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Alterações de Memória,Demências e Depressão

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Alterações de Memória 
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Transtorno(Alteração) Cognitivo(a) Leve
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Idosos não demenciados, porém não senescentes;
Queixa de memória de preferência confirmada por um informante;
MEEM 24 pontos;
Funções cognitivas gerais normais;
Atividades funcionais intactas;
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Zona de transição entre: 
	Estágio Assintomático X Demência diagnosticável.
ACL em TCC = atrofia lobo temporal esquerdo (região medial); já no eletroencéfalograma há semelhanças com DA 
A ≠ ACL e DA apenas no grau de comprometimento.
Em RMN se houver na ACL ↓14% do hipocampo ↑ será a conversão para DA;
Depressão é FR para DA;
Ótimos resultados com associação de exercícios físicos.
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DEMÊNCIAS
Entidade clínica heterogênea caracterizada por declínio progressivo das funções cognitivas (principalmente: perda de memória) e habilidades emocionais.
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1% aos 60 anos,
15% aos 90 anos,
55 doenças podem causar as demências,
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DEMÊNCIA VASCULAR
(DVa)
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Forma prevenível de demência
Síndrome demencial consenquente a lesões cerebrais de origem vascular e natureza isquêmica, hemorrágica ou hipóxica.
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EPIDEMIOLOGIA
Mortalidade maior
Pesquisas baseadas em comunidades evidenciam:
Dependência da idade
Maior freqüência em homens
Diferenças geográficas
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2,2% mulheres entre 70 e 79 anos
16,3% homens acima de 80 anos
Mulheres > DTA idade avançada 
Homens > DVa idade mais jovem
DVa 2ª maior causa de morte na Europa e nos EUA
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FISIOPATOLOGIA
Grande variedade de mecanismos fisiopatológicos que podem levar a DVa
A localização, volume e o número de lesões são os fatores principais para o desenvolvimento
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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Variadas
Déficit memória para eventos recentes
Síndromes corticais: doença aterotrombótica ou cardiotrombótica de repetição; caracteriza-se por déficits sensoriomotores claras, afasia severa e falência cognitiva abrupta.
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Subcortical:sinais pseudobulbares, déficits piramidais isolados, depressão, labilidade emocional.
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DIAGNÓSTICO
Evidência de demência
Evidência de DCV como causa de demência
MEEM
Exames de imagem
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PREVENÇÃO
Controle rigoroso dos FR (
Prevenção Primária: Controle dos FR para DCV anteriormente ao icto.
Prevenção Secundária: controle da deteriorização cognitiva, após a instalação da DVa.
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TRATAMENTO
Associação medicamentosa a despeito das dificuldades conceituais e metodológicas.
Controle dos FR: HAS, tabagismo, dislipidemias.
Fisioterapia: orientação familiar e do cuidador, estimulação sensória, exercícios adaptados.
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Demência do Tipo Alzheimer - DA
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DEFINIÇÃO
“ Doença neuropsiquiátrica degenerativa e progressiva que afeta indivíduos de meia-idade e,particularmente, idosos, caracterizada por lesões do tecido cerebral e distúrbios da função cognitiva, do humor e do comportamento”.
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Epidemiologia
70% todos os casos de demência
4ª. Causa de morte nos EUA
10% aos 65 anos
30% acima de 85 anos
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Etiologia
Idade
Causa desconhecida
Fatores genéticos, ambientais e nível educacional
DTA de início recente: mutação de 3 genes: 
Gene da proteína precursora de amilóide (APP) no cromossono 21
Gene da presenilina 1 no cromossomo 14
Gene da preselinina 2 no cromossomo 1
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Etiologia
DTA início tardio: apoE – apolipoproteína E
(cromossomo 19 - colesterol – e4)
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Patologia
Atrofia difusa (frontal, parietal e temporal)
Estreitamento das circunvoluções
Sulcos alargados
3º ventrículo e os ventrículos laterais: alargados simetricamente
Atrofia variado
Peso reduzido
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Patologia
Placas senis em hipocampo, amígdala e córtex
Emaranhado neurofibrilar em hipocampo
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Características Clínicas
Demência progressiva, perda da memória, função intelectual e distúrbios da fala.
Sintoma mais importante: desenvolvimento gradual do esquecimento
Memória remota preservada e recente perdida
Inicialmente: ligeira lentidão das faculdades intelectuais; raciocínio e pensamento lentos; habilidade de executar tarefas sociais e econômicas comprometida
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Características Clínicas
Sintomas recentes: distúrbio das funções da linguagem, apraxias e agnosias e deteriorização da habilidade aritmética.
Orientação viso-espacial deficiente
Progressão: déficit mnésico global, afasia (perda de linguagem falada e escrita), agnosia (perda da capacidade de reconhecer objetos ou símbolos), apraxias (perda da habilidade para executar movimentos e gestos precisos) e alterações na motilidade, comportamento, temperamento e conduta manifestada por inquietação e agitação ou indolência e inquietude; paranóia com alucinações, comportamentos bizarros com mudança da personalidade , indiscrição sexual, glutonarias (gula)....
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Características Clínicas
Alteração no comportamento motor
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Diagnóstico
Subjetivo – desenho do relógio
Comprometimento de ao menos uma função cognitiva além da memória 
Escala de Bayer para AVD, Índice de Katz
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Testes sugeridos para a avaliação cognitiva 
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Testes para avaliação funcional
Escala de Bayer para AVD: avalia desempenho atual do paciente em atividades da vida diária. O cuidador ou alguém próximo ao paciente deve responder a 25 questões em uma escala que varia entre 1 e 10. Existe a possibilidade “não sabe” e “não se aplica”, quando não se tem a informação ou quando a dificuldade se relaciona a um outro transtorno não-cognitivo, respectivamente. Tais perguntas serão excluídas do número de pontos totais., ao ser associada ao MEEM apresenta sensibilidade de 86,7% para diagnosticar a doença. 
Índice de Katz: uma escala mais descritiva que avalia desempenho em atividades da vida diária, ou seja, sua capacidade funcional e as divide em rotineiras e instrumentais. Classifica os pacientes em independente (I), dependente (D) e necessitado de assistência (A). Também respondida pelo cuidador ou pelo paciente. Tal escala não tem um ponto de corte específico. 
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Fases da evolução da DA
Estágio Leve: Mínima desorientação temporal, dificuldade de lembrar eventos recentes, dificuldade de achar palavras, apraxia construtiva para desenho tridimensional, ansiedade, negação, depressão e dificuldades no trabalho
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Estágio Moderado: Desorientação temporoespacial, importante déficit de memória com influência nas AVD’s; progressivo déficit de linguagem com parafasias (troca de uma palavra por outra), anomias (estado de falta de objetivos e perda de identidade); apraxia construtiva, ideomotora, ideativa e apraxia de vestir; agnosia, distúrbio de comportamento com delírio, alucinações, sintomas paranóides, andanças, bradicinesia e sinais extrapiramidais e redução pelo interesse pela higiene.
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Estágio Severo: perda completa das habilidades cognitivas (não reconhece familiares e ambientes), linguagem do tipo jargão semântico, evoluindo para completo mutismo, rigidez, bradicinesia, convulsão, mioclonias, comportamento agressivo, andança, alucinações, dependência total para higiene, dupla incontinência esfincteriana.
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Estágio Final: Problemas de locomoção com movimentos esteriotipados, deambulação com duplo apoio, vocabulário restrito e primitivo, não apresenta função visual nos campos laterais, riso imotivado, pequenos engasgos e total dependência.
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Estágio Terminal: Abulia (incapacidade relativa ou temporária de tomar decisões) cognitiva, acamado, postura flexora universal, sinais clínicos de infecção, persistência das escaras, broncoaspiração, óbito.
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Prognóstico
Curso progressivo
Evolução para a morte entre 4-10 anos
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Fisioterapia
Desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas.
Promover melhoria das funções cognitivas e motoras
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Fisioterapia
Princípios de tratamento:
Conceitos da normalização:
considerar as dificuldades e nos conceitos psicológicos, que analisam a capacidade reduzida para processamento das informações e a diminuição dos recursos disponíveis para atividade mental.
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Fisioterapia
Objetivos:
Retardar e minimizar a perda das funções cognitivas
Adaptação progressiva ao programa de procedimentos fisioterapêuticos
Reeducar e manter o controle voluntário das atividades motoras
Reeducar e manter os mecanismos posturais normais
Maximizar as ADM’s
Promover alívio da dor, melhoria da capacidade funcional e restabelecimento da mobilidade
Melhorar a capacidade perceptiva e os mecanismos da memória
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Fase Leve e Moderado
Reeducação Esterognósica e Perceptual
Exercícios Terapêuticos
Fisioterapia Respiratória
Treino de Marcha
Hidroterapia
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Oficinas de Memória
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Fase Severa e Tardia
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Fase Terminal
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Outros tipos de demência
Demência dos corpos de Lewy;
Demência Frontotemporal (Pick);
Doença de Hatington;
Demências Subcorticais (DS);
Doença de Parkinson (DP);
Paralisia Suprabuclear Progressiva (PSP) ou Síndrome de Steele-Richardson-Olszewski;
Encefalopatia pelo HIV ou Complexo AIDS-Demência (CAD);
Doenças Causadas por Príons – Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis;
Etc. 
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Depressão
Depressão e demência: Diagnóstico diferencial
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Introdução 
A depressão e a demência – duas enfermidades mais prevalentes na geriatria;
No idoso a depressão pode se apresentar com déficits cognitivos leves;
Em alguns casos grave o suficiente para confundir-se com demência (pseudodemência depressiva – apesar de alterações reais);
Pacientes demenciados normalmente apresentam quadros de depressão em diferentes estágios da doença;
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Introdução 
DA = humor depressivo prevalência de 0 a 87% com média de 41%;
DA = depressão prevalência 0 a 86% com média de 19%;
É importante que o clínico compreenda as diferências básicas entre depressão e demência, já que as possibilidades terapêuticas e o prognóstico diferem consideravelmente.
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Diagnóstico diferencial por passos
História clínica/medicamentosa e exame físico;
Exclusão de causas potencialmente reversíveis de déficit cognitivo;
Testes psicométricos (Mini-Mental);
Eletroencefalograma (normal X alterações estruturais);
Prova terapêutica com antidepressivos.
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Causas potencialmente reversível de Demência
Drogas;
Metabólicas: distúrbio hidroeletrolítico; desidratação; Insuficiência Renal; Insuficiência hepática; Hipoxemia.
Neurológicas: Hidrocéfalo de pressão normal; Lesão expansiva cerebral; Tumor; Hematoma subdural crônico.
Infecciosas: Meningite crônica; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Neurossífilis; Colágeno-Vascular; Lúpus eritematoso sistêmico; Arterite temporal; Vasculite reumatóide; sarcoidose; Púrpura Trombocitopênica trombótica.
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Causas potencialmente reversível de Demência
Endócrinas: Doença tireoidiana; Doença paratireoidiana; Insulinoma; Doença da adrenal; Doença da pituitária.
Nutricionais: Deficiência de vitamina B12; Pelagra; Deficiência de folato; Deficiência de tiamina; alcoolismo crônico; pseudodemência depressiva.
Outras: Síndrome da apnéia do sono; DPOC; ICC; Demência induzida por radiação.

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