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Psicologia da Educação Cumplicidade Ideológica Ana Mercês Bahia Bock

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Aluno (a): Larissa Borri R.A: c31fee8
Matéria: Estágio Escolar 
Semestre: 8º
Campus: São José do Rio Pardo - SP
Supervisor: Danila Menardi Tavela
 
Psicologia da Educação: Cumplicidade Ideológica. – Ana Mercês Bahia Bock
Quinta-Feira, 01 de março de 2018 
Psicologia Educacional é o encontro da Psicologia com a Educação. O movimento da Escola Nova se tornou necessária a presença da Psicologia, construindo demandas específicas para a Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem.
A Escola Tradicional reúne experiências e concepções pedagógicas que caracterizam e orientam a educação desde o séc. XVIII até o começo do séc. XX. O conhecimento era visto como o único instrumento capaz de dar ao homem o autocontrole para controlar a parte má. O aluno era para o professor como naturalmente corrompido, devendo ser expostos ao modelo aperfeiçoado do humano, para poder desenvolver a natureza humana essencial. O outro princípio era dar disciplina e regras firmes para que os alunos pudessem corrigem os seus desvios. Para garantir que os princípios e os códigos morais fossem construídos e repetidos até a exaustão, havia os vigilantes disciplinares.
O séc. XX trouxe muitas transformações ao mundo, como a valorização da infância, tomada como futuro. A Escola Nova manteria a criança na bondade e espontaneidade, sendo um espaço de liberdade e de comunicação, podendo ela manifestar sua afetividade e criatividade, sendo tomadas como naturais todas as manifestações infantis. Os vigilantes do desenvolvimento eram psicólogos e pedagogos, não havia regras, a não serem aquelas construídas pelo grupo escolar e também não havia preocupação com disciplina, tendo como prioridade a comunicação entre as crianças. O professor tinha a função de organizar as condições de aprendizagem, devendo prover materiais e situações de aprendizagem. Era importante estimular perguntas e não fornecer respostas.
A Psicologia era essencial, pois era preciso saber como se dá o desenvolvimento natural das crianças para poder vigiá-las desse ponto de vista. Psicologia se desenvolve como prática capaz de contribuir no processo educacional com testes, formando classes homogêneas e avaliar o desenvolvimento e a clínica começa a atender crianças com dificuldade de aprendizado.
A política educacional é o resultado de disputa de interesses e negociações entre grupos religiosos, empresários e trabalhadores.
Na cumplicidade ideológica, a educação ficou conhecida como processo cultural de desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos. Os aspectos sociais que compõem a educação ficaram ocultados.
A ideologia da educação como produtora de igualdade e de condições para se obter uma vida digna, se torna fundamental para qualquer governo que não queira investir em projetos sociais, que não queira entender a educação como um direito de todos e investir nela como condição de qualificação da sociedade. O discurso educativo garantirá a igualdade.
Contradição vivida entre o discurso do professor e sua prática com os alunos, fala de igualdade, mas trata alunos como desiguais, fala da relação da escola com a vida, mas não vincula o ensino à vida das crianças.
A naturalização do homem garante a noção de igualdade natural entre os homens e diferenças individuais produzidas sob responsabilidade de cada um. A avaliação da produção avalia todos da mesma forma, porque são inicialmente iguais, os critérios de avaliação são apresentados como naturais, fica fora do alcance do professor modificá-los, eles se referem aos conteúdos ou habilidades naquela fase do desenvolvimento. Avaliar é compreendido como comparar um modelo, com um padrão natural de desenvolvimento; o professor nega seu papel ativo de avaliar e torna-se um mero verificador do desenvolvimento do aluno; aluno não é considerado como parceiro em um processo, no qual seus componentes estão em movimento e transformação. Professor sabe, aluno aprende. O erro é visto como um descaminho, não como um momento de aprendizagem, como uma etapa de experiência, o erro é tomado como desleixo, descaso, falta de atenção ou estudo.
Não se pode pensar em adaptar o ensino, ou suas condições pra acolher a criança com sua vida vivida, há uma neutralidade no ensino e as condições iguais a todos, a escola ensina da mesma forma sempre, desconhecendo os alunos que estão aprendendo.
Alunos são vistos como dificuldade de aprender, mecanismos são criados para corrigir falhas, um deles é a psicopedagogia. Ensinam individualmente considerando a situação de cada criança e adaptam o ensino às condições da vida de cada um. Os psicólogos são chamados pra ajudar a superarem dificuldades individuais. O problema que era lido como um problema da educação, do ensino, da sociedade, agora é lido como problema individual.
A Psicologia deveria ser capaz de denunciar péssimas condições de vida como geradoras de desigualdade que leva os alunos desiguais à escola, essa escola incrementa essa desigualdade e oferece uma ideologia que consegue fazer o aluno e sua família acreditarem que ele é o responsável pela situação de fracasso, silenciando a pobreza, sendo lida como falta de aproveitamento das oportunidades que o Estado oferece a todos para se desenvolverem.
A Psicologia se constitui em nossa sociedade moderna como ciência e uma profissão conservadora que não constrói, nem debate um projeto de transformação social.
É preciso adotar concepções quem compreendam o sujeito como se constituindo ao atuar no mundo e nas relações sociais.
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 Larissa Borri Danila Menardi Tavela
 Aluna 						Supervisora

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