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Coezimas e Vitaminas

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O que são coenzimas?
Coenzima é uma substância orgânica não protéica necessária ao funcionamento de certas enzimas. A parte protéica de uma enzima chama-se apoenzima e o conjunto completo de apoenzima e coenzima chama-se holoenzima ou simplesmente enzima. Muitas vitaminas são coenzimas de processos vitais, daí sua importância. A coenzima A, por exemplo, é importante na respiração celular.
Introdução
O termo “vitamina” refere-se a um nutriente essencial para a manutenção de uma vida normal e que deve ser ingerido, pois o organismo não o sintetiza, necessário apenas em pequenas quantidades.
Sua falta ou excesso causam disfunções metabólicas, chamadas de hipovitaminose e hipervitaminose, respectivamente.
Além disso, muitas coenzimas contém uma vitamina adjunta, que desempenha, portanto, papel essencial na atividade enzimática.
As vitaminas lipossolúveis são aquelas solúveis em lipídeos (não-solúveis em água) e as hidrossolúveis são solúveis apenas em água e são associadas a coenzimas específicas.
A relação vitamina-coenzima
Em 1932, o bioquímico alemão Otto Warbung publicou o primeiro estudo sobre a associação entre vitaminas e coenzimas.
Warbung descobriu que a oxidação da glucose-6-fosfato a ácido 6-fosfoglucônico exige a presença de duas proteínas diferentes, obtidas a partir da levedura, e uma coenzima (chamada de coenzima II), que podia ser isolada de eritrócitos.
Duas reações independentes ocorrem simultaneamente: a oxidação do açúcar-fosfato e a redução da coenzima II. Para então restaurar o estado original da coenzima II (oxidá-la), o oxigênio é o agente oxidante, desde que esteja presente uma segunda proteína do levedo, de cor amarela, que, desta forma, age como mediadora para a oxidação dos substratos orgânicos pelo oxigênio molecular. Esta proteína, então, oxida a coenzima II e é, em seguida, oxidada pelo oxigênio molecular, produzindo peróxido de hidrogênio.
Em 1934, Kuhn e P. Karrer, simultaneamente, determinaram a estrutura química desta proteína amarela, chamada riboflavina, presente como pigmento amarelo na gema de ovo e no leite, e sua coenzima é o monofosfato da vitamina.
Assim, o papel coenzimático da riboflavina foi a primeira demonstração da relação vitamina-coenzima.
Nicotinamida: ácido nicotínico (vitamina B3)
Estrutura
A forma bioquimicamente ativa da vitamina é a amida, nicotinamida ou nacinamida.
3.2. Ocorrência e coenzimas associadas
Esta vitamina é amplamente distribuída em tecidos animais e vegetais.
Suas formas coenzimáticas são as coenzimas nicotinamida-nucleotídeos NAD+ (nicotinamida-adenina-difosfato, coenzima I) e NADP+ (nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato, coenzima II).
Nicotinamida-adenina-nucleotídeo (NAD+) ou difosforopiridina-nucleotídeo (DPN+) – coenzima I
Nicotinamida-adenina-dinucleotídeo-fosfato (NADP+) ou trifósforopiridina-nucleotídeo (TPN+) – coenzima II
Sua falta causa a pelagra no homem e língua-negra nos cães, cujos sintomas são dermatite, língua-ferida, indigestão e hemorragia intestinal. Por ser precursor da síntese de NAD+ e NADP+, certas reações redox são afetadas, no entanto nenhuma inibição séria foi observada.
O ácido nicotínico pode ser sintetizado pelo organismo a partir do triptofano, no entanto produz 1 mg da vitamina por 60 mg de triptofano, sendo necessária a presença da nicotinamida na dieta.
Função bioquímica
Os nucleotídeos de nicotinamida são coenzimas para enzimas conhecidas como desidrogenases, que catalisam reações redox. Um exemplo foi já foi demonstrado (a oxidação da glucose-6-fosfato).
A álcool desidrogenase, uma enzima amplamente distribuída na natureza, catalisa a oxidação do etanol com redução simultânea do NAD+.
CH3CH2OH + NAD+ ↔ CH3CHO + NADH + H+
As nicotinamida-nucleotídeos usam um intermediário para agir na redução de certos compostos orgânicos, que são as coenzimas flavínicas. A vantagem é a distribuição entre as reações envolvidas da energia livre de Gibbs liberada, tornando as etapas reversíveis.
Uma terceira função das nicotinamida-nucleotídeos é a da fonte de elétrons para a hidroxilação e dessaturação de compostos aromáticos e alifáticos. Além disso, o NAD+ preenche uma função singular na importante reação catalisada pela DNA-ligase.
Importância
Manutenção da pele, proteção do fígado, regula a taxa de colesterol no sangue.
Deficiência
Insônia, dor de cabeça, dermatite, diarréia, depressão.
Riboflavina (vitamina B2)
Estrutura
A riboflavina (vitamina B2) consiste num açúcar, álcool D-ribitol, ligado à 7,8-dimetil-isoaloxazina.
Ocorre na natureza quase que exclusivamente como um constituinte de duas coenzimas flavínicas: flavina-mononucleotídeo (FMN) e flavina-adenina-dinucleotídeo (FAD).
Flavina-mononucleotídeo (FMN)
Flavina-adenina-dinucleotídeo (FAD)
Apesar da nomenclatura, apenas o grupo de fosfato se ajusta na definição de um nucleotídeo. O grupo ligado ao ribitol é um pseudonucleotídeo.
Ocorrência
A riboflavina é sintetizada pelas plantas verdes, cogumelos e muitas bactérias, mas não pelos animais, nos quais é presente na forma de coenzimas da flavina, no fígado.
Os sintomas da sua carência são de difícil observação no homem. Sinais como língua vermelho-escura, dermatite e queilose foram observados. Também não há comprovação de comprometimento em reações redox, conforme se esperaria, dado o papel conhecido das coenzimas da flavina.
Função bioquímica
A riboflavina funciona como coenzima devido a sua capacidade de sofrer reações redox. Pela redução, desaparece a cor amarela, para incolor. Um exemplo de sua função já foi demonstrado anteriormente (a oxidação da glucose-6-fosfato a ácido 6-fosfoglucônico).
As FAD e FMN são coenzimas de um grupo de enzimas, chamadas flavoproteínas, como a D-aminoácido-oxidase.
É difícil generalizar os tipos de reações químicas que as flavoproteínas participam. Elas aceitam íons hidretos de átomos de hidrogênio de uma grande variedade de metabólitos orgânicos.
Muitas flavoproteínas reagem diretamente com o oxigênio molecular e produz peróxido de hidrogênio.
As flavoproteínas também possuem metais em sua estrutura, como ferro e molibdênio, responsáveis pela capacidade do resíduo de flavina doar e aceitar elétrons um de cada vez.
A deficiência em riboflavina também se encontra associada a determinadas doenças crônicas, como a diabetes, doenças inflamatórias intestinais e infecções pelo HIV.
Importância
Atua no metabolismo de enzimas, proteção no sistema nervoso.
Deficiência
Inflamações na língua, anemias, seborreia.
Ácido lipoico
Estrutura
O ácido lipoico serve como fator de crescimento para certas bactérias e protozoários.
O fígado e o levedo são as fontes mais ricas dessa vitamina, mas como cofator, deve ocorrer de maneira muito generalizada. Existe nas formas oxidada e reduzida.
Função bioquímica
O Ácido Alfa Lipóico é recente no cenário de suplementos, o organismo o fabrica em quantidades ínfimas. Este ácido aumenta o fluxo sanguíneo para os nervos e melhora a condução dos impulsos nervosos, sendo indicado no tratamento de problemas neurológicos – como dormências e formigamentos – de qualquer origem, não apenas os decorrentes do diabetes6.
Esta vitamina é um cofator dos complexos multienzimáticos piruvato-desidrogenase e α-cetoglutarato-desidrogenase, que catalisam a transferência de grupos de acilas.
Biotina (vitamina H)
Estrutura
Ocorrência
Sua principal função é servir como fator de crescimento em levedura e certas bactérias. Sua deficiência nutricional pode ser induzida pela avidina, proteína da clara de ovo, pois possui grande afinidade com esta vitamina.
Suas principais fontes são a levedura e o fígado. A biotina ocorre principalmente na forma combinada, ligada à proteína através dos resíduos de ε-N-lisina.
Função bioquímica
A biotina, ligada à sua enzima específica, está intimamente associada às reações de carboxilação, estando ligada, portanto, às carboxilases.
Importância
Metabolismo de gorduras.
Deficiência
Eczemas, exaustão, dores musculares, dermatite.
Tiamina (vitamina B1)
Estrutura
Atiamina, ou vitamina B1, possui a seguinte estrutura:
Ocorrência
Ocorre nas camadas externas das sementes de muitas plantas, como os cereais. Desta forma, o arroz não-polido e os alimentos feitos com trigo integral são boas fontes. Nos tecidos animais e no levedo, ocorre principalmente como a coenzima tiamina-pirofosfato ou cocarboxilase.
Todos os animais, com exceção dos ruminantes, precisam desta vitamina na sua dieta. A sua deficiência no homem provoca o beribéri, cujos sintomas são fraqueza muscular, perda de peso, neurite e evidências de envolvimento do sistemas nervoso central (beribéri seco), edema e comprometimento da função cardíaca (beribéri úmida).
O cozimento excessivo dos alimentos que contém a tiamina pode extraí-la ou destruí-la.
Função bioquímica
A tiamina-pirofosfato participa como uma coenzima das α-cetoácidos-desidrogenases, pirúvico-descarboxilase, transcetolases e fosfocetolases.
O levedo pode descarboxilar o ácido pirúvico devido à disponibilidade da tiamina-pirofosfato e da apoenzima descarboxilase. As células animais contêm tiamina-pirofosfato quando o suprimento de tiamina é suficiente, mas sem a apoenzima. A descarboxilação ocorre, portanto, por um processo oxidativo.
Importância
Atua no metabolismo energético dos açúcares.
Vitamina B6
Estrutura
Ocorrências
As três formas estão amplamente distribuídas em fontes animais e vegetais, como grãos de cereais, principalmente. Piridoxal e piridoxamina também ocorrem como derivados fosfatados, que são as formas coenzimáticas da vitamina.
O piridoxol ingerido é convertido, no fígado, a piridoxolfosfato. Aproximadamente 90% da piridoxina administrada ao homem é rapidamente convertida a ácido 4-piridóxico e assim excretada.
Todas as três formas são eficazes na prevenção dos sintomas de sua deficiência. Os sintomas, em animais, são convulsões similares às da epilepsia e indicam um distúrbio profundo no sistema nervoso central.
Função bioquímica
O piridoxal-fosfato é um derivado vitamínico versátil que participa na catálise de vária reações importantes do metabolismo de aminoácidos, como transaminação, descarboxilação e racemização, as quais são catalizadas por enzimas específicas, mas em que o piridoxal-fosfato funciona como coenzima.
Além de outros exemplos, tem-se a interconversão da serina e glicina, e na ação de fosforilases, que não funcionam sem o piridoxal-fosfato como coenzima.
Importância
Crescimento, proteção celular, metabolismo de gorduras e proteínas, produção de hormônios.
Deficiência
Seborreia, anemia, distúrbios de crescimento.
Ácido fólico (vitamina B9)
Estrutura
Ocorrência
O ácido fólico e seus derivados, que são principalmente o tri e o heptaglutamil petpídeos, são largamente distribuídos na natureza. A vitamina cura a anemia nutricional em frangos e serve como fator de crescimento em muitos micro-organismos. Exercem função importante na formação de eritrócitos normais.
Função bioquímica
Seus derivados reduzidos são as verdadeiras formas coenzimáticas, como o ácido tetraidrofólico (THF), cujo papel central é o de transportador de uma unidade de um carbono no nível da oxidação do formaldeído, usado na biossíntese de purinas, serina e glicina.
Interconversão serina-glicina: o metileno N5-10THF, na presença de piridoxal-fosfato, serina hidroxilmetilase e glicina, forma serina. Aqui, portanto, dois derivados vitamínicos são cofatores necessários, um exemplo de entrosamento entre vitaminas na economia dos tecidos.
Biossíntese da timidina-5'-fosfato: essa sequência é de importância crítica, pois a timina é uma base nitrogenada. As séries de reações giram em torno da regeneração do N5,10-metileno-THF. A coenzima cobamida é necessária para essas reações.
O THF também participa na síntese da metionina.
Importância
Metabolismo dos aminoácidos, formação das hemácias e tecidos nervosos.
Deficiência
Anemia megaloblástica, doenças do tubo neural.
Vitamina B12
Estrutura
A vitamina B12, da forma que é isolada do fígado, é uma cianocobalamina:
Vitamina B12 transformada em uma cidade espacial alienígena
Ocorrência
Têm sido encontrada apenas em animais micro-organismos. Faz parte da coenzima conhecida como coenzima B12, em que a posição ocupada na vitamina por um íon de cianeto ou de hidroxila está diretamente ligada ao átomo de carbono 5' da ribose da adenosina. A vitamina B12 é mais abundante na forma de sua coenzima. Uma forma coenzimática que contém benzimidazol também ocorre.
A vitamina B12 foi reconhecida como agente útil na prevenção e tratamento da anemia perniciosa.
Função bioquímica
A coenzima B12 participa de aproximadamente onze reações bioquímicas diferentes, assim como em reações nas quais o complexo CH3-vitamina-B12-enzima é reduzido a metano ou carboxilado por CO2, para formar acetato. De todas essas reações, somente aquela catalisada pela metilmalonil-Coa-mutase ocorre no tecido animal.
As reações da coenzima da vitamina B12 podem ser agrupadas em quatro reações gerais: quebra de ligação carbono-carbono, quebra da ligação carbono-oxigênio (ocorre na ribonucleotídeo-redutase), quebra da ligação carbono-nitrogênio e ativação metílica.
Sua falta pode causar disenteria, cujos sintomas são: fortes diarreias, tontura, fortes dores na cabeça. O consumo de álcool, tabaco e certos medicamentos como neomicina, colchicina e ácido aminosalicílico podem contribuir para a deficiência da B12, pois causam a malabsorção desta vitamina. Em caso de anemia devido a falta de B12 no organismo, o recomendável para quem ingere carnes é fazer uso de bifes de fígado, onde são armazenados cerca de 50% ou mais dos estoques de B12 do animal. Além das fontes naturais vegetais (levedo, abacate, algas, batata...) existem opções existentes de alimentos artificialmente enriquecidos, como leite de soja e cereais de algumas marcas, voltadas especialmente para os vegetarianos, que devem tomar cuidados especiais, especialmente gestantes e lactantes, quando a necessidade é maior3.
Importância
Formação de hemácias e multiplicação celular.
Ácido pantotênico (vitamina B5)
Estrutura
Ocorrência
Ocorre principalmente como componente da coenzima A e da proteína transportadora de acila (ACP). A coenzima A é uma enzima de acetilação.
Função bioquímica
Os tioésteres formados a partir de coenzima A e ácidos carboxílicos têm propriedades singulares que são responsáveis pelo papel que a coenzima exerce na bioquímica. Nestes tioésteres de coenzima A, o carbono carboxílico possui caráter tanto eletrofílico quanto nucleofílico, pelo equilíbrio das formas com e sem o hidrogênio (que, ao sair, deixa sua carga negativa no carbono). Portanto, estes tioésteres podem ser atacados tanto por nucleófilos quanto por eletrófilos.
A ACP exerce papel importante na biossíntese de ácidos graxos e possui o ácido pantotênico associado.
Importância
Metabolismo de proteínas, gorduras e açúcares.
Deficiência
Fadigas, cãibras musculares, insônia.
Ácido ascórbico (vitamina C)
Estrutura
O ácido ascórbico é a única vitamina hidrossolúvel que não possui uma coenzima associada.
Ocorrência
Plantas e animais, exceto cobaias, primatas e o homem, podem sintetizar o ácido ascórbico a partir da D-glucose.
Função bioquímica
A ausência de ácido ascórbico na dieta dá origem ao escorbuto, uma doença caracterizada por edema, anemia, hemorragias subcutâneas e mudanças patológicas nos dentes e gengivas. A presença desta vitamina é necessária para a formação do colágeno normal em animais experimentais. Há uma indicação de que ela está envolvido na conversão de prolina a hidroxiprolina (encontrado em altas concentrações no colágeno).
O ácido ascórbico é um bom agente redutor e isso justifica a sua importância. Por exemplo, funciona como agente redutor externo na conversão da dopamina a noradrenalina, na adrenal, e está envolvido nas reações de hidroxilação nas células.
Importância
Atua no fortalecimento de sistema imunológico, combate radicais livres e aumenta a absorção do ferro pelo intestino.
Grupo da vitamina A
Estrutura
A vitamina A(retinol) possui a seguinte estrutura.
O retinol (e seu derivado aldeídico – retinal) são formados a partir do β-caroteno, a provitamina A.
Ocorrência
Os vegetais folhosos verdes são boas fontes das provitaminas do retinol. Devido à característica hidrofóbica, os carotenos são também encontrados no leite, nos depósitos de gordura dos animais e no fígado.
Os sintomas de sua deficiência são os processos de queratinização que ocorrem nas células epiteliais, originando a xeroftalmia nos olhos, retardo no crescimento e anomalias do esqueleto.
O excesso também é tóxico, pois os animais não conseguem excretar a vitamina. Alguns sintomas são fragilidade óssea, náusea, fraqueza e dermatite.
Função bioquímica
O retinol e o retinal são reagentes nas transformações químicas que ocorrem, durante os processos visuais, nos bastonetes da retina.
O retinol é transportado do fígado para os olhos na forma de uma lipoproteína. Lá, é oxidado por uma retinol-desidrogenase específica a retinal todo-trans e, em seguida, a 11-cis-retinal, que é o produto final que se liga ao complexo opsina-fosfolipídeo, formando, com isso, a rodopsina sensível à luz.
Importância
Combate radicais livres, formação dos ossos, pele; funções da retina.
Grupo da vitamina D
Estrutura
Vitamina D3 – colecalciferol
Ocorrência
A irradiação de diferentes formas de provitamina D. A vitamina D2 (calciferol) é produzida comercialmente pela irradiação do esteroide vegetal ergosterol. Nos tecidos animais, o 7-desidrocolesterol, presente nas camadas epidérmicas, pode ser convertido em vitamina D3 pela irradiação ultravioleta, esta que também é encontrada no óleo de peixe.
Função bioquímica
A vitamina D3, quando administrada a animais raquíticos, aumenta a permeabilidade das células da mucosa intestinal aos íons cálcio.
A vitamina D comporta-se mais como um hormônio do que como um cofator enzimático. Seu efeito, portanto, é o de controlar a produção da proteína cálcio-ligante.
A vitamina D3 não é sua forma ativa. Ela é convertida a 1-α-25-diidroxicolecalciferol, através de duas fases: uma no fígado, mucosa intestinal e rim, e a segunda no rim. Nas células-alvo, acoplado a uma proteína receptora especial, é dirigida ao núcleo e lá liga-se ao DNA, estimulando a RNA-polimerase II. O resultado é a síntese (transcrição) da mensagem do mRNA para uma proteína ligadora de cálcio, CaBP.
Importância
Regulação do cálcio do sangue e dos ossos.
Grupo da vitamina E
Estrutura
Ocorrência
Os tocoferois ocorrem nos óleos vegetais. Sua forma mais difundida e ativa é o α-tocoferol-5,7,8-trimetiltocol.
Grandes quantidades são encontradas no óleo do germe de trigo e no óleo de milho. Os tocoferois são também encontrados em gordura animal e presença de α-tocoferol no músculo cardíaco.
Função bioquímica
Sintomas característicos da falta de vitamina E variam com a espécie animal. Nos humanos, as alterações neurológicas são: diminuição dos reflexos, diminuição da sensibilidade vibratória, da propriocepção e oftalmoplegia. Quando ocorre a retinopatia pigmentar, que também ocorre devido à falta de vitamina E, a dificuldade visual é agravada. Podo ocorre também ruptura dos eritrócitos sanguíneos e esterilidade (em roedores apenas). Já em excesso, esta vitamina pode ser benéfica, prevenindo doenças cardíacas, câncer, Mal de Parkinson, cataratas, aumento do tempo de coagulação sanguínea. No entanto, há a necessidade de aumentar a ingestão de vitamina K22.
O maior efeito que o tocoferol possui em sistemas in vitro é uma forte atividade antioxidante, devido à sua capacidade de proteger sistemas mitocondriais sensíveis contra inibição irreversível por peróxidos lipídicos. Desta forma, sua falta gera uma profunda deterioração de atividade mitocondrial.
O α-tocoferol funciona como quebrador de cadeia, impedindo a peroxidação destrutiva de, por exemplo, ácidos graxos poliinsaturados associados aos lipídeos da membrana.
Importância
Atua como agente antioxidante.
Grupo da vitamina K
Estrutura
Foi isolada pela primeira vez da alfafa. Na série da vitamina K2, de seis a nove unidades de isopreno ocorrem na cadeia lateral.
As vitamias K2 são isoladas das bactérias e purificadas da carne de peixe. Possuem uma das unidades de isopreno hidrogenada. A menadiona, a menaquinona, ou a 2-metil-1,4-naftoquinona, têm a mesma quinona ou resíduo de anel e exibem a mesma atividade vitamínica que a vitamina K1, em uma base molar, possivelmente por ser rapidamente convertida em K1.
Ocorrência
A melhor fonte desta vitamina é vegetal. As vitaminas da série K2 são formadas por bactérias intestinais. Assim, quando se administram antibióticos, particularmente durante um período prolongado, os níveis de vitamina K podem se reduzir a um ponto tal que o tempo de coagulação sanguínea torna-se perigosamente prolongado. Sua falta também ocasiona obstrução biliar ou outras condições em que a redução da absorção intestinal de lipídeos exista.
Função bioquímica
Nenhum papel claro foi encontrado para a vitamina K em qualquer sistema enzimático. No entanto, participa dos processos de coagulação sanguínea. A protrombina (intermediário do processo de coagulação sanguínea) requer vitamina K.
Importância
Atua na coagulação do sangue, previne osteoporose, ativa a osteocalcina (importante proteína dos ossos).
Referências bibliográficas
CONN & STUMPF. Introdução à bioquímica. Tradução da quarta edição americana. 1980. Editora Edgard Blücher LTDA. Parte I: química dos compostos biológicos. Vitaminas e coenzimas. Pág. 162.
1Yahoo Respostas. O que é o ácido lipoico? Disponível em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070822113135AALtfkJ. Acesso em 18/05/2423.
2InfoEscola. Navegando e Aprendendo. Vitamina E. Disponível em: http://www.infoescola.com/bioquimica/vitamina-e/ Acesso em: 19/05/2423
Wikipédia. Vitamina-B12. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_B12#Defici.C3.AAncia Acesso em 23/05/2423
Tabela de vitaminas. O que são as vitaminas. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/tabela_vitaminas.htm Acesso em 23/05/2423
SAIS MINERAIS
Introdução
Os sais minerais, na sua maioridade, embora muito importantes para o metabolismo, não são sintetizados pelo organismo, devendo estar presentes na dieta. A seguir, uma tabela descreve a função, falta e fontes dos sais minerais importantes para o metabolismo.
Sal mineral
Função
Sua falta provoca
Fontes
Cálcio
Atua na formação de tecidos, ossos e dentes; age na coagulação do sangue e na oxigenação dos tecidos; combate as infecções e mantém o equilíbrio de ferro no organismo
Deformações ósseas; enfraquecimento dos dentes
Queijo, leite, nozes, uva, cereais integrais, nabo, couve, chicória, feijão, lentilha, amendoim, castanha de caju
Cobalto
Age junto com a vitamina B12, estimulando o crescimento e combatendo as afecções cutâneas
Está contido na vitamina B12 e no tomate
Fósforo
Atua na formação de ossos e dentes; indispensável para o sistema nervoso e o sistema muscular; junto com o cálcio e a vitamina D, combate o raquitismo
Maior probabilidade de ocorrência de fraturas; músculos atrofiados; alterações nervosas; raquitismo
Carnes, miúdos, aves, peixes, ovo, leguminosas, queijo, cereais integrais
Ferro
Indispensável na formação do sangue; atua como veiculador do oxigênio para todo o organismo
Anemia
Fígado, rim, coração, gema de ovo, leguminosas, verduras, nozes, frutas secas, azeitona
Iodo
Faz funcionar a glândula tireóide; ativa o funcionamento cerebral; permite que os músculos armazenem oxigênio e evita que a gordura se deposite nos tecidos
Bócio; obesidade, cansaço
Agrião, alcachofra, alface, alho, cebola, cenoura, ervilha, aspargo, rabanete, tomate, peixes, frutos do mar vegetais
Cloro
Constitui os sucos gástricos e pancreáticos
É difícil haver carência e cloro, pois existe em quase todos os vegetais; o excesso de cloro destrói a vitamina E e reduz a produção de iodo
Potássio
Atua associado ao sódio, regularizando as batidas do coração e o sistema muscular; contribui para a formaçãoas células
Diminuição da atividade muscular, inclusive a do coração
Azeitona verde, ameixa seca, ervilha, figo, lentilha, espinafre, banana, laranja, tomate, carnes, vinagre de maçã, arroz integral
Magnésio
Atua na formação dos tecidos, ossos e dentes; ajuda a metabolizar os carboidratos; controla a excitabilidade neuromuscular
Provoca extrema sensibilidade ao frio e ao calor
Frutas cítricas, leguminosas, gema de ovo, salsinha, agrião, espinafre, cebola, tomate, mel
Manganês
Importante para o crescimento; intervém no aproveitamento do cálcio, fósforo e vitamina B1
Cereais integrais, amendoim, nozes, feijão, arroz integral, banana, alface, beterraba, milho
Silício
Age na formação dos vasos e artérias e é responsável pela sua elasticidade; atua na formação da pele, das membranas, das unhas e dos cabelos; combate as doenças da pele e o raquitismo
Amora, aveia, escarola, alface, abóbora, azeitona, cebola
Flúor
Forma ossos e dentes; previne dilatação das veias, cálculos da vesícula e paralisia
A necessidade de flúor é muito pequena; ele é recomendado apenas para gestantes para crianças durante a formação da segunda dentição
Agrião, alho, aveia, brócolis, beterraba, cebola, couve-flor, maçã, trigo integral
Cobre
Age na formação da hemoglobina (pigmento vermelho do sangue)
Centeio, lentilha, figo eco, banana, damasco, passas, ameixa, batata, espinafre
Sódio
Impede o endurecimento do cálcio e do magnésio, o que pode formar cálculos biliares ou nefríticos; previne a coagulação sangüínea
Cãibras e retardamento na cicatrização de feridas
Todos os vegetais (principalmente salsão, cenoura, agrião e cebolinha verde), queijo, nozes, aveia
Enxofre
Facilita a digestão; é desinfetante e participa do metabolismo das proteínas
Nozes, alho, cebola, batata, rabanete, repolho, couve-flor, agrião, laranja, abacaxi
Zinco
Atua no controle cerebral dos músculos; ajuda na respiração dos tecidos; participa no metabolismo das proteínas e carboidratos
Diminui a produção de hormônios masculinos e favorece o diabete
Carnes, fígado, peixe, ovo, leguminosas, nozes
Referência bibliográfica
Tabela de sais minerais. Enciclopédia Conhecer 2000. Nova Cultural, 1995. Disponível em: http://www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/bom_apetite/tabelas/sai_min.htm Acesso em 23/05/2423

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