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Políticas de Nutrição e Alimentação na Saúde I Universidade Paulista - UNIP Curso: Nutrição Docente: Renata Tavares Beschizza Pini Transição Epidemiológica e Transição Nutricional Transição epidemiológica Modificação dos padrões de saúde e doença Fatores demográficos, econômicos, sociais, culturais e ambientais Omran (1971) – Denominação de transição epidemiológica Processo de mudança que implicaria uma sequência de estágios a partir das sociedades tradicionais até as sociedades modernas Transição epidemiológica Processo de mudança na incidência ou na prevalência de doenças e nas primeiras causas de morte Doenças infectocontagiosas Doenças não transmissíveis e causas externas Deslocamento da carga de morbimortalidade para os grupos mais idosos Transformação de uma situação em que predominava a mortalidade para outra na qual a morbidade é dominante Transição epidemiológica 2) Mudança na mortalidade e padrões de doença Fatores fundamentais para a transição epidemiológica 1) Mortalidade e tempo médio de vida dinâmica de crescimento da população 3) Mudanças acentuadas na área da saúde e nos padrões de doenças que ocorrem entre as crianças e mães mortalidade e natalidade 4) A transição epidemiológica está associada a transição demográfica e socioeconômica estilo de vida e modernização Transição epidemiológica Primeira transição epidemiológica Período Paleolítico Fases da transição epidemiológica Tribos nômades e caçadores-coletores Expectativa de vida Atividade física e gasto energético Padrões de doenças – Infecciosas e parasitárias Transição epidemiológica Primeira transição epidemiológica Período Neolítico Fases da transição epidemiológica Revolução agrícola Rápido crescimento da população e da densidade demográfica Fatores de risco de doenças infecciosas Domínio do homem sobre a produção de alimentos e uma vida sedentária Surgimento de desigualdade social Gradativo da expectativa de vida - DCNT Transição epidemiológica Segunda transição epidemiológica Fases da transição epidemiológica Revolução industrial e desenvolvimento científico Melhoria na sobrevivência das populações e maior controle das doenças infectocontagiosas Fenômeno de “envelhecimento populacional” DCNT Mortalidade infantil e taxas de fecundidade Transição epidemiológica Terceira transição epidemiológica Fases da transição epidemiológica Ressurgimento de doenças infecciosas Progresso contemporâneo não eliminou a possível coexistência de doenças infecciosas e DCNT Problemas maiores relacionados ao manejo das DCNT Transição epidemiológica Evolução da mortalidade pode ser avaliada através da esperança de vida Fonte: IBGE (2013) Transição nutricional Modificação na alimentação e redução da atividade física Transição nutricional Primeiro estágio Estágios Ocorrência de formas graves de carências globais (Kwashiokor e marasmo) ou específicas (hipovitaminose A, escorbuto, raquitismo, osteomalácia) Associações das carências nutricionais em conjunto com doenças infecciosas e parasitárias, compondo um modelo bem estabelecido de morbimortalidade Transição nutricional Segundo estágio Estágios Desaparecimento da DEP, carência de iodo e hipovitaminose A Incidência de baixo peso as nascer (menos de 2.500g) para valores abaixo de 10% Progressiva da ocorrência de manifestações epidêmicas das carências nutricionais Início da recuperação da estatura em escala populacional Mortalidade infantil em especial por doenças infecciosas Base demográfica da pirâmide populacional passa a ter sua estrutura expressivamente modificada Mortalidade por doenças facilmente evitáveis e curáveis e prolongando-se a expectativa de vida que implicou ganho médio de cinco a dez anos Transição nutricional Terceiro estágio Estágios Instalação de sobrepeso e obesidade Diabetes mellitus tipo 2, doenças cardio e cerebrovasculares e alguns tipos importantes de neoplasias Correção do déficit estatural, relacionado a adversidades socioambientais Construção de um conjunto de co-morbidades reunidas em torno de fatores de risco comuns Estima-se que as DCNT representam entre 70 – 80% da carga de morbimortalidade nos países desenvolvidos Poderiam ser reduzidas com a prática da alimentação e estilos de vida saudáveis Pesquisas sobre perfil nutricional e de consumo e acesso da população aos alimentos População Brasileira Mudanças no padrão de saúde Transformações sociais Mudança no consumo alimentar Excesso de peso em todas as camadas da população Pobreza e exclusão social e por consequência da fome e desnutrição Evolução do estado nutricional de homens e mulheres Fonte: ENDEF, 1974; PNSN, 1989; POF, 2003 e 2009; VIGITEL, 2012 Tendência da desnutrição infantil no Brasil Principais fatores atribuíveis à redução da desnutrição infantil 25% ao aumento da escolaridade materna 22% ao crescimento do poder aquisitivo das famílias 12% à expansão da assistência à saúde 4% à melhoria nas condições de saneamento Rev Saúde Pública 2009; 43 (1): 35-43 Meninas 20% mais ricas – 14,4% Meninas 20% mais pobres – 8,8% Tendências de consumo alimentar, segundo POF 2003 – 2003 e 2008 – 2009 Consumo de fibras (leguminosas, frutas, legumes, verduras, grãos integrais) 1970 – 20g 1990 – 12g POF 2003/2004 – média 15,4 g/dia POF 2008/2009 – média 12,5 g/dia Necessidade diária adulto 38 g (DRI, 2002) Consumo de açúcar Consumo de açúcar simples Carboidratos complexos POF 2008/2009 – Açúcar simples contribui com 14,1% do consumo calórico total da população OMS – Recomenda não ultrapassar a 10% Consumo de sal Relatório técnico OMS nº 916 – consumo não maior que 5 g/dia de sal Brasil (2000) – a média do consumo de sal – 16,76 g/dia A principal origem de ingestão de sódio pelo brasileiro é o sal de cozinha, que representa 71,5% do total do nutriente ingerido no país (2008-2009) A média de consumo de países industrializados é de 8 – 9 g/dia Tendências de consumo alimentar Redução no consumo de alimentos básicos e maior participação de alimentos ultra processados Assinado em 2007 e renovado em 2010 o termo de compromisso entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Indústria de alimentos – ABIA - objetivo de reduzir açúcar, gordura e sódio dos alimentos processados Política Nacional de Alimentação e Nutrição Fonte: Update from Monteiro et al 2011 Public Health Nut 14(1): 5-13 Determinantes econômico, demográfico, cultural e social Alimentos com variação significativa na disponibilidade domiciliar total de alimentos Áreas metropolitanas do Brasil: 1996 - 2009 Marketing Estratégias agressivas (anúncios, descontos, aumento das porções, hiperpalatabilidade, comer compulsivo) Determinantes econômico, demográfico, cultural e social Marketing Agressivo e antiético dos produtos ultra processados chega às crianças misturando diversão e comida Determinantes econômico, demográfico, cultural e social Determinantes econômico, demográfico, cultural e social Determinantes econômico, demográfico, cultural e social Determinantes econômico, demográfico, cultural e social Determinantes econômico, demográfico, cultural e social
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