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CAPITULO 7 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA

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FACULDADE MARTHA FALCAO / DEVRY
AP 07
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA
Prof. DANTAS
2017-2
Conceito;
Fluxo de operações (operacionais investimentos e financiamentos);
Plano de contas (função das contas patrimoniais);
Sistemas de contas;
Elenco de contas;
Práticas
	
1. Conceito
	A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e deve ser incluída no balanço patrimonial.
A DFC permite saber quais foram as entradas e saídas de dinheiro que ocorreram em um período específico, seja no caixa, nas contas bancárias ou nas aplicações financeiras que a empresa possui com liquidez imediata. Com o DFC é possível ainda averiguar qual o resultado causado na empresa por cada uma destas movimentações financeiras.
Entre diversas outras informações, a Demonstração de Fluxo de Caixa aponta onde os recursos financeiros da empresa foram aplicados e qual a origem desses recursos, possibilitando uma melhor gestão das entradas e saídas de dinheiro e evitando desvios e erros.
A Demonstração do Fluxo de Caixa é de extrema importância para o gestor analisar e avaliar a capacidade financeira da empresa, elaborando assim um planejamento financeiro adequado à realidade do momento, para que possa evitar que a empresa fique sem dinheiro disponível em caixa para honrar seus compromissos ou então decidir quais as aplicações mais vantajosas para investir os recursos financeiros disponíveis, seja investindo em ampliações da própria empresa ou colocando o dinheiro em aplicações financeiras externas, como fundos de investimentos.
2. Conceitos de Caixa e Equivalentes de Caixa.
Entende-se por fluxos de caixa os ingressos e saídas de Caixa e equivalentes. (item 3 da NPC 20/1999)
	2.1 Caixa -
	Engloba todas as disponibilidades da empresa existentes nas contas: 
Caixa - dinheiro em poder da própria Entidade;
Bancos conta Movimento – dinheiro da Entidade em poder de estabelecimento bancário, depósito em conta corrente;
Aplicações Financeiras de Liquidez imediata – dinheiro da entidade investido em aplicações de altíssima liquidez. 
 Essas três contas integram o grupo das Disponibilidades no Ativo Circulante do Balanço Patrimonial.
2.2 Equivalentes de Caixa
Compreendem as contas representativas de aplicações financeiras que possuem as mesmas características de liquidez e disponibilidades imediata, resgatáveis em até três meses e que tenham altíssima liquidez.
Ex: Caderneta de Poupança, CDB, RDB pré-fixado, etc.
3. Classificação das entradas e saídas de caixa por atividade
Para que as informações apresentadas na DFC reflitam adequadamente as variações ocorridas no saldo de Caixa em um determinado período, conforme estabelece a NPC nº. 20/99 é preciso selecionar todas as transações ocorridas e que influenciaram sobremaneira o Caixa por grupo de atividades.
	
4. Fluxo de operações
Assim, conforme estabelece o inciso I do artigo 188 da Lei nº. 6.606/76 e, ainda de conformidade com as orientações contidas na NPC, envolvendo a estrutura da DFC, o ideal é que as transações relativas às entradas e saídas de Caixa sejam relacionadas em três grupos de atividades:
Atividades Operacionais.
São as principais atividades geradoras de receita da entidade. Compreendem as transações que envolvem a consecução do objeto social da Entidade. Elas podem ser exemplificadas pelo recebimento de uma venda, pagamento de fornecedores por compra de materiais, pagamentos de funcionários etc.;
Atividades de Investimentos.
Compreende as transações com o ativo financeiro, as aquisições ou vendas de Participações em outras Entidades e de Ativos utilizados na produções de bens ou na prestação de serviços ligados ao objeto social da Entidade. É importante citar que as atividades de investimentos não compreendem a aquisição de Ativos com objetivo de revenda.
Atividades de Financiamento.
Incluem a capacitação de recursos dos acionistas ou cotistas e seu retorno em forma de Lucros ou dividendos, a capacitação de empréstimos ou outros recursos, sua amortização e remuneração.
4.1– Transações que devem integrar a DFC
4.1.1- Atividades Operacionais
Entradas
Recebimentos de clientes decorrentes de vendas, à vista, de mercadorias, serviços ou outros bens do Ativo Circulante.
Recebimento de clientes decorrentes de duplicatas referentes a vendas de bens ou prestação de serviços realizados a prazo.
Recebimento proveniente de desconto de duplicatas oriundas da vendas de bens ou da prestação de serviços a prazo.
Recebimento de juros sobre empréstimos concedidos, sobre financiamentos relativos a vendas de bens do Ativo Circulante ou a prestação de serviços, ou ainda, sobre aplicações financeiras.
Recebimento das demais Receitas Operacionais realizadas, ou não, ou, ainda, daquela já realizadas e devidamente contabilizadas em contas representativas de Direitos.
Recebimento pela venda ou resgate de Títulos e Valores Mobiliários, exceto aqueles considerados investimentos.
Recebimento de dividendos por Participações no Capital de outras empresas.
Recebimento de indenizações por sinistros ocorridos em bens ou insumos destinados à produção ou à venda.
Todos os demais recebimentos, desde que não se enquadrem como atividades de investimentos ou de financiamentos. Ex. Reembolsos recebidos de fornecedores decorrentes de devoluções de compra de mercadorias.
Saída
Pagamento efetuado a fornecedores decorrentes de compras, à vista, de mercadorias ou de serviços ou ainda de outros bens do Ativo Circulante.
Pagamento de duplicatas de fornecedores decorrentes de compras de mercadorias ou de serviços, ou, ainda, de outros bens do ativo circulante, efetuadas a prazo.
Pagamento de juros e desconto comerciais e financeiros e de outras despesas financeiras.
Pagamento de despesas em geral: antes da ocorrência de seus fatos geradores e após a ocorrência deles. (já devidamente apropriadas e registradas em Contas de Obrigações).
Pagamento aos governos federal, estaduais e municipais, referentes aos tributos: Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Taxas diversas, etc.
Pagamento ou recolhimento de Obrigações trabalhistas, previdenciárias e outras.
Aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários, classificáveis no Ativo Circulante.
Outras saídas de caixa desde que não se enquadrem entre as atividades de investimentos ou financiamentos, como: adiantamento a fornecedores para aquisição de bens classificáveis no Ativo Circulante ou para a utilização de serviços; reembolso a clientes em decorrência de vendas canceladas ou de abatimentos concedidos etc.
4.1.2 Atividades de Investimentos
Entradas
Recebimento do principal decorrente de empréstimos ou financiamento efetuados a terceiros.
Resgate de aplicações financeiras, exceto as Equivalentes de Caixa ou outras do Ativo Circulante.
Recebimento pela venda de títulos de investimentos de outras Entidades.
Recebimento pela venda de Participações em outras empresas.
Recebimento pelo resgate de Participações em outras empresas.
Recebimentos decorrentes de vendas de bens de uso da empresa ou de outros bens do Ativo Não-Circulante.
Juros recebidos de contratos de mútuos.
Saída
Desembolso relativos à concessão de empréstimos a terceiros.
Aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários, classificáveis no Ativo Realizável à Longo Prazo.
Pagamentos pela aquisição de títulos e valores mobiliários de outras entidades, classificáveis no Ativo Não-Circulante.
Pagamentos relativos à aquisição de uso, classificáveis no Ativo Imobilizado.
4.1.3 Atividades de Financiamento
Entradas
Recebimentos de recursos financeiros dos proprietários como realização do Capital ou pela venda de ações emitidas.
Empréstimos obtidos a curto ou a longos prazos, com emissão de Notas Promissórias, Debêntures,letras hipotecárias, títulos de dívida, etc.
Recebimento de juros decorrentes de empréstimos efetuados a terceiros.
Recebimento de recursos financeiros decorrentes de doações de caráter permanente ou temporário, com finalidade exclusiva de aquisição, de construção ou de expansão, incluindo bens de uso classificáveis no Ativo Imobilizado.
Saída
Pagamento ao Proprietário, sócios ou acionistas referentes a reembolso de seus investimentos no Capital da Entidade, ou referentes a pagamento de dividendos, juros sobre o Capital próprio ou outras distribuições.
Pagamento de empréstimos obtidos.
Pagamento de juros sobre empréstimos obtidos.
4.2 – Transações que não devem integrar a DFC
Sendo o objetivo da DFC apresentar as transações que correspondem a entrada e saídas de recursos financeiros na empresa, obviamente, aquelas transações que não movimentam dinheiro, não devem integrar essa demonstração, São eventos dessa natureza:
Aumentos de Capital com o aproveitamento de reservas.
Aumentos de Capital com conservação de Obrigações de curto ou de longos prazos.
Aumento de Capital com integralização em bens do Ativo Imobilizado.
Recebimento de doações, exceto dinheiro.
Transferência de valores do Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante e do Realizável a longo Prazo para o Ativo Circulante.
Distribuição de Dividendos, enquanto não forem pagos. Essa transação reduz o Patrimônio Líquido e aumenta o Passivo Circulante, porém não movimenta o Caixa.
Compensações de valores passivos com valores ativos, desde que não envolvam dinheiro, etc.
Convém salientar que na DFC, não devem figurar as transações que correspondem a ingressos “virtuais” no Caixa, por exemplo: no momento da integralização do Capital com bens do Ativo Imobilizado, ou com aquisição de bens do Ativo Imobilizado, financiados a longo prazo.
5 – Métodos de estruturação e elaboração da DFC
	Existem dois métodos que podem ser adotados para a estruturação da DFC; Indireto e Direto.
5.1 Método Indireto
Também denominado Método de Reconciliação, os recursos derivados das atividades operacionais são demonstrados a partir do Lucro Líquido do Exercício, ajustado pela adição das despesas e exclusões das receitas consideradas na apuração do resultado e que não afetaram o Caixa da empresa, isso é, não representaram saídas ou entradas de dinheiro.
Modelo
Demonstração do Fluxo de Caixa (Método Indireto)
Exercício findo em:
DESCRIÇÃO x1 x2 
1. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Resultado do exercício/período
Ajustes para conciliar o resultado às Disponibilidades geradas Pelas atividades operacionais.
Depreciação e amortização
Resultado na venda de Ativos Não-Circulantes
Equivalência Patrimonial
Recebimentos de lucros e dividendos de subsidiárias
Variações nos Ativos e Passivos
(Aumento) Redução em Contas a Receber
(Aumento) Redução de Estoques
Aumento (redução) em fornecedores
Aumento (redução) em contas a pagar e provisões
Aumento (Redução) no imposto de renda e contribuição social
Disponibilidades Líquidas geradas pelas (aplicações nas) atividades 
Operacionais.
2. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Compras de Imobilizado
Aquisição de ações/cota
Recebimento por vendas de Ativos Não-Circulantes
Disponibilidades líquidas geradas pelas (Aplicadas nas) atividades de investimentos
3. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADESDE FINCANCIAMENTOS
Integralização de Capital
Pagamentos de lucro/Dividendos
Empréstimos tomados
Pagamentos de empréstimos/debêntures
Juros recebidos de empréstimos
Juros pagos por empréstimos
Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas nas) atividades de financiamentos.
5.2 Método Direto
Pelo Método direto, os Recursos Derivados das Operações são indicados a partir das receitas das operações.
Modelo 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (Método Direto)
Exercício findo em:
DESCRIÇÃO x1 x2
 FLUXOS DE CAIXA ORIGINADOS DE:
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Valores Recebidos de Clientes
(-) Valores Pagos a fornecedores e empregados
(-) Imposto de renda e contribuição social pagos
(-) Pagamentos de contingências
Recebimento por reembolso de seguros
Recebimento de lucros e dividendos de subsidiárias
Outros recebimentos (Pagamentos) líquidos
Disponibilidades líquidas geradas pela (Aplicadas nas) atividades Operacionais
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
(-) Compras de Imobilizado
(-) Aquisição de ações/cota
Recebimento de ativos não-circulantes
Juros recebidos de contrato de mútuos
Disponibilidades líquidas geradas pela (Aplicadas nas) atividades de investimentos
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Integralização de capital
Pagamentos de lucros e dividendos
Juros recebidos por empréstimos
Juros Pagos por empréstimos
Empréstimos tomados
Pagamentos de empréstimos/debentures
Disponibilidades líquidas geradas (aplicadas nas) atividades de financiamentos.
6. Como Elaborar a DFC
Para elaborar qualquer uma das demonstrações financeiras (contábeis) como o Balanço Patrimonial, a DRE< a DLPA, a DMPL ou a DFC o contabilista extrai dados dos registros contábeis da empresa.
Há demonstrações que são mais simples de ser elaboradas, como é o caso do Balanço Patrimonial, da DLPA e da DMPL, que são elaboradas a partir dos saldos das contas extraídos diretamente do Livro Razão, sem maiores complicações.
É especificamente em relação a elaboração da DFC, seja pelo Método Direto ou Indireto, os dados são coletados do Balanço dos exercícios atual e anterior e da DRE, do exercício atual, além das consultas em fichas Razão de algumas contas.
Tanto na DFC Direta quanto na Indireta, as informações apresentadas no grupo das atividades de investimentos e de financiamento são as mesmas. O que muda é a forma de apresentar a origem e o destino do dinheiro em decorrência das atividades operacionais.
Na DFC Indireta, parte-se do resultado do Exercício, ajustando-o pela eliminação dos resultados não financeiros e pela adição ou exclusão das variações ocorridas nos grupos de conta do Ativo Circulante, exceto a disponibilidade, e do Passivo Circulante.
///
Bom estudo
Prof. Dantas
Esse Cara Sou Eu

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