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Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 1 Aleitamento Materno Prof.ª MSc. Juliana CLS Marchesi Universidade Paulista Campus Ribeirão Preto Curso de Nutrição Disciplina: Nutrição Materna, da Criança e do Adolescente Sumário • Situação do aleitamento materno no Brasil e Desmame precoce • Fisiologia da lactação • Composição do leite materno, aspectos imunológicos • Técnicas de amamentação • Vantagens da amamentação • Relactação Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 2 Situação do aleitamento materno no Brasil • Aleitamento materno exclusivo no Brasil Em ascensão • Ainda longe da preconização pela OMS: • Até o sexto mês aleitamento materno exclusivo • A partir do sexto mês – alimentação complementar + aleitamento materno Pesquisa sobre a prevalência do aleitamento materno no Brasil • Analisou a evolução dos indicadores de aleitamento materno no período de 1999 a 2008 Situação do aleitamento materno no Brasil • A prevalência do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em menores de 6 meses foi de 41% no conjunto das capitais brasileiras e DF. • O comportamento desse indicador foi bastante heterogêneo, variando de 27,1% em Cuiabá/MT a 56,1% em Belém/PA. • A duração mediana do AME foi de 54,1 dias (1,8 meses) e a duração mediana do aleitamento materno (AM) de 341,6 dias (11,2 meses) no conjunto das capitais brasileiras e DF. Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 3 Desmame Precoce O que é? Por que ocorre? Possíveis causas do DESMAME PRECOCE • Uso de chupeta e uma menor duração do aleitamento materno. • É destacado que apesar de não ser possível comprovar o efeito de causalidade (confusão no modo de sucção e/ou diminuição das mamadas), pode-se relacionar com a presença de problemas no aleitamento materno como dificuldades e motivação reduzida para amamentar. • A maior escolaridade paterna está relacionada com menor duração do aleitamento materno • A hospitalização pode levar ao desmame de até 60% dos lactentes que estavam amamentando no início da internação • Baixa escolaridade materna desvalorização da amamentação Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 4 Possíveis causas do DESMAME PRECOCE • Depressão materna – falta de atenção ao estado de saúde mental da mãe; • O mito do “leite fraco”; • As intercorrências da mama no puerpério, como fissuras, ingurgitamento mamário e a dor também influenciam negativamente na duração da amamentação exclusiva. • As mães, que realizaram cesarianas, apresentam maior dificuldade para amamentar, devido ao próprio processo cirúrgico que sofreram Fisiologia da Lactação Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 5 Fisiologia da Lactação Crescimento das mamas início na puberdade Estímulo (estrogênios) Desenvolvimento das mamas GUYTON e HALL, 1997 Aumento das glândulas mamárias + depósito de gordura (confere massa às mamas) Gravidez: maior crescimento das mamas (só então o sistema glandular torna-se desenvolvido para a produção de leite). Fisiologia da Lactação Anatomia da mama feminina Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 6 Fisiologia da Lactação Hormônios envolvidos: • Estrogênio; • Progesterona; • Prolactina; • Hormônio do crescimento; • Glicocorticóides adrenais; • insulina. GUYTON e HALL, 1997 Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Aumento do tecido mamário (acúmulo de gordura) Crescimento do sistema de dutos (crescimento e ramificação) Gravidez: altas quantidades de estrogênio secretadas pela placenta Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 7 Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Sistema lóbulo- alveolar • Atuação da progesterona em sinergia com os outros hormônios Crescimento adicional dos lóbulos Brotamento dos alvéolos Desenvolvimento das características secretoras nas células dos alvéolos Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Estrogênio e progesterona: • Efeitos supressores sobre as mamas (não produzem leite) • Dias ou semanas antes do parto: secreção de COLOSTRO • Parto = perda súbita da secreção destes hormônios Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 8 Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Início da lactação: Hipófise Placenta Prolactina + Somatomamotropina coriônica humana (a partir da 5ª semana até o parto, aumenta 20 vezes do nível normal) Hormônios lactogênicos 1 a 7 dias após o parto secreção progressiva de LEITE Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Secreção de leite Hormônio do crescimento Cortisol Hormônio paratireóideo Insulina Necessários para fornecimento de aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio, imprescindíveis à formação do leite. Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 9 Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Nascimento da criança Nível basal da secreção de prolactina = não-grávido Amamentação da criança: sinais nervosos a partir dos mamilos Hipotálamo Secreção de prolactina (duração: 1h) • Prolactina = mantem as glândulas mamárias secretando leite para dentro dos alvéolos para os períodos subsequentes da amamentação Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Processo de ejeção ou “descida” do leite: • Hipófise = Ocitocina • 1ª mamada impulsos sensoriais dos mamilos para a medula espinhal, seguidos para o hipotálamo • Estímulo do hipotálamo = secreção de Ocitocina e Prolactina Ocitocina (levada no sangue até as mamas) Contração das células mioepiteliais (circundam as paredes externas dos alvéolos) Leite para dentro dos dutos lactíferos (após 30s a 1min que a criança começa a sugar) Fluxo do leite Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 10 Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Observações: • Amamentação em uma das mamas: causa fluxo do leite na mama oposta; • Acarinhar ou ouvir a criança chorar, frequentemente, faz com que a mãe envie ao hipotálamo um sinal emocional suficiente para causar ejeção do leite. Fisiologia da Lactação GUYTON e HALL, 1997 Inibidores do reflexo: Preocupação Stress Dor Dúvidas Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 11 Composição do leite materno Composição do leite materno • Leite materno – adequado para o bebê • Composição única para atender as necessidades da nossa espécie • Mais de 200 constituintes • Varia de uma mãe para outra, de um período de lactação para o outro, período do dia • Composição independente do estado nutricional da mãe – exceto na subnutrição grave, onde o volume produzido vai caindo até cessar totalmente casos extremos! • Exceção vitaminas e minerais Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 12 Composição do leite materno Composição variável de acordo com o estágio da lactação: Colostro Leite de transição Leite maduro Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Composição do leite materno Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Colostro Leite maduro congelado Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 13 Composição do leite materno – COLOSTRO • Duração do colostro – não é bem definida Variabilidade individual • Fluido espesso amarelado – alta concentração de betacaroteno • Volume:varia de 2 a 20 ml por mamada – suficiente para satisfazer as necessidades do RN Fornece: • 54 kcal/100 ml • 2,9 g/100 ml de lipídeos • 5,7 g/100 ml de lactose • 2,3 g/100 ml de proteínas Elevada concentração de: • Imunoglobulina A secretória • Lactoferrina • Linfócitos e Macrófagos Ação protetora Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Composição do leite materno - COLOSTRO Elevada concentração de minerais – sódio, potássio e cloretos (em relação ao leite maduro) Elevadas concentrações de vitaminas lipossolúveis – A, E e carotenoides Menores concentrações de vitaminas do complexo B Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 14 Composição do leite materno – LEITE DE TRANSIÇÃO • Produzido entre o 5º e o 15º dia de lactação • Fase de modificações na concentração e no volume até atingir um volume estável e atingir os valores médios da composição do leite maduro Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Composição do leite materno – LEITE MADURO • Produzido após o leite de transição – a partir da 2ª quinzena de lactação • Volume e composição estáveis • Volume médio: • 700 a 900 ml/dia nos primeiros 6 meses • ~600 ml/dia no 2º semestre • 550 ml/dia no 2º ano de lactação • Fornece em média 70 kcal/100 ml Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 15 Composição do Leite materno x Leite de vaca Constituinte Colostro (1-5 dias) Leite maduro (> 30 dias) Leite de vaca Energia (kcal/100 ml) 58 70 67,8 Lactose (g/100 ml) 5,3 7,3 4,9 Proteína total (g/100 ml) 2,3 0,9 3,5 Caseína (%) 10 40 82 Proteína do soro (%) 90 60 18 α-Lactoalbumina (mg) 218 161 - Gordura total (g) 2,9 4,2 3,8 Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Composição do Leite materno x Leite de vaca Vitaminas lipossolúveis Constituinte Colostro (1-5 dias) Leite maduro (> 30 dias) Leite de vaca A (µg ER) 89 47 29,5 D (µg) - 0,04 1,0 E (µg) 1,28 3 40 K (µg) 0,23 0,21 17,0 Vitaminas hidrossolúveis C (mg) 4,4 4,0 1,7 Tiamina (mg) 0,015 0,016 0,37 Riboflavina (mg) 2,5 3,5 0,17 Niacina (mg) 7,5 20 0,09 Folato (µg) - 5,2 0,29-6,8 B6 (mg) 1,2 2,8 4,2 B12 (mg) 20,0 2,6 0,4 Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 16 Composição do Leite materno x Leite de vaca Macrominerais Constituinte Colostro (1-5 dias) Leite maduro (> 30 dias) Leite de vaca Cálcio (mg) 23 28 120 Fósforo (mg) 14 15 94 Magnésio (mg) 3,4 3,0 12 Sódio (mg) 48 15 51,5 Potássio (mg) 74 58 140 Cloro (mg) 91 40 106 Microminerais Ferro (µg) 0,45 0,4 0,05 Iodo (µg) 12 7 8 Zinco (µg) 5,4 1,66 0,3-0,4 Flúor (µg) - 7,0 0,3 Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) Componentes protetores do leite humano Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) • Linfócitos T – células vivas e funcionais – correspondem a 50% dos linfócitos do colostro – mais tarde decaem para 20% • Linfócitos B – produzem IgA secretória e interferon • Macrófagos – têm atividade fagocitária; sintetizam lactoferrina, lisozima e complemento; carreiam IgA secretória • Leucócitos polimorfonucleares – neutrófilos e eosinófilos A – Celulares Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 17 Componentes protetores do leite humano Cury in Accioly, Saunders e Lacerda (2009) • Imunoglobulinas – IgA secretória, IgA, IgG, IgM, IgD, IgE – agem contra a invasão bacteriana da mucosa e/ou colonização do intestino; ativam a via do complemento; • Lactoferrina – liga-se ao ferro disponível no meio e inibe a multiplicação bacteriana • Fator bífidus – estimula o crescimento de Lactobacillus bifidus, que antagonizam as enterobactérias • Fator antiestafilocócico – inibe a infecção estafilocócica sistêmica • Lactoperoxidase – destrói os estreptococos e bactérias entéricas • Complemento C3 e C4 – estimula a opsonização, tornando a parede celular suscetível à fagocitose • Interferon – inibe a duplicação viral intracelular • Lisozima – lisa as bactérias pela destruição da parede celular • Proteína fixadora de B12 – torna a B12 não disponível para o crescimento bacteriano B – Humorais Técnicas de amamentação Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 18 Técnicas de amamentação Antes de amamentar: • Testar se a aréola e o bico estão flexíveis e macios; • Se estiverem, amamentar normalmente; • Se não estiverem, retirar o leite; USP – EERP – Banco de Leite Materno Técnicas de amamentação Teste de flexibilidade da região areolar e dos mamilos Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 19 Técnicas de amamentação Posição: Mãe sentada e bebê em posição de sentar (aconchegado) Ou Mãe deitada de lado e barriga do bebê junto ao corpo da mãe Ou Posição invertida: bebê entre o braço e o lado do corpo da mãe Ou Criança sentada REGO, 2006 Técnicas de amamentação Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 20 Técnicas de amamentação Pega do peito • Não é necessário limpar a aréola nem antes e nem depois de amamentar; • São suficientes: banho diário e sutiã limpo; • Massagear delicadamente as mamas; • Extrair gotas de leite = aréola fica mais macia. • Bebê deve abocanhar mamilo e aréola; Técnicas de amamentação Pega do peito • Não é necessário limpar a aréola nem antes e nem depois de amamentar; • São suficientes: banho diário e sutiã limpo; • Massagear delicadamente as mamas; • Extrair gotas de leite = aréola fica mais macia. • Bebê deve abocanhar mamilo e aréola; Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 21 Técnicas de amamentação Abocanhar: • O máximo de aréola possível; • Bebê cabeça levemente apoiada e inclinada para trás; • Mãe não é necessário pressionar a mama para baixo com o dedo, tentando facilitar a respiração do bebê; OBS: bebê bem posicionado e com boa pega mantém as narinas livres! Técnicas de amamentação Boa pega (sugando corretamente) Bochechas arredondadas (não encovadas) Pega ruim Bebê mastigando mamilo, fazendo barulho de chupar Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 22 Técnicas de amamentação Queixo do bebê toca a mama; Boca bem aberta; Lábios virados para fora, principalmente inferior; Bochechas arredondadas ou achatadas contra a mama; Vê-se pouca aréola; Sucções lentas e profundas: o bebê suga uma ou duas vezes, dá uma pausa, deglute e suga novamente; Todo o corpo do bebê deverá estar junto ao da mãe durante toda a mamada, principalmente nas primeiras semanas; Não deve haver dor durante a amamentação (fisgadas são normais no início devido ao reflexo da descida do leite) Mamilo alongado e redondo quando sair da boca do bebê; Criança com aspecto de satisfeita após mamada. Posição correta da pega: Técnicas de amamentação Sequência: bebê abocanhando o mamilo Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 23 Técnicas de amamentação Pega correta dos mamilos Técnicas de amamentação Cabeça do bebê longe do corpo da mãe; Bochechas encovadas a cada sucção; Queixo do bebê não toca a mama; Visualiza-se grande parte da aréola, especialmente abaixo do lábio inferior; O bebê suga rápida e superficialmente (obtém pouco ou nenhum leite) = quer mamar toda hora, nega-se a sugar, luta contra o peito. O mamilo fica dolorido durante a mamada e ferido; Mamilo parece achatado quando sai da bocado bebê no final da mamada; A criança não engorda, chora muito e a mãe pena que não tem leite ou que o leite é fraco. Posição incorreta da pega Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 24 Técnicas de amamentação Pega incorreta Técnicas de amamentação Completando a amamentação: • Bebê solta o peito espontaneamente; • Interromper a mamada somente se for necessário; • Iniciar a próxima mamada pela mama que o bebê mamou por último ou por aquela que o bebê não mamou. Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 25 Técnicas de amamentação Duração das mamadas: • À vontade = bebê larga espontaneamente; • É determinada pelo bebê, pois cada criança tem seu ritmo próprio; • Depois que o bebê largar o primeiro peito, oferecer o segundo; • Não retirar o bebê do peito se ele ainda estiver sugando ou deglutindo. • OBS: mamada exageradamente longa ou curta pode ser sinal de algum problema, como: mamada insuficiente. Técnicas de amamentação Intervalo entre as mamadas: • Regra geral: de acordo com a necessidade da criança (sinais de fome) ou da mãe (peitos cheios); • Recém nascido = mamar frequentemente (12x em 24h); • 2º ao 7ºs primeiros dias de amamentação (fase da lactogênese): o intervalo pode variar entre 1 a 3h. Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 26 Técnicas de amamentação Bebê esvaziar a mama Leite posterior: contém mais calorias Saciedade Vantagens do aleitamento materno Ponto de vista técnico • Imediatamente disponível • Não precisa ser preparado; • Operacionalmente de fácil obtenção e está sempre na temperatura ideal; • Seguro, do ponto de vista microbiológico; Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 27 Vantagens do aleitamento materno • Gratuito – portanto, econômico Ponto de vista econômico • Favorece o desenvolvimento de laços emocionais mais fortes entre mãe e filho Ponto de vista psicológico Vantagens do aleitamento materno Outras vantagens fisiológicas • Boa digestibilidade • Variabilidade biológica – já que atende a prematuros e recém-nascidos de baixo peso • Diminui a incidência de alergias, incluindo a asma • Regula o funcionamento intestinal Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 28 Vantagens do aleitamento materno Vantagens maternas • Controle dietético – evita obesidade e favorece a perda gradual do peso • Involução mais rápida do útero – pela liberação de ocitocina que promove contração da musculatura uterina • Proteção contra o câncer de mama – estudos indicam uma possível redução de 66% da incidência, sendo que o efeito protetor aumento conforme a duração da amamentação • Método anticoncepcional em nível populacional – supressão da ovulação pela secreção de prolactina • OBS: para a mulher utilizar a amamentação como contraceptivo é necessário estar nos primeiros 6 meses pós-parto, não ter menstruado e amamentar exclusivamente. Relactação Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 29 Relactação Definição: • Restabelecimento do processo de produção de leite em mulheres que, por qualquer motivo, suspenderam a amamentação por um período de tempo; • Quanto menor o intervalo de tempo e a idade do bebe – mais fácil fica a relactação • Mulher que nunca engravidou e deseja amamentar o bebê que adotou Lactação adotiva Relactação Para o êxito das práticas de relactação e lactação adotiva: Requer forte motivação e disponibilidade da mãe, apoio, atenção e paciência da família e da equipe de saúde; Relactação – tem maior índice de sucesso do que a lactação adotiva Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 30 Relactação Indicação nos casos em que a mãe: • Deseja amamentar, mas não iniciou por doença própria ou do bebê; • Suspendeu a amamentação, por falta de orientação adequada; • Adotou filhos; • Não iniciou a amamentação, mas deseja faze-lo em favor da saúde do bebê ou em razão de doenças e intolerâncias alimentares geradas pelo uso de leites artificiais. • Processo de relactação e lactação adotiva pode ser desenvolvido de duas maneiras Relactação 1ª maneira: • Colocar a criança no peito 8 a 10 vezes/dia, deixando-a sugar por 5 a 10 minutos; • Em seguida, complementa-se com leite humano, oferecido com colher ou copo; • Quando a secreção láctea aumenta, o complemento é diminuído; • Método mais adequado para os casos de relactação Nutrição Materna, da criança e do adolescente 21/09/2017 Profª Juliana CLS Marchesi 31 Relactação 2ª maneira: • Usar uma seringa grande ou frasco esterilizado e uma sonda de polietileno fina, estéril; • Colocar uma das pontas da sonda no frasco que contem o leite humano; • Frasco deverá estar colocado em posição mais alta do que a altura da mama; • A outra ponta deve ser presa junto ao mamilo, com esparadrapo; • Ao se colocar o bebê para sugar, este sugará também o conteúdo do frasco. Relactação
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