psi insti pinel

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UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Disciplina: Psicologia Institucional
Professor: Alexandre Trzan
“Instituto Municipal Philippe Pinel”
Laura de Melo Romeiro 
Rio de Janeiro
2017.1
Instituto Philippe Pinel: Antes e depois 
O Instituto Philippe Pinel surgiu da criação de uns dos primeiros hospícios criado para pacientes pobres e do sexo masculino que precisavam de internação. Antes de ganhar esse nome, o nome Pinel era de uma seção dentro do Hospital Pedro II, ao todo antes de chegar ao nome atual foram quatro nomes de hospitais psiquiátricos; O primeiro Hospital Pedro II (1841), o segundo Hospício Nacional de Alienados (1890), o terceiro Hospital Nacional, o quarto Hospital de Neurossífilis(1950) e em 1965 foi renomeado com o nome Hospital Pinel mas, em outubro de 1994 foi transformado o hospital em instituto Philippe Pinel.
Em decorrer dessa linha do tempo citada acima, o olhar histórico para essa questão, que Pinel foi o médico pioneiro que tratava sobre doenças mentais, ele nasceu na França no dia 20 de abril de 1745 e faleceu no dia 25 de outubro de 1826. Dentro do Hospício Pedro II à seção principal dentro do hospício foi a de Pinel, o Hospital Pedro II foi o primeiro oficialmente criado para cuidar das pessoas que sofriam de problemas psiquiátricos, mas em 1904 o hospital recebeu um outro nome, chamado de Hospício Nacional de Alienados em que Juliano Moreira foi diretor, onde ele construiu um outro prédio atrás da seção Pinel, criado para cuidar dos pacientes com epilepsia, chamado de pavilhão Guislain especialmente criado para os pacientes não terem convulsões .
Juliano Moreira reformou em 1925 hospital para o tratamento de neurosífilis, criando um novo ambulatório e um local para estudos de casos criando dois pavilhões chamado de pavilhão Guinle e o Pavilhão Valdemiro Pires que ainda existe até hoje mesmo após a tantas reformas. 
Na época dessas mudanças deixou de se chamar Hospício Nacional de Alienados, para virar o Hospital Nacional que fechou, mas em 1950 foi renomeado para Hospital de Neurosífilis na época da 2ª Guerra Mundial, para tratamento foi utilizado a malarioterapia que foi criada pelo médico austríaco Julius Wagner-Jauregg, com essa crise da doença foi criado um pronto-socorro para ajudar esses pacientes doentes, com a melhora dos casos de neurosífilis , houve um decreto em 1965, causando uma reformulação quanto física, quanto na parte de assessoria do hospital quem foi renomeado de Hospital Pinel foi quando a Associação de Psiquiatria Brasileira (ABP foi fundada em 13 de agosto de 1966, no Rio de Janeiro, em uma sala do Instituto Municipal Philippe Pinel. Em sua fundação, um grupo de catedráticos, moldaram o perfil da associação: uma instituição com o objetivo de reunir profissionais da área através de eventos científicos.) “Fonte: http://www.abp.org.br/portal/institucional/historia-da-abp/” 
A partir desse momento que ocorre outras abordagens psiquiátricas e terapêuticas, obtendo maior qualidade e diversidade em novos serviços inaugurados no hospital, o Hospital Pinel até hoje é considerado referência nacional, não é à toa que a palavra e o nome Pinel é considerado para pessoas diagnosticadas com doença mental, por ser em local de referência no Brasil, houve a entrada dos psicólogos como alunos e estagiários com várias abordagens terapêuticas. Por conta da fama acima citada, Lucy Pinel Balthazar solicitou ao ministério da Saúde a colocar o nome todo do seu criador, então ficou Hospital Philippe Pinel no começo da década de 1990.
O hospital passou por mais outra reforma onde foi surgindo a recepção integrada (RIPP), a atenção Diária (CAIS) e o Núcleo de Crianças Autistas e psicóticas (NAICAP) e no mesmo foi criada a residência de psiquiatria dentro do hospital e especialização, por conta disso em 1994 o hospital se transformou em Instituto Philippe Pinel , incluindo também outros profissionais de saúde mental em um programa de residência, incluindo especialmente os psicólogos, daí o instituto só cresceu abrindo os meios de comunicação como a TV Pinel (1996) e outros trabalhos, sociais mas , a partir do final de 1999 deixou de ter uma gestão federal para ser da saúde municipal do Rio de janeiro.
Na minha busca, fiz uma entrevista com a psiquiatra e psicanalista Dra. Ana Maria Ferreira Pinto que vivenciou a larga experiência de trabalhar no Instituto Philippe Pinel e o CAPS no IPUB- UFRJ, hoje a pouco tempo aposentada do Instituto Philippe Pinel, continua em sua clínica em atendimento na psicanálise. 
 Essa abordagem tem como o olhar o fato dela ter essa dupla jornada em seu trabalho como médica e psicanalista, o que favorece a nós estudantes de psicologia, pelo fato dela esse olhar da psicanálise.
Segundo a Dra. Ana Maria, ela teve muitas experiências em campo e na reforma psiquiátrica, O Pinel durante a reforma ele acompanhou a ideia e funcionou uma parte chamado Instituto Franco- Bavaria que começou a dar voz aos pacientes psiquiátricos lá dentro e eles começaram a falar em assembleias, aos poucos foi começando a se pensar a acabar com a hospitalização e no momento o Instituo Philippe Pinel já foi ainda gerou uma outra coisa já foi um hospital com emergência, e pronto- socorro. 
Atualmente ele ainda tem emergência e ainda tem enfermaria, com muito menos leitos e não tem mais ambulatório ele está virando um grande hospital dia e a ideia da reforma de que você não fique internado, que você atenda as pessoas durante o dia com atividades e várias intervenções como terapia ocupacional e vários recursos e oficinas. Começou a existir mais a oficinas depois da reforma, incrementar a assistência aos pacientes fora dos leitos, fazer oficinas incentivando uma hospitalização curta, fazer mais hospital dia foi esse foi o movimento, não poderia ser de outra forma, o Brasil não tem ainda o modelo para atender essa população que não seja o hospital, tem que ir devagar passando para outra estrutura, porque a ideia do Franco-Bavaria ,era que tivesse pontos de atendimentos que as pessoas ficassem internadas só por um dia quando está muito agitado, dorme em algum local de assistência, mas não fique internado e fique de leito.
Ainda existe em alguns casos cada vez mais raros ainda existe a terapia do choque, mas no 1° caso é utilizado uma terapia multidisciplinar, mas sabe-se que a psiquiatria utiliza ainda esse recurso, como por exemplo: um paciente catatônico que não come, que está sempre emagrecendo, mas casos cada vez mais raros.
A estrutura física do Pinel, tem a parte do ambulatório, uma parte das enfermarias e a emergências que são para casos bem sérios, mas hoje em dia tem uma enfermaria bem reduzida e esse ciclo de hospital- dia com oficina de música, leitura de jornal e leitura.
Ele está caminhando para esse modelo, está esvaziando muito a internação e se transformando em um grande hospital dia que atende pacientes graves, esquizofrênicos bipolar com tudo e o paciente passa o dia em atividades e é medicado mas, não fica internado só passa o dia no instituto.
 
Fontes:
http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/hospedro.htmtes
o-instituto-philippe-pinel-no-rio-de-janeiro
JACO-VILELA, A. M. Dicionario Histórico das Instituições de Psicologia do Brasil . Editora Imago. 2011.