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CCJ0039-WL-D-AMA-01-Introdução ao Direito Processual do Trabalho

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Aula 1 – Plano de Ensino. Introdução ao
Direito Processual do Trabalho. Solução de
Conflitos Trabalhistas
Professora: Maria Inês Gerardo
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - Profª: Maria Inês Gerardo
Aula 1 – Plano de Ensino.Introdução Dir. Proc.Trab. Solução conflitos trabalhistas
Plano de Ensino – EMENTA
Introdução ao Direito Processual do
Trabalho; Solução dos conflitos
trabalhistas: Comissão de Conciliação
Prévia; Do Judiciário Trabalhista:
organização e funcionamento da Justiça do
Trabalho; Competência da Justiça do
Trabalho: Jurisdição e competência:
competência em razão da matéria e da
pessoa; competência funcional;
competência territorial. Atos, termos,
prazos e nulidades processuais;
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(continuação) Partes e Procuradores:
capacidade para ser parte; capacidade
postulatória; representação por
advogado; assistência judiciária;
representação e assistência;
litisconsórcio; substituição processual;
sucessão processual; Dissídio individual:
procedimento ordinário; procedimento
sumaríssimo; procedimento sumário;
procedimentos especiais; Recursos no
processo do trabalho; Execução
trabalhista; Dissídio coletivo.
Plano de Ensino – EMENTA
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PLANO DE ENSINO
OBJETIVO (S) GERAL (IS): 
- Compreender a simplicidade e a
informalidade do processo do trabalho
frente ao processo civil, identificando os
institutos afins e antagônicos;
- Conhecer as peculiaridades do processo
do trabalho;
- Entender o Processo Trabalhista como
meio de acesso à justiça;
- Aplicar as noções teóricas e técnicas aos
casos concretos.
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PLANO DE ENSINO
OBJETIVO (S) ESPECÍFICO (S): 
- Identificar as peculiaridades do Processo do Trabalho e os
critérios de aplicação supletiva do processo civil;
- Conhecer os métodos de solução dos conflitos trabalhistas;
- Analisar a organização e funcionamento da Justiça do
Trabalho;
- Relacionar as regras de competência material, hierárquica
e territorial e comparar com as normas do processo civil;
- Distinguir as peculiaridades trabalhistas no que diz
respeito aos atos e prazos processuais, nulidades, partes,
assistência judiciária;
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OBJETIVO (S) ESPECÍFICO (S): 
- Diferenciar o procedimento comum dos procedimentos
especiais;
- Demonstrar a celeridade e simplicidade no desenvolvimento
do trâmite processual dos dissídios individuais: fase
postulatória,
audiência, conciliação, fase probatória e decisória;
- Analisar o sistema recursal trabalhista e os meios de
impugnação para aplicá-los corretamente ao caso concreto;
- Identificar as nuances na tramitação processual na
execução, identificando os meios de impugnação cabíveis e os
recursos pertinentes;
- Analisar o trâmite processual nos dissídios coletivos e a ação
de cumprimento.
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BIBLIOGRAFIA
1) CLT LTr – Legislação não comentada
2) LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito
Processual do Trabalho.
3) CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa; JORGE
NETO, Francisco Ferreira. Direito Processual do Trabalho.
4) SARAIVA, Renato. Processo do Trabalho - Série
Concursos Públicos;.
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PROCEDIMENTOS DE ENSINO
 Resolução do Caso Concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada
aula, desenvolver pesquisa prévia
sobre os temas objeto de estudo de
cada semana, envolvendo a
legislação, a doutrina e a
jurisprudência e apresentar
soluções, por meio da resolução do
caso concreto, preparando-se para
debates em sala de aula.
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PROCEDIMENTOS DE ENSINO
Resolução do Caso Concreto:
2- Antes do início de cada aula, o aluno deverá postar no
ambiente virtual a solução dos casos pesquisados e pré-
resolvidos.
3 - Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com
o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho,
utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou
jurisprudência pertinentes aos casos.
4- A postagem tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para
efeito de lançamento dos graus respectivos (zero a um).
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 Avaliação
As provas (AV1 e AV2) valerão até
9 pontos e a AV3 até 10 pontos e
serão compostas de questões
objetivas, e de casos concretos,
baseados nos casos constantes
nos Planos de Aula, salvo as
exceções constantes do
regulamento próprio.
PROCEDIMENTOS DE ENSINO
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PROCEDIMENTOS DE ENSINO
Critérios para aprovação:
1- A prova AV1 e AV 2 vale 09 pontos e a resolução do caso
concreto 1 (um) ponto. A AV3 vale 10 pontos;
2- O aluno tem que atingir resultado igual ou superior a 6,0,
calculado a partir da média aritmética entre os graus das
avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas
obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A
média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina.
3- O aluno deverá obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo
menos, duas das três avaliações.
4- O aluno deverá frequentar, no mínimo, 75% das aulas
ministradas.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTA AULA
 Introdução ao Dir.Proc. Trabalho:
 Conceito;
 Evolução;
 Autonomia;
 Princípios do Processo do Trabalho
 Solução dos Conflitos Trabalhistas;
 Autodefesa, autocomposição e heterocomposição;
 Comissões de conciliação Prévia
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Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite o Direito
Processual do Trabalho pode ser conceituado, a partir
da nova ordem constitucional traçada pela EC-45/2004
como “o ramo da ciência jurídica, constituída por um
sistema de normas, princípios, regras e instituições
próprias, que tem por objetivo promover a pacificação
justa dos conflitos individuais, coletivos e difusos
decorrentes direta ou indiretamente das relações de
emprego e de trabalho, bem como regular o
funcionamento dos órgãos que compõem a Justiça do
Trabalho”. (Grifei)
CONCEITO
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Em 1932 foram criadas Juntas de Conciliação e Julgamento,
que tinham competência para conhecer e dirimir conflitos
trabalhistas, mas não tinham poderes para executar suas
decisões, que deveria ser realizado pela justiça comum.
Foram criadas também as Comissões Mistas de Conciliação, cuja
finalidade era buscar o acordo entre as partes, mas não tinham
competência para o julgamento dos dissídios coletivos. Ambos
eram órgãos administrativos.Havia, ainda, o Conselho Nacional do Trabalho que funcionava
como um tribunal arbitral, com competência para decidir os
conflitos coletivos, proferindo decisões irrecorríveis, e de último
grau de jurisdição, nos dissídios individuais.
EVOLUÇÃO
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do Trabalho.
Em 1943 entrou em vigor a CLT. Em 1946, antes de entrar em
vigor a nova Constituição, Decreto-Lei 9.797, integrou a
Justiça do Trabalho definitivamente ao Poder Judiciário,
organizando a carreira de Juiz do Trabalho, com ingresso
mediante concurso de provas e títulos, promoções com
critérios alternados de antiguidade e merecimento,
assegurando-lhes as garantias pertinentes à Magistratura.
Os Conselhos Regionais passaram a ser denominados de
Tribunais Regionais do Trabalho e o Conselho Nacional de
Tribunal Superior do Trabalho.
A Emenda Constitucional nº 24 de 09.12.1999 extinguiu a
representação classista na Justiça do Trabalho. As Juntas de
Conciliação e Julgamento passaram a ser denominadas Varas
do Trabalho.
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Há controvérsias quanto à autonomia do Direito Processual do
Trabalho em relação ao Direito Processo Comum. A maioria
dos doutrinadores sustenta que o Direito Processual do
Trabalho é autônomo em relação ao Direito Processual
Comum pelo fato de possuir princípios e institutos próprios,
são chamados de dualistas. Os monistas, por sua vez,
sustentam que o direito processual é um só. Segundo essa
concepção o Direito Processual do Trabalho é apenas um
desdobramento do processo civil não possuindo princípios e
institutos próprios que o identifique como um ramo
autônomo.
AUTONOMIA
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
A lei não excluirá da
apreciação do Poder
Judiciário lesão ou
ameaça a direito.
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO
(DA UBIQUIDADE - DA INDECLINABILIDADE - DO ACESSO 
INDIVIDUAL E COLETIVO À JUSTIÇA)
(ART. 5º, XXXV DA CRFB/88)
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
Ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal. Para
Nelson Nery Júnior o princípio
do devido processo legal é a
base sobre o qual todos os
outros princípios se sustentam.
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
(Art. 5º, LIV da CRFB/88) 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
Aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são
assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
(ART. 5º, LV, CRFB/88)
Princípio bilateral
aplica-se ao Autor e Réu
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA
(ART. 5º, LV, CRFB/88)
Funciona como complemento
do princípio do contraditório
permitindo-se às partes
deduzir todas as provas para
comprovar suas alegações
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
As decisões precisam ser
motivadas (justificadas).
Constitui uma garantia contra
decisões arbitrárias. Não basta
ao julgador prolatar a sentença,
terá que dizer quais os
fundamentos que o levaram a tal
decisão, sob pena de nulidade.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES
(Art. 93, IX da CRFB/88) 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
Nenhum juiz prestará a tutela
jurisdicional senão quando a
parte ou interessado a
requerer, nos casos e formas
legais. Trata-se da livre
iniciativa da parte
interessada.
PRINCÍPIO DISPOSITIVO OU DA DEMANDA 
(DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO)
(ART. 2º,CPC)
EXCEÇÃO NA 
JUSTIÇA DO 
TRABALHO
Execução de ofício 
(art. 878, CLT) 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se
desenvolve por impulso oficial.
No Processo do Trabalho - art. 765, CLT – “Os Juízos e
Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do
processo e velarão pelo andamento rápido das causas,
podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas.”
PRINCÍPIO INQUISITIVO OU DO IMPULSO OFICIAL
(ART. 262, CPC)
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
O processo não é um fim em si
mesmo. É por meio do processo que o
Estado cumpre a prestação
jurisdicional dirimindo os conflitos e
promovendo a pacificação e a
segurança aos jurisdicionados.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE
(ART. 154 E 244,CPC)
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
Esse princípio prega que o processo consiste num
caminhar para frente, sem retornos a etapas ou
momentos processuais já ultrapassados. Preclusão
consiste na perda da faculdade de praticar o ato
processual pela transposição de um momento próprio.
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO
(ART. 245 e 473 do CPC e ART. 795 da CLT)
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
Consiste em obter da
prestação jurisdicional o
máximo de resultado com
o mínimo de esforço.
PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
A oralidade é constatada em
alguns artigos da CLT – art. 840,
§2º da CLT que prevê a reclamação
verbal. O art. 847 da CLT que
prevê a contestação oral. As
razões finais são apresentadas
oralmente (art. 850 da CLT).
PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
É sempre obrigatória a tentativa de conciliação, tanto em dissídios
individuais como coletivos – art. 764 da CLT
§1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do
Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no
sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
§2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-
se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma
prescrita neste Título.
§3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao
processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO 
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Aula 1 – Plano de Ensino.Introdução Dir. Proc.Trab. Solução conflitos trabalhistasPRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
No processo do trabalho não há o rigor
técnico que é típico do Processo Civil,
permitindo maior celeridade na busca de
processo mais efetivo. Esse princípio é
revelado pela outorga do jus postulandi às
partes, pela comunicação postal dos atos
processuais, dentre outros.
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE / CELERIDADE 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
O princípio consiste em permitir que o julgador conceda
mais do que o pleiteado ou coisa diversa daquela que foi
pedida. Ex: 1) O art. 496 da CLT – autoriza ao juiz em toda
e qualquer hipótese de estabilidade convolar a
reintegração em indenização substitutiva; 2) os juros e
correção monetária incluem-se na liquidação ainda que
não tenha pedido ou condenação (art. 293, CPC e S. 211,
TST .
PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO OU ULTRAPETIÇÃO 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
As decisões interlocutórias
são, em regra, irrecorríveis
de imediato. Exceções:
Súmula 214, TST.
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS 
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
(art. 893, §1º, CLT) 
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
Esse princípio versa, via de regra, sobre a
possibilidade de a parte recorrer a uma instância
superior quando a decisão atacada lhe for
desfavorável.
Exceção: ação de alçada - o art. 2º, §4º da Lei
nº 5.584/70 prevê a irrecorribilidade das
decisões proferidas nas ações de alçada (aquelas
cujo valor da causa é até 2 salários mínimos)
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
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PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA
Decorre do Poder Normativo da Justiça do
Trabalho. O Tribunal do Trabalho pode, nos casos
em que se verificarem as condições necessárias,
criar a norma por meio dos dissídios coletivos
preferindo as chamadas Sentenças Normativas,
decisões que serão aplicadas não apenas para as
partes, mas sim, para uma coletividade inteira,
passando a ser norma para a categoria envolvida.
PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA
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Aula 1 – Plano de Ensino.Introdução Dir. Proc.Trab. Solução conflitos trabalhistas
Aplicando o conhecimento – Caso concreto – Semana 1 
As partes envolvidas no conflito coletivo ajuizaram, de
comum acordo, dissídio coletivo de natureza econômica com
fundamento no art. 114, §2º da CRFB/88, que assim dispõe:
“Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou
à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo,
ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a
Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições comuns legais de proteção ao trabalho, bem
como as convencionadas anteriormente”.
Com base na situação apresentada indique e explique o
princípio de processo do trabalho contido no referido
comando constitucional.
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Aplicando o conhecimento – Questão objetiva – Semana 1 
(TRT – 6ª Região/2006 – FCC) De acordo com o parágrafo
primeiro do artigo 893 da CLT, "os incidentes do processo
serão resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-
se a apreciação do merecimento das decisões
interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva".
Este dispositivo consagra o princípio
(A) do devido processo legal.
(B) do jus postulandi.
(C) do jus variandi.
(D) Da proteção ao hipossuficiente.
(E) da irrecorribilidade das decisões interlocutórias.
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CONFLITOS 
Conflito individual
É aquele que 
ocorre entre o 
empregado e 
empregador 
individualmente 
considerados.
Conflitos coletivos
É aquele que abrange a 
coletividade, 
envolvendo a categoria 
- uma comunidade 
específica de 
trabalhadores ou 
empregadores.
SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS
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Aula 1 – Plano de Ensino.Introdução Dir. Proc.Trab. Solução conflitos trabalhistas
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS
Autocomposição
É a forma de solução dos
conflitos trabalhistas realizada
pelos próprios interessados,
através da negociação
coletiva, celebrando um
documento de pacificação que
consiste no diploma coletivo -
acordo coletivo e convenção
coletiva
Heterocomposição
É a forma de solução
determinada por um
terceiro. Ex: arbitragem,
jurisdição ou tutela.
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- Podem ser instituídas pelas empresas ou sindicatos, de
composição paritária, com representantes de
empregados e empregadores. Podem ser constituídas por
grupos de empresas ou de caráter intersindical (art. 625-
A, CLT)
- Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de Conciliação
Trabalhista em funcionamento ou que vierem a ser
criados, no que couber, as disposições previstas neste
Título, desde que observados os princípios da paridade e
da negociação coletiva na sua constituição (art. 625-H,
CLT)
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
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- Atribuição: tentar conciliar os conflitos individuais
existentes (art. 625-A, CLT)
- Instituída na empresa = metade indicada pelo
empregador e a outra metade eleita pelos empregados
em escrutínio secreto (mínimo de 2 máximo de 10
membros), fiscalizado pelo sindicato da categoria
profissional.
- Haverá tantos suplentes quanto forem os titulares.
- Mandato de 1 (um) ano, permitida uma recondução.
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
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Art. 625-B, §1º, CLT - É vedada a dispensa dos
representantes dos empregados membros da Comissão de
Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano
após o final do mandato, salvo se cometerem falta, nos
termos da lei
Art. 625-B, §2º, CLT - O representante dos empregados
desenvolverá seu trabalho normal na empresa afastando-
se de suas atividades apenas quando convocado para
atuar como conciliador, sendo computado como tempo de
trabalho efetivo o despendido nessa atividade
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
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- Instituída pelo sindicado = constituição e
funcionamento definidas em convenção ou acordo
coletivo.
- art. 625-D,§4º, CLT - Caso exista, na mesma localidade
e para a mesma categoria, Comissão de empresa e
Comissão sindical, o interessado optará por uma delas
submeter a sua demanda, sendo competente aquela
que primeiro conhecer do pedido.
- A submissão da demanda à CCP suspende a contagem
do prazo prescricional;
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
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Art. 625-D da CLT: “Qualquer demanda trabalhista
será submetidaà Comissão de Conciliação Prévia se,
na localidade da prestação de serviços, houver sido
instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do
sindicato da categoria.”
ADI nºs: 2139-7 e 2160-5, em
medida cautelar o STF conferiu
interpretação conforme o art. 5º,
XXXV, da CRFB/88, entendendo ser
facultativa a submissão da
demanda à Comissão de
Conciliação Prévia.
FACULTATIVIDADE DE SUBMISSÃO DA DEMANDA À CCP
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Partes firmaram acordo
Será lavrado um termo de conciliação
– art. 625-E da CLT.
Art. 625-E, parágrafo único da CLT - o termo de conciliação
é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória
geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
Acordo firmado na CCP não cumprido
Ação de execução – art. 876 da CLT.
TRÂMITE EXTRAJUDICIAL
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C.C.P.
Art.625–D, CLT
Extrajudicial
Conciliação
Título 
Executivo 
Extrajudicial
(Art. 625-E, 
P. ú, CLT
(ACORDO NÃO 
CUMPRIDO)
Execução Judicial
(Propositura da Ação 
Executiva na Hipótese 
de Descumprimento do 
Acordo)
(art.876, CLT)
Tentativa 
Frustrada 
de 
Conciliação
Declaração da 
Tentativa 
Conciliatória 
Frustrada
Ajuizamento da Ação
Trabalhista
(cópia da declaração)
TRÂMITE EXTRAJUDICIAL
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APLICANDO O CONHECIMENTO – CASO CONCRETO – SEMANA 2 
(CESPE/OAB 2009.3) Após a rescisão do seu contrato
de trabalho, Alex, empregado da empresa Dominó, procurou
assistência da comissão de conciliação prévia, que tinha
atribuição para examinar a sua situação. Em acordo firmado
entre ele e o representante da empresa, ambas as partes
saíram satisfeitas, com eficácia geral e sem qualquer
ressalva. Posteriormente, Alex ajuizou reclamação
trabalhista, pedindo que a empresa fosse condenada em
verbas não tratadas na referida conciliação, sob a alegação
de que o termo de ajuste em discussão dera quitação
somente ao que fora objeto da demanda submetida à
comissão, de forma que não seria necessário ressalvar
pedidos que não fossem ali debatidos.
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Tendo em vista a situação apresentada, exponha a tese
jurídica mais apropriada para a empresa Dominó,
fundamentando sua argumentação na CLT.
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SEMANA 2 
APLICANDO O CONHECIMENTO – QUESTÃO OBJETIVA –
SEMANA 2 
reclamação trabalhista.
(CESPE/OAB - 2009.3) A respeito das comissões de
conciliação prévia, assinale a opção correta.
a) As comissões de conciliação prévia compõem a estrutura
da justiça do trabalho.
b) O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e
terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas
expressamente ressalvadas.
c) A ausência da empresa na data designada para a
tentativa de conciliação prévia implica a penalidade de
revelia.
d) A provocação da comissão de conciliação prévia não
suspende o prazo prescricional para a propositura da
reclamação trabalhista.
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - Profª: Maria Inês Gerardo
Aula 1 – Plano de Ensino.Introdução Dir. Proc.Trab. Solução conflitos trabalhistas
Próxima aula:
 Do Judiciário Trabalhista;
 Competência da Justiça do
Trabalho;
 Competência territorial
Fazer o caso 
concreto do 
Plano de Ensino 
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Aula 1 – Plano de Ensino.Introdução Dir. Proc.Trab. Solução conflitos trabalhistas
Virgem e o Menino com Sant'Ana
Leonardo Da VinciMaria Inês Gerardo
“Sábio é o ser 
humano que tem 
coragem de ir diante 
do espelho da sua 
alma para 
reconhecer seus 
erros e fracassos e 
utilizá-los para 
plantar as mais belas 
sementes no terreno 
de sua inteligência”
Augusto Cury

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