder
obter sobre este ramo;
6." Informar quaes são os portos do vasto
litoral da Provincia, que devem ser abertos
ao commercio estrangeiro, e os motivos que
para isso houver;
t ___7_.
7.° Informar tambem sobre a conveniencia
de estabelecer feitorias, ou fortes no porto de
Mocambo, no rio Fernão Veloso, e no porto
de Angoxe, Rio do Ouro, e Ilhas de Bazaruto;
assim como em outros portos que se julguem
de maior conveniencia para o commercio;
8.o Fornecer, de accôrdo com a competente
auhtoridade ecclesiastica,4 todas as noticias
que poderem habilitar este Conselho a conhe
cer o estado da Religião e do Clero nesses ter
ritorios, indicando as providencias que lhe
parecer deverem adoptar-se em tão impor
tante ramo de serviço;
9.° Remetter informações sobre o estado
da instrucção publica na Provincia, declaran
do quantas aulas ha de lnstrucção Primaria,
e quantas de lnstrucção Secundaria;
l0.° Informar sobre o melhor meio de es
tabelecer communicações regulares com a Me
tropole, aproveitando para esse lim, na mon
ção propria, o paquete a vapor inglez, que
todos os mezes vai da Cidade do Cabo ao Porto
Natal; e tocando a embarcação que saísse de
Moçambique em Quilimane, Sofala, Inham
bane, e.Lourenço Marques, quando o tempo
o permittisse; e na outra monção, a carreira
de vapores, que saem de Bombaim e tocam
em Aden na ida para Suez, convindo talvez
que a embarcação que saísse de Moçambique
para Aden, tocasse em Zanzibar. Em tal caso
seria bom ter nestes dois portos, assim como
no Porto Natal agentes de corresponden
cia ;
1l.° Dar as mais minuciosas informações
acerca do estado em que se acha o trafico de
escravos; cumprindo-lhe declarar se os cru
zeiros das diversas nações têem continuado
com actividade na perseguição daquclle tra
tico; se têem sido apresados ultimamente al
guns navios portuguezcs, ou estrangeiros,e
quaes; declarando o logar onde as presas fo
ram feitas, e de que portos haviam saido, e
se com escravos ou sem elles a bordo; se tem
tldo seguimento e ulterior julgamento os pro
cessos ali instaurados contra authoridades ou
quaesquer individuos implicados em similhante
contrabando; informações estas que o refe
rido Governador continuará a dar, com refe
rencia a cada trimestre, em Janeiro, Abril,
Julho e Outubro de cada anno;
12.° Remetter um mappa ou relação dos
Prazos da Corôa, que comprehenda todos por
districtos, seus nomes, situação, povoação que
cada um terá, suas producções, nomes das
pessoas que os disfructam, por que titulo os
disfructam, e as datas destes titulos, por quan
tas vidas concedidos, quantias que devem pa
gar annuulmente ao Estado, logares onde re
sidem os cmphitcntas, quantias que devem ao
 
Estado, e quaes os que estejam invadidos pe
los Cafres;
1íl.° Remetter mappas dos rendimentos das
Àlfandegas, relativos aos ultimos tres annos,
em cada um dos portos, tanto pela importa
ção, como pela exportação; bem como dos
generos principaes importados e exportados
nos ultimos tres annos;
14.” Remetter um mappa de todos os em
pregados da Provincia, militares, incluindo
praças de pret, civis, e ecclesiasticos, com a
tabella dos seus vencimentos em moeda pro
vincial e em moeda do Reino;
15.” Dar uma informação sobre a moeda
corrente na Ilha, e nos outros districtos da
Provincia; se della ha abundancia, e se ha
outro modo geral de fazer as permutações com
merciaes, e qual elle seja.
Estas informações e esclarecimentos, que
Sua Magestade muito recommenda ao Gover
nador Geral da Provincia de Moçambique,
serão enviados ao Conselho Ultramarino com
a possivel brevidade, e á proporção que os
fôr colligindo, sem que todavia o mesmo Go
vernador Geral lique dispensado de lhe sub
ministrar quaesquer outros, que a sua expe
riencia e zelo pelo bem publico o levem a
acreditar como tendentes a promover, na parte
relativa á Provincia confiada a sua adminis
tração, o mais cabal desempenho das funcções
ue competem a este Tribunal pelo Decreto
a sua creação.=Conselho Ultramarino, em
V17 de Março de 1852.=Su' da Bandeira, Pre
sidente.
No mesmo sentido, mutatís mutandis, se
expediu Portaria ao Governador de Timôr e
Solôr.
L.°1." n.° 32.=1.' ltcpartição.=Um dos
negocios mais graves que actualmente occu
pam a attenção do Conselho Ultramarino, é a
organisação e proposta de providencias que
tendam a evitar, ou pelo menos a diminuir,
a emigração dos habitantes da Madeira e Açô
res para a Guyana Ingleza e Brasil, emigra
ção que progressivamente tem augmentado,
e que dá grandes cuidados pela diminuição
que traz a população destes Reinos, e pelo
desgraçado Íim que vai ter uma grande parte
dos infelizes, que, illudidos, procurando rique
zas imaginarias, vão encontrar nova especie
de escravidão pelos contractos que são obri
gados a fazer; acontecendo tambem, que nas
margens insalubres dos rios da Guyana, onde
são compellidos a trabalhar, um grande nu
mero perece victima dc doença, como se de
monstra pelas estatisticas de Demerára, nasquaes seI vê que figura em espantosa escala
a mortalidade dos colonos portuguezcs.
—8—
Entre as providencias que lembram a este timentos para um anno, devendo cada um
Conselho, para diminuir ou obviar a tão grande
mal, apresenta-se-lhe, como a mais—se não
unica—eficaz, a de dirigir a emigração da
quelles povos para as Colonias Portuguezas
de Africa, onde elles, sendo uteis ao seu paiz,
nem estariam sujeitos a contractos que efecti
vamente os tornam escravos por longo perio
do de tempo, como succede na Guyana In
gleza e no Brazil, nem sofreriam o estrago
que aquelle clima produz na sua vida, haven
do o cuidado de o escolher saudavel.
Por isso Manda a Rainha, pelo Conselho
Ultramarino, que o Governador Geral da Pro
vincia de Angola, depois de ter ouvido as Ca
maras Municipaes de Loanda e Benguella,
Conselho Colonial da Colonia de Mossamedes,
principaes agricultores da Província, e final
mente o Conselho do Governo, informe com
a brevidade possivel:
1.º Sobre o estado da Colonia de Mossa
medes, e providencias que julgar necessarias,
para que ella prospere, e augmente em popu
lação.;
2.º Quaes os locaes daquella Província, em
que convém e é praticavel o estabelecimento
de Colonias agrícolas, para onde se dirija a
emigração dos Madeirenses e Açorianos;
3.º Que meios julga indispensaveis para
se levar a efeito esta colonisação, sendo nesta
parte o mais explicito possível;
4.º Qual o orçamento da despeza, que se
póde fazer, dando-se a um colono, casa, in
strumentos de lavoura, gado, sementes, e man
destes objectos ser orçado separadamente;
5." Que tempo será necessario para que
um colono applicado á agricultura possa ti
rar do trabalho o producto para a sua sus
tentação, bem como prestações para a amor
tisação da divida contrahida pelo adianta
mento dos objectos referidos;
6.º Se julga conveniente que algumas, ou
todas as Colonias, que houverem de se fun
dar, sejam na sua origem organisadas de sol
dados casados, e dirigidas militarmente até
que ellas se desenvolvam e augmentem em
população; e no caso afirmativo, indicar cir
cumstanciadamente os meios necessarios para
que possam levar-se a efeito; bem como as
localidades onde devam estabelecer-se;
Sua Magestade, Confiando muito na illus
tração do mesmo Governador Geral, Espera
que elle se dará pressa e terá todo o cuidado
em satisfazer a estas informações por modo
conveniente; e em remetter a este Conselho
quaesquer memoriaes ou apontamentos, que
alguem lhe ofereça ácerca deste importante as
sumpto; e que não deixará de dar as neces
sarias providencias, para que aos colonos que
aportarem a qualquer dos portos daquella Pro
vincia se faça o melhor acolhimento possível,
porque este será, por certo, o melhor meio
de attrahir a emigração; e o Governador Ge
ral prestará assim um importante serviço ao
seu paiz. =Conselho Ultramarino, em 7 de
Agosto de 1852.=Sá da Bandeira, Presi
dente.
\\\\"0\"IIIIIIIIIIM
PARTE OFFICIAL,
SECRETARIA DE ENIA|]] }}\ \{0(ION
UITAMAR,
Por Decreto de 31 de Janeiro de 1854
foi nomeado o Alferes do Exercito de Portu
gal, Luiz José de Mello, Professor da Aula de
Princípios de Physica, Chimica e Historia Na
tural, que, por Decreto de 10 de Dezembro de
1853, fôra creada para ser incorporada na
Escóla Mathematica e Militar de Nova Goa.
Por Decreto do 1.º de Fevereiro foi no
meado o Bacharel, Antonio Avelino Serrão
Coelho de Sousa Sampaio, Delegado do Pro
curador da Corôa e Fazenda, na Comarca de
Moçambique.
Sua Magestade El-rei, Regente em nome do
Rei, Tendo em consideração o requerimento
que fez subir á Sua Real Presença Antonio
Cesar Corrêa, pedindo uma porção de terre
nos baldios no Archipelago de Cabo Verde;
Ha por bem Determinar que o Governador
Geral da Provincia de Cabo Verde, como Pre
sidente da Junta do Melhoramento da Agri
cultura, e em vista da Consulta do Conselho
Ultramarino de 25 de Outubro ultimo, junta
por cópia, faça dar de aforamento ao mesmo
Antonio Cesar Corrêa, em conformidade da
Legislação em vigor, a porção de terreno bal
dio, que elle escolher, em qualquer das Ilhas
do referido Archipelago, que lhe possa ser
dado sem inconveniente nem incommodo dos
povos. O que pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, se partici
pa ao mencionado Governador Geral, para
sua intelligencia, e devidos efeitos. Paço, em
8 de Fevereiro de 1854.= Visconde de Atho
guia.
ANN. DOC. ULT. — PARTE OFFICIAL.–VOL. I.
}A MIRIMA *"| Magestade El-rei, Regente em Nome do
i, Attendendo ao que lhe representou Izi
doro Emilio Baptista, Doutor em Medicina,
e Licenciado em Sciencias pelas Faculdades
de París, e Bacharel nas mesmas Faculdades
pela Universidade de Coimbra, Ha por bem
Permittir-lhe que entre no serviço de algu
mas das Escólas do Reino, como o preten
de fazer concorrendoao provimento da Ca
deira de Montanistica, e Docimasia na Es
cóla Polytechnica de Lisboa, em quanto pe
lo governo não for encarregado de alguma
Commissão no Ultramar, para que o habili
tem os estudos das sciencias naturaes que,
com reconhecido aproveitamento, cursou em
França, em virtude da Portaria deste Minis
terio de 15 de Julho de 1847. O que pela
Secretaria de Estado dos Negocios da Mari
nha e Ultramar, se communica ao referido
Doutor Izidoro Emilio Baptista, para seu co
nhecimento. Paço, 10 de Fevereiro de 1854.
=Visconde de Athoguia.
Attendendo ao que representou o Doutor
Manoel Maria Rodrigues de Bastos, no re
querimento que Me foi presente em Oficio
do Governador Geral da Provincia de Angola,
de 18 de Outubro do anno passado; Hei por
bem, em Nome de El-rei, Conceder-lhe a exo
neração que pediu do logar de Physico Mór da
dita Província, que por Decreto de 10 de Se
tembro de 1850 se achava interinamente ser
vindo por commissão. O Visconde de Atho
guia, Par do Reino, Ministro e Secretario de
Estado dos Negocios Estrangeiros, e dos da
Marinha e Ultramar, o tenha assim entendi
do e faça executar. Paço, 11 de Fevereiro de
1854.= Rei, Regente. = Visconde de Atho
guia.
Por Decreto de 11 de Fevereiro foi nomea
2
do o Presbytero Antonio Firmino da Silva
Quelhas, Conego da Sé de Loanda.
Por Decreto de 13 de Fevereiro foi passa
do a Veteranos o Tenente do Batalhão de li
nha de Loanda, Caetano Alberto Pereira da
Camara.
Ill." e Ex.*º Sr. — Convindo tomar uma
deliberação sobre a proposta para a forma
ção de uma Companhia denominada = Luso
Africana Oriental=, sobre a qual o Conselho
Ultramarino emittiu o seu parecer em Con
sulta de 11 de Outubro do anno passado, que
se sujeite este importante negocio a uma con
ferencia com os signatarios da referida pro
posta, na qual, discutindo-se e examinando
se as bases da projectada Companhia, se fa
çam as alterações e modificações que parece
rem convenientes, para que ella se possa le
var a efeito com vantagem para a Provincia
a que se destina, e para a mesma Companhia;
Houve Sua Magestade El-rei, Regente em
Nome do Rei, por bem Determinar, que uma
Commissão, composta de V. Ex.° na qualida
de de Presidente, dos Conselheiros Domingos
Fortunato do Valle, e João da Costa Carvalho,
do Brigadeiro Domingos Corrêa Arouca, e
de um igual numero de individuos dos signa
tarios da dita proposta, se reuna em uma das
Salas desta Secretaria de Estado, a fim de
conferenciar sobre este assumpto, de manei
ra que sobre ele se possa tomar a delibera
ção que for acertada, para definitivamente se
terminar este negocio; para cujo fim tenho
a honra de enviar a V. Ex. todos os papeis
relativos a este objecto; servindo-se V. Ex.°
de ter a bondade de fazer as convenientes
participações aos membros da mencionada
Commissão, dando-me conhecimento do resul
tado dos seus trabalhos, por esta Secretaria
de Estado. —Deus Guarde a V. Ex.° Secre
taria de Estado dos Negocios da Marinha e
Ultramar, 14 de Fevereiro de 1854. =III."
e Ex." Sr. Visconde d'Almeida Garrett=Vis
conde de Athoguia.
Manda Sua Magestade El-rei, Regente em
Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, participar
á Junta da Fazenda da Província de Moçam
bique, em additamento á Portaria que lhe foi
expedida sob numero 290, de 27 de Dezem
bro do anno passado, que se lhe remettem
pela Barca=Tejo=em mão do Director da Al
fandega de Lourenço Marques,José Maria Lobo,
cincoenta mil réis em moeda de cobre de um
real, como consta do incluso recibo por elle
passado, com a qual quantia fica preenchida
à somma de dez contos de réis em moeda de
cobre, que deve ser applicada à operação or
denada no artigo 15.º do Decreto de 28 de
Dezembro de 1852, que regulou a moeda da
sobredita Provincia. Paço, 16 de Fevereiro de
1854. = Visconde de Athoguia
Convindo regular o serviço dos córtes de
madeira em Bissau e Cacheu, tanto pelo que
respeita ás epochas em que elles devem ter
logar, como tambem á forma de os realisar,
e expedição das necessarias embarcações para
o transporte das ditas madeiras: Manda
Sua Magestade El-rei, Regente em Nome do
Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios
da Marinha e Ultramar, que uma Commissão,
composta do Capitão Tenente, Roberto Theo
dorico da Costa e Silva, que servirá de Pre
sidente, do 1.º Tenente d'Armada, José Fran
cisco Schultz, e do 2.º Tenente da mesma
Armada, Alvaro José de Sousa Soares d'An
dréa, proceda á confecção de um Regulamen
to para o indicado serviço dos referidos cór
tes de madeira, podendo ser ouvidos quaes
quer individuos, que, pelos seus conhecimen
tos especiaes, e pratica de serviço naquelle
ponto de Africa, possam com as suas luzesil
lustrar a mesma Commissão, para a melhor
realisação de tal Regulamento, o qual, pela
referida Secretaria de Estado, deverá subir à
approvação do Mesmo Augusto Senhor; o que
assim se participa ao Presidente da sobredita
Commissão, para seu conhecimento e devido
efeito. Paço, 22 de Fevereiro de 1854. =
Visconde de Athoguia.
Por Portaria de 22 de Fevereiro foi no
meado para servir interinamente o logar dePhysico-Mór de Angola, o Doutor João Ja
nuário Vianna de Rezende.
UNIIC IIIIIIIIIW.
SENHORA !=A Carta Regia de 6 de Maio
de 1614, o Alvará de 9 d'Abril de 1622, o
Decreto do 1.º d'Abril de 1677, e muitas ou
tras Determinações dos Augustos Predecesso
res de Vossa Magestade, relativas especialmen
te ás Possessões de Portugal no Ultramar, es
— — ,
tabeleceram mui providentemente que, do pro
cedimento de todos os altos funccionarios, a
quem fosse commettida a governação daquel
las possessões em administração, justiça e fa
zenda, se syndicasse minuciosamente, quando
elles deixassem os seus cargos, e antes que
entrassem no exercicio de outros. Os deplo
raveis excessos que, conforme se vê das pro
videncias que sobre elles se tomaram, e mui
notavelmente das do Alvará de 14 d'Abril de
1785, ousaram commetter em outro tempo al
guns desses altos funccionarios, por confia
rem que a distancia a que se achavam da me
tropole, e os meios de prepotencia que po
diam empregar, tornariam impossivel que o
Governo fosse sabedor de seus abusos, ain
da nos actuaes tempos podem repetir-se e
porventura se terão infelizmente repetido.
Foi, sem duvida, por essa causa que no
artigo 14.º, § 6.º do Decreto da creação do
Conselho Ultramarino, Vossa Magestade lhe
Incumbiu— redigir um Regulamento sobre o
modo de investigar a conducta que os diver
sos empregados nas Provincias Ultramarinas
tiverem tido no exercicio das suas funcções,
a fim de que se torne efectiva a responsabili
dade de cada um.
Profundamente convencido este Conselho
da conveniencia e necessidade desta provi
dencia; e de que ella, para ser proficua, de
ve ser efectuada de modo que não fique li
mitada a uma vã formalidade, antes seja base
segura para fundamentar o galardão e recom
pensas que se devam aos bons empregados,
assim como a punição dos que tiverem delin
quido: •
Considerando que o estado actual das nos
sas communicações com as Provincias Ultra
marinas não comporta que as syndicancias
sejam commettidas a juizes mandados do Rei
no, os quaes, estranhos a todas as relações de
superioridade ou dependencia, de afeição ou
odio com os syndicandos, seriam aliás os
mais proprios e competentes para taes dili
gencias:
Considerando que seria muito inconvenien
te que da conducta dos altos funccionarios
daquellas Possessões fossem syndicantes os
juizes que com elles tiveram contacto de func
ções, pelo estado de conflicto e desintelligen
cia que infelizmente algumas vezes existe en
tre esses empregados:
Considerando que é indispensavel harmo
nisar o processo das syndicancias com o mo
derno systema de administração da justiça, e
accommoda-lo ás especiaes e tão diversas con
dições das nossas Possessões Ultramarinas:
Considerando que a grande influencia que
os funccionariosdo Ultramar exercem no ter
ritorio da sua jurisdicção torna indispensavel
que se regule de um modo especial a pres
cripção do direito de querelar delles, e o mo
do de os processar em quanto exercerem as
suas funcções, e sempre que se tratar de cri
mes relativos a ellas:
Considerando que, pela abolição da pena
de confiscação de bens, decretada na Carta
Constitucional da Monarchia, era indispensa
vel estabelecer-se a pena de multa convenien
temente regulada, e até a providencia do ar
resto de alguns bens, para que não ficassem
impunidos muitos abusos e a Fazenda Publi
ca, ou os particulares sem indemnisação al
guma de injustos prejuízos:
Intendendo, finalmente, que, por muitos
motivos que são obvios, quando parte destas
considerações militam com igual ou mais for–
ça de razão para os crimes que contra esses
mesmos funccionarios possam commetter-se no
Ultramar :
Parece ao Conselho: * •
Que Vossa Magestade, apreciando estas tão
graves considerações, que todas vão attendi
das no seguinte «Projecto de Decreto, Fará
um acto de summa conveniencia pública Dan
do-lhe a Sua Regia Approvação.
(Segue o Projecto de Decreto)
Vossa Magestade, porém, Resolverá o que
For Servida, que sempre será o mais justo.
Lisboa, em Conselho, aos 10 de Dezembro de
1851. =Sá da Bandeira, Presidente=José
Ferreira Pestana=João de Fontes Pereira de
Mello=Francisco José da Costa e Amaral.
** ".
SENHORA!—Foi Vossa Magestade Servi
da Mandar remetter a este Conselho, com Por
taria de 28 de Novembro ultimo, um reque
rimento de diversos negociantes da praça de
Lisboa e de Macáu, pedindo, pelos motivos
que allegam, que o imposto da siza seja abo
lido em Macáu na compra de embarcações
para o commercio daquelle Estabelecimento.
O Conselho, tendo em attenção o exposto
pelos referidos negociantes em seu requerimen
to, assim como as informações dos Governa
dores d’aquella Provincia, datadas de 22 de
Junho de 1849 e 21 d’Agosto de 1851:
Considerando que o unico meio de traba
lho que ha para os subditos portuguezes em
Macáu é o commercio maritimo; e que, sen
do as embarcações os instrumentos desse tra
balho, difficultar a sua acquisição seria diffi
cultar o trabalho e os seus fructos:
Considerando tambem que a solicitada abo
lição da siza pouco poderá afectar os rendi
mentos publicos de Macáu, por quanto, pelo
ultimo orçamento do Ultramar se vê que o
dito imposto quasi nada produz: ao mesmo
tempo que, sendo um obstáculo ao desenvol
vimento da unica industria daquelle Estabe
lecimento, prejudica as fortunas e subsisten
cia de todos os seus habitantes:
Attendendo, finalmente, a que muito con
Tem reanizar o commercio— actualmente tão
amortecido— da Ireia Passessão:
Parece ao Conselho:
Que Vossa Mazestade Fara um importante
beneficio ao commercio de Macau e aos ha
bitantes deste Estabelecimento. Acci:endo o
menci>=??? req':erimento, e Declarando abo
lido o imposto das Sizas nas compras de em
barcações feitas por subditos portuguezes de
Macau; não podendo o conselho, por em
quanto, por falta de informações, as quaes
incessantemente procurara haver, interPor o
seu parecer acerca da applicação de similban
te providencia as demais Províncias Ultrama
rinas.
Vossa Magestade, porem. Resolvera o que
For Servida, que sempre será o mais justo.
Lisboa, em Conselho, aos 12 de Dezembro
de 1851. =Sa da Bandeira. Presidente=Jose
Ferreira Pestana=João de Fontes Pereira de
Melio=Francisco José da Costa e Amaral.
llNNtlllS D0 GONSELll0 llliflllllllllllll0.
PARTE OFFICIAL.
SlllillllfAlllll llli llS'l'zlllO DOS NEGOClllS llzl lllllllillzl
E Ulifllillhlll.
Tampo-Ma representado os Deputados da
Nação Portugueza, Simão José da Luz e Fran
cisco Joaquim da Costa e Silva, que os Po
vos de Angola, seus constituintes, pretendem
levantar na Cidade de São Paulo d'Assumpção
de Loanda um monumento á memoria do Go
vernador Geral, que foi d"aquella Provincia,
o Conselheiro Capitão de Mar e Guerra Pedro
Alexandrino da Cunha, a fim de perpetuar ali
a lembrança do Magistrado distincto, pelo
illnstrado zelo, não menos que pelo espirito
de rectidão e justiça, com que administrára
a Provincia, para o que me pediam a neces
saria authorisação; e Desejando Eu Confirmar
o Alto Conceito, em que já foram tidos os ser
viços prestados por aquelle benemerito Func
cionario, quando Sua Magestade a Rainha
Minha Augusta Esposa, de mui saudosa me
moria, se Dignou de Reconhece-los e Galar
doa-los; Conformando-Me com o Parecer do
Conselho Ultramarino em Consulta de dez de
Fevereiro ultimo: Hei por bem, em nome de
ElBei, Approvando e Louvando o nobre in
tento dos habitantes da Provincia de Angola,
Conceder licença para que se possa erigir o
projectado monumento na Praça da Capital
d'aquella Provincia, que mais adaptada for
para esse fim; e Determinar, que o mesmo
monumento seja considerado como nacional
para os elfeitos da sua guarda e conservação.
O Visconde d'Athoguia, Par do Reino, Mi
nistro e Secretario de Estado dos Negocios Es
trangeiros, e dos da Marinha e Ultramar, o
tenha assim entendido e faça executar. Paço,
em dois de Março de mil oitocentos cincoenta
e quatro`.=Rat, Regente. :Visconde de Atho
guia.
Em Portaria de 4 de Março de 1854 se
participou ao Governador Geral de Moçam
ANN. DO C. ULT. -PARTE OFFICIAL. _\'0L. I.
bique, que pela Barca Tejo se remettiam ao
Governador nomeado para o Districto de Lou
renço Marques os medicamentos mencionados
na relação junta á mesma Portaria, os quaes
são para uso da Botica d'aquelle Districto.
Manda Sua Magestade El-Bei, Regente em
Nome do Bei, pela Secretaria de Estado dos
Negocios da Marinha e Ultramar, participar
ao Governador Geral da Provincia de Moçam
bique, em additamento á Portaria que lhe foi
dirigida em 9 de Dezembro do anno findo,
sob n.° 1264, que a bordo da barca Tejo, se
lhe remette uma prensa de extrahir oleo, para
a botica do Hospital Militar da referida Pro
vincia, como consta do incluso recibo pas
sado pelo Capitão da dita barca. Paço, 8 de
Março de 18öL=Visconde de Athoguia.
Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Be
gente em Nome do Bei, o Oflicio n.° 60 de
5 de Dezembro ultimo, do Governador Geral
da Provincia de Angola, dando parte das re
formas que ordenou na administração da Santa
Casa da Misericordia da Cidade de Loanda;
e Manda o Mesmo Augusto Senhor Communi
car ao referido Governador Geral, pela Se
cretaria de Estado dos Negocios da Marinha
e Ultramar, que Ha por bem Approvar o seu
procedimento. Paço, em 8 de Março de 1854.
:Visconde de Athogua'a.
 
Sendo presente a Sua Magestade El-Rci,
Regente em Nome do Bei, o requerimento de
Augusto Teixeira de Figueiredo, Tenente do
Estado Maior da Provincia de Angola, pe
dindo lhe seja contado o tempo de serviço da
sua primeira praça, que decorreu desde 6 de
3
Março de 1827 até 4 de Julho de 1834; Ha
por bem Determinar que ao referido Oficial
se appliquem as disposições do Aviso de 17
de Setembro de 1852, inserto na ordem do
exercito n.º 56 de 2 de Outubro do dito anno.
O que pela Secretaria de Estado dos Negocios
da Marinha e Ultramar, se communica ao
Governador Geral da Província de Angola
para os fins convenientes, e em resposta ao
Oficio do seu antecessor, n.º 82, de 15 de Ju
nho de 1853. Paço, em 8 de Março de 1854.
=Visconde de Athoguia.
Sua Magestade ElRei, Regente em Nome do
Rei, a Quem foi presente o Oficio n.º 54, de
30 de Novembro ultimo, do Governador Ge
ral da Província de Angola, dando parte do
procedimento que tivera com os Colonos, que
da Ilha da Madeira foram mandados para Go
lungo Alto, e das providencias que adoptou
a bem da saude d'elles; Manda, pela Secre
taria de Estado dos Negocios da Marinha e
Ultramar, communicar ao referido Governa
dor Geral, que Ha por bem Approvar o seu
procedimento. Paço, em 8 de Março de 1854.
=Visconde de Athoguia.
Levando na barca Tejo o Governador no
meado para o Districto de Lourenço Marques,

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