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CCJ0022-WL-O-LC-07-01-Critérios de Aplicação das Medidas Socioeducativas

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1 
CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
 
Antes de definir estas medidas, o legislador preocupou-se em preservar a 
dignidade do adolescente infrator por meio das garantias e ainda definir as 
regras para a sua aplicação. Assim, no art. 112, o legislador, ao cuidar das 
medidas a serem aplicadas, o fez de forma a garantir a ressocialização do 
adolescente, tanto que, além de apontar as seis espécies de medidas 
socioeducativas, previu a possibilidade de cumulá-las com as medidas 
previstas no art. 101 (medidas de proteção), exceto as que visem à colocação 
em família substituta. Além disso, elas podem ser também substituídas a 
qualquer tempo, por outra que se mostre mais adequada de acordo com a 
peculiaridade de cada caso. 
Ainda no artigo 112, no parágrafo 1º, conjugado com o art. 113, o legislador 
indicou os critérios a serem observados pelo juiz no momento da escolha da 
medida mais adequada. Clique aqui para visualizar estes critérios. 
1) capacidade do infrator para cumprir a medida: não obstante ser ele 
inimputável, possui discernimento; 
2) circunstâncias e conseqüências do fato: leva-se em consideração o 
modus operandi e as peculiaridades do ato; 
3) antecedentes, referentes ao cometimento de outras infrações; 
4) gravidade da infração: o comportamento do infrator no cometimento 
do ato; 
5) necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao 
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. 
 
 
 
 
 
 
 2 
Obs.: O legislador, no parágrafo 3º do artigo 112, não eximiu os adolescentes 
portadores de doença mental da aplicação dessas medidas. Apenas previu que 
sejam aplicadas de forma individual e em local especializado. 
Como a medida socioeducativa deve guardar nexo de proporcionalidade com o 
ato praticado, exigiu o legislador que, para a imposição das medidas descritas 
nos incisos II a V do art. 112, restem suficientemente comprovadas a autoria e 
a materialidade do ato infracional. Já para a medida de advertência, descrita 
no inciso I, a exigência ficou restrita à prova da materialidade e apenas 
indícios de autoria.

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