Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TÉCNICAS MIOFASCIAIS Curso: Fisioterapia Disciplina: Recursos Terapêuticos Manuais Período: 4° Prof.: Paulo Moura “O tecido conjuntivo pouco móvel, aderido, e/ou desidratado produz uma sensação de movimento tenso e limitado, mesmo quando a amplitude de movimento articular e o tônus muscular estão dentro da amplitude normal.” “As restrições fasciais podem ser decorrentes de desidratação, isquemia, formação fibrosa, ou estagnação da substância fundamental na fáscia, levando a elos cruzados inapropriados entre as fibras de colágeno.” TÉCNICAS MIOFASCIAIS • Qualquer técnica direcionada a alongar, ampliar e/ou afrouxar a fáscia; • Utilizadas para tratar uma lesão ou condição que danifica e/ou altera a função musculoesquelética e que não é parte de um processo de doença específico; • Em particular indicada para: • Quando há diminuição da ADM com ou sem lesão específica; • Quando há diminuição da força ou potência; • Cicatrizes visíveis na área de queixa ou na cadeia miofascial; • Movimento doloroso (passivo ou ativo) com ou sem lesão específica; • Dor à palpação nos músculos ou zonas fasciais sem uma lesão específica; • Presença de fáscia densa, aderida e/ou fibrosa em qualquer local do corpo. AVALIAÇÃO DAS RESTRIÇÕES MIOFASCIAIS • As fáscias podem ser a fonte da restrição; • Deve-se avaliar toda a cadeia miofascial para reconhecer queixas diversas como: formigamento, dormências e sensações gerais de dor; • A avaliação geral utiliza-se de 4 métodos: – (1) avaliação postural e inspeção visual do tecido; – (2) palpação geral, excursão no tecido e rolamento de pele; – (3) avaliações da ADM passiva e movimento geral; – (4) técnicas neuromusculares de contrair-relaxar. 1. Avaliação postural e inspeção visual do tecido • Desequilíbrios e restrições das cadeias miofasciais são vistos como rotações, elevações, protrações e retrações no alinhamento do corpo; • É essencialmente importante para avaliar síndromes de dor crônica ou persistente; • Pode direcionar para áreas específicas que necessitam de avaliação adicional com teste de palpação, ADM e/ou força; 2. Palpação: excursão do tecido e rolamento de pele • Avalia o estado tixotrópico da fáscia (sensibilidade, mobilidade, textura e aderência a si própria ou ao tecido circundante); 2. Palpação: excursão do tecido e rolamento de pele • O rolamento de pele denota a livre mobilidade da fáscia superficial; • Pode ser empregada apropriadamente nas aponeuroses toracolombar e abdominal, banda iliotibial, compartimentos fasciais da perna e braço e eretores da espinha; FÁSCIA SUPERFICIAL 3. Testes de extensibilidade muscular • Observar mobilidade passiva e ativa das estruturas; • Os elementos fasciais superficiais e profundos podem gerar restrições; • Testes como sentar-e-alcançar e elevação da perna reta podem avaliar a tensão nos músculos posteriores da coxa e região lombar; 4. Técnica de contrair-relaxar • Se a ADM melhorar muito após isometria, a causa primária da restrição será mais provavelmente uma disfunção neuromuscular; • Caso a situação permaneça a mesma ou pouca melhora seja observada, a presença de restrições fasciais tem maior chance de ser responsável pela limitação; • É raro existir apenas envolvimento neuromuscular miofascial nas disfunções do movimento; TÉCNICAS MIOFASCIAIS LOCALIZADAS • Toda vez que o trabalho é focado sobre uma estrutura específica ou pequena região de músculo ou fáscia; • As técnicas miofasciais diretas são aplicadas na área da queixa e sobre o local da restrição; • As técnicas miofasciais indiretas são aplicadas em uma área fora do local da queixa; FRICÇÃO TRANSVERSA PROFUNDA (FTP) • Técnica localizada, também chamada de fricção cruzada de fibra profunda; • Aplicada em lesões do tecido conjuntivo durante as fases subaguda e de maturação da cicatrização tecidual; • As primeiras fibras de reparo no local do trauma encontram-se desorganizadas, sendo necessário movimento para indicar as linhas normais de estresse e estabelecer um alinhamento organizado destas fibras; FRICÇÃO TRANSVERSA PROFUNDA (FTP) • A FTP introduz o movimento do tecido sobre as linhas normais de estresse; • Como as fibras de reparo iniciais que aparecem na fase subaguda são frágeis, pouca pressão é suficiente para separar as pontes cruzadas; • A FTP faz os mastócitos liberarem histamina que produzem uma hiperemia local e aumento da permeabilidade capilar, intensificando o processo de cicatrização normal; FRICÇÃO TRANSVERSA PROFUNDA (FTP) • Cuidado para que a aplicação da técnica não irrite novamente o tecido, causando mais inflamação e edema; • O tratamento não deve provocar dor aguda ou acima de 5, numa escala até 10; • Nunca deve ser aplicada diretamente sobre tecido edemaciado; • Inserções musculares, junções musculotendíneas, ligamentos e tendões superficiais são locais comuns para aplicação da FTP; FRICÇÃO TRANSVERSA PROFUNDA (FTP) - Aplicação 1.Precedido por aquecimento e preparação do tecido (massoterapia ou calor) – 5 min. 2.Aplicar sem emoliente para evitar que ocorra deslizamento sobre a pele. 3.Aplicar um deslizamento amplo o bastante para alongar e separar as fibras. 4.Executar com músculos em posição relaxada, exceto para os tendões embainhados (alongados). 5.Perpendicular às fibras no início, depois multidirecional, conforme a necessidade. 6.Freqüência suficiente para modificar o tecido. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25
Compartilhar