Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 VAPORIZADORES Capítulo 9 08/2017 2 Capítulo 9 9.1. Conceito 9.2. Vaporização 9.3. Tipos de Refervedores 9.4. Seleção de Alternativas 9.5. Comportamento Termofluidodinâmico 3 9.1. Conceito Vaporizadores São equipamentos destinados a promover a mudança de fase de uma corrente na fase líquida para fase vapor. 4 9.1. Conceito Exemplos Uma caldeira (fired boiler) que transfere o calor liberado pela queima de um combustível para a vaporização da água. Uma caldeira de recuperação de calor (waste heat boiler) que gera vapor através da recuperação de energia de uma corrente de processo a alta temperatura. 5 9.1. Conceito Exemplos Um refervedor (reboiler) que vaporiza uma corrente líquida oriunda do fundo de uma coluna de destilação. Um trocador de calor que é responsável pela revaporização de um gás que foi anteriormente condensado para transporte e armazenamento. 6 9.1. Conceito Exemplos Um equipamento que obtém um componente puro na fase vapor a partir de uma mistura, tal como nos processos de dessalinização da água. Um evaporador (evaporator) utilizado para concentrar uma solução ou mesmo efetuar a sua cristalização. Um chiller que resfria uma corrente através da vaporização de um fluido refrigerante. 7 No contexto do nosso curso, iremos focar o estudo dos vaporizadores basicamente como refervedores de colunas de destilação. Entretanto, os conceitos discutidos podem ser aplicados na análise de outros serviços de vaporização baseados na ebulição de uma corrente líquida. Evaporadores não serão incluídos no escopo do curso. 9.1. Conceito 8 9.2. Vaporização O termo vaporização é utilizado para definir o processo de transição da fase líquida para a fase vapor. Pode ocorrer de duas formas: Ebulição Evaporação 9 9.2. Vaporização Ebulição: A transição da fase líquida para a fase vapor ocorre através da formação de bolhas sobre uma superfície aquecida. )( satw vap TT q h Excesso de temperatura 10 9.2. Vaporização Evaporação: A transição da fase líquida para a fase vapor ocorre através da interface entre o líquido e seu vapor. )( TT q h liq vap 11 9.2. Vaporização Ebulição x Evaporação: A ebulição ocorre quando o líquido está em contato com uma superfície com temperatura acima da sua temperatura de saturação. A evaporação ocorre quando a temperatura do líquido alcança um pequeno superaquecimento em relação à sua saturação ou quando está em contato com seu vapor e um gás não condensável. Em determinadas situações, a vaporização pode ocorrer por ebulição e evaporação simultaneamente. 12 9.2. Vaporização Observações: Conceitos termodinâmicos importantes associados ao estudo da vaporização: - Pressão de vapor - Ponto de ebulição - Ponto de bolha - Ponto de orvalho - Mistura azeotrópica 13 9.2.1. Ebulição De acordo com o movimento do fluido, a ebulição pode ser caracterizada como: Ebulição em piscina (pool boiling): O movimento do fluido ocorre devido às correntes de convecção natural e em função da ascensão das bolhas de vapor no seio do líquido. Ebulição com convecção forçada (forced convective boiling): Além das correntes de convecção natural e das bolhas de vapor, o fluido se movimenta em função de um agente externo. 14 9.2.2. Ebulição em piscina Considerando o aquecimento gradativo de uma superfície em contato com um líquido, verifica-se que o fenômeno da ebulição passa por diferentes regimes: Ebulição com convecção natural Ebulição nucleada Ebulição de transição Ebulição em película Aumento do excesso de temperatura 15 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição com convecção natural: Para baixos valores de excesso de temperatura, a transferência de calor ocorre através de convecção natural, onde o fluido junto à superfície fica superaquecido porém sem ocorrer a formação de bolhas de vapor. Neste regime, o aumento de temperatura da superfície aumenta o fluxo térmico. 16 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição com convecção natural: q Te log x log 17 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição nucleada: Com o aumento do excesso de temperatura, surge a ebulição nucleada onde as bolhas se formam sobre a superfície aquecida e se desprendem para o interior do líquido. Caso o seio do líquido (bulk) esteja a uma temperatura inferior à temperatura de saturação, estas bolhas podem condensar antes de chegar à superfície livre (ebulição nucleada subresfriada). 18 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição nucleada: À medida que a temperatura da superfície aumenta, o fluxo térmico aumenta, com o vapor inicialmente se desprendendo na forma de bolhas individuais e, posteriormente, na forma de jatos ou colunas. Atingindo um determinado valor de excesso de temperatura, o fluxo térmico atinge um valor máximo denominado fluxo crítico. 19 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição nucleada: Te q log x log 20 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição de transição: Neste regime, a formação de bolhas é tão intensa que a superfície passa a ser gradativamente tomada por uma camada de vapor. As condições em cada ponto da superfície oscilam entre ebulição nucleada e de película. Em função do crescente recobrimento da superfície por uma camada de vapor (vapor blanketing), o fluxo térmico cai com o aumento da temperatura. 21 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição de transição: q Te log x log 22 9.2.2. Ebulição em piscina Ebulição em película: Neste regime, a superfície de aquecimento está totalmente recoberta por um filme de vapor. Iniciando em um ponto de mínimo fluxo térmico (Ponto de Leidenfrost), na ebulição em película o aumento da temperatura volta a levar a um aumento do fluxo térmico. 23 9.2.2. Ebulição em piscina q Te Ebulição em película: log x log 24 9.2.2. Ebulição em piscina q Te Observação: Dispositivos com fluxo controlado log x log 25 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Na ebulição com convecção forçada, o fluido se movimenta através da superfície de transferência de calor em função de um agente externo (coluna de líquido, como no caso dos termossifões, ou uma bomba, como no caso dos refervedores com circulação forçada) associados aos movimentos naturais das correntes de convecção natural e das bolhas de vapor. 26 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Na ebulição com convecção forçada, verifica- se o escoamento simultâneo do líquido e do vapor. Este escoamento pode ocorrer de acordo com diferentes regimes dependendo da fração vaporizada, vazão total de fluido e orientação da tubulação em relação ao campo gravitacional. 27 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Escoamento vertical: Fonte: http://www.ingenieriadepetroleo.com/2013/01/flow-regimes-in- horizontal-and-vertical-pipes.html 28 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Escoamento vertical: Fonte: http://www2.mne.psu.edu/amfl/Gallery/regimes/regimes.html Bubbly Slug Churn-Turbulent Annular 29 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Escoamento vertical:Fonte: http://www.ingenieriadepetroleo.com/2013/01/flow-regimes-in- horizontal-and-vertical-pipes.html 30 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Escoamento horizontal: Fonte: http://www.ingenieriadepetroleo.com/2013/01/flow-regimes-in- horizontal-and-vertical-pipes.html 31 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Escoamento horizontal: Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678- 58782010000100003&script=sci_arttext 32 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Escoamento horizontal: Fonte: http://www.ingenieriadepetroleo.com/2013/01/flow-regimes-in- horizontal-and-vertical-pipes.html 33 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Névoa Vapor Transição Anular Líquido Bolhas e slug h Qualidade 34 9.2.4. Fluxo crítico Se o fluxo térmico no vaporizador ultrapassar o valor máximo indicado pelo fluxo crítico, ocorrerá a formação de um filme de vapor sobre a superfície (vapor blanketing). O valor do fluxo crítico diminui com a fração vaporizada e aumenta com a velocidade. 35 O surgimento deste filme de vapor implica em um superaquecimento da parede dos tubos, o que pode causar danos ao equipamento. 9.2.4. Fluxo crítico 36 O fluxo crítico é maior em refervedores verticais, embora uma vez que este ocorra, as consequências são mais severas neste tipo de equipamento, visto que o filme de vapor formado é mais estável e tende a envolver toda a superfície. 9.2.4. Fluxo crítico 37 No caso de refervedores horizontais, o recobrimento de vapor irá ocorrer preferencialmente no topo dos tubos, com as laterais e o fundo ainda submetidos à ebulição nucleada. Apesar de menos danoso, este processo tenderá, ao longo do tempo, a favorecer a corrosão dos tubos junto à interface líquido-vapor. 9.2.4. Fluxo crítico 38 Para evitar os problemas associados ao fluxo crítico, no projeto de vaporizadores, usualmente o fluxo térmico deve estar abaixo do fluxo crítico de acordo com uma margem de segurança adequada (<70%). 9.2.4. Fluxo crítico 39 Problemas associados a superfícies “secas” também podem ocorrer para fluxos térmicos inferiores ao crítico. Este fenômeno pode ocorrer em frações vaporizadas muito elevadas, quando então forma- se um escoamento do tipo névoa (mist), onde o líquido viaja na forma de gotas dispersas no seio do vapor. 9.2.4. Fluxo crítico 40 9.3. Tipos de Refervedores São trocadores de calor cuja função é vaporizar uma corrente líquida do fundo de colunas de destilação, retornando o vapor ao fundo da própria coluna, propiciando assim energia para a realização do fracionamento. 41 A fonte de calor para a vaporização pode ser proveniente de uma utilidade (e.g. vapor d´água), de um fluido de processo (e.g. recuperação de calor de uma corrente quente de um reator) ou mesmo da queima de um combustível (e.g. forno refervedor em refinarias). 9.3. Tipos de Refervedores 42 No escopo do nosso curso vamos enfocar refervedores na forma de trocadores de calor casco- e-tubo, de acordo com as seguintes alternativas: Refervedor tipo kettle Refervedor interno à coluna Termossifão horizontal Termossifão vertical Refervedor com circulação forçada 9.3. Tipos de Refervedores 43 9.3.1. Refervedor tipo kettle Neste tipo de trocador o feixe de tubos fica imerso no líquido em ebulição. Os vapores formados são separados do líquido através de uma extensão do casco, correspondendo ao casco tipo K da TEMA. O feixe de tubos pode ser do tipo tubo em U ou cabeçote flutuante. 44 Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 9.3.1. Refervedor tipo kettle 45 9.3.1. Refervedor tipo kettle Fonte: D.A. McNeil et al. Int. J. Heat Mass Transfer 53 (2010) 825–835 46 9.3.1. Refervedor tipo kettle Fonte: B. Maslovaric et al. Int. J. Heat Mass Transfer 75 (2014) 109–121 47 Fonte: http://www.bayporttechnical.com/products/static-models/ 9.3.1. Refervedor tipo kettle 48 Fonte: http://engineering.wikia.com/wiki/Shell_and_tube_heat_exchanger 9.3.1. Refervedor tipo kettle 49 Fonte: http://engineering.wikia.com/wiki/Shell_and_tube_heat_exchanger 9.3.1. Refervedor tipo kettle 50 Fonte: www.distillationgroup.com 9.3.1. Refervedor tipo kettle 51 Fonte: http://www.thermopedia.com/content/1078/ 9.3.1. Refervedor tipo kettle 52 9.3.1. Refervedor tipo kettle Fonte: http://www.red-bag.com/jcms/design-standards 53 Fonte: http://www.flickr.com/photos/44768056@N05/4157705523/ 9.3.1. Refervedor tipo kettle 54 Fonte: http://www.flickr.com/photos/44768056@N05/4158466322/ 9.3.1. Refervedor tipo kettle 55 Fonte: http://www.phxequip.com/equipment.4240/4910.aspx 9.3.1. Refervedor tipo kettle 56 Fonte: http://www.valdeseng.com/site/epage/85412_824.htm 9.3.1. Refervedor tipo kettle 57 Fonte: http://www.rccostello.com/process_intensification.html 9.3.1. Refervedor tipo kettle 58 Fonte: http://www.souheat.com/Heat_Exchangers/Gallery/BKM%20C2%20 Splitter%20Re-boiler~4.html 9.3.1. Refervedor tipo kettle 59 Vantagens: - Sua operação é hidraulicamente simples. - No caso de fluidos perto do ponto crítico, a diferença entre as densidades do líquido e do vapor não é significativa, o que dificulta a utilização de um termossifão, neste caso, um refervedor tipo kettle pode ser uma boa opção. 9.3.1. Refervedor tipo kettle 60 9.3.1. Refervedor tipo kettle Desvantagens: - Em relação às outras alternativas, estão associados a menores valores de coeficientes convecção. - São mais suscetíveis a problemas de deposição, em função de maiores frações vaporizadas e maiores tempos de residência do fluido no interior do equipamento. - São mais caros em função do casco tipo K. 61 Observações: Buscando limitar problemas envolvendo o acúmulo de depósitos, recomenda-se a utilização de frações vaporizadas máximas de até 80%. 9.3.1. Refervedor tipo kettle 62 9.3.2. Refervedor interno à coluna Este tipo de refervedor é semelhante ao refervedor tipo kettle, porém ao invés da presença de um casco, o feixe de tubos é embutido no interior da coluna. 63 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 64 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: http://lorien.ncl.ac.uk/ming/distil/reboil.htm 65 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: www.distillationgroup.com 66 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: http://www.thermopedia.com/content/1078/ 67 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=h-vbButULsE 68 Vantagens: - Uma vez que é formado apenas por um feixe de tubos, é a alternativa mais barata. - Os problemas de deposição são menos importantes que em um kettle convencional. 9.3.2. Refervedor interno à coluna 69 Desvantagens: - Devido ao limite estabelecido pelo diâmetro da coluna, a área máxima que pode ser utilizada pode ser uma restrição importante. - Caso seja preciso acessar o feixe de tubos paraa manutenção do trocador, é necessário abrir a coluna de destilação. 9.3.2. Refervedor interno à coluna 70 9.3.3. Termossifão horizontal Nos termossifões, a circulação ocorre em função da diferença de densidade entre a coluna de líquido no fundo da torre e a corrente bifásica ao longo do trocador e das tubulações de retorno. Em geral, em um termossifão horizontal, a corrente em ebulição escoa transversalmente ao feixe de tubos (e.g. casco X, G, H ou J 1-2), cujo interior escoa o fluido de aquecimento através de um ou mais passes. 71 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 72 Fonte: http://www.thermopedia.com/content/1078/ 9.3.3. Termossifão horizontal 73 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: http://www.globalspec.com 74 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Thermosyphon_Reboiler.png 75 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: www.distillationgroup.com 76 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: http://www.hydrocarbonprocessing.com/Article/2959360/Apply-new- enhanced-tubes-to-optimize-heat-transfer-in-LNG-trains.html 77 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: http://www.inspection-for-industry.com/heat-exchanger-theory.html 78 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: http://www.petronemirates.com/picpipe2.htm 79 Vantagens: - A disposição do feixe na horizontal, reduz a altura da coluna de líquido necessária para o escoamento. - É possível alcançar maiores velocidades, o que permite diminuir a formação de depósitos, quando comparado com o kettle. 9.3.3. Termossifão horizontal 80 Desvantagens: - Se houver problemas de deposição, estes irão exigir a limpeza do casco. - Em unidades maiores, torna-se necessário instalar sistemas de distribuição com vários bocais ao longo do casco para a uniformização do escoamento, o que pode aumentar os custos. 9.3.3. Termossifão horizontal 81 9.3.4. Termossifão vertical Nos termossifões, a circulação ocorre em função da diferença de densidade entre a coluna de líquido proveniente da torre e a mistura bifásica na saída do trocador. Em geral, em um termossifão vertical, a corrente em ebulição escoa no interior do feixe de tubos, recebendo calor da corrente quente que escoa no interior de um casco tipo E. 82 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 83 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: www.distillationgroup.com 84 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://lorien.ncl.ac.uk/ming/distil/reboil.htm 85 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://www.thermopedia.com/content/1078/ 86 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://www.red-bag.com/jcms/design-standards 87 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://www.piping-engineering.com/heat-exchanger-piping-design-guide.html/ 88 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://www.whatispiping.com/vertical-reboiler-piping/ 89 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://www.phxequip.com/equipment.4343/5033.aspx 90 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://www.flickr.com/photos/9688555@N02/830134810/lightbox/ 91 9.3.4. Termossifão vertical Fonte: http://www.processtechinc.net/tip_1.htm/ 92 Vantagens: - As maiores velocidades alcançadas no escoamento no interior dos tubos reduzem os problemas associados à deposição. - Em geral, apresentam maiores valores de coeficiente de convecção. - Se houver a formação de depósitos, estes estarão nos tubos, facilitando a limpeza. 9.3.4. Termossifão vertical 93 Desvantagens: - Devido à orientação vertical do feixe, torna-se necessário uma maior altura de coluna de líquido, implicando na necessidade de uma maior elevação da torre. - Seu desempenho é bastante dependente das condições fluidodinâmicas, o que pode acarretar problemas operacionais. 9.3.4. Termossifão vertical 94 9.3.4. Termossifão vertical Observações: Recomenda-se a utilização de frações vaporizadas na saída do refervedor da ordem de 0,10 a 0,35 para hidrocarbonetos e 0,02 a 0,10 para água e soluções aquosas. Deve-se estar atento para uma adequada circulação, principalmente para refervedores envolvendo longos comprimentos de tubos. 95 9.3.5. Refervedor com circulação forçada Nos refervedores com circulação forçada, o movimento do fluido ocorre em função de uma bomba. Podem ser utilizados com orientação vertical ou horizontal, onde a vaporização é usualmente conduzida no interior dos tubos. 96 9.3.5. Refervedor com circulação forçada Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 97 9.3.5. Refervedor com circulação forçada Fonte: www.distillationgroup.com 98 9.3.5. Refervedor com circulação forçada Fonte: http://www.prozesstechnik-online.de/test/-/article/31534493/32342766/ 99 9.3.5. Refervedor com circulação forçada Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Fired_Reboiler.png 100 9.3.5. Refervedor com circulação forçada Fonte: http://www.niroinc.com/html/evaporator/evpdfs/distillation_tech.pdf 101 Vantagens: A utilização de uma bomba para manter o escoamento pode ser a única alternativa economicamente viável de vaporização em refervedores no caso de correntes líquidas de alta viscosidade e/ou com severos problemas de deposição. 9.3.5. Refervedor com circulação forçada 102 Desvantagens: A necessidade de bombeamento penaliza o investimento e o custo operacional do sistema (velocidades de 5 m/s a 6 m/s são usualmente necessárias). 9.3.5. Refervedor com circulação forçada 103 Observações: Em geral, no projeto de refervedores com circulação forçada, são adotadas frações vaporizadas não superiores que 1% a 5%. Em determinadas situações, pode ser interessante suprimir a ebulição ao longo da área de transferência (e.g. deposição associada à ebulição). Neste caso, a vaporização ocorre em uma válvula na tubulação de retorno para a coluna. 9.3.5. Refervedor com circulação forçada 104 Apesar de menos comuns, também é possível encontrar termossifões verticais com a vaporização no lado do casco e termossifões horizontais com a vaporização no lado dos tubos. 9.3.6. Outras configurações 105 Como permitem alcançar valores relativamente elevados de coeficientes de transferência sem a necessidade de bombas, os termossifões correspondem ao tipo de refervedor mais utilizado industrialmente. 9.4. Seleção de Alternativas 106 Apesar dos termossifões serem a alternativa mais comum, deve-se verificar em cada caso se há fatores que imponham a seleção de outra alternativa de equipamento (e.g. correntes muito viscosas, variações de carga muito intensas, confiabilidade como um fator crítico, etc.). Em função de problemas operacionais, há autores que expressamente não recomendam a utilização de refervedores internos à coluna. 9.4. Seleção de Alternativas 107 Termossifões verticais e refervedores com circulação forçada são as alternativas associadas aos maiores valores de coeficientes de película. Kettles e refervedoresinternos são as alternativas associadas aos menores valores de coeficiente de convecção. 9.4.1. Comparação: Coeficientes de película 108 Para serviços com problemas severos de deposição, o refervedor com circulação forçada é a opção mais adequada em relação a este aspecto. Alternativamente, a segunda melhor opção corresponde aos termossifões verticais. Kettles e refervedores internos são as alternativas mais propensas à deposição. 9.4.2. Comparação: Deposição 109 Em relação à alocação das correntes do ponto de vista da deposição, a corrente mais suja deve escoar pelo lado dos tubos. 9.4.2. Comparação: Deposição 110 Refervedores internos são a opção mais barata (exceto se for necessária uma expansão do fundo da coluna para acomodação do feixe). Termossifões verticais são a segunda opção mais barata, pois possuem coeficientes de transferência relativamente elevados e necessitam de menores tubulações de entrada e saída. Devido ao seu maior tamanho (associado a coeficientes de película relativamente baixos e casco tipo K), kettles são a alternativa mais cara. 9.4.3. Comparação: Investimento 111 Refervedores com circulação forçada implicam no consumo de energia para acionamento da bomba. Nas demais alternativas não há custos operacionais. 9.4.4. Comparação: Custos operacionais 112 A elevação de uma coluna de destilação (altura da saia) implica em custos adicionais, porém é necessária para fornecer carga hidráulica para as seguintes funções, quando for o caso: - Operação do termossifão - NPSH para a bomba em um referverdor com circulação forçada - NPSH para a bomba de produto de fundo - Drenagem da coluna para outro equipamento. 9.4.5. Comparação: Elevação 113 Devido à sua orientação espacial, termossifões verticais irão necessitar de uma maior elevação da coluna que termossifões horizontais. A elevação da coluna necessária para refervedores tipo kettle em geral é pequena, porém deve ser suficiente para a movimentação da corrente ao longo do trocador Para refervedores com circulação forçada, a elevação da coluna deve suprir o NPSH necessário para o bombeamento da corrente. 9.4.5. Comparação: Elevação 114 A área total em termossifões verticais é limitada devido a restrições relativas ao comprimento dos tubos e o número máximo de trocadores. A área de troca térmica dos refervedores internos é limitada pelas dimensões da coluna (caso não sejam instaladas extensões). Termossifões horizontais ou kettles podem acomodar facilmente grandes áreas de troca térmica. 9.4.6. Comparação: Dimensões máximas 115 Refervedores internos não ocupam espaço físico adicional. Termossifões verticais são uma alternativa compacta, pois são instalados junto à coluna. Termossifões horizontais e kettles ocupam mais espaço, especialmente no caso de um feixe removível. O espaço ocupado por refervedores com circulação forçada depende da sua orientação espacial (vertical ou horizontal). 9.4.7. Comparação: Área ocupada (plot space) 116 Em refervedores com circulação forçada, pode ocorrer vazamento no selo da bomba, problema particularmente importante no caso de líquidos inflamáveis ou tóxicos. Como termossifões não necessitam de bombas, não apresentam este risco. Refervedores internos trazem o risco de vazamentos no flange de conexão à coluna, especialmente no caso de feixes maiores não devidamente suportados. 9.4.8. Comparação: Segurança 117 9.5. Comportamento Termofluidodinâmico Apresentação do equacionamento para previsão do comportamento de vaporizadores: Kettle e termossifão horizontal Termossifão vertical Refervedor com circulação forçada 118 9.5. Comportamento Termofluidodinâmico Kettle e termossifão horizontal - Equações para o dimensionamento preliminar Termossifão vertical - Equações para o dimensionamento preliminar - Equações para o dimensionamento rigoroso Refervedor com circulação forçada - Equações para o dimensionamento preliminar - Equações para o dimensionamento rigoroso 119 Para o kettle, serão adotadas equações relativas à ebulição nucleada, incluindo fatores de correção pertinentes à presença do feixe de tubos. No caso dos termossifões horizontais, será adotada como abordagem conservadora, ignorar os efeitos relativos à circulação externa de fluido. 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Equações para dimensionamento preliminar: 120 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Correlação de Mostinski: Ebulição nucleada em um tubo isolado: Pcnb FqPh 7,069,0 1 00417,0 onde hnb1 é o coeficiente de convecção para ebulição nucleada em um tubo isolado em W/m2K, Pc é a pressão crítica em kPa, q é o fluxo térmico em W/m2 e Fp é um fator de correção relativo à pressão. 121 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal A princípio, o fator Fp pode ser determinado através da seguinte expressão: Ebulição nucleada em um tubo isolado: Entretanto para operações a vácuo, a equação acima fornece valores muito otimistas. Nestes casos, sugere-se utilizar a seguinte expressão: 17,0/8,1 cP PPF 2 2 27,0 )/( )/(1 1 9/1,2 c c cP PP PP PPF 122 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Em função da presença de vários tubos confinados, há uma intensificação do fluxo mássico, contribuindo para um aumento do coeficiente de convecção. Efeitos convectivos devido ao feixe: 123 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeitos convectivos devido ao feixe: nccbnbb hFFhh 1 onde hb é o coeficiente de convecção para ebulição nucleada no feixe, Fb é um fator de correção devido aos efeitos de convecção no feixe, Fc é um fator de correção relativo à presença de uma mistura e hnc é o coeficiente de convecção associado às correntes líquidas de convecção natural. 124 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Este fenômeno é complexo e exige um conjunto de cálculos especiais, entretanto é possível adotar algumas premissas simplificadoras adequadas para fins de cálculos preliminares. Efeitos convectivos devido ao feixe: 125 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeitos convectivos devido ao feixe: A determinação do fator Fb pode ser realizada através da seguinte correlação: onde C1 é igual a 1,0 para arranjo quadrado e quadrado rodado e 0,866 para arranjo triangular e triangular rodado. 75,0 , 2 ,1 0,1 )/( 785,0 1,00,1 etettp b b DDLC D F 126 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeitos convectivos devido ao feixe: Valores típicos: Kettle e refervedor interno à coluna: Fb = 2,0 Termossifão horizontal: Fb = 2,3 127 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeitos convectivos devido ao feixe: A contribuição da convecção natural do líquido através do termo hnc pode ser estimada como 250 W/m2K para correntes de hidrocarbonetos e 1000 W/m2K para correntes aquosas. 128 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Os valores dos coeficientes de convecção na ebulição de misturas podem ser muito inferiores aos valores correspondentes em substâncias puras. Tal fato ocorre devido ao acúmulo do componente menos volátil na fase líquida, levando a um aumento da temperaturajunto à superfície. Adicionalmente, também se verifica o surgimento de resistências à transferência de massa em função dos gradientes de concentração. Efeitos de mistura: 129 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Uma alternativa de cálculo deste fator pode ser dada por: Efeitos de mistura: 75,015,0 )(023,01 1 BPDP c TTq F onde TDP e TBP são as temperaturas dos pontos de orvalho e bolha. Uma versão mais simples e menos acurada desta equação é dada por (se Fc < 0,1 Fc = 1 ): ))(027,0exp( BPDPc TTF 130 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Para fluidos puros ou misturas com faixa de ebulição estreita, utiliza-se a média logarítmica da diferença de temperatura (LMTD). Se a faixa de ebulição for considerável, a utilização da LMTD fornece resultados muito otimistas. Diferença de temperatura: 131 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Diferença de temperatura: H T 132 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal De forma conservadora, em refervedores do tipo kettle, adota-se a LMTD baseada na temperatura de saída do vapor. Diferença de temperatura: 133 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Diferença de temperatura: H T 134 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal No caso de termossifões, a adoção desta abordagem fornece valores muito baixos. Neste caso, recomenda-se a utilização da LMTD co- corrente ou o valor equivalente para escoamento cruzado. Diferença de temperatura: 135 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Fluxo crítico para um tubo isolado: Correlação de Mostinski Fluxo crítico: 9,035,0 max,1 1367 cc c P P P P Pq onde q1,max é o fluxo crítico para um tubo isolado em W/m2, P é a pressão do sistema em kPa, Pc é a pressão crítica em kPa. 136 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeito do feixe de tubos: Correlação de Palen e Small Fluxo crítico: bb qq max,1max, onde qb,max é o fluxo crítico para o feixe em W/m 2 e b é um fator de correção ligado à geometria do feixe (b 1). 137 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeito do feixe de tubos: Fluxo crítico: A LDb b onde Db é o diâmetro do feixe de tubos em m, L é o comprimento do feixe em m e A é a área de transferência de calor em m2. bb 1,3 com 138 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Problemas de fluxo térmico excessivo podem ser corrigidos através das seguintes alternativas: - Aumento do espaçamento entre os tubos; - Aumento no comprimento e redução do diâmetro do feixe; - Redução da temperatura do fluido de aquecimento. Fluxo crítico: 139 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal De forma alternativa, a abordagem prática muitas vezes empregada para o gerenciamento do fluxo crítico envolve a adoção de valores máximos de fluxo baseados na prática industrial (Kern): Correntes aquosas: 94 600 W/m2 (30 000 btu/hft2) Correntes orgânicas: 37 800 W/m2 (12 000 btu/hft2) Fluxo crítico: 140 9.5.1. Kettle e Termossifão horizontal Os valores calculados pelas correlações disponíveis costumam fornecer valores de fluxo crítico superiores, sendo assim os valores apresentados uma estimativa conservadora. Fluxo crítico: 141 9.5.2. Termossifão vertical O dimensionamento preliminar de refervedores verticais pode ser realizado baseando- se nas correlações de Frank e Prickett (1973). Equações para dimensionamento preliminar: 142 9.5.2. Termossifão vertical Para correntes orgânicas: Abordagem: MRMR MMM TTTT TTTq 2 32 3,60318,5902 288,037,269,170598,100 onde q é o fluxo térmico em W/m2, TR é a temperatura reduzida (T/Tc) e TM é a diferença de temperatura média em K. Para correntes aquosas: 32 4204,207,13052,384 MMM TTTq 143 9.5.2. Termossifão vertical Desta forma, o coeficiente global pode ser calculado pela equação: Abordagem: MT q U 144 9.5.2. Termossifão vertical (1) Estas correlações são baseadas na utilização de vapor d´água saturado como fluido de aquecimento com um coeficiente de convecção sujo igual a 5700 W/m2K e um fator de sujeira no lado dos tubos igual a 0,000175 m2K/W. (2) Estes resultados devem ser utilizados preferencialmente na faixa de 0,6<TR<0,8 e nunca para pressões inferiores a 0,3 bar. Hipóteses: 145 9.5.2. Termossifão vertical Para estender os resultados da correlação para diferentes valores de coeficiente de convecção sujo no lado do casco (hS) e de fator de sujeira no lado dos tubos (Rf,tube), pode-se utilizar a seguinte expressão: Extensão da correlação: tubef Scorr R hUU , 41075,1 1 5700 111 146 Como primeira aproximação pode ser utilizada a média logarítmica da diferença de temperatura (LMTD). Diferença de temperatura: 9.5.2. Termossifão vertical 147 Fluxo crítico: cc c it P P P P P L D q 123660 25,0 61,0 35,0 2 , max onde Dt,i e L são o diâmetro interno e o comprimento da tubulação em m, respectivamente, P é a pressão em kPa e Pc é a pressão crítica em kPa. 9.5.2. Termossifão vertical 148 Tradicionalmente, a abordagem prática muitas vezes empregada para o gerenciamento do fluxo crítico envolve a adoção de valores máximos de fluxo baseados na prática industrial (Kern): Correntes aquosas: 94 600 W/m2 (30 000 btu/hft2) Correntes orgânicas: 37 800 W/m2 (12 000 btu/hft2) Fluxo crítico: 9.5.2. Termossifão vertical 149 Os valores calculados pelas correlações disponíveis costumam fornecer valores de fluxo crítico superiores a estes, sendo estes assim uma estimativa conservadora. Fluxo crítico: 9.5.2. Termossifão vertical 150 9.5.2. Termossifão vertical Em função da mudança da fração vaporizada ao longo do área de troca térmica, o coeficiente de convecção da vaporização varia ao longo do comprimento do tubo. Adicionalmente, no caso de misturas, a temperatura da corrente em ebulição também varia. Equações para o cálculo rigoroso: 151 9.5.2. Termossifão vertical Devido às variações do coeficiente de convecção e da temperatura, o cálculo rigoroso do refervedor deve envolver a discretização da superfície de troca térmica. Neste procedimento, o coeficiente de convecção e a diferença de temperatura entre as correntes devem ser calculadas para cada ponto ao longo do comprimento do trocador. Equações para o cálculo rigoroso: 152 9.5.2. Termossifão vertical Uma das abordagens que pode ser adotada para este cálculo corresponde ao método das diferenças finitas, onde o domínio da integração é descrito através de uma sequência de pontos (malha). Em cada ponto da malha, as derivadas são aproximadas por diferenças. Selecionando-se uma malha suficientemente densa, é possível alcançar uma boa precisão numérica. Equações para o cálculo rigoroso: 153 9.5.2. Termossifão vertical Por exemplo, tomando-se por base um refervedor com vaporização de uma substância pura com calor oriundo de vapor saturado, as equações do modelo que devem ser resolvidas para descrição do comportamento do equipamentosão: Equações para o cálculo rigoroso: dATTUdQ ch )( 154 9.5.2. Termossifão vertical Na forma discretizada, baseada em diferenças para frente, estas equações assumem a seguinte forma: Equações para o cálculo rigoroso: ))(( 11,1 jjchjjjj AATTUQQ 2 1 1, jj jj UU U 155 9.5.2. Termossifão vertical No caso da vaporização de misturas, ocorrerá o aumento da temperatura ao longo da área de troca térmica. Neste caso, será necessário a determinação prévia da curva de vaporização da mistura (T x H e x H ). Equações para o cálculo rigoroso: 156 9.5.2. Termossifão vertical As equações discretizadas resultantes para a vaporização de misturas são: Equações para o cálculo rigoroso: )( 11,1,1 jjjjjjjj AATUQQ 2 1 1, jj jj UU U 2 )()( ,,1,1, 1, jcjhjcjh jj TTTT T 157 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: A determinação do coeficiente de convecção ao longo de cada ponto da área de troca térmica pode ser realizada através da correlação de Chen. Nesta abordagem, o coeficiente de convecção da ebulição é descrito através da soma das contribuições da ebulição nucleada e da convecção forçada. 158 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: Na apresentação das equações a seguir estará sendo desconsiderada a possibilidade da ocorrência de ebulição nucleada subresfriada. 159 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: Correlação de Chen: cbnbb hShh onde hb é o coeficiente de convecção para a ebulição em W/m2K, hnb é a contribuição da ebulição nucleada em W/m2K, hcb é a contribuição da convecção forçada em W/m2K e S é o fator de supressão da ebulição nucleada. 160 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: Contribuição da convecção forçada: onde hl é o coeficiente de convecção para o líquido escoando sozinho e F é o fator de ampliação do coeficiente de convecção devido à presença das bolhas. Fhh lcb 161 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: O parâmetro F é função do parâmetro de Lockhart-Martinelli, definido como a raiz quadrada da razão entre a queda de pressão no líquido e vapor, considerando ambos escoando sozinhos: g l dzdP dzdP X )/( )/( 162 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: Assumindo escoamento turbulento em ambas as fases (X = Xtt), o parâmetro de Lockhart- Martinelli pode ser calculado por: onde é a fração vaporizada em base mássica. 1,05,09,0 1 1 l g g l ttX 163 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: A partir do valor de Xtt, o fator de ampliação pode ser calculado pela seguinte equação: 1,01/ para)213,0/1(35,2 1,0 1/ para1 )( 736,0 tttt tt tt XX X XF 164 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: Contribuição da ebulição nucleada: onde hnb1 é o coeficiente de convecção para ebulição nucleada em um tubo isolado em W/m2K (vide Correlação de Mostinski) e Fc é o fator de correção relativo à presença de uma mistura. cnbnb Fhh 1 165 Correlação de Mostinski: Pcnb FqPh 7,069,0 1 00417,0 Fator de correção para o efeito de mistura: 75,015,0 )(023,01 1 BPDP c TTq F Fator de correção para a pressão: 17,0/8,1 cP PPF 2 2 27,0 )/( )/(1 1 9/1,2 c c cP PP PP PPF 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: 166 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: Contribuição da ebulição nucleada: O fator de supressão da ebulição nucleada é dado por: onde Retp é o número de Reynolds bifásico, definido por: 17,16 Re1053,21 1 tp S 25,1ReRe Fltp 167 Devido à pressão exercida pela coluna de líquido, a corrente na entrada do revervedor estará subresfriada. Desta forma, no início do trocador a corrente irá ganhar calor e aumentar a sua temperatura até atingir o ponto de bolha. Quanto menor for a pressão do sistema, mais extensa será esta região. 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: 168 O procedimento de cálculo rigoroso do termossifão também pode ser utilizado de forma simplificada para cálculos preliminares, tomando-se por base condições médias entre a entrada e saída do equipamento e ignorando a região de entrada subresfriada. 9.5.2. Termossifão vertical Determinação do coeficiente de convecção: 169 No dimensionamento preliminar de um refervedor com circulação forçada, é possível calcular o coeficiente de convecção para a vaporização considerando apenas a contribuição da convecção forçada. Neste caso, o valor calculado estará subestimado, levando assim a um projeto conservador (safe side). 9.5.3. Refervedor com circulação forçada Equações para dimensionamento preliminar: 170 No caso de um cálculo rigoroso, deve-se utilizar o mesmo procedimento descrito para um refervedor vertical, onde a superfície de troca térmica deve ser dividida em regiões individuais. 9.5.3. Refervedor com circulação forçada Equações para o cálculo rigoroso: 171 As correlações para cálculo do coeficiente de convecção na ebulição podem apresentar desvios consideráveis, implicando assim em uma maior incerteza nos resultados. 9.5.4. Observações Acurácia: 172 Considerando a utilização de vapor como fluido de aquecimento, pode-se adotar um valor de coeficiente de película igual a 8500 W/m2K 9.5.4. Observações Fluido de aquecimento: 173 A relação entre o número de tubos (Ntt) e o diâmetro do feixe (Db) pode ser aproximada em cálculos preliminares pelo seguinte resultado: ctptt b FLN D 2 2 4 onde Ltp é o passo do feixe e Fb é um fator associado ao arranjo da matriz tubular, tal que Fb = 1, se arranjo quadrado e Fb = 0,866, se arranjo triangular. 9.5.4. Observações Dimensão do casco: 174 Uma relação equivalente entre o diâmetro do feixe (Db) e o diâmetro do casco (Ds) pode ser aproximada por: 44 22 s s b DF D onde Fs é um fator associado a folga feixe-casco e a omissão de tubos devidos aos passes. Para trocadores com espelho fixo, Fs = 0,93, para um passe, e Fs = 0,90, para dois passes. 9.5.4. Observações Dimensão do casco: 175 No caso de refervedores do tipo kettle, o diâmetro da expansão do casco é definido em torno de 1,5 a 2,0 vezes o diâmetro do feixe, impondo uma altura mínima livre de 8 in sobre o nível de líquido. 9.5.4. Observações Dimensão do casco: 176 O diâmetro da expansão no casco de um kettle também pode ser estimado através da seguinte correlação, que indica a carga máxima de vapor para que não haja entrainment, ou seja, a razão entre a vazão de vapor e o volume ocupado pelo vapor (VL em kg/sm3): 9.5.4. Observações Dimensão do casco: gl vVL 0645,0 177 Expressãodo volume ocupado pelo líquido: 9.5.4. Observações Dimensão do casco: D y T L 178 Expressão do volume ocupado pelo líquido: 9.5.4. Observações Dimensão do casco: 179 Expressão do volume ocupado pelo líquido: 9.5.4. Observações Dimensão do casco: )sin( 8 2 LDV )2/sin()(2 DyDyT 180 No caso de um kettle ou termossifão horizontal, o número de bocais dispostos ao longo do comprimento do casco deve garantir suficiente fornecimento de líquido ao longo de todo o trocador, evitando assim problemas de dryout. 9.5.4. Observações Disposição dos bocais: 181 O número de pares de bocais de entrada e saída pode ser estimado pela seguinte expressão: B N D L N 5 9.5.4. Observações Disposição dos bocais: 182 Em um kettle, para evitar a saída de líquido junto com vapor, os bocais de entrada não devem estar localizados abaixo dos bocais de saída. 9.5.4. Observações Disposição dos bocais: 183 9.5.4. Observações Disposição dos bocais: Fonte: http://engineering.wikia.com/wiki/Shell_and_tube_heat_exchanger
Compartilhar