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Trabalho Avaliativo Sociologia pronto

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COMO AS RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO E O ESTADO SÃO IMPORTANTES PARA A COMPREENSÃO DO CAPITALISMO
	O termo capitalismo, embora seja empregado em todos os meios, apresenta uma diversidade de significados. Tanto os registros históricos quanto a opinião de historiadores apresentam o capitalismo como o uso aquisitivo do dinheiro e não como sistema histórico especial, até porque ele antecede a Reforma, berço do Protestantismo.
	O capitalismo funciona porque ele aceita a natureza humana como ela é e se propõe a aperfeiçoar a sociedade com base no homem já existente. A natureza humana – não importa o progresso material – é imutável. Os homens são, por essência, egoístas, ambiciosos e engenhosos, e a sociedade só pode ser aperfeiçoada se partirmos desses pressupostos.
O capitalismo não é uma ideologia pré-elaborada. Ele nasceu espontaneamente, como consequência natural do progresso econômico da Humanidade. Ele não tem criadores, tem, no máximo, interpretadores. O primeiro deles foi Adam Smith, um filósofo moral que, na década de 1770, afirmou que todos nós, humanos, temos o desejo inato de melhorar as nossas próprias condições. Segundo Smith “os governos não deveriam reprimir o egoísmo, pois as nações empobreceriam se dependessem unicamente da caridade e do altruísmo”. A sua mais famosa constatação foi a de que “não é pela benevolência do açougueiro ou do padeiro que nós contamos com o nosso jantar, mas sim pelo próprio interesse deles em ganhar dinheiro”. Sua conclusão foi a de que “se cada um cuidar de promover os seus próprios interesses, o resultado será a prosperidade da sociedade como um todo”.
	Qual seria a relação entre o Estado e o Capitalismo? Vou citar um exemplo prático: Por que o padeiro não pede o preço que quiser pelo seu pão? Resposta para esse questionamento: Porque ele enfrenta a concorrência dos outros padeiros e assim tem que cobrar o preço que o mercado impõe. O mercado é regido por uma “mão invisível” que estabelece todos os preços da economia em função da oferta e da procura existente. Com isso, concluímos que o Estado não deve interferir no mercado ou tentar fixar “preços justos”, mas sim deixar que a economia, regida pela “mão invisível” – que nada mais é do que a interação permanente entre todos os indivíduos – caminhe por si só. A ganância inata das pessoas as torna engenhosas e empreendedoras, fazendo-as produzir produtos cada vez melhores por preços cada vez menores. É assim que surgem as novas tecnologias, se dá o progresso, e todos ganham com isso.
Depois da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, o Estado e o capitalismo seguiram na sua escalada de complexificação e união de desígnios, onde coube ao Estado manter as estruturas de assistência e serviços necessários à enorme desigualdade promovida pelo capital: saneamento, urbanização, saúde, educação, segurança.
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As funções do Estado é Prover Segurança e Justiça, proibir os monopólios, garantir a livre concorrência e obrigar o respeito à propriedade e aos contratos. Além disso, ele tem um papel importantíssimo que é o de promover iguais oportunidades para todos. Cabe ao Estado garantir a “igualdade de oportunidades”. O Estado deve prover Educação, Saúde e chances para todos os cidadãos, igualmente, independente de sua origem sócio econômica. A partir daí, cada qual prospera de acordo com o seu próprio talento e empenho. Para os menos capazes existe a proteção da seguridade social.
O Estado do Bem-Estar Social (Welfare State, em inglês) define um Estado assistencial como aquele que intervém na economia e nas condições sociais com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, de modo geral, e garantir que seus direitos como cidadãos sejam respeitados. Normalmente, a intervenção do Estado atinge as áreas de educação, saúde, habitação, renda e seguridade social. Exemplos de medidas assistenciais desse tipo de Estado é o Bolsa-Família e o salário mínimo no Brasil.
Podemos afirmar, com base em estudos da história humana, que a igualdade é uma impossibilidade social. Toda sociedade compõem-se de indivíduos com diferenças de idade, sexo, força, resistência, velocidade, acuidade visual ou auditiva, inteligência, beleza e assim por diante. Uma vez que não é possível uma sociedade composta por membros exatamente iguais, quando usamos a expressão “sociedade igualitária”, estamos nos referindo à igualdade de oportunidades que devem ter todos os indivíduos dessa sociedade, sem discriminação de nenhuma espécie.
No combate a desigualdade social, busca atingir a “equidade social”, que é o direito que as pessoas têm de participar não “só da atividade política econômica, mas também do direito de contar com os meios de subsistência e com o acesso a um conjunto de serviços públicos que permitam manter um nível adequado de vida” (WOLFE, 1991, p. 21). A evolução positiva do sistema capitalista requer o engajamento democrático da sociedade, via atuação governamental, no sentido de desobstruir entraves ao desenvolvimento econômico e social. Isso não significa resvalar para intervencionismo, estatização da economia, crescimento abusivo da carga tributária ou agigantamento da burocracia oficial, mas sim usar com eficácia os instrumentos de políticas públicas para atingir objetivos inacessíveis às leis de oferta e procura. E assumindo como pontos de referência o incentivo à competitividade, à inovação, ao empreendedorismo privado e à equidade social.
A evolução positiva do sistema capitalista requer o engajamento democrático da sociedade, via atuação governamental, no sentido de desobstruir entraves ao desenvolvimento econômico e social. Isso não significa resvalar para intervencionismo, estatização da economia, crescimento abusivo da carga tributária ou agigantamento da burocracia oficial, mas sim usar com eficácia os instrumentos de políticas públicas para atingir objetivos inacessíveis às leis de oferta e procura. E assumindo como pontos de referência o incentivo à competitividade, à inovação, ao empreendedorismo privado e à equidade social.
Não é coincidência o fato de os mais fervorosos pregadores do governo mínimo se encontrarem entre os grupos mais bem posicionados para usufruir os benefícios proporcionados pelo mercado. Eles ignoram aqueles com escassas oportunidades de se situarem de forma satisfatória nessa arena inerente ao capitalismo.
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E as relações sociais de produção? Como entender o Capitalismo através delas?
Relações de Produção é um conceito elaborado por Karl Marx e que recebeu muitas definições e utilizações posteriores. Resumidamente, as relações de produção são as formas como os seres humanos desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução da vida material.
 Segundo a teoria marxista, nas sociedades de classes as relações de propriedade são expressões jurídicas das relações de produção. Assim, nas sociedades de classes, as relações de produção são relações entre classes sociais, proprietários e não-proprietários. As relações de produção, conjuntamente com as forças produtivas são os componentes básicos do modo de produção, a base material da sociedade.
O modo de produção capitalista é apenas na troca entre relações de produção e forças produtivas que se transformam em capital, somente por meio do trabalho essa relação é concretizada. As relações de produção dão forma e conteúdo às relações sociais. O capital é também uma relação social de produção. 
Em uma sociedade capitalista, as relações sociais entre pessoas podem nivelar interesses de classes. A reprodução das relações sociais no capitalismo assemelha-se à totalidade do processo social, à reprodução e um determinado modo de vida que envolve o cotidiano em sociedade, ao modo de viver, trabalhar de forma socialmente determinada, dos indivíduos em sociedade.
“Capital não é uma coisa material, mas uma determinadarelação social de produção, correspondente a uma determinada formação histórica da sociedade, que toma como corpo em uma coisa material e lhe infunde um caráter social específico”. Fonte: MARX (1975, p. 754)
O trabalho possui o significado de uma atividade social do homem, que visa transformar o meio em que vive com um esforço afirmado e desejado para a realização de objetivos. Assim, Engels (1985) afirma que na medida em que o homem coloca seu corpo, sua consciência a serviço de algum objetivo, vai travar relação com a natureza e com outros homens. Neste sentindo, a atividade do trabalho é o elemento de desenvolvimento do próprio homem, sendo este indispensável à sua existência. A relação homem e natureza só existem em função do trabalho, pois este transforma a matéria vinda da natureza em riquezas ao mesmo tempo em que transforma a si mesmo.
Desta forma, se compreende que as transformações ocorridas no modo de produção e nas relações de trabalho têm importância fundamental para a compreensão do movimento histórico que determina as relações entre os homens, com particularidades econômicas, sociais, políticas e culturais em cada contexto histórico. Enquanto na sociedade primitiva a organização entre os homens se fundamentava na propriedade coletiva e nos laços de sangue, na sociedade que começou a dividir-se em classes, a propriedade passou a ser privada e os laços de sangue retrocederam diante do novo vinculo que a escravidão estabeleceu. Todas as sociedades, de uma forma ou de outra, possuem um modo de organização e produção hegemônica, com tensões diferenciadas e características próprias de cada contexto histórico. 
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A luta de Classes e o Trabalho de acordo com Marx (1818-1883), o motor a história é a eterna luta e classes, entre aqueles que detêm os modos de produção e aqueles que possuem apenas a força de trabalho para vender. De acordo com Marx, com o Capitalismo há o desvirtuamento do trabalho humano com a consequente servilização do proletário.
Atualmente, vivenciamos o modo de produção capitalista (acredito que o mais selvagem e massificador para o trabalhador até o momento), que, com seu marco na Revolução Industrial o trabalho passou a ser cada vez mais centrado na indústria, o homem transferiu o trabalho artesanal para a indústria mecanizada. Neste seguimento a revolução industrial atingiu seu apogeu no século XIX, transformando e revolucionando o mundo e proporcionando ao capital condição de expansão e de hegemonia do processo produtivo. Essa sociedade capitalista compreende um sistema econômico em que os meios de produção são de propriedade privada, o  trabalho desempenha o papel de uma mercadoria adquirida através da remuneração estabelecida em contratos e regulada pelo mercado.
 É a separação absoluta entre assalariados e patrões, determinada pela produção em massa e em série, pelos aperfeiçoamentos técnicos constantes e pela conquista de mercados.
Pode-se dizer, que nas últimas décadas as relações sociais e de trabalho sofreram profundas modificações, principalmente no que diz respeito às privatizações, um dos motivos responsáveis pelo alargamento do desemprego, do contrato temporário e conseqüentemente do aumento da desigualdade e da exclusão social.
Portanto, a transformação societária capitalista ampliou a complexidade das relações de trabalho estabelecida. Segundo Antunes (2000), os novos padrões de organização e gerenciamento, oriundas das transformações no mundo do trabalho, teve a substituição dos padrões rígidos Taylorista/Fordista por padrões mais flexíveis como o Toyotismo, que propõe a flexibilização da produção, opera com estoque mínimo se adaptando a atender com rapidez às novas exigências do mercado, implicando na flexibilização e na eliminação dos direitos trabalhistas, pode-se afirmar que este padrão de produção toma força na década de 1990, se estabelece e consegue se manter.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O Globo. Disponível em:
https://oglobo.globo.com/opiniao/estado-capitalismo-11355044#ixzz4iTsfQEQ9, acessado em 25/05/2017
Livro: Capitalismo e Questão Social – Organizador Valdeir Claudinei de Oliveira. Editora Pearson
Wikipedia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Relações_de_produção, acessado em 25/05/2017
Livro: Sociologia Clássica de Reinaldo Sias, Editora Pearson
Marxists. Disponível em:
https://www.marxists.org/portugues/mandel/1981/mes/capitalismo.htm, acessado em 28/05/2017.
Brasil Escola. Disponível em:
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/capital-trabalho-alienacao-segundo-karl-marx.htm, acessado em 01/06/2017
 
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