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0 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL ALYNE MOREIRA ELIZIA DE SOUZA LUCIMARA DAMIAN KILDER LUCIMARA DE NAZARE RODRIGUES LOPES MARILEI DEON ARRUDA NR-12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS CAXIAS DO SUL 2014 1 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL ALYNE MOREIRA ELIZIA DE SOUZA LUCIMARA DAMIAN KILDER LUCIMARA DE NAZARE RODRIGUES LOPES MARILEI DEON ARRUDA NR-12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Trabalho acadêmico de sala de aula apresentado à disciplina de Administração de Operações I. Universidade de Caxias do Sul. Prof. Ivandro Amelio Mariani CAXIAS DO SUL 2014 2 RESUMO Está em vigor a normativa regulamentadora NR 12, reformulada com o foco de reduzir os acidentes com trabalhadores e usuários de equipamentos industriais. A norma traz informações e exigências para a segurança de máquinas e seus trabalhadores, estendendo esta visão desde o projeto até o seu sucateamento. Os procedimentos de trabalho e segurança conforme a norma deve ser desenvolvida de forma específica, padronizada e com descrição detalhada de cada tarefa, a partir da análise de risco. O operador deve efetuar inspeção rotineira e, se constatadas anormalidades que afetem a segurança, as atividades devem ser interrompidas e comunicadas. Fiscais do Ministério do Trabalho estão realizando intervenções em empresas de todos os portes em todo o País e há sérias consequências caso as exigências não sejam atingidas. Palavras- chaves: Normas. NR 12. Exigências. Segurança. Acidentes. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4 2 CONCEITO .............................................................................................. 5 3 ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES .................................................... 7 4 MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO AJUSTES E REPAROS ........................... 9 5 TRANSPORTE DE MATERIAIS ........................................................... 11 6 DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA .............. 12 7 SISTEMAS DE SEGURANÇA .............................................................. 15 8 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA ......................... 18 9 SINALIZAÇÃO ....................................................................................... 19 10 RISCOS ADICIONAIS ............................................................................ 21 11 ASPECTOS ERGONÔMICOS ............................................................... 22 12 IMPACTOS JURÍDICOS ........................................................................ 23 13 ESTUDO DE CASO ............................................................................... 26 14 CONCLUSÃO ....................................................................................... 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 30 4 1 INTRODUÇÃO As principais abordagens sobre a NR12 que serão apresentadas neste trabalho, tem como objetivo informar, orientar e tornar acessível aos seus leitores conhecimentos para sua aplicabilidade no meio operacional industrial. A Norma se mostra muito criteriosa e rígida em seus dispostos regulamentadores para máquinas, equipamentos e instalações, porém apesar de tanta complexidade, as organizações devem enquadrar o seu cronograma financeiro para se adaptar as exigências normativas, de forma simples, funcional e econômica em prol da integridade física e mental de seus colaboradores. 5 2 CONCEITO Está em vigor a NR 12- Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos aprovada pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, com princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores em seu local de trabalho. Estabelecendo requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, sendo eles novos e usados, de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título. Sua última atualização foi feita em 11/12/13 através da Portaria MTE n.º 1.893, de 09 de dezembro de 2013, onde a mesma trata de várias modificações dentre elas a inclusão de medidas em plataformas e escadas de acesso a áreas elevadas. A redação atual da NR-12 teve seu texto atualizado em 17/12/10, onde seu texto original redigido em 06/07/1978 tinha apenas 06 páginas e passou a ter 80 páginas e atualmente a NR-12 tem 85 páginas. A NR-12 passou por sete atualizações até o momento: 1º - 06 de junho de 1983 2º - 24 de outubro de 1994 3º - 28 de janeiro de 1996 4º - 28 de janeiro de 1997 5º - 17 de dezembro de 2010 6º - 08 de dezembro de 2011 7º - 09 de dezembro de 2013 Entende-se como fase de utilização a construção, transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento. Essa lei faz uma série de exigências às empresas, as quais são consideradas medidas de proteção as quais são, conforme a Portaria SIT 233/2011: a) medidas de proteção coletiva; b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e c) medidas de proteção individual. 6 O objetivo da Nova NR12 é de em médio prazo ter máquinas e equipamentos realmente seguros, fazendo com que o empregador adote medidas de proteção para o trabalho, capazes de garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores envolvidos, e ainda, medidas apropriadas para pessoas com deficiências, sendo elas direta ou indiretamente ligadas ao trabalho. Além de regulamentos e exigências, a norma traz adequação que já estavam em utilização há alguns anos, além de apontar a necessidade de informação e capacitação dos trabalhadores, com explicações claras sobre o que é necessário, para que assim, a atualização seja contínua e eficaz. A Norma trabalha com o conceito de falha segura, ou seja, qualquer que for a falha no sistema, deve-se ir para uma situação segura, que não coloque em risco os usuários e na elaboração de projetos, deve-se implantar uma análise de riscos e especificações técnicas para os fornecedores também, com controle de toda a documentação e o planejamento de manutenção e processo produtivo, com o treinamento do pessoal envolvido. 7 3 ARRANJO FÍSICO E INSTALAÇÕES Há inúmeras exigências para as empresas e entre elas definido que nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com asnormas técnicas oficiais. Além dessa outras adequações são exigidas, as quais são: � As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura. � As áreas de circulação devem ser mantidas permanentemente desobstruídas. � Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas externas. � Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho. � A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa. � As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, movimentem-se com segurança. � Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem: � Ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes; � Ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e � Ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos. 8 � As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade. � As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. � A instalação das máquinas estacionárias deve respeitar os requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto à fundação, fixação, amortecimento, nivelamento, ventilação, alimentação elétrica, pneumática e hidráulica, aterramento e sistemas de refrigeração. � Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles devem possuir travas. � As máquinas, as áreas de circulação, os postos de trabalho e quaisquer outros locais em que possa haver trabalhadores devem ficar posicionados de modo que não ocorram transporte e movimentação aérea de materiais sobre os trabalhadores. 9 4 MANUTENÇÃO, INSPEÇÃO, AJUSTES E REPAROS As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha ou sistema informatizado, com os seguintes dados: � Cronograma de manutenção; � Intervenções realizadas; � Data da realização de cada intervenção; � Serviço realizado; � Pecas reparadas ou substituídas; � Condições de segurança do equipamento; � Indicação conclusiva quanto às condições de segurança da maquina; � Nome do responsável pela execução das intervenções. A manutenção, inspeção, reparos, limpeza, ajuste e outras intervenções que se fizerem necessárias devem ser executadas por profissionais capacitados, qualificados ou legalmente habilitados, formalmente autorizados pelo empregador, com as máquinas e equipamentos parados e adoção dos seguintes procedimentos: � Isolamento e descarga de todas as fontes de energia das máquinas e equipamentos, de modo visível ou facilmente identificável por meio dos dispositivos de comando; � Bloqueio mecânico e elétrico na posição “desligado” ou “fechado” de todos os dispositivos de corte de fontes de energia, a fim de impedir a reenergização, e sinalização com cartão ou etiqueta de bloqueio contendo o horário e a data do bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável; � Medidas que garantam que à jusante dos pontos de corte de energia não exista possibilidade de gerar risco de acidentes; � Medidas adicionais de segurança, quando for realizada manutenção, inspeção e reparos de equipamentos ou máquinas sustentados somente por sistemas hidráulicos e pneumáticos; e, Sistemas de retenção com trava mecânica, 10 para evitar o movimento de retorno acidental de partes vasculhadas ou articuladas abertas das máquinas e equipamentos. A manutenção de maquinas e equipamentos contemplara, dentre outros itens, a realização de ensaios não destrutivos – END, nas estruturas e componentes submetidos a solicitações de forca e cuja ruptura ou desgaste possa ocasionar acidentes. Os ensaios não destrutivos – END, quando realizados, devem atender as normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, normas técnicas internacionais. Nas manutenções das maquinas e equipamentos, sempre que detectado qualquer defeito em peça ou componente que comprometa a segurança, deve ser providenciada sua reparação ou substituição imediata por outra peca ou componente original ou equivalente, de modo a garantir as mesmas características e condições seguras de uso. 11 5 TRANSPORTE DE MATERIAIS Os movimentos dos transportes de matérias devem ser protegidos, menos os transportes contínuos de correia com altura da correia maio que 2,70 metros, se estiver em um local onde não haja circulação de pessoal, e também transportes de correia com proteção fixa distante, com restrição de pessoas, desde que atenda os dispostos no item 12.51. Os transportes com correia com borda maior que 2,70 metros, devem possuir passarelas em ambos os lados e transportes com correia de largura 762 milímetros ou 30 polegadas, apenas de um lado, ou usar plataformas moveis, menos os transportes moveis articulados. Os elementos de suspensão de carga devem ser adequados e resistentes e só devem ser utilizados, para a carga que foi projetada. São proibidos os movimentos reversos durante os transportes. E também pessoas em cima dos veículos antes ou durante a movimentação, mas quando for preciso pode se usar bloqueios no caso de movimentos perigosos. Movimento de pessoas sobre transportes contínuos dever ser feito sobe uma passarela e permitir essas passagens em locais protegidos. Transportes disponíveis aos trabalhadores devem conter dispositivos de parada de emergência, a menos que não seja necessário. Deve ser usadas medidas de segurança para que não haja pessoas sem autorização em cima das cargas durante o movimento. Os transportes contínuos de correia devem possuir dispositivos de segurança em caso de falha durante a operação interrompa o funcionamento da maquina. 12 6 DISPOSITIVOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA Os dispositivos de partida, acionamento e parada das maquinas devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que: � Não se localizem em suas zonas perigosas; � Possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador; � Impeçam acionamento ou desligamentoinvoluntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; � Não acarretem riscos adicionais; e � Não possam ser burlados. Os comandos de partida ou acionamento das maquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas. Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as mãos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando: Possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (cinco segundos); � Estar sob monitoramento automático por interface de segurança; � Ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais; � O sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando; � Possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental; � Possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo de comando bimanual; e 13 � Tornar possível o reinicio do sinal de saída somente apos a desativação dos dois dispositivos de atuação do comando. Nas maquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bimanuais, a atuação síncrona e requerida somente para cada um dos dispositivos de comando bimanuais e não entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade entre si. Os dispositivos de comando bimanual devem ser posicionados a uma distancia segura da zona de perigo, levando em consideração: � A forma, a disposição e o tempo de resposta do dispositivo de comando bimanual; � O tempo máximo necessário para a paralisação da maquina ou para a remoção do perigo, apos o termino do sinal de saída do dispositivo de comando bimanual; e � A utilização projetada para a máquina. Os comandos bimanuais móveis instalados em pedestais devem: � Manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e � Possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador em sua posição de trabalho. Nas maquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais de uma pessoa, o numero de dispositivos de acionamento simultâneos deve corresponder ao numero de operadores expostos aos perigos decorrentes de seu acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador. Deve haver seletor do numero de dispositivos de acionamento em utilização, com bloqueio que impeça a sua seleção por pessoas não autorizadas. O circuito de acionamento deve ser projetado de modo a impedir o funcionamento dos comandos habilitados pelo seletor enquanto os demais comandos não habilitados não forem desconectados. Os dispositivos de acionamento simultâneos, quando utilizados dois ou mais, devem possuir sinal luminoso que indique seu funcionamento. As maquinas ou equipamentos concebidos e fabricados para permitir a utilização de vários modos de comando ou de funcionamento que apresentem níveis 14 de segurança diferentes, devem possuir um seletor que atenda aos seguintes requisitos: � Bloqueio em cada posição, impedindo a sua mudança por pessoas não autorizadas; � Correspondência de cada posição a um único modo de comando ou de funcionamento; � Modo de comando selecionado com prioridade sobre todos os outros sistemas de comando, com exceção da parada de emergência; e � A seleção deve ser visível, clara e facilmente identificável. As maquinas e equipamentos, cujo acionamento por pessoas não autorizadas possam oferecer risco a saúde ou integridade física de qualquer pessoa, devem possuir sistema que possibilite o bloqueio de seus dispositivos de acionamento. O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando de um conjunto de maquinas e equipamentos ou de maquinas e equipamentos de grande dimensão devem ser precedidos de sinal sonoro de alarme. Devem ser adotadas, quando necessárias, medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dispositivos de telecomunicação, considerando as características do processo produtivo e dos trabalhadores. O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico de maquinas deve possuir, no mínimo, dois contadores com contatos positivamente guiados, ligados em serie, monitorados por interface de segurança ou de acordo com os padrões estabelecidos pelas normas técnicas nacionais vigentes e, na falta destas, pelas normas técnicas internacionais, se assim for indicado pela analise de risco, em função da severidade de danos e frequência ou tempo de exposição ao risco. 15 7 SISTEMAS DE SEGURANÇA As zonas de perigo das maquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções moveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem perigo, deve considerar as características técnicas da maquina e do processo de trabalho e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a atingir o nível necessário de segurança previsto nesta Norma. Os sistemas de segurança devem ser selecionados e instalados de modo a atender aos seguintes requisitos: � Correspondência de cada posição a um único modo de comando ou de funcionamento; � Ter categoria de segurança conforme previa analise de riscos prevista nas normas técnicas Dispositivos de partida, acionamento e parada. � Os dispositivos de partida, acionamento e parada das maquinas devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que: � Não se localizem em suas zonas perigosas; � Possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador; � Impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; � Não acarretem riscos adicionais; e � Não possam ser burlados. Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas. Quando utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanuais, visando a manter as mãos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando: 16 � Possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s (cinco segundos); � Estar sob monitoramento automático por interface de segurança; � Ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando. � Bi manual somente durante a aplicação dos dois sinais; � O sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando; � Possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental; � Possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo decomando bi manual; e � Tornar possível o reinicio do sinal de saída somente apos a desativação dos dois dispositivos de atuação do comando. Os comandos bimanuais móveis instalados em pedestais devem: � Manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e � Possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador em sua posição de trabalho. As máquinas e equipamentos comandados por radiofrequência devem possuir proteção contra interferências eletromagnéticas acidentais. Os componentes de partida, parada, acionamento e outros controles que compõem a interface de operação das maquinas devem: � Operar em extra baixa tensão de ate 25V (vinte e cinco volts) em corrente alternada ou de ate 60V (sessenta volts) em corrente continua; e � Possibilitar a instalação e funcionamento do sistema de parada de emergência. 17 O circuito elétrico do comando da partida e parada do motor elétrico de maquinas deve possuir, no mínimo, dois contadores com contatos positivamente guiados, ligados em serie, monitorados por interface de segurança ou de acordo com os padrões estabelecidos pelas normas técnicas nacionais vigentes e, na falta destas, pelas normas técnicas internacionais, se assim for indicado pela analise de risco, em função da severidade de danos e frequência ou tempo de exposição ao risco. 18 8 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA Os procedimentos de trabalho e segurança conforme normatização deve: 12.130. Ser desenvolvidos de forma específica, padronizada e com descrição detalhada de cada tarefa, a partir da análise de risco. 12.130.1. Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas de proteção adotadas para se prevenir acidentes, sendo considerados complementos e não substitutos das medidas de proteção coletivas necessárias para a garantia de segurança e saúde dos trabalhadores. 12.131. Ao início de cada turno de trabalho ou nova preparação de máquina ou equipamento, o operador deve efetuar inspeção rotineira das condições de operacionalidade e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a segurança, as atividades devem ser interrompidas, com a comunicação ao superior hierárquico. 12.132. Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam riscos de acidentes de trabalho devem ser planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, sob supervisão e anuência expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados. 12.132.1. Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de trabalho devem ser precedidos de ordens de serviços –OS – específicas, contendo no mínimo: a) A descrição do serviço; b) A data e o local de realização; c) O nome e a função dos trabalhadores; d) Os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, conforme procedimentos de trabalho e segurança. 19 9 SINALIZAÇÃO As sinalizações em máquinas e equipamentos contribuem para garantir a segurança de todos os envolvidos. São exigidas pela NR12 as seguintes medidas: � As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores. � A sinalização de segurança compreende a utilização de core, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de comunicação de mesma eficácia. � A sinalização, inclusive cores, das máquinas e equipamentos utilizados nos setores alimentícios, médicos e farmacêuticos deve respeitar a legislação o sanitária vigente, sem prejuízo da segurança e saúde dos trabalhadores ou terceiros. � A sinalização de segurança deve ser adotada em todas as fases de utilização e vida útil das máquinas e equipamentos. � A sinalização de segurança deve: ficar destacada na máquina ou equipamento; ficar em localização clara e visível e; ser de fácil compreensão. � Os símbolos, inscrições e sinais luminosos e sonoros devem seguir os padrões instituídos pelas normas técnicas nacionais vigentes e em sua falta, pelas normas técnicas internacionais. � As inscrições das máquinas e equipamentos devem ser escritas em português brasileiro e ser legíveis. � As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou equipamento a que se referem, e não de ser utilizada somente a inscrição de “perigo”. � As inscrições e símbolos devem ser utilizados nas máquinas e equipamentos para indicar as suas especificações e limitações técnicas. Devem ser adotados, sempre que necessários sinais ativos de aviso ou de alerta tais como: sinais luminosos e sonoros intermitentes, que indiquem a ameaça de um acontecimento perigoso, de modo que: 20 � Sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso; � Não sejam ambíguos; � Sejam compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados; e � Possam ser inequivocamente reconhecidos pelos trabalhadores. � Exceto quando houver previsão em outras Normas Regulamentadoras, devem ser adotadas as seguintes cores de sinalização de segurança das máquinas e equipamentos: � A) Amarelo: Para proteções fixas e móveis: exceto quando com os movimentos perigosos estiverem enclausurados na própria carenagem ou estrutura da máquina ou equipamento, ou quando tecnicamente inviável. Para componentes mecânicas de retenção, dispositivos e outras partes destinadas à segurança e gaiolas das escadas, corrimão e sistemas de guarda-corpo e rodapé. � B) Azul: Para comunicação de paralisação e bloqueio de segurança para manutenção. � As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma devem possuir em local visível as informações permanentes, contendo: a) Razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador; b) Informações sobre tipo, modelo e capacidade; c) Número de série ou identificação, e ano de fabricação; d) Número de registro do fabricante ou importador no CREA; e e) Peso da máquina ou equipamento. � As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma devem possuir em local visível as informações permanentes, contendo: � Para advertir os trabalhadores sobre os possíveis perigos, devem ser instalados, se necessários, dispositivos indicadores de leitura qualitativa ou quantitativa ou de controle de segurança. � Os indicadores devem ser de fácil leitura e distinguíveis uns dos outros. 21 10 RISCOS ADICIONAIS Para fins de aplicação desta Norma, devem ser considerados os seguintes riscos adicionais: � Substâncias perigosas quaisquer, sejam agentes biológicos ou agentes químicos em estado sólido, líquido ou gasoso, que apresentem riscos à saúde ou integridade física dos trabalhadores por meio de inalação, ingestão ou contato com a pele, olhos ou mucosas; � Radiações ionizantes geradas pelas máquinas e equipamentos ou provenientes de substâncias radiativas por eles utilizadas, processadas ou produzidas; � Radiações não ionizantes com potencial de causar danos à saúde ou integridade física dos trabalhadores; � Vibrações; � Ruído; � Calor; � Superfícies aquecidas acessíveis que apresentem risco de queimaduras causadas pelo contato com a pele. Devem ser adotadas medidas de controle dos riscos adicionais provenientes da emissão ou liberação de agentes químicos, físicos e biológicos pelas máquinas e equipamentos, com prioridade à sua eliminação, redução de sua emissãoou liberação e redução da exposição dos trabalhadores, nessa ordem. As máquinas e equipamentos que utilizem, processem ou produzam combustíveis, inflamáveis, explosivos ou substâncias que reagem perigosamente devem oferecer medidas de proteção contra sua emissão, liberação, combustão, explosão e reação acidentais, bem como a ocorrência de incêndio. Devem ser adotadas medidas de proteção contra queimaduras causadas pelo contato da pele com superfícies aquecidas de maquinas e equipamentos, tais como a redução da temperatura superficial, isolação com materiais apropriados e barreiras, sempre que a temperatura da superfície for maior do que o limiar de queimaduras do material do qual e constituída, para um determinado período de contato. 22 11 ASPECTOS ERGONÔMICOS Antes de entrar nos aspectos ergonômicos, é importante citar que a ergonomia é uma ciência multidisciplinar que usa conhecimentos de várias ciências tais como: anatomia, biomecânica, etc. A ergonomia pode ser aplicada em diversos setores da atividade produtiva, diante do exposto, sua aplicação se deu na agricultura, mineração e, sobretudo na indústria. O conhecimento adquirido da capacidade e habilidade humana para estudar suas limitações e concomitantes a dos sistemas, organizações, máquinas, ferramentas, e produtos de consumo de modo a torná-los mais seguros, eficientes, e confortáveis para o uso humano. Como demonstrado a seguir os pontos de alteração para NR-12. As máquinas e equipamentos devem ser projetados, construídos e mantidos com observância aos seguintes aspectos: � Localização e distância de forma a permitir manejo fácil e seguro; � Instalação dos comandos mais utilizados em posições mais acessíveis ao operador; � Visibilidade, identificação e sinalização que permita serem distinguíveis entre si; � Favorecimento do desempenho e a confiabilidade das operações, com redução de probabilidades de falhas na operação. Por fim, assegurar a instalação dos elementos de acionamento manual, com o intuito de facilitar a execução da manobra, fazendo proteção de forma a evitar movimentos involuntários. 23 12 IMPACTOS JURÍDICOS Com a necessidade de adequação, devido à normativa, é inevitável que custos, em muitos casos, bem altos, sejam gerados para que as máquinas fiquem em conformidade afim de também evitar os impactos jurídicos causados pelo descumprimento das exigências, as quais podem sem bem rígidas. A chegada de uma fiscalização numa pequena empresa pode ser fatal e levar ao encerramento de atividades e perda de empregos. Algumas consequências: � Repercussões na mídia; � Pressões sindicais; � Ações e autuações do ministério do trabalho e emprego; � Ações do ministério público do trabalho; � Indenizações judiciais; � Pressupostos da responsabilidade civil; � O dano; � O nexo causal; � Culpa do empregador. Danos: � Material; � Moral; � Estético; � Qualquer outro prejuízo. Bens morais: � Equilíbrio psicológico; � Bem estar; � Normalidade na vida; � Reputação; � Relacionamento social; � Liberdade; 24 � Danificação: desequilíbrio psicológico, desânimo, dor, medo, angústia, abatimento, dificuldade de relacionamento social, vergonha. Causalidade direta: Nexo causal ficará caracterizado quando o acidente ocorre “pelo exercício do trabalho a serviço da empresa” Art. 86 do Código Civil (2002): “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”. O acidente do trabalho pode ocorrer por culpa do empregador, sem que tenha ocorrido violação legal ou regulamentar de forma direta. Exige-se do empregador o dever de observar uma regra genérica de diligência, uma postura de cuidado permanente, a obrigação de adotar todas as precauções para não lesar o empregado (O.S.G.). � Imprudência: comportamento açodado, precipitado, apressado, exagerado ou excessivo. � Negligência: o agente se omite, deixa de agir quando devia fazê-lo e deixa de observar regras administradas pelo bom senso, que recomendam cuidado, atenção e zelo. � Imperícia: a atuação profissional sem o necessário conhecimento técnico ou científico que desqualifica o resultado e conduz ao dano. Constituição Da República Art.7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: ...XXII: redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. ...”XXVIII: seguro contra acidentes do trabalho, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando ocorrer endolo ou culpa.” Conforme Artigo 157 da CLT cabe às empresas: I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II. Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III. Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV. Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. 25 Conforme Artigo 184 da CLT as máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. ANR12 do Ministério do Trabalho, no seu item 12.1.2 determina que “os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos de vem ser vistoriados e limpos, sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem escorregadios”, de modo a permitir que os trabalhadores possam movimentar-se com segurança. Responde pela reparação dos danos morais e materiais experimentados pelo empregado que sofre acidente do trabalho em razão do descumprimento desta norma técnica a empresa que pratica ato ilícito, com substancia do em conduta omissiva de descumprir obrigação legal de observar as normas de segurança e medicina do trabalho (artigo157daCLT)e ainda deixa de implantar medidas de segurança e programas de prevenção de acidentes ,como a tanto estão obrigados todos os empregadores(por exemplo os PPRA e PCMSO exigidos nas NR-07eNR-09 do Ministério do Trabalho)para evitar que os equipamentos usados como fatores de sua produção venha mais atingir os trabalhadores e sua higidez física. 26 13 ESTUDO DE CASO Para ilustrar o estudo de caso buscamos pesquisar empresas que tem um porte médio, onde gira um maior número de funcionários e contém um parque fabril com número considerável de equipamentos. O segmento pesquisado foi à indústria através da empresa Tedesco Equipamentos para Gastronomia. A situação encontrada na Tedesco representa de forma resumida a situação de todo setor metal mecânico de Caxias do sul, as vistorias na empresa feitas pelos fiscais do ministério do trabalho são realizadas de acordo com cronograma estipulado pela empresa e pelo MTE. Em entrevista feita com um dos Engenheiros da Tedesco, Ezequiel Vieira, nos responde alguns questionamentos que seguem abaixo: 1. Como é tratado o assunto NR-12 dentro da Empresa? Ezequiel Vieira: - Na empresa temos um departamento de segurança do trabalho aonde o técnico de segurança juntamente com a CIPA é responsável por acompanhar e cobrar da empresa o atendimentos aos requisitos da NR-12 em todos os equipamentos aplicáveis. 2. De que forma a Tedesco sabe quais equipamentos devem ser adequados a NR-12? Ezequiel Vieira: - No caso da Tedesco temos internamente o setor deengenharia que tem total domínio da NR-12 e que juntamente com departamento de segurança elabora o plano de risco de cada equipamento avaliando quais são as reais necessidades de adequação de cada equipamento. 3. Quais são os equipamentos na Tedesco que foram ou estão sendo adequados aos requisitos da NR-12? Ezequiel Vieira – A Tedesco possuem diversos equipamentos, entre eles modelos atuais e outros equipamentos mais antigos, por exemplo, na sua planta de Caxias do Sul a empresa tem equipamentos como guilhotinas, dobradeiras excêntricas e CNC, prensas excêntricas e hidráulicas, serras circulares automatizadas, maquinas de corte através de plasma e puncionadeiras. 27 Equipamentos com valores agregados maiores como puncionadeiras, plasma e dobradeiras foram adaptadas de acordo com os requisitos da NR-12 já equipamentos como prensas e guilhotinas foram avaliados se o valor do investimento para se adequar compensaria por serem equipamentos mais antigos, caso a critério da empresa algum equipamento seja verificado a não viabilidade de adequação o mesmo deve ser destruído de forma que nenhum outro terceiro possa utilizar o equipamento e registrado que o equipamento foi descartado através de evidências fotográficas. 4. Qual é o controle que o MTE tem sobre os equipamentos que a empresa deve adequar? Ezequiel Vieira – A empresa elabora um croqui com todos os equipamentos contidos na sua planta e apresenta ao MTE com os prazos para adequação dos equipamentos, o MTE analisa o croqui e os prazos de execução e retorna a empresa com seu parecer, aceitando os prazos o MTE realiza visitas esporádicas para verificar o andamento das adequações. 5. Quais são os custos para se adequar um equipamento? Ezequiel Vieira – é muito relativo, pois tem equipamentos que necessitam apenas de proteções mecânicas já outras precisam de proteções mecânicas e elétricas. Para se adequar um equipamento sem nenhuma proteção o custo gira em torno de R$10.000,00 a 20.000,00 por equipamento. 6. Quais os benefícios que a NR12 trouxe para a Tedesco? A implantação da NR-12 trás a empresa inúmeros benefícios, na Tedesco podemos observar que o número de acidentes foram reduzidos, porém não só pelo fato das maquinas terem sido adaptadas aos requisitos da NR-12 mas também pelo fato dos funcionários terem se conscientizado a realizar somente operações seguras. 7. Como a empresa consegue mensurar esses benefícios depois da sua implantação? Através de quais indicadores? A Tedesco percebeu que o número de acidentes foi reduzido consequentemente reduzindo o numero de funcionários inativos, todos os 28 indicadores relacionados aos acidentes são acompanhados pelo departamento de segurança que faz o acompanhamento das CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho) emitidas. 8. Os funcionários sentiram a diferença que a NR12 trouxe para eles? Sim, todos os funcionários relacionados a áreas de produção receberam treinamento de segurança que levaram todos eles a conscientização 9. Eles tiveram resistência? Se sim, como lidaram com isso? Devido aos treinamentos não foi encontrado resistência por partes dos funcionários. 10. A empresa consegue identificar os retornos financeiros que essa regulamentação teve para sua empresa? Por enquanto somente os custos de adaptação não se pagaram. 29 14 CONCLUSÃO No Brasil, as normas regulamentadoras surgiram para regulamentar e fornecer orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho, tanto para o empregador quanto ao empregado. A NR12 para ser adequada nas empresas, acreditamos fazer-se necessária a integração de outras normas como: NR4 (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), NR10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade), NR18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), NR26 (Sinalização de Segurança), NR28 (Fiscalização e Penalidades). Atualmente, o conceito de capital humano tem sido muito evidenciado nas organizações e é considerado como o seu maior patrimônio. Entretanto, se os seus colaboradores não forem capacitados e os ambientes de trabalho ajustados conforme as normas dispostas para garantir a integridade dos mesmos, consequentemente, a empresa acarretará diversos e grandes prejuízos. A NR12 por fim, é mais uma Norma que existe para proteger, assegurar a vida no ambiente profissional e a otimização eficiente da produção sem riscos. Sabe-se que, o melhor caminho sempre será aquele que se evita totalmente o perigo, e que para isso, cada dispositivo de proteção coletiva criada, necessitará ser simples em sua fabricação e instalação, eficiente e econômico, além de facilmente removível, para permitir sua manutenção. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAÚ, Enga Mec. Marli Teresinha. A Nova NR12 e as grandes mudanças para as empresas e os usuários. 2013. Disponível em: <http://www.crea- sc.org.br/portal/index.php?cmd=artigos-detalhe&id=2661#.U5782ZRdXXp>. Acesso em: 15 maio 2014. BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Título II: Dos Direitos e Garantias Fundamentais. Ementa Constitucional nº 64 de 04 de Fevereiro de 2010. BRASIL. Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do Trabalho. HALISON, Gleyson. NR 12 Resumo Prático. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/69436461/NR-12-Resumo-Pratico. Acesso em: 30.abr.2014. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Constituição (2013). Norma Regulamentadora nº 3214, de 08 de junho de 1978. MTE nº1893. Nr-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. n. 197, p. 1-85. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A4295EFDF0142FC261E820E2C/NR-12 (atualizada 2013) III - (sem 30 meses).pdf>. Acesso em: 10 maio 2014. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-12 - Máquinas e Equipamentos. 2013.
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