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Decretos e Portarias dos mezes: PAG, Janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Fevereiro. . . . . . . . . . . . . . ......... 9-10 Março...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 13–17 Abril. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23–28 Maio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31-37 Junho............. • • • • • • • • • • • • • 39–42 Nomeações para diferentes empre gos e outras deliberações relati vas a empregados publicos das Provincias Ultramarinas, decre tadas nos mezes de Janeiro a Ju nho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42–46 Decretos e Portarias dos mezes: Julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49–53 Agosto e Setembro............... 73–82 Outubro e Novembro............. 85–96 Dezembro... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Janeiro... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101–110 Fevereiro....................... 119–123 Março e Abril......... • • • • • • • • • • 127–144 Abril e Maio................ .... 151–159 Agosto . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • 183–188 Setembro... «... . . . . . . . . . . . . . . . . 191–196 Outubro........................ 203–210 *#### e Dezembro ....... . . . . 211-220 eZêII) OTO. . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • { Janeiro... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223-229 Janeiro e Fevereiro .......... . . . . 232-235 Fevereiro e Março............... 239–246 Março e Abril................ ... 247–251 1856 Decretos e Portarias dos mezes: PAG. Maio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255-26(} Maio e Junho................... 264-269 Julho...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 275–279 Agosto....... • • • • • • • • • • • • • • • • . . 283–291 Setembro....................... 295–301 Outubro........................ 303–31() Outubro e Novembro............. |311–329 Novembro e Dezembro .......... 331–346 Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351–360 Fevereiro ...................... 363–371 Fevereiro e Março............... 379-391 Abril. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 393–404 Março, Abril e Maio............. 405–420 Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 421–429 Julho. . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • .... 433-448 Julho e Agosto.................. 449-459 Setembro....................... 461–474 Outubro ........................ 477–487 Novembro...................... 489–496 Dezembro. . . . . . . . . . . . .......... 497–514 Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 515-534 Fevereiro....................... 535–545 Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 547–557 Março e Abril................... 559–576 Maio... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 578–586 Junho... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 587–597 Julho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 599–61(} Agosto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 611–620 Setembro........... • • • • • • • • • • • • 627–643 Outubro........................ 645-656 Novembro.......... • • • • • • • ..... 657-666 Dezembro .......... . . . . . . . . . . . . 669–682 Conselho Ultramarino. POIRTARIAS. PAG, strucções e modelos por que se devem re azenda na formação 29 edindo informa ções dos Officiaes de todos os Corpos de 30 PAG. De 27 de Dezembro de 1851, pedindo informa ções e esclarecimentos aos Governadores da India, Cabo Verde, S. Thomé e Principe e Macau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . De 17 de Março de 1852, pedindo informações e esclarecimentos aos Governadores de Mo çambique e Timor..................... De 7 de Agosto de 1852, sobre colonisação.... 7 De 3 de Setembro de 1852, pedindo informa ções sobre as minas de salitre de alguns districtos de Angola.................... De 25 de Outubro de 1852, remettendo as in { –5– gular as Juntas de dos respectivos orçamentos. ............ • • • 5 De 25 de Novembro de 1852, primeira linha do Ultramar............. 6 Da mesma data, pedindo mappas dos Corpos que guarnecem as Províncias Ultramarinas, e bem assim da artilheria e mais petrechos das fortalezas......................... 28||Da mesma data, pedindo informações de todos os Empregados das Provincias Ultramarinas.. 37 37 * - 4 + >= - , *_*_**= *_*_*_* 2 PAG. 260 260 269 27() 280 28 | 28 | 29 | 429 429 43t) |430 4}}{) 597 PAG, De 21 de Dezembro de 1852, remettendo semen- De 29 de Agosto de 1854, ao Governador de An tes de algodão..................... ..... 38 gola, exigindo informações sobre a navega De 11 de Fevereiro de 1853, pedindo amostras ção do Quanza........... • • • • • • • • • • * • • de gomma-elastica, da Provincia de An- De 8 de Setembro de 1854, ao Governador de#*# • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 144 Cabo Verde, exigindo informações sobre as De 19 de Março de 1853, sobre a pesca das pe- matas de Guiné.............. . . . . . . . . . . rolas nas Ilhas de Bazaruto na costa de De 12 de Setembro de 1854, ao Governador de Sofala........ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 47 Timor e Solor, sobre a existencia n'a De 18 de Julho de 1853, ao Governador de Mo- quella Ilha da arvore que produz a gutta çambique, pedindo informações sobre os percha - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Prasos da Corôa....................... 112||De 15 de Setembro de 1854, ao Governador de Da mesma data, aos Governadores das differen- S. Thomé e Principe sobre o orçamento... tes Provincias, pedindo informações res- Da mesma data, ao Governador da India, sobre pectivas ao commercio e industria ....... 112 o mesmo objecto............ . . . . . . . . . . . De 26 de Julho de 1853, ao Governador de Da mesma data, exigindo o orçamento da Pro Angola, com explicações sobre a synopse vincia de Angola pela fórma que indica... de Legislação, que se lhe pedira, e a remessa Da mesma data, ao Governador de Macau, re do orçamento e outros objectos.......... 124 commendando a execução dos artigos 3.º e Da mesma data, remettendo ao Governador de 5.º das Instrucções de 25 de Outubro de Angola sementes de diversas qualidades de 1852................ . . . . . . . . . . . . . . . . . tabaco, e uma instrucção sobre a sua cul- Da mesma data, ao Governador de Cabo Verde, tura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......... . . . . . 124 exigindo varias informações com o orça De 1 de Agosto de 1853, ao Dr. Fredericó mento da Provincia............. • • • • • • • Welwitsch com algumas instrucções relati- De 26 de Setembro de 1854, ao Governador de vas á sua exploração de Angola...... .... 125 Macau, pedindoesclarecimentos sobre a De 2 de Setembro de 1853, ao Governador de reforma da administração da justiça....... CaboVerde, exigindo informações para a re- Circular aos Governadores Geraes, pedindo in forma da administração e da justiça...... 145 formações sobre plantas textis ..... • • • • • • De 8 de Novembro de 1853, exigindo uma conta De 22 de Novembro de 1854, ao Governador mensal do rendimento do fundo de coloni- de Angola, remettendo o arcano do Dr. sação... . . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 160 Stole...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • De 3 de Abril de 1854, ao Governador de An- De 23 de Janeiro de 1855, ao Governador de gola, exigindo informações sobre a conve- Angola, exigindo o cumprimento da Por niencia da venda dos arimos do Estado.... 189 taria de 27 de Dezembro de 1851 ........ De 28 de Abril de 1853, ao Governador da India, Da mesma data, ao mesmo Governador, remet exigindo informações sobre os Prasos da tendo-lhe sementes para distribuir ......... Corôa n'aquelle Estado.......... • • • • • • • • 190 | De 24 do mesmo mez, ao Governador de Cabo De 5 de Maio de 1854, ao Governador da India, Verde, para remetter as amostras de salitre accusando recepção da synopse da legisla- e outros mineraes...................... ção desde 1651 até 1766, relativa aquelle De 5 de Março de 1855, aos Governadores Ge Estado ...................... • • • • • • • • • 190 raes sobre a estatística das Alfandegas.... De 20 de Junho de 1854, ao Governador de Cabo De 22 de Junho de 1855, ao Governador de Verde, accusando recepção da synopse da Angola, para se promover a cultura do ta Legislação de 1766 até 1818 e a de algu- baco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mas Ordens do seculo xvII.............. 222 | Da mesma data, para o mesmo fim, aos Gover De 19 de Julho de 1854, á Junta de Fazenda de nadores de Cabo Verde, S. Thomé e Prin S. Thomé e Principe, sobre a remessa do cipe e Lourenço Marques............... orçamento........ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 230 | Da mesma data ao Governador de Angola, a fa De 28 de Julho de 1854, ao Governador da India, vor das pescarias ...................... pedindo informações sobre os bens do Es- Da mesma data, ao mesmo Governador, acompa tado em Diu e Damão............... . . . 230 nhando sementes de algodão............. De 11 de Agosto de 1854, ao Governador da De 20 de Agosto de 1855, ao mesmo Governador, India, sobre Misericordias .............. 237 sobre uma planta filamentosa descoberta por De 16 de #### de 1854, circular exigindo conta Maximiano Pereira Bravo............... annual do rendimento das Alfandegas..... 237 || De 28 de Setembro e 27 de Outubro de 1855, De 22 de Agosto de 1854, ao Governador de remettendo sementes de tabaco aos Gover S. Thomé e Principe, exigindo informações nadores de Cabo Verde, Angola e Lourenço sobre a medida agraria ................. 423 | Marques. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CONSULTAS. • PAG, Sobre o modo de investigar a conducta dos Func- Sobre o estabelecimento do imposto de decima cionarios ultramarinos.................. 10 industrial em Angola................... Sobre a abolição do imposto da sisa em Macau Sobre valor das moedas em Macau........... na compra de embarcações mercantes..... 11 || Sobre abertura de portos da Provincia de Moçam Sobre a organisação administrativa das Provin- bique ao commercio nacional e estrangeiro. cias das Novas Conquistas............... 17|Sobre o projecto de uma companhia denomi Sobre a urzella............................ 18 nada Luso-africana-oriental.............. Sobre a reforma da administração da Provincia Sobre a organisação dos tribunaes judiciaes em PAG. 46 4t} de Moçambiqne........................ 19 Angola e S. Thomé............. • • • • • • • • 82 PAG. Sobre a reforma da pauta da Alfandega de Mo çambique........ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .º 83 Sobre a nomeação dos Parochos encommendados em Angola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... 96 Sobre o privilegio pedido para a factura de ca bos de ife............................. 97 Sobre a importação em Moçambique livre de di reitos, de machinas para imprensar urzella e grossarias para a transportar............ 98 Sobre a remessa para Mossamedes de duas ma chinas para descaroçar algodão......... . 99 Sobre a venda das roças do Estado na Ilha de S. Thomé...... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 111 Sobre a fundação de um Seminario ecclesiastico em Angola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 Sobre a desnecessidade de Alfandega em Mossa medes, e propondo a providencia conve niente................ • • • • • • • • • • • • • • • • Sobre o regimento para a arrecadação dos bens dos defuntos e ausentes na Provincia de 125 Moçambique.................... • • • • • • 145 Sobre o soldo dos Officiaes militares na Provin cia de Moçambique............ • • • • • • • • • 146 Sobre uma concessão de terrenos em Cabo Verde. 147 Sobre a divisão do ordenado de um dos profes sores da escola principál de instrucção pri maria de S. Thomé.................... 159 Sobre o beneficio concedido pela Junta de Fa zenda de Moçambique , aos devedores de dizimos e fóros á Fazenda............... 160 Sobre a creação do logar de Verificador da Al fandega de Benguella................... 160 Sobre o modo de publicar o Boletim e Annaes do Conselho Ultramarino............... 161 Sobre a liberdade dos negros ................ 166 Sobre a creação de uma cadeira de physica, chi mica e zoologia em Goa...... • • • • • • • • • • • 167 Sobre a proposta para a exploração geographica de Angola feita por L. A. Magyar........ 168 Sobre o requerimento em que o Dr. J. N. de Salis se ofereceu para explorar o interior da Africa austral... ........... • • • • • • • • • • 177 Sobre a creação de um Julgado no Concelho de Santa Catharina da Ilha de S. Thiago..... 179 Sobre a erecção de um monumento em Loanda a Pedro Alexandrino da Cunha........... 179 Sobre a abertura do porto de Angola ao commer cio estrangeiro......................... 179 Propondo um regulamento para a venda das ro ças do Estado em S. Thomé.............. 188 Sobre o augmento de soldo aos Officiaes supe riores da Provincia de Angola............ 189 Sobre o julgamento das causas de coimas e trans gressão de posturas municipaes em S.Thomé. 189 Sobre a importação da grossaria estrangeira em Angola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196 Sobre os passaportes das embarcações de cabo tagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • • • 197 Sobre o augmento de soldo e pret aos militares que forem servir em Guiné...; .......... ; . 210 Sobre os generos do commercio das Ilhas de Timore Solor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 Sobre emolumentos dos Empregados da Alfan dega de S. Thomé...................... 221 3 Supremo Tribunal de Justiça. Sobre emolumentos do Secretario do Governo de Moçambique.......................... Sobre qual deva ser a alçada dos Juizes de Da mão e Diu....... * • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Sobre o Regimento da arrecadação dos bens dos Sobre a pauta das Alfandegas de S. Thomé e Principe. . . . . . . . . . . . . . . . . ............. Sobre depositos nas mesmas Alfandegas de S. Thomé e Principe ..................... Sobre a organisação das Alfandegas de S. Thomé. Sobre a extincção dos Prasos da Corôa em Mo çambique............. • • • • • • • • • • • • • • • • Sobre um emprestimo para obras publicas em Cabo Verde............................ Sobre a reforma dos emolumentos judiciaes em Moçambique.......................... Propondo o Regulamento para a arrecadação dos bens dos defuntos e ausentes de S. Thomé e Principe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sobre a organisaçãodas Alfandegas, e sua pauta, em Guiné. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sobre o modo de tomar as contas das Juntas de Fazenda.............................. ******* ser elevado á categoria de illa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sobre a observancia do Codigo criminal....... Para serem isentos do pagamento de direitos de Mercê os Professores de instrucção primaria Para se promover a cultura do algodão....... ;. Sobre os emolumentos parochiaes no Estado da India. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sobre as antiguidades dos Officiaes que mudam de arma............... • • • • • • • • • • • • • • • Sobre direitos de generos estrangeiros natu ##### na India e levados para Moçam 1CIUlê - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Sobre } Regulamento da Junta de Fazenda de Moçambique e da sua Contadoria..... • • • • Sobre o melhoramento da redacção dos Boletins Oficiaes das Provincias Ultramarinas..... Sobre a alteração nos vencimentos dos solicita dores e oficiaes de diligencias das causas fiscaes do Estado da India............... Sobre a Portaria do Governador Geral da India que estabeleceu em 4 por cento a contribui ção dos foros das Novas Conquistas....... Sobre a syndicancia dos Governadores de Damão e Diu mandada fazer pelo Governador Geral da India. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sobre os vencimentos dos Governadores da Guiné portugueza e Cacheu.................... Sobre os meios de facilitar a correspondencia com Moçambique............... • • • • • • • Sobre a abolição da escravidão no Districto do Ambriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sobre o estabelecimento de uma typographia em S. Thomé... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sobre um serviço de transportes por carros en tre Pungo-Andongo e Cambambe......... Sobre a repressão dos abusos chamados de cam bolação e reviro em Angola.............. Sobre o estabelecimento da navegação a vapor no rio Quanza............ . . . . . . . • • • • • • defuntos e ausentes no Estado da Índia... PAG. 22 | 229 235 235 236 236 244 251 253 254 28 | 282 301 310 328 643 Accordam no processo de syndicancia do ex-Governador Geral de Angola, Antonio Sergio de Sousa... 361 4 Supremo Conselho de Justiça Militar. PAG. Accordãos relativos a réos militares da Provincia de Cabo Verde......................... • • • • • • # | 682Idem, idem, idem.................. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ' ' ' ' ' | 684 Tribunal da Relação de Lisboa. PAG. PAG. Accordam nos autos de syndicancia do ex-De- Accordam nos autos de syndicancia de Carlos legado do Procurador Regio na Comarca Possollo de Sousa, ex-Secretario do Go de Sota-Vento, Antonio Affonso Mendes verno Geral de Angola................. 262 Coutinho... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • 162 | Idem, idem, de João Pedro Lecor Buis, ex-Se Idem, idem, de Guilherme Cypriano Demony, cretario do Governo Geral de Cabo Verde... 274 ex-Thesoureiro da Junta de Fazenda de An- Idem, idem, de João Maria Sequeira Pinto, ex gola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Juiz de Direito de Macau . ............. 474 Idem, idem, de Antonio Maria Bouyrat, ex- Idem, idem, de Manoel Felicissimo Louzada de Escrivão da Junta da Fazenda do Estado Araujo, ex-Juiz de Direito da Comarca de da India.................... .......... 170 Sota-Vento de Cabo Verde............... 475 Idem, idem, de Francisco Xavier Barreto, ex-De- Idem, idem, de Antonio Valente de Couto, ex legado do Procurador da Corôa e Fazenda Secretario do Governo Geral do Estado da na Comarca de Bardez.............. ... 181 India ........ • • • • • • • • • • • • • • * - - - - - - - - - 476 Juito de Direito de Benguela. Sentença no processo de syndicancia de Carlos Frederico Botelho de Vasconcellos, ex-Governador de Mossamedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 273 Diversos assumplos. PAG. PAG. Documentos oficiaes sobre a exploração do rio Mappa dos navios entrados no porto da Ilha de ____ Cunene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 S. Thomé, desde Janeiro até Junho de 1856.348 - Extracto de um officio sobre o estado do esta- Noticia relativa ás minas de cobre no Bembe... 372 - belecimento de Mossamedes ............. 118||Mappa das embarcações de guerra e mercantes Auto de reconhecimento de preito e vassallagem que entraram e saíram no porto da Ilha do prestado pelo rei de Molombo, Capita Mu- Principe desde Janeiro até Junho de 1856. 376 nipolo, por seus embaixadores, com a noti- Mappa do marfim exportado de Quelimane no cia do que mais se praticou nessa occasião. 148 primeiro semestre de 1856 .............. ... 392 Extracto de um oficio do Governador interino Mappa geral da população da Ilha de Santo de Mossamedes...; ......:: ..... ......... 199 Antão e demonstrativo dos fugidos, ataca Relatorio do Governador de Mossamedes, sobre dos, curados, mortos, e não atacados pelo o estado d'aquelle estabelecimento ....... 293 cholera-morbus..................... ... 404 ANNA ES CONSELHO ULTRAMARINO. ADVERTENCIA PRELIMINAR. Os ANNAEs Do CoNSELHo ULTRAMARINO, publicação que o mesmo Conselho era obrigado a promover, pelo disposto no artigo 28.º do seu regimento, devem ser uma vasta collecção de noticias, quantas se possam obter, sobre as forças produ ctivas das províncias ultramarinas. a riqueza do seu solo, as qualidades e pro priedades dos seus terrenos, o estado da população, e a sua industria e commer cio, e além disso abranger tambem as noticias dos costumes dos seus habitantes, e quaesquer outros objectos de interesse publico. Vé-se, pois, que esta publicação que hoje começa, não é obrigada a circumscrever-se a taes ou taes objectos; póde abranger noticias de todas as naturezas, com a unica condição de que essas noti cias possam ser uteis ás provincias ultramarinas, já consideradas em si mesmas, já nas suas relações de umas com outras ou com a metropole, e ainda mesmo com outros quaesquer paizes. Em documentos de duas diversas naturezas se podem achar taes noticias. Convem a saber, escriptos officiaes, isto é, feitos no desempenho de funcções pu blicas, ou escriptos particulares. Na diferença destas especies de documentos, se funda a divisão destes Annaes em duas partes, uma official, e a outra não-official. A parte official ha-de conter os decretos, cartas regias, portarias, e outros quaesquer diplomas relativos ao Ultramar, tanto da respectiva Secretaria de Es tado como do Conselho Ultramarino, que seja util conhecerem-se para a historia das províncias ultramarinas ou do seu governo e administração, com tanto que não contenham materia legislativa ou regulamentar, porque neste caso pertencem, por sua natureza, ao Boletim do Conselho. Hão de nesta mesma parte dos Annaes, achar logar as portarias, os regula mentos, e outras quaesquer disposições dos Governadores das provincias ou das demais Authoridades provinciaes, quando por algum motivo convenha que sejam conhecidas fóra das respectivas provincias. Aqui se hão de tambem publicar as contas, as noticias estatísticas, as informações, os relatorios de quaesquer funccio narios publicos, quando pela sua materia, convenha ficarem colligidas neste vasto deposito de documentos ultramarinos. Na parte não official não é facil dizer o que se hade publicar, por que esta parte dos Annaes é destinada para conservar e divulgar todas quantas notícias directa ou indirectamente possam interessar ás províncias ultramarinas, ou á me tropole nas suas relações com ellas. O § 3.º do artigo 8.º do decreto de 13 de Dezembro de 1853,menciona como objectos proprios desta divisão dos Annaes —memorias, viagens, e quaesquer notícias e informações sobre as provincias ul tramarinasportuguezas, sobre as colonias cstrangeiras, C tudo, quanto possa illus trar o conhecimento e administração daquelles paizes, ou directa ou indirectamente lhe possa interessar. Duas diferentes classes de escriptos se hão de por tanto aqui encontrar; uns que interessem directamente a todas ou algumas das nossas Provincias Ultra marinas; outros que respeitando directamente a outros paizes, o seu conhecimento possa ser util, quer seja para imitar o bom, quer seja mesmo para evitar erros conhecidos na experiencia alheia; quer seja finalmente porque as relações de qual quer natureza dess outros paizes com as nossas provincias, nos torne interessante o conhecimento do que lhes respeita. Dando a esta parte dos Annaes a conve niente amplidão, trataremos de consignar nella todas as noticias que possam con correr para o desenvolvimento da riqueza natural e das forças productivas de to das as nossas provincias; e como objecto importante de estudo fallaremos do es tado, progressos, ou decadencia das colonias estrangeiras; e para não omittirmos informação alguma que possa interessar o nosso Ultramar noticiaremos os progres sos da geographia da Africa interior, ou de outros alguns paizes, os progressos e os aperfeiçoamentos da navegação, e as noticias que lhe sejam interessantes, por que seria não attentar na natureza das provincias ultramarinas, deixar no esque cimento os meios de communicação externa, sem os quaes não é possivel fazer os progressos convenientes, não só na ordem economica e industrial, mas igual mente na ordem social e intellectual. Por estes mesmos motivos daremos conhe cimento dos escriptos sobre objectos coloniaes que se publicarem no territorio portuguez; e procuraremos da-la das mais importantes publicações estrangeiras sobre similhante objecto. Nada temos a dizer da importancia da materia destes Annaes: primö porque sendo elles principalmente destinados para ir colleccionando as notícias das pro vincias ultramarinas, que successivamente se forem havendo, seria fallar fóra de tempo, e querer asseverar sem os convenientes fundamentos, aquillo que só suc cessivamente se hade ir conhecendo: secundo porque só poderia deixar de avaliar a importancia de serios estudos sobre as nossas provincias ultramarinas, parte in tegrante do territorio nacional, quem absolutamente não fizesse idéa da necessi dade de conhecer assim, para fins de governo, como para fins economicos, a na tureza, o estado, e as circumstancias daquelles territorios, e dos seus habitantes. Para satisfazer ao gosto das pessoas que mais se interessam pelas cousas ul tramarinas, tencionamos pôr no fim de cada numero uma resumida noticia das mais recentes occorrencias que tiverem tido lugar nas diversas provincias, e que de alguma maneira mereçam ser divulgadas. Parece-nos bastante o que temos dito para illustrar o leitor sobre o fim e natureza desta publicação, e plano da sua redacção: só nos resta advertir, que, conforme a disposição do decreto de 13 de Dezembro, a primeira parte dos Annaes hade levar no fim do anno dois in dices; um chronologico das peças que encerrar, e o outro methodico; e similhan temente a segunda parte hade levar outros dois indices, um chronologico, para os documentos ou artigos a que convenha, e outro methodico, como o da pri meira parte. ANNAES DO CONSELHO ULTRAMARINO. PARTE OFFICIAL. Sliijllllzllllil FE Eflhlöli llllS N'Elli'lfllili ill ilzlllllllzl E Utlllllllll. MANDA Sua Magestade El-Rei, Regente em Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, participar ao Governador Geral da Provincia de Angola, em additamento á Portaria de 27 de Agosto do anno passado, e em resposta ao OlIicio n.o 256 do 1.” de Fevereiro do referido anno, com que o Governador Geral interino da mesma Provincia remetteu, informado, orequerimento, em que José María Matozo da Camara pedia privilegio para a fabricação de cabos de Ile, que havendo o referido Matozo satisfeito as disposições do Decreto de 31 de Dezembro de 1852, que regula a concessão dos privilegios exclusivos pelos novos inventos: Houve por bem o Mesmo Augusto Senhor Conceder-lhe, em data de la de Dezembro ultimo, Alvará de patente como inventor da fabricação, na refe rida Provincia, de cabos e cordas do lio ex trahido da planta denominada=lfe=pclo tempo de quinze annos, conforme consta da cópia authentica do mesmo Alvará que com esta inclusa se remette para seu conhecimento e ell'eitos necessarios. Paço. 9 de Janeiro de 185!. = Visconde de Athoguia. Eu El-rei, Regente em Nome do Rei, Faço saber aos que este Alvará virem, que, Atten dendo ao que me representou José Maria Ma tozo da Camara, negociante e proprietario da cidade de Loanda, na Provincia de Angola, pedindo-Me o privilegio exclusivo, por espaço de quinze annos, da fabricação, na dita Pro ANN. DO C. ULT. _- l'A RTE OFPÍClAL.-VOL. l. vincia, de cabos e cordas feitas de fio extra hido da planta denominada=lfe=,de cujo processo elle fôra o descobridor e inventor; e tendo elle satisfeito ás disposições do De creto de trinta e um de Dezembro de mil oi tocentos cincoenta e dois; Hei por bem, em Nome de El-Rei, Conceder ao dito José Ma ria Matozo da Camara Alvará de Patente, como inventor da fabricação, na referida Pro vincia, de cabos e cordas de lio extrahido da dita planta, pelos ditos quinze annos, durante os quaes ficarão postos sob guarda e defeza da Lei os seus direitos de propriedade da men cionada invenção, com as obrigações e clau sulas contidas no supracitado Decreto. Pelo que Mando ao Governador Geral da Provin cia de Angola, e bem assim a quaesquer Au thoridades e pessoas a quem o conhecimento deste meu Alvará pertencer, o cumpram e guardcm como nelle se contem, e será regis tado aonde competir. Pagou setenta e cinco mil réis de direitos correspondentes aos quinze aunos do seu privilegia exclusivo, tres mil sete centos e cincoenta réis dos cinco por cento addicionaes, e sete mil oitocentos setenta e cinco reis para amortisação das Notas do Banco dc Lisboa, como fez certo pelo conhecimento em forma que apresentou. Dado nesta Cidade de Lisboa, aos llt de Dezembro de 1853.: REI, Regente, com rubrica e guarda. :Vis conde d'Athoguia. :Logar do sèllo grande das Armas Beaes. Alvará por que Vossa Magestade Ha por bem Conceder a Jose Maria Matozo da Camara, Pri vilegio exclusivo por espaço de quinze annos para a fabricação, na Provincia de Angola, de Cabos feitos de lio extrahido da planta deno minada=lfc=, como acima se declara. Para Vossa lllagestade vêr.=Manoel Pedro Vianna l — 2— o fez. Deste nove mil e seiscentos réis. =Lo gar do sêlo da causa publica. = Pagou dez mil réis de sêlo, e seiscentos réis de imposto. Lisboa, 19 de Dezembro de 1853. N.º 35.<=Pe reira=Frederico. Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, que o Con selheiro Director da Imprensa Nacional dê as ordens necessarias para ser impressa á custa do Estado, a obra intitulada=Apontamentos sobre as doenças dos paizes quentes, tratadas nos hospitaes de Moçambique, e de Gôa, com posta pelo Doutor Antonio José de Lima Lei tão, devendo, quanto ao formato e papel, ser o mesmo que o da Memoria sobre o acido ar senioso, que fazia o objecto da Portaria que com a referida Memoria se lhe dirigiu em 6 de Agosto do anno passado, e entendendo-se o referido Conselheiro em tudo o mais com o auctor da precitada obra, que para esse fim se lhe apresentará. Paço, 10 de Janeiro de 1854. =Visconde de Athoguia. O Capitão do Porto de Loanda, Filippe An tonio Escrivanis, 1.º Tenente da Armada, re gressou para Loanda no Brigue Novo Afri cano; o que se participou ao respectivo Go vernador Geral em 14 de Janeiro de 1854. Foi concedidaa Jozé Ly, Chim, Clerigo tonsurado da Provincia de Cantão, que se acha va em Lisboa, a admissão, como Alumno Pen sionista, no Seminario Patriarchal de Santa rem; o que foi communicado ao Cardeal Pa triarcha em 14 de Janeiro de 1854. 4 Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em Nome do Rei, remetter ao Governador Geral do Estado da India, para seu conhecimento e devidos efeitos, a inclusa cópia authentica (tambem nesta data enviada ao Reverendo Bispo Eleito de Cochim, Vigario Capitular do Arcebispado de Gôa) do Decreto de 24 de Novembro ultimo, pelo qual, Conformando-Se o Mesmo Augusto Senhor com a Proposta da quelle Prelado, em Oficio de 19 de Agosto proximo passado, Houve por bem Fazer mercê das honras de Conego da Sé Primacial de Gôa ao Reverendo João Marianno Gonçalves, Mis sionario de Malvana;—por cujo Diploma tem a satisfazer a quantia de 22$200 réis, como consta da nota junta, que se remette para os fins indicados na Circular de 30 de Setembro do anno findo. —E como no citado Oficio do referido Reverendo Bispo Eleito de Cochim, elle propunha tambem a Sua Magestade, que ao dito Padre João Marianno Gonçalves se abo nasse uma gratificação mensal de 60$000 réis, em consideração e indemnisação das avulta das despezas que tem sido obrigado a fazer na missão de Malvane, e dos valiosos servi ços que ali tem prestado á causa do Real Pa droado; Ha Sua Magestade por bem authori sar o referido Governador Geral para que, de accôrdo com o mesmo Reverendo Bispo Eleito, e com a Junta da Fazenda, e verificada a ne cessidade e justiça do proposto abono, possa estabelecer ao dito Missionario a indicada gra tificação mensal, ou aquella que parecer mais conveniente, em vista dos escassos recursos do cofre do mesmo Estado. Paço, em 18 de Janeiro de 1854. =Visconde de Athoguia. A nomeação de Adolpho Guilherme Ara gon para Consul Geral de Portugal em Serra Leôa foi communicada, por Portaria Circular de 18 de Janeiro de 1854 aos Governadores Geraes de Angola, e Cabo Verde, e ao Go vernador da Província de S. Thomé e Prin Cipe. Em Portaria de 18 de Janeiro de 1854 se participou ao Governador Geral do Estado da India, que por serviços que tem prestado á Igreja e ao Estado foi conferido o grau de Commendador da Ordem de Christo a Lou renço de Souza, Proprietario na Cidade de Calcutá, e Fabriqueiro da Igreja Portugueza de Nossa Senhora do Rozario em Bandel: e o de Cavalleiro da mesma Ordem aos Reveren dos Miguel Francisco Lobo, Governador Epis copal da Dioceze de Meliapor; Joaquim das Neves Rebello Videira, Missionario em Ben gala; Norberto do Rozario e Carvalho, Prior na Cidade de Damão; Joaquim Antonio do Rozario, Conego da Sé Primacial de Gôa; Ignacio L. da Silva, Vigario da Igreja de Ban dora; e Filippe Athanazio da Costa, de Ban del; ao Camarisdar Manoel de Souza, da Ilha de Caranja, e a Christiano Frederico Keplhof, Juiz Christão na Côrte Suprema de Travan cor: assim como o grau de Cavalleiro da Or dem de Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçoza ao Reverendo José Nicolau Barreto, Desembargador da Relação Ecclesiastica de Gôa. Manda Sua Magestadc El-Rei, Regente em Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, rcmetter á Junta da Fazenda da Provincia de Angola os dois inclusos conhecimentos, datados de 26 de Outubro do anno passado e 10 do corrente, de duas machines de descaroçar algodão, que se remettem pelo brigue Novo Africano, Ca pitão José Prcim da Costa, ao qual a mesma Junta satisfará a quantia de 117%925 reis, pela importancia do frete dos referidos obje ctos, que deverão ser enviados para Mossa medes, e alli entregues ao colono Bernardino Freire de Figueiredo Abreu c Castro, o qual deverá satisfazer á referida Junta, com o pro ducto do primeiro algodão em rama ali pre parado, não só a predita quantia de 117%925 reis, importancia do frete, como tambem a de 3341095 réis fortes, em que importaram as referidas machinas, responsabilisando-se a esse pagamento por meio de uma obrigação, que deverá assignar no acto em que lhe forem en tregues. Paço, 18 de Janeiro de 1854.=Vi's conde de Atliogui'a. `Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em Nome do Bei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, communi oar ao Governador de Mossamedes, que nesta data se remcttcm á Junta da Fazenda de An gola, pelo Brigue Novo Africano, as duas Ma chines de descaroçar algodão, que havia re quisitado o Colono Bernardino Freire, ao qual a mesma Junta as mandará entregar mediante uma obrigação que elle deverá nesse acto, e na forma do seu pedido, assignar, em que de clare se responsabilisa a satisfazer a sua im portancia pelo producto do primeiro algodão em rama já preparado; e por esta occasião Manda o Mesmo Augusto Senhor reconimen dar ao referido Governador, que informe de seis em seis mczes a respeito do uso que del las tiver feito aquelle Colono, e' do estado em que achar a cultura do algodão, para que em vista de taes informações possam adoptar-se as providencias que mais convier. Paço 18 de Janeiro de 1854.=Vi'scoflde de Athoguía. Sendo presente A Sua Magestade El-Ilci, Regente em Nome do Rei, o OlIicio do Gover nador Geral da Provincia de Angola, n.” 26, de 24 de Outubro do anno passado, no qual, dando conta do que fôra ponderado em Junta de Fazenda,` assim' áccrca das disposições da Portaria deste Ministerio de 27 de Feveiro de 1852, relativa a licenças concedidas aos Mi 3 litares e Empregados Civis, como acerca do abono de gratificações aos seus Ajudantes de ordens, se refere tambem por esta occasião ás observações que sobre o 1.° daquelles as sumptos fizera ein seus Oflicios n.°' 14 e 18 de 19 do dito mez, em que participára haver concedido licença e mandado dar passagem para Lisboa, com abono de vencimentos, aoCa pltão do Exercito de Portugal. Antonio Lucio Cordeiro de Araujo Feio, eao Tenente da mes ma Provincia, Caetano Alberto Pereira da Ca mara: Manda o Mesmo Augusto Senhor, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Mari nha e Ultramar, participar ao referido Gover nador Geral, para seu conhecimento e eñeitos necessarios, e em resposta aos sohreditos Ofli cios o seguinte :_Que quanto ás licenças con cedidas pelo mesmo Governador Geral aos Olfi ciaes, acima mencionados, Ha por bem de as approvar, não obstante as disposições da já citada Portaria de 27 de Fevereiro de 1862, attenta a gravidade das circunstamcias que lhes serviram de fundamento; e sem derogar as mencionadas disposições, auctorisa conitudo o referido Governador Geral, em caso de re conhecida e igual gravidade, a conceder si milhantes licenças, soh sua responsabilidade, e da Junta de Saude; e que pelo que respeita ao abono das gratificações aos Ajudantes de Ordens, que a circumstancia de haverem se guido viagem em navio de vapôr, não é bas tante para justiticar a alteração da ordem es tabelecida, de só se abonarem taes gratifica ções desde que o individuo, a quem competem, chega ao seu destino, e começa a ter o res pectivo exercicio, pois que o serviço acciden tal feito durante a viagem, e que tanto pode ter lugar em navio de vapôr, como em na vio de vela, não pode ser comprehendido co mo desempenho de funcções que só legitima mente começão a exercer-se depois de se ha ver chegado á respectiva Provincia. Paço, em 20 de Janeiro de 1854.=Vi'sconde de Atho guia. - » Por Portaria dc 20 de Janeiro de 1854 se communicou ao Governador Geral do Estado da India, que ao Major de Artilheria do mes mo Estado, Venancio da Costa Campos, foi conferido o grau de Cavalleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-Viçosa, pelo bom serviço que prestára na confecção de um Mappa Estatístico da população dol territorio dc Gôa. Sendo presente a sua Magestade El-Rei, —4— Regente em Nome do Rei, o Oficio do Gover nador da Provincia de Macau, Timôr e So lôr, de 24 de Outubro do anno findo (n.º 174),repetindo o pedido que havia feito pelo de 22 de Fevereiro do mesmo anno (n.º 123), para que o Secretario nomeado para o Governo daquella Provincia fosse tomar conta do seu logar; Manda o mesmo Augusto Senhor, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, declarar ao referido Governador, que ao Oficial despachado para o dito Em prego foi, por assim convir ao serviço, dado outro destino, como ao mesmo Governador se communicou em Portaria n.º 1007, de 17 de Dezembro ultimo, e que Considerando Sua Magestade quanto importa não augmentar as despezas do Cofre de Macau, Tem resolvido não provêr por em quanto o mencionado Em prego, cujas funcções, quando não possam ser suppridas como até agora, poderão ser tempora riamente desempenhadas por algum dos Guar das Marinhas, ou Aspirantes que foram de guarnição na Corveta D. João 1.º, e que para esse fim o referido Governador julgar mais idoneo. —Sua Magestade, Considerando tam bem, que Vicente Caetano da Rocha, que, no requerimento informado pelo mesmo Gover nador em Officio n.º 177, de 8 de Novembro ultimo, pedira lhe fosse concedido meio orde nado do logar de Feitor e Avaliador que fôra da Alfandega de Macau, poderia, quando se verifique a justiça da sua pretenção, ser n’ella attendido com a clausula de se empregar nos trabalhos da Secretaria do Governo concilian do-se assim o interesse do serviço publico, com a contemplação a que o Supplicante te nha jus: Ha por bem authorisar o referido Governador para, no caso de entender que o Supplicante está nas circumstancias de mere cer o abôno que solicita, lh'o poder conceder com a indicada clausula, até que possa ser colocado em qualquer Emprego publico que venha a vagar, e que não possa ser conve nientemente supprido, como o está sendo o de Contador da Junta da Fazenda. Paço em 27 de Janeiro de 1854. — Visconde de Athoguia. Foi nomeado Cavalleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-Viçoza o Ma jor do Batalhão de Artilheria da Provincia de Cabo Verde, José Antonio Serrão: o que se communicou ao Governador Geral da mesma Provincia em 27 de Janeiro de 1854. Sendo presente a Sua Magestade El-Rei, Re gente em Nome do Rei, o Officio Confidencial do Governador Geral da Província de Angola n.º 4, de 19 de Outubro proximo passado, pe dindo se modifiquem as disposições do Decreto de 7 de Dezembro de 1836, para que, na au sencia do Governador, funccionando o Conse lho do Governo, tenha o Reverendo Bispo a preeminencia, sendo ele quem presida, em attenção á sua elevada jerarchia, não obstante na ordem dos Conselheiros ser mais moderno: Manda o Mesmo Augusto Senhor, pela Secreta ria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultra mar, participar ao referido Governador Geral, que tendo já a este mesmo respeito representado o Reverendo Bispo, foi ouvido o Conselho Ultra marino, o qual, em Consulta de 15 d'Abril do anno passado, foi de opinião, que a Authori dade Ecclesiastica deveria, depois do Gover nador Geral, preceder a qualquer outro Mem bro do Conselho do Governo; mas como esta intelligencia não era a que se derivava do De creto de 7 de Dezembro de 1836, convinha es tabelece-la em preceito bem claro e definido, para que no futuro se evitem questões des agradaveis, em vista do que se torna necessa rio que ou as Côrtes resolvam este ponto, ou na sua ausencia o Governo; ao que na occa sião oportuna se dará a conveniente solução, devendo no entanto o mesmo Governador Ge ral fazer sciente do que fica dito, tanto ao Re verendo Bispo, como aos demais Membros do Conselho do Governo, de todos os quaes Es pera Sua Magestade que uzem para com o dito Bispo de todas aquellas attenções, a que, pela preeminencia do seu cargo, costumes, e scien cia, provavelmente deve esperar para com elle se tenha. Paço, em 28 de Janeiro de 1854.= Visconde d'Athoguia. Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, remetter á Junta da Fazenda da Provincia de Moçambi que as inclusas sete contas, na importancia to tal de 15:500$186 réis, proveniente de bo cas de fogo, de artigos de material de arti lheria, de armamento, correame, equipamen to, e munições de guerra fornecidas pelo Ar senal do Exercito para a guarnição da refe rida Província, e que para ella foram remet tidas a bordo da Fragata Dom Fernando; e devendo aquella importancia ser satisfeita pelo Cofre da Provincia no praso de oito annos, contados do “dia 1.º do corrente mez: Deter mina O Mesmo Augusto Senhor que a dita Junta de Fazenda estabeleça o numero de pres tações, e a época em que cada uma dellas deve _5__ ter paga, de maneira que se ache satisfeita aquella divida dentro do mencionado praso, ou antes, se as circumstancias o permittirem. Paço, 31 de Janeiro de 185L=Vísconde ¡IA lhoguía. Sendo necessario regular, do 1.° de Julho de 1853 em diante, as contas das despezas, que a Junta da Fazenda da Provincia de An gola fizer, por conta deste Ministerio, com a Estação Naval, como tambem as que na Me tropole se fazem por conta da dita Provincia de forma tal, que, no fim de cada anno econo mico, se possa indemnisar o Cofre que fôr cré dor: Manda Sua Magestade El-Rei, Regente em Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, que a referida Junta da Fazenda observe a este res peito as disposições seguintes: 1.° Que pelas despezas que a mesma Junta tiver feito por conta deste Ministerio, até 30 de Junho de 1853, feche conta, a qual deve rá ser liquidada em tempo competente, encon trando-se com a despeza que a Junta fizesse as que, pelo Cofre da Marinha, tem sido pagas por conta da Provincia. 2.° Que a mesma Junta abra conta nova do 1.” de Julho de 1853 em diante, na qual debitará este Ministerio pelas despezas, que desde este dia tiver feito por conta do mesmo; bem como o creditará pela importancia da conta inclusa das despezas que ate' lim de De zembro ultimo tem sido pagas pelo Cofre da Marinha, porconta dessa Provincia. 3.” Que a Junta remetta mensalmente a este Ministerio uma conta por extracto, em que demonstre as quantias por que em cada mez debitou e creditou o mesmo Ministerio. 4." Que por este Ministerio lhe será remet tida mensalmente uma igual conta, a fim da Junta ter conhecimento das quantias que pelo Cofre da Marinha vai pagar por despezas da Provincia. ö." Que pelos saldos que a Junta tiver a seu favor poderá ir sacando sobre o Cofre da Marinha, pela forma até agora usada, tendo porém em vista, em quanto ao cambio, o que lhe foi ordenado em Portaria de 31 de De zembro ultimo. 6.° Finalmente, que nas remessas dos es polios dos defuntos e ausentes, que tiver a fa zer para o Deposito Publico por meio de sa ques sobre o Cofre da Marinha, devera servir de regulador para o cambio desses saques o preço por que as Peças Portuguezas de quatro oitavas correrem no mercado. Paço, 31 de Ja neiro de 18öL=Vísconde d'Alhogm'u. lIllllSElllO lílfllhlllfllllllll. L.°1.° n.° 2f.=1l.' Repartição.=-_Sendo da maior urgencia reunir no Conselho Ultrama rino todos os esclarecimentos e informações que devem habilita-lo a poder, em desempe nho das funcções, que lhe são incumbidas pelo Decreto de 23 de Setembro ultimo, aqui junto, organisar e propôr ao Governo de Sua Mages tade as providencias que mais interessarem as vastas Colonias, que Portugal possue: Manda Sua Magestade A Rainha, pelo mesmo Con selho Ultramarino, que o Visconde do Pi nheiro, Governador Geral da Provincia de Angola, logo que tenha entrado no exercicio de seu importante cargo,L trate de:V l.” Fazer colligir, e remetter ao Conselho uma Synopse de .toda a Legislação e provi dencias de execução permanente relativas a mesma Provincia, com indicação dos livros e folhas delles em que estiverem registados os diversos diplomas; podendo o Governador Ge ral auxiliar-se dos livros n.°' 2, 3, e outros, que devem existir no Archivoda Secretaria do Governo Geral, em que se acham escriptas as Synopses de todas as Leis, Decretos, e Re gulamentos até fins do seculo passado; 2.” Ordenar' que a Junta de Fazenda or ganise o orçamento provincial, relativo ao anno economico proximo futuro, o qual orça mento, depois de submettido a discussão no Conselho do Governo, será logo remettido ao Conselho Ultramarino, vindo acompanhado de todos os esclarecimentos que parecerem ade quados a elucidar este Conselho na definitiva organisação do mesmo orçamento; 3.” Empregar todo o seu cuidado em col ligir, e remetter, ao menos, a estatistica da povoação da Provincia, seguindo os modelos antigos, em quanto se não organisam e remet tem outros; 4!” Enviar a este Conselho, logo que lhe seja possivel, uma conta, ou relatorio do es tado da agricultura na Provincia, por presi dios e districtos, com declaração de quaes os presídios e districtos em que ella tem tido, modernamente, mais desenvolvimento, e tam bem de quaes os generos que são mais culti vados. ö.° Mandar, no tempo chamado do cacim bo, quando a saude dos europeus não periga tanto, algum Oflicial entendido, que mui bem pode ser o Major Silvino Candido de Almeida Carvalho, que se acha em Loanda, ao Dis tricto do Libongo, a fim de examinar com o maior cuidado umas montanhas chamadas lnduim-Cabengamba-e Sassa, onde ha pe tróle em grande abundancia, para, por meio das convenientes pesquisas, poder informar se 2 —6— ali haverá algum jazigo de carvão de pedra, com a descripção scientifica que possa attes tar qual seja o seu grau de valor; enviando depois a este Conselho a dita informação, com amostras do petróleo e do carvão, no caso de ser encontrado; 6.º Fornecer, de accôrdo com o Prelado da Diocese, a este Conselho as informações necessarias, sobre a melhor maneiro de orga nisar em Loanda um Seminario, no presup posto de deverem ser applicadas á manuten ção delle as verbas que no ultimo orçamento vem destinadas para alguns logares no Cabi do, e para os parochos no interior, em quanto elles não poderem prover-se; e tambem de serem empregados alguns conegos como pro fessores, e de estabelecer-se o Seminario no proprio palacio do Bispo, mediante algumas obras que se tornem indispensaveis para si milhante fim; e em tal caso, qual a despeza que haverá que fazer, acompanhando tudo do seu parecer particular; 7.º Dar com a maior circumspecção as mais minuciosas informações ácêrca do estado em que se acha o trafico de escravos; cumprin do-lhe declarar se os cruseiros das diversas nações tem continuado com actividade na per seguição daquelle trafico; se tem sido apre sados ultimamente alguns navios portuguezes, e quaes; se tem tido seguimento e ulterior julgamento os processos alli instaurados con tra auhtoridades, ou quaesquer indivíduos im plicados em similhante contrabando; informa ções estas que o referido Governador Geral continuará a dar com referencia a cada tri mestre, em Janeiro, Abril, Julho, e Outubro de cada anno; 8.º Mandar organisar, para ser remettido a este Conselho, um Mappa dos Carregadores concedidos em cada districto, e presidio da Provincia, nos ultimos tres annos, com de claração dos que foram concedidos para den tro dos limites, e dos que o foram para fóra delles; e tambem outros da emigração em cada districto e presidio no mesmo período; 9.º Ordenar a remessa a este Conselho de duas collecções dos Boletins Oficiaes do Go verno Geral que estiverem publicados; de vendo continuar a enviar successivamente 2 exemplares dos numeros que forem saíndo. Estas informações e esclarecimentos, que Sua Magestade muito recommenda ao Gover nador Geral da Província de Angola, serão en viados ao Conselho Ultramarino com a possi vel brevidade, e á proporção que os fôr col ligindo, sem que o mesmo Governador Geral fique dispensado de lhe subministrar quaes quer outros que a sua experiencia e zelo pelo bem publico o levem a acreditar como ten dentes a promover, na parte relativa á Pro vincia confiada á sua administração, o mais cabal desempenho das funcções qne competem a este Tribunal pelo Decreto da sua creação. =Conselho Ultramarino, em 27 de Dezembro de 1851. =José Ferreira Pestana, Vice-Pre sidente. No mesmo sentido, mutatis mutandis, se ex pediram Portarias aos Governadores Geraes do Estado da India, e da Província de Cabo Verde, e aos Governadores das Províncias de Macau e de S. Thomé e Principe. Conselho Ultramarino. =L.º 1.º n.º 24.= 4.° Repartição. = Sendo da maior urgencia reunir no Conselho Ultramarino todos os es clarecimentos e informações que devem habi lita-lo a poder, em desempenho das funcções que lhe são incumbidas pelo Decreto de 23 de Setembro ultimo, aqui junto, organisar e propôr ao Governo de Sua Magestade as pro videncias que mais interessarem as vastas Pos sessões ultramarinas, que Portugal possue; Manda Sua Magestade, A Rainha, pelo mes mo Conselho, que o Governador Geral da Pro vincia de Moçambique, tracte de: 1.º Fazer colligir e remetter ao Conselho uma Synopse de toda a Legislação e provi dencias de execução permanente, relativas á mesma Provincia, com indicação dos livros e folhas delles em que estiverem registados os diversos diplomas; 2.º Ordenar que a Junta de Fazenda orga nise o orçamento provincial, relativo ao anno economico proximo futuro, o qual orçamento, depois de submettido á discussão no Conselho do Governo, será logo remettido a este Con selho Ultramarino, acompanhado de todos os esclarecimentos que parecerem adequados a elucida-lo na definitiva organisação do mes mo orçamento; 3." Empregar todo o seu cuidado em col ligir e remetter não só a estatística da povoa ção, mas tambem a que poder ir apurando de outros quaesquer ramos: 4.º Prestar informações ácerca da agricul tura da Província, com designação dos dis trictos em que ella tem tido, modernamente, mais desenvolvimento, e dos generos que são mais cultivados; 5.º Enviar a este Conselho um relatorio do estado do commercio daquella Provincia, ad duzindo todos os esclarecimentos que puder obter sobre este ramo; 6." Informar quaes são os portos do vasto litoral da Provincia, que devem ser abertos ao commercio estrangeiro, e os motivos que para isso houver; t ___7_. 7.° Informar tambem sobre a conveniencia de estabelecer feitorias, ou fortes no porto de Mocambo, no rio Fernão Veloso, e no porto de Angoxe, Rio do Ouro, e Ilhas de Bazaruto; assim como em outros portos que se julguem de maior conveniencia para o commercio; 8.o Fornecer, de accôrdo com a competente auhtoridade ecclesiastica,4 todas as noticias que poderem habilitar este Conselho a conhe cer o estado da Religião e do Clero nesses ter ritorios, indicando as providencias que lhe parecer deverem adoptar-se em tão impor tante ramo de serviço; 9.° Remetter informações sobre o estado da instrucção publica na Provincia, declaran do quantas aulas ha de lnstrucção Primaria, e quantas de lnstrucção Secundaria; l0.° Informar sobre o melhor meio de es tabelecer communicações regulares com a Me tropole, aproveitando para esse lim, na mon ção propria, o paquete a vapor inglez, que todos os mezes vai da Cidade do Cabo ao Porto Natal; e tocando a embarcação que saísse de Moçambique em Quilimane, Sofala, Inham bane, e.Lourenço Marques, quando o tempo o permittisse; e na outra monção, a carreira de vapores, que saem de Bombaim e tocam em Aden na ida para Suez, convindo talvez que a embarcação que saísse de Moçambique para Aden, tocasse em Zanzibar. Em tal caso seria bom ter nestes dois portos, assim como no Porto Natal agentes de corresponden cia ; 1l.° Dar as mais minuciosas informações acerca do estado em que se acha o trafico de escravos; cumprindo-lhe declarar se os cru zeiros das diversas nações têem continuado com actividade na perseguição daquclle tra tico; se têem sido apresados ultimamente al guns navios portuguezcs, ou estrangeiros,e quaes; declarando o logar onde as presas fo ram feitas, e de que portos haviam saido, e se com escravos ou sem elles a bordo; se tem tldo seguimento e ulterior julgamento os pro cessos ali instaurados contra authoridades ou quaesquer individuos implicados em similhante contrabando; informações estas que o refe rido Governador continuará a dar, com refe rencia a cada trimestre, em Janeiro, Abril, Julho e Outubro de cada anno; 12.° Remetter um mappa ou relação dos Prazos da Corôa, que comprehenda todos por districtos, seus nomes, situação, povoação que cada um terá, suas producções, nomes das pessoas que os disfructam, por que titulo os disfructam, e as datas destes titulos, por quan tas vidas concedidos, quantias que devem pa gar annuulmente ao Estado, logares onde re sidem os cmphitcntas, quantias que devem ao Estado, e quaes os que estejam invadidos pe los Cafres; 1íl.° Remetter mappas dos rendimentos das Àlfandegas, relativos aos ultimos tres annos, em cada um dos portos, tanto pela importa ção, como pela exportação; bem como dos generos principaes importados e exportados nos ultimos tres annos; 14.” Remetter um mappa de todos os em pregados da Provincia, militares, incluindo praças de pret, civis, e ecclesiasticos, com a tabella dos seus vencimentos em moeda pro vincial e em moeda do Reino; 15.” Dar uma informação sobre a moeda corrente na Ilha, e nos outros districtos da Provincia; se della ha abundancia, e se ha outro modo geral de fazer as permutações com merciaes, e qual elle seja. Estas informações e esclarecimentos, que Sua Magestade muito recommenda ao Gover nador Geral da Provincia de Moçambique, serão enviados ao Conselho Ultramarino com a possivel brevidade, e á proporção que os fôr colligindo, sem que todavia o mesmo Go vernador Geral lique dispensado de lhe sub ministrar quaesquer outros, que a sua expe riencia e zelo pelo bem publico o levem a acreditar como tendentes a promover, na parte relativa á Provincia confiada a sua adminis tração, o mais cabal desempenho das funcções ue competem a este Tribunal pelo Decreto a sua creação.=Conselho Ultramarino, em V17 de Março de 1852.=Su' da Bandeira, Pre sidente. No mesmo sentido, mutatís mutandis, se expediu Portaria ao Governador de Timôr e Solôr. L.°1." n.° 32.=1.' ltcpartição.=Um dos negocios mais graves que actualmente occu pam a attenção do Conselho Ultramarino, é a organisação e proposta de providencias que tendam a evitar, ou pelo menos a diminuir, a emigração dos habitantes da Madeira e Açô res para a Guyana Ingleza e Brasil, emigra ção que progressivamente tem augmentado, e que dá grandes cuidados pela diminuição que traz a população destes Reinos, e pelo desgraçado Íim que vai ter uma grande parte dos infelizes, que, illudidos, procurando rique zas imaginarias, vão encontrar nova especie de escravidão pelos contractos que são obri gados a fazer; acontecendo tambem, que nas margens insalubres dos rios da Guyana, onde são compellidos a trabalhar, um grande nu mero perece victima dc doença, como se de monstra pelas estatisticas de Demerára, nasquaes seI vê que figura em espantosa escala a mortalidade dos colonos portuguezcs. —8— Entre as providencias que lembram a este timentos para um anno, devendo cada um Conselho, para diminuir ou obviar a tão grande mal, apresenta-se-lhe, como a mais—se não unica—eficaz, a de dirigir a emigração da quelles povos para as Colonias Portuguezas de Africa, onde elles, sendo uteis ao seu paiz, nem estariam sujeitos a contractos que efecti vamente os tornam escravos por longo perio do de tempo, como succede na Guyana In gleza e no Brazil, nem sofreriam o estrago que aquelle clima produz na sua vida, haven do o cuidado de o escolher saudavel. Por isso Manda a Rainha, pelo Conselho Ultramarino, que o Governador Geral da Pro vincia de Angola, depois de ter ouvido as Ca maras Municipaes de Loanda e Benguella, Conselho Colonial da Colonia de Mossamedes, principaes agricultores da Província, e final mente o Conselho do Governo, informe com a brevidade possivel: 1.º Sobre o estado da Colonia de Mossa medes, e providencias que julgar necessarias, para que ella prospere, e augmente em popu lação.; 2.º Quaes os locaes daquella Província, em que convém e é praticavel o estabelecimento de Colonias agrícolas, para onde se dirija a emigração dos Madeirenses e Açorianos; 3.º Que meios julga indispensaveis para se levar a efeito esta colonisação, sendo nesta parte o mais explicito possível; 4.º Qual o orçamento da despeza, que se póde fazer, dando-se a um colono, casa, in strumentos de lavoura, gado, sementes, e man destes objectos ser orçado separadamente; 5." Que tempo será necessario para que um colono applicado á agricultura possa ti rar do trabalho o producto para a sua sus tentação, bem como prestações para a amor tisação da divida contrahida pelo adianta mento dos objectos referidos; 6.º Se julga conveniente que algumas, ou todas as Colonias, que houverem de se fun dar, sejam na sua origem organisadas de sol dados casados, e dirigidas militarmente até que ellas se desenvolvam e augmentem em população; e no caso afirmativo, indicar cir cumstanciadamente os meios necessarios para que possam levar-se a efeito; bem como as localidades onde devam estabelecer-se; Sua Magestade, Confiando muito na illus tração do mesmo Governador Geral, Espera que elle se dará pressa e terá todo o cuidado em satisfazer a estas informações por modo conveniente; e em remetter a este Conselho quaesquer memoriaes ou apontamentos, que alguem lhe ofereça ácerca deste importante as sumpto; e que não deixará de dar as neces sarias providencias, para que aos colonos que aportarem a qualquer dos portos daquella Pro vincia se faça o melhor acolhimento possível, porque este será, por certo, o melhor meio de attrahir a emigração; e o Governador Ge ral prestará assim um importante serviço ao seu paiz. =Conselho Ultramarino, em 7 de Agosto de 1852.=Sá da Bandeira, Presi dente. \\\\"0\"IIIIIIIIIIM PARTE OFFICIAL, SECRETARIA DE ENIA|]] }}\ \{0(ION UITAMAR, Por Decreto de 31 de Janeiro de 1854 foi nomeado o Alferes do Exercito de Portu gal, Luiz José de Mello, Professor da Aula de Princípios de Physica, Chimica e Historia Na tural, que, por Decreto de 10 de Dezembro de 1853, fôra creada para ser incorporada na Escóla Mathematica e Militar de Nova Goa. Por Decreto do 1.º de Fevereiro foi no meado o Bacharel, Antonio Avelino Serrão Coelho de Sousa Sampaio, Delegado do Pro curador da Corôa e Fazenda, na Comarca de Moçambique. Sua Magestade El-rei, Regente em nome do Rei, Tendo em consideração o requerimento que fez subir á Sua Real Presença Antonio Cesar Corrêa, pedindo uma porção de terre nos baldios no Archipelago de Cabo Verde; Ha por bem Determinar que o Governador Geral da Provincia de Cabo Verde, como Pre sidente da Junta do Melhoramento da Agri cultura, e em vista da Consulta do Conselho Ultramarino de 25 de Outubro ultimo, junta por cópia, faça dar de aforamento ao mesmo Antonio Cesar Corrêa, em conformidade da Legislação em vigor, a porção de terreno bal dio, que elle escolher, em qualquer das Ilhas do referido Archipelago, que lhe possa ser dado sem inconveniente nem incommodo dos povos. O que pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, se partici pa ao mencionado Governador Geral, para sua intelligencia, e devidos efeitos. Paço, em 8 de Fevereiro de 1854.= Visconde de Atho guia. ANN. DOC. ULT. — PARTE OFFICIAL.–VOL. I. }A MIRIMA *"| Magestade El-rei, Regente em Nome do i, Attendendo ao que lhe representou Izi doro Emilio Baptista, Doutor em Medicina, e Licenciado em Sciencias pelas Faculdades de París, e Bacharel nas mesmas Faculdades pela Universidade de Coimbra, Ha por bem Permittir-lhe que entre no serviço de algu mas das Escólas do Reino, como o preten de fazer concorrendoao provimento da Ca deira de Montanistica, e Docimasia na Es cóla Polytechnica de Lisboa, em quanto pe lo governo não for encarregado de alguma Commissão no Ultramar, para que o habili tem os estudos das sciencias naturaes que, com reconhecido aproveitamento, cursou em França, em virtude da Portaria deste Minis terio de 15 de Julho de 1847. O que pela Secretaria de Estado dos Negocios da Mari nha e Ultramar, se communica ao referido Doutor Izidoro Emilio Baptista, para seu co nhecimento. Paço, 10 de Fevereiro de 1854. =Visconde de Athoguia. Attendendo ao que representou o Doutor Manoel Maria Rodrigues de Bastos, no re querimento que Me foi presente em Oficio do Governador Geral da Provincia de Angola, de 18 de Outubro do anno passado; Hei por bem, em Nome de El-rei, Conceder-lhe a exo neração que pediu do logar de Physico Mór da dita Província, que por Decreto de 10 de Se tembro de 1850 se achava interinamente ser vindo por commissão. O Visconde de Atho guia, Par do Reino, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Estrangeiros, e dos da Marinha e Ultramar, o tenha assim entendi do e faça executar. Paço, 11 de Fevereiro de 1854.= Rei, Regente. = Visconde de Atho guia. Por Decreto de 11 de Fevereiro foi nomea 2 do o Presbytero Antonio Firmino da Silva Quelhas, Conego da Sé de Loanda. Por Decreto de 13 de Fevereiro foi passa do a Veteranos o Tenente do Batalhão de li nha de Loanda, Caetano Alberto Pereira da Camara. Ill." e Ex.*º Sr. — Convindo tomar uma deliberação sobre a proposta para a forma ção de uma Companhia denominada = Luso Africana Oriental=, sobre a qual o Conselho Ultramarino emittiu o seu parecer em Con sulta de 11 de Outubro do anno passado, que se sujeite este importante negocio a uma con ferencia com os signatarios da referida pro posta, na qual, discutindo-se e examinando se as bases da projectada Companhia, se fa çam as alterações e modificações que parece rem convenientes, para que ella se possa le var a efeito com vantagem para a Provincia a que se destina, e para a mesma Companhia; Houve Sua Magestade El-rei, Regente em Nome do Rei, por bem Determinar, que uma Commissão, composta de V. Ex.° na qualida de de Presidente, dos Conselheiros Domingos Fortunato do Valle, e João da Costa Carvalho, do Brigadeiro Domingos Corrêa Arouca, e de um igual numero de individuos dos signa tarios da dita proposta, se reuna em uma das Salas desta Secretaria de Estado, a fim de conferenciar sobre este assumpto, de manei ra que sobre ele se possa tomar a delibera ção que for acertada, para definitivamente se terminar este negocio; para cujo fim tenho a honra de enviar a V. Ex. todos os papeis relativos a este objecto; servindo-se V. Ex.° de ter a bondade de fazer as convenientes participações aos membros da mencionada Commissão, dando-me conhecimento do resul tado dos seus trabalhos, por esta Secretaria de Estado. —Deus Guarde a V. Ex.° Secre taria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, 14 de Fevereiro de 1854. =III." e Ex." Sr. Visconde d'Almeida Garrett=Vis conde de Athoguia. Manda Sua Magestade El-rei, Regente em Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, participar á Junta da Fazenda da Província de Moçam bique, em additamento á Portaria que lhe foi expedida sob numero 290, de 27 de Dezem bro do anno passado, que se lhe remettem pela Barca=Tejo=em mão do Director da Al fandega de Lourenço Marques,José Maria Lobo, cincoenta mil réis em moeda de cobre de um real, como consta do incluso recibo por elle passado, com a qual quantia fica preenchida à somma de dez contos de réis em moeda de cobre, que deve ser applicada à operação or denada no artigo 15.º do Decreto de 28 de Dezembro de 1852, que regulou a moeda da sobredita Provincia. Paço, 16 de Fevereiro de 1854. = Visconde de Athoguia Convindo regular o serviço dos córtes de madeira em Bissau e Cacheu, tanto pelo que respeita ás epochas em que elles devem ter logar, como tambem á forma de os realisar, e expedição das necessarias embarcações para o transporte das ditas madeiras: Manda Sua Magestade El-rei, Regente em Nome do Rei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, que uma Commissão, composta do Capitão Tenente, Roberto Theo dorico da Costa e Silva, que servirá de Pre sidente, do 1.º Tenente d'Armada, José Fran cisco Schultz, e do 2.º Tenente da mesma Armada, Alvaro José de Sousa Soares d'An dréa, proceda á confecção de um Regulamen to para o indicado serviço dos referidos cór tes de madeira, podendo ser ouvidos quaes quer individuos, que, pelos seus conhecimen tos especiaes, e pratica de serviço naquelle ponto de Africa, possam com as suas luzesil lustrar a mesma Commissão, para a melhor realisação de tal Regulamento, o qual, pela referida Secretaria de Estado, deverá subir à approvação do Mesmo Augusto Senhor; o que assim se participa ao Presidente da sobredita Commissão, para seu conhecimento e devido efeito. Paço, 22 de Fevereiro de 1854. = Visconde de Athoguia. Por Portaria de 22 de Fevereiro foi no meado para servir interinamente o logar dePhysico-Mór de Angola, o Doutor João Ja nuário Vianna de Rezende. UNIIC IIIIIIIIIW. SENHORA !=A Carta Regia de 6 de Maio de 1614, o Alvará de 9 d'Abril de 1622, o Decreto do 1.º d'Abril de 1677, e muitas ou tras Determinações dos Augustos Predecesso res de Vossa Magestade, relativas especialmen te ás Possessões de Portugal no Ultramar, es — — , tabeleceram mui providentemente que, do pro cedimento de todos os altos funccionarios, a quem fosse commettida a governação daquel las possessões em administração, justiça e fa zenda, se syndicasse minuciosamente, quando elles deixassem os seus cargos, e antes que entrassem no exercicio de outros. Os deplo raveis excessos que, conforme se vê das pro videncias que sobre elles se tomaram, e mui notavelmente das do Alvará de 14 d'Abril de 1785, ousaram commetter em outro tempo al guns desses altos funccionarios, por confia rem que a distancia a que se achavam da me tropole, e os meios de prepotencia que po diam empregar, tornariam impossivel que o Governo fosse sabedor de seus abusos, ain da nos actuaes tempos podem repetir-se e porventura se terão infelizmente repetido. Foi, sem duvida, por essa causa que no artigo 14.º, § 6.º do Decreto da creação do Conselho Ultramarino, Vossa Magestade lhe Incumbiu— redigir um Regulamento sobre o modo de investigar a conducta que os diver sos empregados nas Provincias Ultramarinas tiverem tido no exercicio das suas funcções, a fim de que se torne efectiva a responsabili dade de cada um. Profundamente convencido este Conselho da conveniencia e necessidade desta provi dencia; e de que ella, para ser proficua, de ve ser efectuada de modo que não fique li mitada a uma vã formalidade, antes seja base segura para fundamentar o galardão e recom pensas que se devam aos bons empregados, assim como a punição dos que tiverem delin quido: • Considerando que o estado actual das nos sas communicações com as Provincias Ultra marinas não comporta que as syndicancias sejam commettidas a juizes mandados do Rei no, os quaes, estranhos a todas as relações de superioridade ou dependencia, de afeição ou odio com os syndicandos, seriam aliás os mais proprios e competentes para taes dili gencias: Considerando que seria muito inconvenien te que da conducta dos altos funccionarios daquellas Possessões fossem syndicantes os juizes que com elles tiveram contacto de func ções, pelo estado de conflicto e desintelligen cia que infelizmente algumas vezes existe en tre esses empregados: Considerando que é indispensavel harmo nisar o processo das syndicancias com o mo derno systema de administração da justiça, e accommoda-lo ás especiaes e tão diversas con dições das nossas Possessões Ultramarinas: Considerando que a grande influencia que os funccionariosdo Ultramar exercem no ter ritorio da sua jurisdicção torna indispensavel que se regule de um modo especial a pres cripção do direito de querelar delles, e o mo do de os processar em quanto exercerem as suas funcções, e sempre que se tratar de cri mes relativos a ellas: Considerando que, pela abolição da pena de confiscação de bens, decretada na Carta Constitucional da Monarchia, era indispensa vel estabelecer-se a pena de multa convenien temente regulada, e até a providencia do ar resto de alguns bens, para que não ficassem impunidos muitos abusos e a Fazenda Publi ca, ou os particulares sem indemnisação al guma de injustos prejuízos: Intendendo, finalmente, que, por muitos motivos que são obvios, quando parte destas considerações militam com igual ou mais for– ça de razão para os crimes que contra esses mesmos funccionarios possam commetter-se no Ultramar : Parece ao Conselho: * • Que Vossa Magestade, apreciando estas tão graves considerações, que todas vão attendi das no seguinte «Projecto de Decreto, Fará um acto de summa conveniencia pública Dan do-lhe a Sua Regia Approvação. (Segue o Projecto de Decreto) Vossa Magestade, porém, Resolverá o que For Servida, que sempre será o mais justo. Lisboa, em Conselho, aos 10 de Dezembro de 1851. =Sá da Bandeira, Presidente=José Ferreira Pestana=João de Fontes Pereira de Mello=Francisco José da Costa e Amaral. ** ". SENHORA!—Foi Vossa Magestade Servi da Mandar remetter a este Conselho, com Por taria de 28 de Novembro ultimo, um reque rimento de diversos negociantes da praça de Lisboa e de Macáu, pedindo, pelos motivos que allegam, que o imposto da siza seja abo lido em Macáu na compra de embarcações para o commercio daquelle Estabelecimento. O Conselho, tendo em attenção o exposto pelos referidos negociantes em seu requerimen to, assim como as informações dos Governa dores d’aquella Provincia, datadas de 22 de Junho de 1849 e 21 d’Agosto de 1851: Considerando que o unico meio de traba lho que ha para os subditos portuguezes em Macáu é o commercio maritimo; e que, sen do as embarcações os instrumentos desse tra balho, difficultar a sua acquisição seria diffi cultar o trabalho e os seus fructos: Considerando tambem que a solicitada abo lição da siza pouco poderá afectar os rendi mentos publicos de Macáu, por quanto, pelo ultimo orçamento do Ultramar se vê que o dito imposto quasi nada produz: ao mesmo tempo que, sendo um obstáculo ao desenvol vimento da unica industria daquelle Estabe lecimento, prejudica as fortunas e subsisten cia de todos os seus habitantes: Attendendo, finalmente, a que muito con Tem reanizar o commercio— actualmente tão amortecido— da Ireia Passessão: Parece ao Conselho: Que Vossa Mazestade Fara um importante beneficio ao commercio de Macau e aos ha bitantes deste Estabelecimento. Acci:endo o menci>=??? req':erimento, e Declarando abo lido o imposto das Sizas nas compras de em barcações feitas por subditos portuguezes de Macau; não podendo o conselho, por em quanto, por falta de informações, as quaes incessantemente procurara haver, interPor o seu parecer acerca da applicação de similban te providencia as demais Províncias Ultrama rinas. Vossa Magestade, porem. Resolvera o que For Servida, que sempre será o mais justo. Lisboa, em Conselho, aos 12 de Dezembro de 1851. =Sa da Bandeira. Presidente=Jose Ferreira Pestana=João de Fontes Pereira de Melio=Francisco José da Costa e Amaral. llNNtlllS D0 GONSELll0 llliflllllllllllll0. PARTE OFFICIAL. SlllillllfAlllll llli llS'l'zlllO DOS NEGOClllS llzl lllllllillzl E Ulifllillhlll. Tampo-Ma representado os Deputados da Nação Portugueza, Simão José da Luz e Fran cisco Joaquim da Costa e Silva, que os Po vos de Angola, seus constituintes, pretendem levantar na Cidade de São Paulo d'Assumpção de Loanda um monumento á memoria do Go vernador Geral, que foi d"aquella Provincia, o Conselheiro Capitão de Mar e Guerra Pedro Alexandrino da Cunha, a fim de perpetuar ali a lembrança do Magistrado distincto, pelo illnstrado zelo, não menos que pelo espirito de rectidão e justiça, com que administrára a Provincia, para o que me pediam a neces saria authorisação; e Desejando Eu Confirmar o Alto Conceito, em que já foram tidos os ser viços prestados por aquelle benemerito Func cionario, quando Sua Magestade a Rainha Minha Augusta Esposa, de mui saudosa me moria, se Dignou de Reconhece-los e Galar doa-los; Conformando-Me com o Parecer do Conselho Ultramarino em Consulta de dez de Fevereiro ultimo: Hei por bem, em nome de ElBei, Approvando e Louvando o nobre in tento dos habitantes da Provincia de Angola, Conceder licença para que se possa erigir o projectado monumento na Praça da Capital d'aquella Provincia, que mais adaptada for para esse fim; e Determinar, que o mesmo monumento seja considerado como nacional para os elfeitos da sua guarda e conservação. O Visconde d'Athoguia, Par do Reino, Mi nistro e Secretario de Estado dos Negocios Es trangeiros, e dos da Marinha e Ultramar, o tenha assim entendido e faça executar. Paço, em dois de Março de mil oitocentos cincoenta e quatro`.=Rat, Regente. :Visconde de Atho guia. Em Portaria de 4 de Março de 1854 se participou ao Governador Geral de Moçam ANN. DO C. ULT. -PARTE OFFICIAL. _\'0L. I. bique, que pela Barca Tejo se remettiam ao Governador nomeado para o Districto de Lou renço Marques os medicamentos mencionados na relação junta á mesma Portaria, os quaes são para uso da Botica d'aquelle Districto. Manda Sua Magestade El-Bei, Regente em Nome do Bei, pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, participar ao Governador Geral da Provincia de Moçam bique, em additamento á Portaria que lhe foi dirigida em 9 de Dezembro do anno findo, sob n.° 1264, que a bordo da barca Tejo, se lhe remette uma prensa de extrahir oleo, para a botica do Hospital Militar da referida Pro vincia, como consta do incluso recibo pas sado pelo Capitão da dita barca. Paço, 8 de Março de 18öL=Visconde de Athoguia. Foi presente a Sua Magestade El-Rei, Be gente em Nome do Bei, o Oflicio n.° 60 de 5 de Dezembro ultimo, do Governador Geral da Provincia de Angola, dando parte das re formas que ordenou na administração da Santa Casa da Misericordia da Cidade de Loanda; e Manda o Mesmo Augusto Senhor Communi car ao referido Governador Geral, pela Se cretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, que Ha por bem Approvar o seu procedimento. Paço, em 8 de Março de 1854. :Visconde de Athogua'a. Sendo presente a Sua Magestade El-Rci, Regente em Nome do Bei, o requerimento de Augusto Teixeira de Figueiredo, Tenente do Estado Maior da Provincia de Angola, pe dindo lhe seja contado o tempo de serviço da sua primeira praça, que decorreu desde 6 de 3 Março de 1827 até 4 de Julho de 1834; Ha por bem Determinar que ao referido Oficial se appliquem as disposições do Aviso de 17 de Setembro de 1852, inserto na ordem do exercito n.º 56 de 2 de Outubro do dito anno. O que pela Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, se communica ao Governador Geral da Província de Angola para os fins convenientes, e em resposta ao Oficio do seu antecessor, n.º 82, de 15 de Ju nho de 1853. Paço, em 8 de Março de 1854. =Visconde de Athoguia. Sua Magestade ElRei, Regente em Nome do Rei, a Quem foi presente o Oficio n.º 54, de 30 de Novembro ultimo, do Governador Ge ral da Província de Angola, dando parte do procedimento que tivera com os Colonos, que da Ilha da Madeira foram mandados para Go lungo Alto, e das providencias que adoptou a bem da saude d'elles; Manda, pela Secre taria de Estado dos Negocios da Marinha e Ultramar, communicar ao referido Governa dor Geral, que Ha por bem Approvar o seu procedimento. Paço, em 8 de Março de 1854. =Visconde de Athoguia. Levando na barca Tejo o Governador no meado para o Districto de Lourenço Marques,
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