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Fortuna de Eike encolhe para US$ 70 mi — mas pode zerar, diz Bloomberg 
Dívidas das empresas X podem fazer patrimônio do empresário passar para o 
campo negativo 
Por Da Redação 
access_time3 out 2013, 20h28 
http://veja.abril.com.br/economia/fortuna-de-eike-encolhe-para-us-70-mi-mas-pode-zerar-diz-bloomberg/ 
 
Empresário Eike Batista (Alisson Gontijo/O Tempo/VEJA) 
A revista norte-americana Bloomberg Businessweek estampou o empresário Eike 
Batista na capa da edição que chegou às bancas nesta quinta-feira. Em reportagem 
especial, a publicação conta a ‘incrível’ história de ascensão e queda do ex-bilionário 
que chegou a ser o oitavo homem mais rico do mundo em 2012, com uma fortuna 
avaliada em mais de 34 bilhões de dólares. Contudo, segundo a publicação, o 
patrimônio do empresário não só derreteu, como também pode estar negativo – ou 
seja, ele pode estar enfrentando uma situação em que suas dívidas superam a 
fortuna que restou. 
 
 
 
BusinessWeek (VEJA) 
Um vídeo que acompanha a reportagem afirma ainda que, apesar de 
a Bloomberg contabilizar a riqueza de Eike no patamar de 70 milhões de dólares, o 
editor Matthew Miller, responsável pelo ranking de bilionários criado pela rede 
americana, afirma que o patrimônio do empresário pode ter evaporado 
completamente. Segundo Miller, a dinâmica de vender ativos em uma empresa para 
saldar dívidas de outra, expediente usado por Eike nos últimos meses, pode ter 
minado todos os seus recursos, ainda que não haja comprovação disso até o 
momento. Com uma fortuna de cerca de 70 milhões de dólares, o empresário não 
conseguirá fazer um aporte de 1 bilhão de dólares na OGX nos próximos meses, 
conforme a empresa exige valendo-se dos termos do acordo de acionistas. “Há 
grande chances de ele já estar com o patrimônio negativo”, diz Miller. 
 
De acordo com a reportagem, sinais de que as coisas não iam bem poderiam ter 
sido notados desde 2010, quando o empresário começou a vender fatias de suas 
empresas a investidores estrangeiros, como a Mubadala, empresa de investimentos 
do fundo soberano de Abu Dhabi. A Businessweek ainda afirma que investidores 
tiraram lições valiosas do colapso das empresas de Eike. Uma delas é a de nunca 
mais investir em empresas de petróleo que ainda não estão produzindo nada. 
 
“Batista vendeu seus aviões e seu helicóptero, e credores estão brigando pelo 
que restou de suas empresas. Ele não está mais no ranking de bilionários e se 
tornou alvo de piadas no Brasil. Uma dela sugere que o papa Francisco planeja 
retornar ao país logo e visitará os pobres, incluindo Batista”, diz o texto. 
O empresário protagonizou na terça-feira um calote de cerca de 45 milhões de 
dólares em juros que deveriam ser pagos a investidores sobre títulos da OGX. Eike 
tem até o final do mês para pagar os juros antes de ser considerado, oficialmente, 
caloteiro. 
 
1. Endividamento 
 
 (Divulgação/OGX/VEJA) 
 
Quando a OGX estreou na bolsa, em junho de 2008, captou nada menos que 6,7 
bilhões de reais. No final daquele ano, o empresário Eike Batista tinha um caixa de 
7,5 bilhões de reais para começar a operar sua petroleira. Hoje, o endividamento da 
empresa, segundo dados do balanço do primeiro trimestre, é de 7,9 bilhões de reais. 
A maior parte dessa dívida (95%) está em dólar, na forma de bônus. Como os ativos 
da empresa não passam de 4,2 bilhões de reais, o empresário terá de diluir sua 
participação na OGX para conseguir equilibrar a situação. Segundo informações do 
jornal Valor Econômico, a OGX deverá reestruturar sua dívida em bônus e 
investidores que compraram os títulos sairão perdendo. 
 
O que dizia o prospecto: "Pretendemos financiar nossos futuros dispêndios de 
capital com os recursos obtidos através desta Oferta (abertura de capital), com o 
fluxo de caixa das operações e com contratos de financiamento futuros, que poderão 
incluir formas de financiamento de capital que diminuam a participação dos nossos 
acionistas. Nosso fluxo de caixa das operações e acesso ao capital estão sujeitos a 
uma série de variáveis. (...) Se deixarmos de gerar ou de obter capital adicional 
suficiente no futuro, poderíamos ser compelidos a reduzir ou postergar nossos 
desembolsos de capital, vender bens ou reestruturar ou refinanciar nosso 
endividamento, o que poderia afetar adversamente os resultados de nossas 
operações e nossa situação financeira." 
 
 
2. Falta de caixa 
 
 (Ricardo Moraes/Reuters/VEJA) 
 
Bancos preveem a possibilidade de a empresa ficar sem recursos no terceiro 
trimestre. "A OGX encerrou o primeiro trimestre com uma posição de caixa de 2,3 
bilhões de reais. Atualmente, estimamos que a companhia ficará sem recursos no 
terceiro trimestre de 2013", afirmou o Deutsche Bank, em relatório. Já o HSBC 
afirmou que se a empresa não receber um aporte de, no mínimo, 1 bilhão de 
dólares, poderá ficar sem caixa em 12 meses. 
 
O que dizia o prospecto - "Não temos histórico operacional e nosso desempenho 
futuro é incerto. A KPMG incluiu um parágrafo em seu relatório indicando que nos 
encontramos em fase pré-operacional e somos dependentes do suporte financeiro 
de nossos acionistas e/ou terceiros até que nossas operações se tornem rentáveis. 
(...) Podemos enfrentar desafios e incertezas no planejamento financeiro devido à 
ausência de dados históricos disponíveis e às incertezas relativas à natureza, ao 
escopo e aos resultados das nossas atividades futuras. Caso um ou mais de nossos 
projetos deixem de ser concluídos, se atrasem ou sejam cancelados, nossos 
resultados operacionais serão afetados de modo adverso e nossas operações 
diferirão significativamente das atividades descritas neste prospecto". 
 
 
3. Estimativas furadas 
 
 (Divulgação/VEJA) 
 
Quando captou recursos com investidores para criar a OGX, o empresário vendeu a 
ideia partindo da estimativa de que produziria 40 mil barris de petróleo por dia. 
Atualmente, as estimativas revisadas da OGX apontam para menos de 5 mil barris 
diários. Tanto o Estudo de Viabilidade inicial, que está presente no prospecto e 
previa um grande volume de petróleo, como a drástica revisão foram feitos pela 
consultoria Degolyer & McNaughton, uma das mais renomadas do setor de óleo e 
gás. 
 
O que dizia o prospecto: Nossas estimativas de potenciais recursos de petróleo e 
gás natural envolvem um grau considerável de incerteza, que poderia afetar de 
modo adverso nossa capacidade de gerar receita. (...) Um risco inerente aos 
recursos potenciais estimados é a possibilidade de que nenhum poço seja 
considerado como recurso potencial economicamente viável. Esta possibilidade de 
não encontrar reservas é intrínseca ao nosso portfolio. Revisões, em nossas 
previsões, que indiquem uma redução em nossas estimativas de potenciais recursos 
poderão ocasionar, no futuro, uma redução nos níveis das projeções previstas, o 
que poderia acarretar um efeito adverso relevante em nossos resultados de 
operações e em nossa situação financeira. (...) Nossos recursos potenciais riscados 
indicados neste prospecto consideram uma probabilidade média de sucesso de 
27%. No entanto, a nossa equipe de exploração, enquanto atuava na Petrobras, 
obteve um índice médio de sucesso de 53% nos últimos 4 anos." 
 
 
 
 
 
 
4. Atrasos 
 
 (Fred Prouser/Reuters/VEJA) 
 
No mundo da exploração de petróleo, atrasos são comuns. Contudo, a OGX atrasou 
mais de um ano para obter a primeira gota de petróleo de seus poços. A expectativa 
era de que a extração começasse no início de 2011 - o que ocorreu, de fato, apenas 
em janeiro do ano seguinte. Fosse a extração relevante, não causaria tanta 
preocupação. O problema é que, além de tantos atrasos, a produção se mostrou 
insignificante. 
O que dizia o prospecto - Além do risco de interrupção do processo de leilão 
público da ANP, poderemos ficar expostos, de mododesproporcional, ao impacto 
dos atrasos ou das interrupções da produção dos poços nas bacias licitadas, 
acarretado por restrições à capacidade de transporte, pela redução da produção ou 
pela interrupção do transporte de petróleo e gás natural produzidos em nossos 
campos. Além disso, condições de mercado desfavoráveis ou a ausência de acordos 
satisfatórios para o transporte de petróleo e gás natural poderão dificultar nosso 
acesso aos mercados de petróleo e gás natural ou atrasar a produção. (...) O 
cronograma de desenvolvimento dos projetos de petróleo e gás natural está sujeito a 
atrasos e ao estouro de custos (orçamento), devido à indisponibilidade ou o alto 
custo das plataformas de perfuração, dos equipamentos, dos suprimentos e da mão 
de obra e dos serviços nos campos de petróleo. 
 
1. Pink Fleet 
 
 (Divulgação/VEJA) 
 
Na segunda metade deste ano, Eike tentou vender seu luxuoso iate, o Pink Fleet, 
mas não encontrou nenhum comprador. O barco é usado como plataforma de 
eventos corporativos na baía de Guanabara. Mas a atividade não tem rendido 
muitos ganhos. Eike, então, se viu obrigado a optar pelo desmanche. Com 
capacidade para 400 pessoas e 54 metros de comprimento, a embarcação dava 
uma despesa mensal de 300 mil reais. 
 
2. Hotel Glória 
 
 (Marcos de Paula/VEJA) 
 
Em junho de 2013, o grupo EBX colocou à venda o Hotel Glória, em um momento 
em que as ações das empresas de Eike sofriam quedas seguidas. O 
empreendimento foi comprado pelo grupo suíço Acron por 225 milhões de reais. 
Eike arrematou o Glória, um dos cartões postais do Rio de Janeiro, com o objetivo 
de transformá-lo no hotel mais luxuoso da cidade. Conseguiu uma linha de 
financiamendo do BNDES de 190 milhões de reais para levantar o hotel até a Copa. 
Eike comprou o hotel em 2008 por 80 milhões de reais e finalmente consegui vendê-
lo em fevereiro deste ano para o fundo suíço Acron. 
 
3. Jatinho 
 
 (Divulgação/VEJA) 
Em meados de maio, o empresário vendeu um de seus três aviões, o Legacy 600, 
da Embraer, segundo melhor jato de sua frota por 14 milhões de dólares, depois de 
tê-lo adquirido por 26 milhões de dólares. Com capacidade para transportar 
dezesseis pessoas, a aeronave, encomendada pelo próprio Eike e adquirida em 
2008, conta com cozinha e dois banheiros e ainda tem autonomia para voar 6.000 
quilômetros sem escalas. 
 
4. OGX 
 
 (Divulgação/VEJA) 
 
A OGX é o centro da crise das empresas de Eike. Seu principal ativo, o campo de 
Tubarão Azul, se provou improdutivo. Desde então, as ações da empresa 
despencam e chegaram a valer 30 centavos na última semana. Desde junho, o 
empresário tem vendido ações da companhia. À época, ele "se livrou" de 56 milhões 
de papéis, arrecadando 75 milhões de reais. Em agosto, foram 152 milhões de 
ações vendidas. Na semana passada, Eike se desfez de mais 177 milhões de 
papéis, o equivalente a 5,49% da empresa. Em nota, a OGX afirmou que as vendas 
"fazem parte de um contínuo processo de aperfeiçoamento da sua estrutura de 
capital, e têm por objetivo cumprir determinadas obrigações financeiras com 
credores da holding EBX". 
 
5. MPX 
 
 (Divulgação/VEJA) 
 
No mês de março, Eike vendeu 24,5% da MPX Energia para a alemã E.ON. Com a 
aquisição, a participação da E.ON no capital da companhia do grupo EBX aumentou 
de 11,7% para 36,2%, já que desde 2012 a alemã havia se tornado acionista. Em 
julho deste ano, prevendo que a empresa de energia era um de seus ativos mais 
valiosos, Eike deixou o controle nas mãos da E.ON para tentar desvincular a MPX 
da crise de credibilidade que o ex-bilionário vem enfrentando. 
 
6. SIX Soluções Inteligentes 
 
 (Fabio Motta/VEJA) 
 
No início de abril, o grupo EBX confirmou a venda de 20% do capital da SIX 
Automação para a IBM, subsidiária da SIX Soluções Inteligentes, empresa de 
tecnologia do conglomerado de Eike Batista. O acordo ainda previa a terceirização 
de atividades operacionais de tecnologia da informação do grupo EBX para a IBM na 
ordem de 1 bilhão de dólares, por um período de dez anos. 
 
7. OSX 
 
 (Divulgação/VEJA) 
 
No mês de agosto, o empresário vendeu 5,38% de seu capital da companhia de 
construção naval OSX. A participação corresponde a 16,8 milhões de papéis. No 
mesmo dia, Eike havia anunciado que venderia 50 milhões de dólares em ações da 
empresa. No dia das vendas, a ação da OSX encerrou cotada a 0,88 real. Até julho, 
o grupo EBX possuía 75,4% da empresa. A OSX possui os ativos mais arriscados 
do grupo: ela foi criada para construir os estaleiros usados pela OGX para a 
exploração de petróleo. Como a atividade da petroleira está em xeque, a existência 
da OSX também. 
 
 
 
8. MMX 
 
 (Divulgação/VEJA) 
 
No início de setembro, o empresário confirmou que estava negociando a venda de 
uma participação na MMX Mineração e do Porto Sudeste. Dentre os possíveis 
compradores, estariam conversando sobre o assunto a mineradora suíça Glencore 
Xstrata, a trade de commodities alemã Trafigura Group e o fundo soberano de Abu 
Dhabi, Mubadala. 
 
 
9. IMX 
 
 (Fred Prouser/Reuters/VEJA) 
 
Ainda em junho deste ano, Eike colocou à venda a IMX, empresa que detém metade 
do Rock in Rio, 5% do Maracanã e da franquia do Cirque de Soleil no Brasil. A 
companhia foi oferecida a diversos fundos de private equities, mas o valor pedido 
assustou os interessados: 500 milhões de reais. A ideia era vender o controle, mas o 
empresário manteria uma participação minoritária. Até agora, os compradores não 
se manifestaram.

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