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Casos Concretos e questões objetivas

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QUESTÃO OBJETIVA 
1) É incorreto capitular: 
a) como homicídio consumado, a hipótese em que “A” e “B”, independentemente um do outro, injetassem cada um uma dose mortal de veneno da mesma espécie na bebida de “C”, que em consequência morresse ao tomá-la por inteiro. 
b) como tentativa de homicídio, para os dois, à luz da teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non), se “A” e “B” atirassem quase ao mesmo tempo, mas sem saber um do outro, contra a vítima, atingida por um dos tiros na cabeça e o outro no coração, cada qual com aptidão para ser imediatamente mortal, mas sem que tivesse sido esclarecido, no inquérito, quem deu qual dos tiros e quem atirou primeiro, inexistindo coautoria. 
c) como meio cruel qualificante, o propósito do agente em aumentar, desnecessária e sadicamente, o sofrimento da vítima; e por homicídio qualificado, pelo uso de meio insidioso, quando o agente oculta a boca de um poço para que a vítima não o perceba, nele se precipite e morra. 
d) como homicídio doloso, sem o concurso do crime de ocultação de cadáver, a ação do agente que, com dolo geral, depois de esfaquear a vítima e supor que ela tivesse morrido, viesse somente a matá-la, não pelas facadas, mas por asfixia, ao enterrá-la numa cova com a finalidade de ocultar o suposto cadáver, quando, na verdade, a vítima ainda estava viva. 
e) em concurso formal homogêneo, os homicídios culposos decorrentes do desabamento de prédio construído de forma imperita pelo engenheiro.
CASO CONCRETO 2
HORTÊNCIA, maior, que fora vítima de estupro perpetrado com violência real, interrompeu ela mesma, na sua própria residência, a gravidez resultante do crime contra a liberdade sexual, causando a destruição do produto da concepção, para o que se valeu de meios mecânicos obstétricos diretos e de informações, que, para o abortamento, foram lhe fornecidos pelo enfermeiro ALEXANDRINO. A gestante, em consequência dos meios empregados na provocação do aborto, sofreu lesão corporal de natureza grave. 
Identifique justificadamente a conduta de HORTÊNCIA e ALEXANDRINO 
RESPOSTA: Ambos respondem pelo delito do Art. 124 (Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento), Hortência como autora do 124 e Alexandrino como participe do Art. 124. Não se aplica o Art. 127, embora tenha ocorrido lesão corporal grave pois trata-se de autolesão.
QUESTÕES OBJETIVAS 
2) Exemplo de abortamento legal é o 
a) Aborto eugênico 
b) Aborto miserável 
c) Aborto sentimental praticado por médico 
d) Aborto honoris causa. 
3) Infanticídio: 
a) É crime de mão própria. 
b) É crime próprio. 
c) Não cabe tentativa. 
d) É crime de perigo.
CASO CONCRETO 3 
ERIOSVALDO convence MARIOSCLEIDE a suicidar-se pulando de um prédio de vinte andares. A mulher, convencida, pula vindo a ter uma entorse de seu tornozelo e, por isso, ficou quarenta dias impossibilitada de exercer suas atividades habituais. 
Considerando o caso hipotético, levando em conta que MARIOSCLEIDE estava grávida de 03 (três) meses; fato de seu conhecimento, mas não de conhecimento de ERIOSVALDO e que nada sofreu o feto com a queda, identifique a conduta dos dois envolvidos. 
RESPOSTA: Eriosvaldo responderá pelo delito do Art. 122 (Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio), caput e Marioscleide responderá pelo delito do Art. 124 (Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento) c/c Art.14, II, por dolo eventual. 
QUESTÕES OBJETIVAS
4) Nas Lesões Corporais (CP, art. 129) 
a) O dolo é de perigo. 
b) O animus é necandi. 
c) O sujeito passivo pode ser o feto. 
d) O animus é laedendi. 
5) Lesão corporal seguida de morte (CP, art. 129, §3º): 
a) É crime contra a vida 
b) É crime de perigo. 
c) É julgada perante o Tribunal do Júri. 
d) É crime preterdoloso. 
CASO CONCRETO 4 
No dia 13 de outubro de 2016, no decorrer de determinada reunião social, acontecida em Copacabana, TONICO, com o nítido propósito de ofender, afirmou a diversos amigos que ABRAVANEL, também presente à conversa, havia, dois meses antes, tentado covardemente o suicídio, em face de banal discussão familiar. Indignado, por não ser o fato verdadeiro, receoso das consequências que poderiam advir de tal afirmação no meio social e sentindo-se moralmente ofendido, ABRAVANEL contratou os serviços profissionais de advogado estabelecido nesta Comarca, que, tempestivamente, ofereceu QUEIXA CRIME contra TONICO, dando-o como incurso nos artigos 138 (CALÚNIA) e 139 (DIFAMAÇÃO), na forma do artigo 70, todos do Código Penal. 
PERGUNTA-SE: A capitulação dada pelo advogado do querelante está correta? Justifique a sua resposta. 
RESPOSTA: Está errada quanto à calunia, uma vez que suicídio não é crime. Todavia, a capitulação está correta em ralação ao delito de difamação. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
6) O delito de difamação (CP, art. 139): 
a) Não admite tentativa. 
b) É crime formal. 
c) Protege a honra subjetiva. 
d) Não precisa que a imputação seja falsa. 
7) PEDRO imputou a JOÃO, de maneira falsa, que este “escreve jogo do bicho” todos os dias na praça do bairro em que residem. PEDRO, com sua conduta, in thesis, cometeu o crime de: 
a) Calúnia 
b) Difamação 
c) Injúria 
d) Denunciação Caluniosa 
Obs: Jogo do bicho não é crime. 
CASO CONCRETO 5 
AFRÂNIO E IDALINA são colegas de trabalho há mais de três anos; trabalham num mesmo setor de uma grande empresa de mineração em Belo Horizonte. IDALINA é uma jovem muito bem apresentada e vaidosa, tem como hobby tirar fotos, muitas delas, sensuais e em locais paradisíacos. AFRÂNIO sempre soube dessa atividade de IDALINA e já confessara ao seu amigo GILBERTO a vontade imensa de poder ter acesso às fotos de IDALINA, no entanto sabe que se trata de um desejo insustentável. Certa ocasião, IDALINA reclamou a AFRÂNIO que não estava bem a ponto de sair apressada de sua mesa e dirigir-se ao banheiro. AFRÂNIO, observando que IDALINA deixara seu computador de trabalho ligado e “aberto”, aproveitou o momento e rapidamente conseguiu êxito em transferir algumas fotos dela para um pen drive, retornando em seguida para seu local de trabalho sem que fosse percebido. De posse das fotos de IDALINA, AFRÂNIO as compartilhou com GILBERTO por intermédio do Whats App. Em menos de uma semana um número indeterminado de pessoas já havia visto as indigitadas fotos, ocasião em que IDALINA compareceu à Delegacia Policial da circunscrição dos fatos noticiando o acontecido e tendo o Delegado promovendo o pertinente termo circunstanciado imputando a AFRÂNIO o crime do CP, art. 154-A (Invasão de Dispositivo Informático). 
Pergunta-se: Assiste razão ao Delegado? Justifique sua resposta. 
RESPOSTA: Não, pois o tipo penal do Art.154-A não prevê o crime a conduta realizada por Afrânio, pois não houve invasão de dispositivo informático, podendo caracterizar crime contra a honra, dependendo do tipo de exposição que for feito. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
8) Plagiário vem do latim plagiarius. Era quem, na Antiga Roma, roubava escravos ou vendia como escravos indivíduos livres. O vocábulo tem sua origem na Lex Fábia ex plagiariis. A expressão foi trazida para o campo literário através de uma metáfora criada pelo poeta Marcial, que, no século I, comparou o roubo de versos de suas poesias pelo rival Fidentino a uma criança que tivesse caído nas mãos de um sequestrador. Daí a explicação do desvio sofrido pelo vocábulo plagium na evolução etimológica. A expressão passou a significar, figurativamente, essa apropriação fraudulenta. Plagiário, nos dias atuais, designa o salteador de uma criação intelectual. (MORAES, Rodrigo. A função social da propriedade intelectual na era das novas tecnologias. in Direito autoral. Cadernos de Políticas Culturais. 2006). 
Portanto, conforme descrito acima, “plágio” é, originalmente, a denominação que se dá a crime de Redução a condição análoga à de escravo (CP, art. 149). Com relação a esse delito é INCORRETO dizer que: 
a) pune-se o comportamento de submeter a vítima a trabalhos forçadosou a jornada exaustiva. 
b) pune-se o comportamente de restringir, por qualquer meio, a locomação da vítima em razão de dívida contraída com o empregado. 
c) admite-se a forma culposa. 
d) pune-se o comportamento de sujeitar a vítima a condições degradantes de trabalho. 
CASO CONCRETO 6 
Cássio, assíduo cliente do Supermercado “Prime”, quando se encontrava promovendo suas compras do mês, foi surpreendido pelo anúncio sonoro acerca de uma promoção relâmpago de um renomado vinho tinto, que teria desconto de 50 por cento de seu valor original de R$ 500,00 (quinhentos reais). Isso para todos aqueles que conseguissem levar o produto ao balcão de descontos para colocação do selo de abatimento do preço. No afã de ser beneficiado pelo anunciado desconto, Cássio rapidamente se dirige ao setor correspondente, e consegue apanhar a última garrafa disponível, colando o necessário selo promocional. Aliviado, Cássio desvia sua atenção para a continuidade de suas compras, mas, ao retornar do curto período em que se distanciou de seu carrinho, acaba por constatar que alguém teria sorrateiramente dele retirado o desejado vinho com o selo de desconto. Ao procurar a gerência e comunicar o inusitado fato, Cássio foi levado ao recinto de monitoramento do mercado, onde, após analisar as imagens, identificou uma senhora idosa, que, aproveitando-se da distração de Cássio, teria retirado de seu carro de compras a última garrafa de vinho com o selo promocional, correndo ao caixa prioritário, onde promoveu o pagamento do produto com seu cartão de débito, tomando rumo ignorado em seguida. Comunicada do fato, a polícia consegue, com auxílio das imagens do circuito interno e análise da fatura de compra cedida pelo supermercado, identificar a astuta senhora como sendo Cremilda de tal, levantando-se também seu endereço. Intimada a depor em sede policial, Cremilda, do alto de seus 73 anos, admitiu sem remorsos todo o ocorrido, esclarecendo não ter resistido ao fato de ser aquele o último vinho com selo de promoção, tendo consumido o produto naquele mesmo dia. Considerando que Cássio não conseguiu levar outro vinho com abatimento do preço, e que o supermercado nenhum prejuízo sofreu, indaga-se sobre a relevância penal da conduta perpetrada por Cremilda. 
RESPOSTA: Prevalece o entendimento de que o furto protege a propriedade, a posse e a detenção mesmo que precárias, assim Cremilda no alto dos seu 73 anos, responde pelo crime de furto (art. 155). 
QUESTÃO OBJETIVA 
9) Caio, 21 anos furta seu irmão Mévio, 19 anos. É correto afirmar que a ação penal é pública: 
a) e Caio é isento de pena. 
b) incondicionada, mas sujeita a perdão do ofendido. 
c) e incide atenuante pela idade. 
d) condicionada à representação e incidirá agravante pelo parentesco. 
CASO CONCRETO 7 
RODINEI, sócio majoritário de uma transportadora que presta serviços para Souza Cruz, na ausência de três motoristas, seus funcionários, que estão em auxílio doença, e por necessidade, está fazendo a distribuição diária de cigarros junto aos fornecedores, dirigindo veículo funcional pertencente a própria frota da transportadora. Na segunda entrega do dia, RODINEI foi surpreendido por TALLES, 17 anos e DANILO, 28 anos e ex-funcionário da transportadora que, por intermédio de grave ameaça exercida por arma de fogo, subtraíram-lhe o veículo com as mercadorias e restringindo sua liberdade, vindo a liberá-lo em local ermo, após 10 horas da referida atividade criminosa. Identifique, fundamentadamente, a adequação típica a ser imputada ao caso aventado. 
RESPOSTA: No caso em tela, Danilo responde pelo crime de roubo (art 157, §2º, I, II e V) com aumento de pena, uma vez que houve concurso formal de pessoas, grave ameaça exercida por arma de fogo e restrição de liberdade. Já Talles, menor (Inimputável), cometeu ato infracional sendo cabível uma medida socioeducativa.
QUESTÕES OBJETIVAS 
10) Com relação à consumação do crime de roubo, há entendimento sumular do STJ adotando a corrente doutrinária da: 
a) Contrectatio 
b) Amotio 
c) Ablatio 
d) Ilatio. 
11) Quanto ao crime de extorsão, é correto afirmar que (CP, art. 158) 
a) o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive o funcionário público no exercício de suas funções. 
b) a vítima precisa ser aquela quem tenha sofrido a subtração do patrimônio, como quem foi alvo de violência ou grave ameaça. 
c) a colaboração da vítima é dispensável. 
d) também há a figura do sequestro relâmpago. 
CASO CONCRETO 8 
Qual a consequência do ressarcimento integral e voluntário, antes do recebimento da denúncia, do prejuízo sofrido pela vítima, decorrente de estelionato praticado mediante a conduta do agente que emite cheque furtado sem provisão de fundos? 
RESPOSTA: Tratando-se de cheque pré-datado ou pós-datado, faltaria o dolo de praticar a fraude, que tornaria a conduta atípica. Havendo dolo de praticar a fraude, seria possível a aplicação do arrependimento posterior previsto no Art. 16 do CP. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
12) Everton Frühauf, ao adquirir mercadorias no Supermercado Preço Bom, pagou as compras com um cheque subtraído de seu colega de trabalho, Renato Klein. No caixa, apresentou-se como titular da conta corrente. Preencheu a cártula e falsificou a assinatura de Renato. O atendente, seguindo o procedimento de rotina, chamou o supervisor para liberar a cártula, quando foram surpreendidos com a conduta de Everton, que deixou o estabelecimento em desabalada corrida, sem levar as mercadorias, por presumir que sua ação teria sido descoberta. No estacionamento, o segurança do estabelecimento deteve Everton e conduziu-o à autoridade policial. 
Esse caso configura: 
a) tentativa de furto qualificado pela fraude. 
b) tentativa de estelionato. 
c) desistência voluntária. 
d) arrependimento posterior. 
e) arrependimento eficaz. 
13) São elementos do crime de estelionato, exceto: 
a) o artifício 
b) o ardil 
c) locupletação ilícita de qualquer natureza 
d) o silêncio. 
CASO CONCRETO 9 
Polícia Civil investiga estupro de menina de 9 anos em Bento Gonçalves A criança pediu socorro para moradores no bairro Licorsul, A Polícia Civil de Bento Gonçalves investiga o suposto estupro de uma menina de 9 anos. A jovem teria pedido socorro na Rua Augusto Caprara, no bairro Licorsul, por volta das 16h40min. Uma moradora a acolheu e a Brigada Militar (BM) foi acionada. 
De acordo com relato da vítima, o crime teria sido cometido por um casal em carro vermelho que a raptou enquanto caminhava pelo bairro Vila Nova. Os dois teriam oferecidos doces e brinquedos para coagir a menina a entrar no veículo. Após, procuraram um local ermo onde ambos teriam abusado da jovem. 
Após o crime, os abusadores deram R$ 50 a vítima e a abandonaram no bairro Licorsul, onde ela pediu por socorro. A menina foi encaminhada para o atendimento médico e exames de corpo de delito. 
De acordo com o Conselho Tutelar de Bento, que também foi chamado, a menina afirmou que saiu a pé da casa da mãe com destino à casa de uma familiar, a poucos metros de distância. Nesse curto trecho, ela foi abordada. 
O resultado do exame de corpo de delito deve sair em uma semana. A criança será ouvida no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Bento, conforme o Conselho Tutelar. 
A lei 12015/2009 passou a promover os denominados crimes “contra a dignidade sexual”, o foco não é mais como as pessoas deveriam se comportar sexualmente perante a sociedade do século XXI, mas sim a tutela de sua dignidade sexual. Com o advento desse Diploma Legal juntaram-se os tipos dos arts. 213 e 214 em um só dispositivo, passando o crime de estupro a não ser mais bi-próprio, pois agora conta com os dois comportamentos juntos, quais sejam: conjunção carnal violenta e demais atos libidinosos com violência. Além disso o código tutela agora a dignidade sexual do vulnerável, com a expressa revogação do dispositivo que tratava da presunção de violência, em razão dessas situações,formam -se as seguintes indagações: 
a) A figura da vulnerabilidade passou a ser absoluta ou ainda pode ser tratada como relativa? 
RESPOSTA: Prevalesce o entendemento que a vulnerabilidade passou a ser absoluta, ou seja, não admite prova em contrário desde que comprovado a situação de vulnerabilidade descrita no Art. 217-A, CP. 
b) Qual é o tipo de ação penal quando se tratar de crime de estupro se da violência resultar lesão corporal grave ou morte? (CP, art. 213 §§ 1º e 2º) 
RESPOSTA: De acordo com a súmula 608 do STF, a ação é pública incondicionada. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
14) SEMPRÔNEA, 17 anos, teve sua dignidade sexual atingida porque, mediante grave ameaça, foi obrigada a praticar conjunção carnal com ATANAÍDES. Diante dos fatos, trata-se de fato penal relevante de: 
a) ação penal de iniciativa privada 
b) ação penal pública condicionada à representação da vítima 
c) ação penal pública incondicionada 
d) ação penal de iniciativa privada personalíssima.
15) É incorreto dizer que no crime de estupro de vulnerável (CP, art 217-A) 
a) o sujeito passivo só pode ser pessoa menor de 14 anos. 
b) pune-se tão somente a conduta de praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso. 
c) o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. 
d) é crime de ação penal pública incondicionada. 
CASO CONCRETO 10 
Lenocínio, em sentido lato, é o fato de prestar assistência à libidinagem de outrem ou dela tirar proveito. A nota diferencial, característica do lenocínio (em cotejo com os demais crimes sexuais) está em que opera em torno da lascívia alheia. Lenões são aqueles que exercem o lenocínio. São as seguintes espécies: a) mediação para servir à lascívia de outrem (proxenetismo); b) favorecimento à prostituição (proxenetismo); c) manutenção de casa de prostituição (proxenetismo) e d) aproveitamento parasitário do ganho de prostitutas (rufianismo). Considerando a introdução acima, analise o seguinte caso concreto: ANA BELLA, 32 anos, mãe de MARVILLE, 11 anos, NAÍRA, 15 anos e ABRILINDA, 16 anos, tomou conhecimento de que APOLINÁRIO, 48 anos, pipoqueiro que trabalhava à porta do colégio onde as três irmãs estudam, estava assediando as meninas. As investidas de APOLINÁRIO se deram das seguintes maneiras: 1) Quanto a MARVILLE, APOLINÁRIO a assediava ofertando gratuitamente pipocas solicitando à menor que, ao final das aulas o acompanhasse até a garagem em que ele guardava seu carrinho de pipocas com o intuito de que a criança ficasse de ?calcinha? para CLAUDIOBERTO, pessoa que havia pedido ao referido pipoqueiro o respectivo serviço 2) Quanto a NAÍRA, APOLINÁRIO a induzia para que esta pudesse fazer um show de Striptease também para CLAUDIOBERTO, cujo pedido foi para este respectivo serviço na casa deste. 3) Quanto a ABRILINDA, APOLINÁRIO a fez uma proposta para que ela pudesse “ganhar uns trocados”, consistente em fazer com que ela ficasse, após as aulas, duas vezes por semana, em um determinado apartamento do centro da cidade, atendendo sexualmente clientes que lá visitavam, em troca a jovem receberia R$ 100,00 por cada programa. Considerando que MARVILLE não aceitou o convite de APOLINÁRIO; considerando que NAÍRA não era mais virgem, aceitando o convite e, depois de ficar embriagada por excesso de vódika, CLAUDIOBERTO, aproveita a oportunidade e manteve relações sexuais com ela; considerando que ABRILINDA também não aceitou o convite de APOLINÁRIO e, finalmente, considerando que ANA BELLA, desde o início, já sabia das intenções de APOLINÁRIO, no entanto, por ser apaixonada por ele, nada fez, capitule a conduta de todos os envolvidos.
RESPOSTA: No que se refere a Marville, Apolinário responde pelo delito do Art. 218 (Corrupção de menores), CP. No que se refere a Naira, Apolinário responde por Corrupção de menores, Art. 218, CP. A conduta de Claudioberto em relação a Naira. Art. 217-A, CP, em razão da embriaguez. No que se refere a Abrilinda, Apolinário responde pela facilitação a prostituição, seria o 218-B, CP. Anabella responde em concurso de agentes, por sua conduta omissiva com Apolinário. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
16) Aquele que, durante o carnaval, em pleno bloco de rua, livre e consciente, embora jacandi animu, no alto do trio elétrico, arria sua sunga, expondo ao público suas partes íntimas: 
a) não comete crime por ausência de dolo. 
b) não comete crime por estado de necessidade. 
c) responde por ato obsceno (CP, art. 233). 
d) responde por atentado violento ao pudor. 
CASO CONCRETO 11
MARIOSVALDO, 30 anos, mantém um relacionamento amoroso com SUELEN há dois anos. Apaixonado por sua amada, MARIOSVALDO pretende casar-se com ela, no entanto, teme que sua namorada saiba que, quando contava com 20 anos de idade, no interior do Estado do Pará foi casado com FLORENTINA. Dessa forma, passou o tempo do namoro inteiro omitindo seu estado civil, acreditando que na cidade do Rio de Janeiro, onde reside, seria impossível FLORENTINA ficar sabendo de seu relacionamento de dez anos atrás. Nessa senda, marcaram e contraíram o matrimônio, tendo MARIOSVALDO declarado falsamente em documentação pertinente que seu estado civil era o de “solteiro”. Em pesquisa cartorária, descobriu-se a verdadeira história de MARIOSVALDO, sendo o fato levado ao conhecimento do Delegado de Polícia que instaurou o pertinente Inquérito Policial, indiciando MARIOSVALDO nos crimes de falsidade ideológica (CP, art. 299) e Bigamia (CP, art. 235) em concurso material (CP, art. 69). Diante do caso aventado, analise a capitulação penal da autoridade policial. 
RESPOSTA: Uma capitulação possível, é o concurso dos delitos de Bigamia (CP, art. 235) e falsidade ideológica (CP, art. 299), no entanto, há entendimento de que a falsidade ideológica, embora mais grave, é absorvida pela bigamia, por tratar-se de crime meio. 
QUESTÃO OBJETIVA 
17) O pai que deixa, sem justa causa, de prover à instrução primária de seu filho de 7 anos só não responde por abandono intelectual (CP, art. 246) se: 
a) conseguir provar que está divorciado da genitora da criança 
b) conseguir provar que não dispõe de meios para pagar o transporte da única escola existente numa distância de 60 km de sua residência. 
c) conseguir provar que possui mais quatro filhos. 
d) conseguir provar que precisa de seu filho trabalhando com ele na lavoura. 
OBS: por que existiria a justa causa.
CASO CONCRETO 12 
Depois de colocar gasolina sobre parte de amontoado de madeiras velhas em seu quintal que pretendia incendiar, CÁSSIO é surpreendido no momento de atear o fogo, por uma lufada de vento inesperada e a mecha acesa é atirada e propagada sobre o matagal vizinho chegando ao telhado da escola pública do pequeno vilarejo. Felizmente todas as pessoas conseguiram sair do referido prédio sem dano algum. No âmbito criminal, CÁSSIO foi denunciado pelo Parquet pelo crime de incêndio culposo majorado (CP, art. 250 §2º c/c §1º, II, b) Responda fundamentadamente se: 1) Agiu corretamente o Promotor de Justiça? 
RESPOSTA: Não, pois no caso não seria incendio culposo qualificado, o incendo foi culposa, portanto a capitulação correta é CP, art. 250 §2º. 2) Caso alguma pessoa (terceiro) viesse a sofrer lesão corporal influenciaria na adequação típica? RESPOSTA: Sim, pois incidiria no Art. 258. 
QUESTÃO OBJETIVA 
18) Incêndio é a voluntária causação de fogo relevante, que, investindo uma coisa individuada, subsiste por si mesmo e pode propagar-se, expondo a perigo coisas outras ou pessoas, não determinadas ou indetermináveis de antemão. 
Com relação e este tipo penal, assinale a opção incorreta: 
a) é irrelevante o fim do agente, se é com intuito de obter vantagem pecuniária o crime é agravado e se visa atentar contra a segurança do Estado haverá concurso de crime. 
b) o crime pode ser praticado por ação ou omissão. 
c) indiferente o processo ou modo de ateamento do fogo. Não é preciso que o agente empregue um meio que exija sua presença no momento em que sobrevém o incêndio. 
d) se a coisaincendiada pertença ao próprio agente, possível concurso com estelionato; caso seja coisa alheia, possível concurso com crime de dano, ainda que o incêndio não acarrete perigo comum.
CASO CONCRETO 13 
No final do ano letivo de 2015, alunos universitários de uma determinada Instituição de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro, organizaram uma passeata em favor da liberação do uso da maconha. “Realizada a referida manifestação, agentes do setor de inteligência da polícia civil registraram, por intermédio de fotografias e gravações, cartazes onde se lia “fumar maconha é a melhor coisa do mundo”, “eu aperto meu baseado e ninguém tem nada a ver com isso”, além de cânticos e exaltações a favor da liberação do “jogo do bicho”. De todo esse material foi feito um dossiê e à guisa de peça de informações foi enviado ao Ministério Público que, identificando alguns participantes daquela passeata, foi imputado a eles o crime de apologia de crime ou criminoso (CP, art. 287). Esclareça, penal e fundamentadamente, a decisão do Ministério Público. 
RESPOSTA: Não se trata de situação relacionada ao delito do Art. 287, mas sim do Art.286, no entanto, por conta da ADPF nº 187, ha entendimento de que, manifestações pela liberação do porte para consumo não caracterizam o crime de incitação previsto na lei 11.346/2006, porem a incitação à prática de contravenção (jogo do bicho) não caracteriza o delito do Art. 286 que exige a incitação a crime. 
QUESTÃO OBJETIVA 
19) Analise as seguintes assertivas: 
I – associarem-se três pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão de tarefas, para o fim de praticar roubos. associação criminosa
II – associarem-se seis pessoas, sem hierarquia e divisão de tarefas, com o fim de praticar roubos. associação criminosa
III – associarem-se sete pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão de tarefas, tendo como objetivo publicar listas ofensivas à honra de moradores de uma cidade. associação criminosa
IV – associarem-se sete pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão de tarefas, tendo como objetivo a prática de extorsões mediante sequestro. organização criminosa
V – associarem-se sete pessoas, de forma estável e permanente, com hierarquia e divisão de tarefas, com o objetivo de matança generalizada. milícia privada
As atividades acima descritas correspondem, respectivamente, aos crimes de: 
a) associação criminosa – organização criminosa – organização criminosa – milícia privada – associação criminosa. 
b) associação criminosa – associação criminosa – milícia privada – organização criminosa – organização criminosa 
c) associação criminosa – associação criminosa – associação criminosa – organização criminosa – milícia privada. 
d) associação criminosa – organização criminosa – organização criminosa – organização criminosa – milícia privada. 
e) associação criminosa – milícia privada – organização criminosa – associação criminosa – organização criminosa. 
CASO CONCRETO 14 
CARLOS ALBERTO, pessoa de notável habilidade, em sua cidade, de falsificações, conversando com seu amigo ATANAÍDE, à mesa de um bar, disse-lhe que estava fabricando um maquinário de falsificação absolutamente perfeita de notas de Real, sem perceber que à mesa ao lado, TOBIAS, policial civil, ouvia toda a conversa. Uma semana depois, por conta de uma operação policial, CARLOS ALBERTO foi preso em flagrante delito com três maquinários, comprovados por perícia que eram destinados à contrafação ou alteração de papel moeda, assim como de posse de uma nota de R$100,00 (cem reais), perfeitamente adulterada assemelhando-se a uma nota de R$ 10,00 (dez reais). Instaurado o respectivo inquérito policial, o delegado federal indiciou CARLOS ALBERTO nos crimes de moeda falsa (CP, art. 289) e petrechos para falsificação de moeda (CP, art. 291), em concurso material (CP, art. 69). Ainda em sede da Delegacia Policial, NORBERTO, advogado de CARLOS ALBERTO, sustentava a ilegalidade da mantença da prisão de seu cliente em harmonia aos Princípios da insignificância e da lesividade. Analise as teses do Delegado de Polícia e do Advogado. 
RESPOSTA: Prevalece o entendimento em nossos tribunais, que não são aplicáveis os princípios da insignificância e da lesividade ao crime de moeda falsa, mesmo que seja atribuído valor menor ao papel-moeda falsificado. há possibilidade também de absorção do delito de petrechos de falsificação pelo de moeda falsa. 
QUESTÃO OBJETIVA 
20) A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado: 
a) configura, em tese, crime de estelionato. 
b) implicará circunstância de diminuição de pena. 
c) transforma a ação penal em pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. 
d) não elide a obrigatoriedade de perícia. 
CASO CONCRETO 15 
ADALBERTO, no interior de um supermercado, foi flagrado por um funcionário apanhando no chão um cartão de crédito/débito e, rapidamente o colocando no bolso. Além dessa atividade, o que o funcionário do supermercado notou foi que ADALBERTO, imediatamente à apreensão aludida, saiu apressadamente do estabelecimento comercial sem nada comprar. Na verdade, ADALBERTO retornou à casa e, de posse do cartão achado, com uma habilidade de artesão, clonou perfeitamente o objeto fazendo uma perfeita falsificação. De posse do cartão por ele falsificado, ADALBERTO retorna ao supermercado objetivando fazer uso de sua contrafação. Acontece que, dentro do supermercado, com o carrinho de compras cheio, ADALBERTO, receoso de usar o artefato falsificado, deliberadamente o quebra em diversas partes colocando os fragmentos no bolso da camisa. Ato contínuo, ADALBERTO, na fila do caixa, foi reconhecido pelo funcionário que mais cedo o flagrou achando o cartão de crédito/débito naquele supermercado, ocasião em que falou com o segurança que, abordando ADALBERTO, encontra o referido cartão em pedaços no seu bolso. Levado à delegacia policial da circunscrição, o delegado indicia ADALBERTO no crime de falsificação de documento particular na forma tentada (CP, art. 298 n/f 14, II). Analisando o caso aventado, indaga-se se assiste razão ao delegado, justificando sua resposta. 
RESPOSTA: Seria pelo Art. 298, paragrafo único na forma consumada, pois ocorreu a falsificação do documento por parte de Adalberto. 
QUESTÃO OBJETIVA 
21) Quanto ao crime de moeda falsa (CP, art. 289), é correto afirmar que: 
a) o bem jurídico tutelado é o patrimônio. 
b) não cabe a forma tentada. 
c) se trata de delito de tendência interna transcendente mutilado e de dois atos. 
d) se trata de crime próprio.

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