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DOS CRIMES CONTRA A HONRA - RESUMO DIREITO PENAL (PARTE ESPECIAL)

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DIREITO PENAL
CRIMES CONTRA A HONRA 
Conceito de Honra “É a faculdade de apreciação ou o senso que se faz acerca da autoridade moral de uma pessoa, consistente na sua honestidade, no seu bom comportamento, na sua respeitabilidade no seio social, na sua correção moral. Enfim, na sua postura calcada nos bons costumes.“
Honra objetiva é o julgamento que a sociedade faz do individuo.( imagem que a pessoa possui na sociedade). CALÚNIA E DIFAMAÇÃO
Honra subjetiva é o julgamento que o individuo faz de si mesmo, ou seja, é um sentimento de autoestima, de autoimagem. INJÚRIA
CALÚNIA (art. 138, CP)
Calúnia é o que ocorre quando alguém atribui de forma mentirosa um crime ou ato criminoso à outra pessoa.
“Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
        § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
        § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
        Exceção da verdade
        § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
        I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
        II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
        III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. ”
É fundamental para a existência de calúnia, que a imputação de fato definido como crime seja falsa. 
No §1º, do art. 138, menciona-se uma segunda figura típica, também considerada calúnia. 
Se o autor atribuiu a terceiro, falsamente, a prática de uma contravenção penal, não pode constituir-se a calúnia. Importante lembrar que, atribuir um fato, consistente em contravenção penal, é difamação. 
É um tipo penal de forma livre. 
É necessário que o fato criminoso imputado, falsamente, seja específico. Por exemplo, no dia x, às y horas, fulano de tal praticou isso e aquilo em determinado local. Ou seja, chamar uma pessoa de ladrão ou assassino, não caracteriza calúnia, mas pode caracterizar injúria. 
É um crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode ser tanto sujeito ativo, quanto sujeito passivo. 
Elemento subjetivo pune-se o crime quando o agente agir dolosamente. Não admite forma culposa. Exige-se o elemento subjetivo específico que é a intenção de ofender, magoar, macular a honra alheia. 
O objeto material do crime é a reputação da vítima;
O objeto jurídico é a honra.
Considera-se o crime consumado quando tal fato falso imputado chega ao conhecimento de terceiros. 
Exceção da verdade (art. 138, §3º, CP) é uma forma de defesa, em que o acusado de ter praticado calunia pretende provar que aquilo que foi alegado é verdade. 
O querelado ou o réu não podem utilizar a exceção da verdade, quando o fato imputado à vítima constitua crime de ação penal privada e não houver condenação definitiva sobre o assunto.
Não admite-se a exceção da verdade quando a calúnia envolver o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro.
DIFAMAÇÃO (art. 139, CP)
A difamação é uma ofensa à reputação da pessoa, atingindo exclusivamente a honra objetiva do indivíduo.
“Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
        Exceção da verdade
        Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. “
Difamar uma pessoa implica em divulgar fatos infamantes à sua honra objetiva, sejam eles verdadeiros ou falsos. 
É um crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode ser tanto sujeito ativo, quanto sujeito passivo. 
Elemento subjetivo pune-se o crime quando o agente agir dolosamente. Não admite forma culposa. Exige-se o elemento subjetivo específico que é a intenção de ofender, magoar, macular a honra alheia. 
O objeto material do crime é a reputação da vítima;
O objeto jurídico é a honra.
Considera-se o crime consumado quando tal fato falso imputado chega ao conhecimento de terceiros. 
Exceção da verdade não se aceita a prova da verdade como regra geral, tendo em vista que é indiferente que o fato infamante seja verdadeiro ou falso. 
INJÚRIA (art. 140, CP)	
A injúria é uma ofensa direta à dignidade de alguém, especialmente a subjetiva, não importando a veracidade da ofensa.
“Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
        I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
        II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
        § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
        § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:        (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
        Pena - reclusão de um a três anos e multa. “
É preciso que a ofensa atinja a dignidade (respeitabilidade ou amor-próprio) ou o decoro (correção moral ou compostura) de alguém. 
Portanto, é um insulto que macula a honra subjetiva, arranhando o conceito que a vítima faz de si mesma. 
Não importa se o fato é verdadeiro ou falso do que é afirmado explicita ou implicitamente no ato injurioso. Verdadeiro ou falso, o juízo contido na palavra ou gesto ultrajante é ofensa à honra e nem por exceção se admite a prova da verdade.
Ninguém tem o direito de ofender a dignidade de outrem, por mais precária que esta seja. 
O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
Quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
No caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
Se a injuria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes, a pena é de detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa, além da pena correspondente a violência. 
Em caso da utilização dos elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, a pena é de reclusão de 1(um) a 3 (três) anos e multa. 
Injúria por omissão: trata-se de um gesto omissivo injurioso, com a capacidade de constranger o outro, que fica com a mão estendida, sem correspondência. É preciso que o gesto, seja ele qual for, constitua uma nítida manifestação de desprezo e apto a fundamentar uma humilhação a quem ele se dirige. 
É um crime comum, ou seja, qualquer pessoa pode ser tanto sujeito ativo, quanto sujeito passivo.

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