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Direito processual civil

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Direito processual civil
Defina direito processual civil.
R.o processo civil é o ramo do direito que contém as regras e os princípios que tratam da jurisdição civil, isto é, da aplicação da lei aos casos concretos para a solução conflitos de interesses pelo Estado –juiz.
O que é jurisdição? Qual a sua função e característica?
R. função do Estado , pela qual ele, no intuito de solucionar os conflitos de interesse em caráter coativo, aplica a lei geral e abstrata aos casos concretos que lhe são submetidos.
Apesar de o poder seja uno, para que o estado funcione e necessários dividir em três funções:
A legislativa: consistem na elaboração de normas gerais e abstratas, prévias ao conflito de interesses
Jurisdicional: consistem na aplicação dessas normas ao caso concreto, submetido à apreciação judicial.
Administrativa: atividade que não esta ligada a solução de conflitos, mas a consecução de determinados fins do estão.
Características são:
Subjetividade: a substituição das partes pelo juiz que permite uma solução imparcial, mais adequada para pacificação social.
Definitividade: os atos jurisdicionais tornam se imutável e não podem mais ser discutida ou modificado.
Imperatividade: as decisões judiciais têm força coativa e obrigam os litigantes a cumprir o que ficar decididos.
Inafastabilidade: o juiz não se pode escusar de fazer o seu julgamento pela alegação invocando lacuna na lei.
Idelegabilidade: a funcao jurisdicional só pode ser exercida pelo poder judiciário, não podendo haver delegação de competência.
Inércia: a juridicao somente se mobilisaza diante a provocação do interessado.
Investiduara: so se exerce juridicao quem ocupa o cargo de juiz, tendo sido regulamente investido nessa funcao.
Explique jusrisdição contenciosa e jurisdição voluntaria.
R. a diferença que na primeira a parte busca obter uma determinação judicial que obrigue a parte contrária, ao passo que a segunda, busca uma situação que lhe valha para a mesma. Na contenciosa a sentença sempre favorece uma das partes em detrimento da outra, já que ela decide um conflito entre ambas. Na voluntaria, é possível que uma sentença beneficie as duas partes. Na primeira, pede se ao juiz que dê uma decisão, solucionando um conflito de interesses, que lhe e posto diretamente para julgamento. Na segunda, ainda que haja uma questão conflituosa, não é ela posta diretamente ao juízo para apreciação judicial.
Conceituem processo e procedimento
R. não tem realidade corpórea, é um instrumento abstrato, por isso não se deve confundir com autos. Processo engloba todo o conjunto de atos que se alonga no tempo, estabelecendo uma relação duradoura entre os personagens da relação processual, o procedimento consiste na forma pela qual a lei determina que tais atos sejam encadeados. As vezes, em seqüencia, o que é comum a grande maioria dos processos, caso em que o procedimento é comum; as vezes, encadeados de maneira diferente da convencional, caso em que o procedimento será especial.
Diga quando há estabilização do objeto do processo.
R. quando o processo está preparado para que o juiz julgue, ou seja, deve haver um momento em que não pode se mais modificar as partes, pedido ou causa de pedir, sob pena de o processo se eternizar. 
Característica de procedimento. Autonomia do processo Espécies de Processo.
O processo não dependendo da existência do direito substancial da parte que o invoca, pois, o direito de provocá-lo é abstrato, podendo existir mesmo que não haja previsão legal. Por esta razão, o processo é autônomo e não sujeito ou subordinado à existência de um direito material controvertido. A atividade jurisdicional é que deverá agir em dois tempos:
a) conhecer o processo – examinando se concorrem os requisitos necessários para a sua existência (dos pressupostos processuais).
b) decidir – sobre a existência do direito controvertido.
 No Processo de conhecimento ocorre a necessidade das partes de levar ao conhecimento do juiz, os fatos e fundamentos jurídicos, para que ele possa substituir por um ato seu a vontade de uma das partes.
 Processo de execução se dá quando já se possui um título executivo judicial (Artigo 475, n, CPC) – que já tenha transitado em julgado. Execução é o meio pelo qual alguém é levado a juízo para solver uma obrigação que tenha sido imposta por lei ou por uma decisão judicial
Quais os pressupostos processuais? Explique.
R pressupostos da ação e mérito: se o processo teve desenvolvimento valido e regular, Caso negativo, deve se possível determinar que o vicio seja sanado, senão, deve julgar extinto o processo se resolução de mérito.
Pressuposto como matéria de ordem publica:constituem matéria de ordem publica e deve ser examinada pelo juiz de oficio,caso de não cumprimento o juiz deve tomar providencia podendo cuminar na extinção do processo sem resolução de mérito.
Pressuposto de eficácia e validade: alguns esquisitos que o processo deve preencher são de tal relevância que se não são observado implicam na ineficácia, e outros também de relevância, mas sem a mesma dimensão, se não preenchidos levarão a nulidade.
Pressupostos de eficácia ocorrem quando:
Existência de jurisdição: ato que somente poderá se praticado por juiz que esteja investido em sua função: ex: o juiz aposentado não tem validade.
Existência de demanda: o juiz somente julgará aquilo que foi pedido, e também não poderá extrapolar o que foi pedido( não poderá julgar extra petita e nem ultra petita).
Capacidade postulatória: ato processual praticado por quem tem a capacidade postulatória,caso contrário, é ineficaz.
Citação do réu: a citação e necessária para que ele passe a existir em relação ao réu, e se complete a relação processual.
Assinatura do juiz: a sentença sem a assinatura do juiz não poderá ser considerada como eficaz.
Pressupostos de validade: são essenciais para que o processo seja valido, não tão importante quanta a eficácia, mas também importante
Petição inicial apta: a inepta da petição inicial impede o desenvolvimento valido e regular do processo. Mas há um caso de inepta que não resultará em invalidade, mas em ineficácia do processo, trata se da falta de pedido.
Juízo competente e juiz imparcial: a competência é aptidão e a imparcialidade do juiz. Há dois graus de incompetência: a absoluta e a relativa, a primeira e capaz de gerar nulidade processual e resultar em ação rescisória. Do mesmo modo há dois graus de parcialidade: impedimento e suspeição, somente o impedimento gerara nulidade e ensejara a ação rescisória.
O que poderá causar a nulidade do processo?
R. De principio todas as nulidades processuais podem ser sanadas, porque o processo não é um fim em si mesmo, mas um meio para alcançar a proteção aos direitos materiais. Porem a nulidade absoluta decorre de vícios relacionados com a estrutura do processo e da relação processual. as que não dizem respeito a esse caso, são relativas. A relativa tem que ser alegada pela parte prejudicada, sob pena de não poder ser conhecidas, deve fazer na primeira oportunidade, sob pena de preclusão. A invalidade do ato processual ocorre quando o ato processualmente defeituoso é realizado, e o mesmo não pode ser aproveitado para a continuidade e pratica do processo.
Defina o conceito de ação.
R. Ação é o direito subjetivo publico de movimentar a maquina judiciária, postulando uma resposta a pretensão formulada. Para que isso seja viável, é necessário percorrer o caminho, ou seja, o processo que leva ao provimento jurisdicional, o que exige atos ordenados que estabeleçam uma relação entre juiz e partes, da qual resultam direitos, ônus, faculdades e obrigações.
 O que é direito material e direito processual?
R. Chama-se direito processual o complexo de normas e princípios que regem tal método de trabalho, ou seja, o exercício conjugado da jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante e da defesa pelo demandado.
Direito material é o corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens e utilidades da vida (direito civil, penal,administrativo, comercial, tributário, trabalhista etc).
O direito processual e o direito material caminham juntos diante de uma situação de conflito de interesses (lide). Sendo o direito processual um instrumento que tem como função servir ao direito material que por sua vez carrega os fundamentos do direito.
Condições da ação. Faça a enumeração e conceituação das condições da ação.
R. as condições da ação são requisitos que esta deve preencher para que se profira uma decisão de mérito. No entanto, o novo CPC prevê em seu artigo 17 que é necessário ter a possibilidade jurídica, o interesse processual e a legitimidade para o ajuizamento da ação.
Possibilidade jurídica – “existência, dentro do ordenamento jurídico, de um tipo de providência, tal como a que se pede.
A legitimidade trata da previsão legal que autoriza um determinado sujeito a ajuizar ação e do outro sujeito de integrar o polo passivo da demanda.
No interesse processual o autor do processo deverá demonstrar que a tutela jurisdicional do seu direito irá lhe proporcional uma vantagem no contexto fático.
Quais sãos os elementos identificadores da causa-cumulacao de ações.
R. São elementos identificadores da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir
O que se entende por perpetuatio iurisdictions?
R. Perpetuação da jurisdição; é o ato que torna a jurisdição perpétua. No entanto a Perpetuatio jurisdicionis é um princípio segundo o qual o que determina a competência são os elementos de fato e de direito existentes no momento da propositura da ação. Uma vez fixada a competência, a alteração desses elementos não tem qualquer influência sobre a competência, salvo as exceções previstas no art. 87.
Competência conceituem:
Em razão do valor da causa: O valor da causa constante da inicial, também serve de critério para determinar a competência. Por exemplo, pensemos em uma causa de maior valor proposta perante o juiz de direito A, e uma de menor perante o juiz temporário B.
Em razão da matéria: leva em conta a matéria a ser julgada, ou seja, toma por critério os elementos objetivos das ações: a causa de pedir e o pedido.
Competência funcional: A competência funcional é a que prescreve o que cada juiz (ou órgão jurisdicional) deve praticar no mesmo processo, ou seja, ela dispõe sobre a função que cada órgão jurisdicional vai exercer na relação processual já instaurada perante o juízo materialmente competente.
Competência territorial: O critério territorial, que advém do fato de serem os juízes distribuídos por circunscrições territoriais, presta-se para dar a resposta a essa pergunta. Assim, conforme o critério territorial determina-se o foro.
Conceituem: foro e juízo
R. Fórum: é o espaço físico em que funciona um órgão do Poder Judiciário, como o fórum da imagem acima.
Juízo: é um órgão determinado, a exemplo, "Juízo das Execuções Penais". É usado também de forma genérica.
Vara: é o local correspondente a lotação de um juiz, onde este efetua suas atividades. A exemplo, "24ª Vara do Trabalho"
Comarca: é o território em que o juiz de 1º grau exerce a sua jurisdição. Depende do número de habitantes, da demanda forense, podendo abranger vários municípios. Uma comarca pode conter um ou mesmo vários juízes.
Jurisdição: etimologicamente, significa "dizer o direito". É a forma estatal de composição de litígios, ou seja, é a resolução de conflitos da forma como a temos hoje, normalmente através de um acionamento do poder do Estado (embora existam outras formas de solução de conflitos)
Fala a cerca das modificações da competência
R. A competência absoluta não pode ser modificada nem pelas partes, nem por circunstâncias processuais. Só há modificação de competência relativa.
O que é competência absoluta e competência relativa?
R. Há dois graus de incompetência: a absoluta e a relativa, a primeira e capaz de gerar nulidade processual e resultar em ação rescisória.
Fale a cerca de prorrogação e de derrogação de competência?
R. Prorrogação A incompetência relativa é argüida por meio de exceção. Não sendo oposta, prorroga-se a competência. É meio tácito da prorrogação. O Ministério Público (MP) não pode argüir exceção quando for fiscal da lei. Art. 114 do CPC.
 
II. Derrogação É a forma expressa. As partes podem eleger o foro competente para o julgamento da causa. O que se elege é o foro, não o juízo. Deve constar em contrato escrito e mencionar expressamente o negócio jurídico. Com a modificação do art. 112, par. ún., é possível ao Magistrado desconsiderar a cláusula de eleição de foro de contrato de adesão cuja cláusula seja abusiva. Não se permite eleição de foro em ações reais nem sobre direitos indisponíveis. A eleição de foro não prevalece sobre a conexão, por isso uma demanda poderá ser remetida ao Juízo prevento, ainda que esteja correndo no foro eleito.
O que são atos absolutamente nulos e atos relativamente nulos. Exemplos.
R. O ato nulo possui invalidade ex tunc, ou seja, para o ordenamento jurídico ele nunca fora considerado válido. O ato anulável, por outro lado, pode ser confirmado pelas partes quando não houver prejuízo a direito de terceiros.
Fale a cerca da distribuição por dependência como medida de coibição a má-fé processual.
R. No tocante à distribuição de processos, de um modo geral, a mesma ocorre por sorteio, é realizada por computadores e, apenas em casos excepcionais, é feito manualmente. a técnica processual escolhida pelo legislador brasileiro tem uma finalidade prática (distribuir igualitariamente a carga de trabalho entre os juízos) e outra ética (evitar que a parte escolha, a seu talante, entre os juízes competentes, aquele desejado para julgar seu processo, haja vista que, do ponto de vista ético, a livre distribuição mostra-se como instrumento de garantia da imparcialidade do magistrado)
Como se dará a formação do processo?
R. ocorre com a propositura da ação. Se houver uma só vara, considera-se proposta a ação quando o juiz despacha a petição inicial; se houver mais de uma vara, com a distribuição da ação (art. 263 do CPC). A propositura da ação vincula apenas o autor e o juiz, pois somente com a citação é que o réu passa a integrar a relação jurídica processual.
Quando haverá a estabilização do processo?
R. ocorre a partir da concretização da citação, trazendo as seguintes consequências (art. 264 do CPC): a) Proibição da alteração do pedido ou da causa de pedir, salvo se houver a concordância do réu (obs.: após o saneamento do processo nenhuma modificação poderá ser feita, ainda que haja a anuência do réu). b) Proibição da alteração das partes litigantes, salvo as substituições permitidas por lei. c) Proibição de alteração do juízo, por força do princípio da “perpetuatio jurisdicionis”.
Pode haver a alteração do pedido?
R. não se deve confundir a emenda (ou correção) ou complemento da inicial com a alteração (mudar algo antes existente) ou aditamento (aumentar algo ao que antes existia) do pedido e/ou da causa de pedir formulado na petição inicial.
Nesse caso, o CPC delimita prazos para tais desideratos: ( a ) até antes de acontecido ato citatório. Porque ainda não completada a relação processual, poderá existir modificação do pedido ou da causa de pedir, sem necessidade do consentimento da outra parte;  ( b ) após a citação, ou seja, agora completa a relação processual, somente com a autorização do réu (por meio de intimação do seu patrono).
A permissão pode ocorrer com o simples silêncio da parte adversa. Essas disposições também se aplicam à reconvenção, em que pese aqui se trate de intimação da parte adversa (e não citação). De outro turno, uma vez estabilizado o processo e ainda assim com o consentimento do réu, é vedada a transmudação do pedido com o saneamento do processo. Oportuno gizar algumas considerações acerca das situações processuais “de fato ou direito superveniente”. Nesses casos, excepcional até mesmo ao juiz é dado tomá-los de ofício (no entanto, oportunizando-se o contraditório). Assim, não é evento processual iguais aos ora tratados.
Faça o fluxogramado procedimento comum.
Por que se chama processo de cognição?
R. o processo de cognição é a técnica utilizada pelo juiz para, através da consideração, análise e valoração das alegações e provas produzidas pelas partes, formar juízos de valor acerca das questões suscitadas no processo, a fim de decidi-las. O objeto da cognição é o trinômio formado pelos pressupostos processuais, condições da ação e mérito da causa. Para chegar a esse acertamento (que envolve sempre a declaração de direitos e a aplicação de sanções), o magistrado deverá analisar as questões de fato e de direito levantadas pelas partes, exercendo a atividade cognitiva.
Indique a fase postulatória; saneadora; instrutoria; decisória do procedimento comum.
R. Procedimento comum é o rito ordinário do novo CPC. Aplica-se a todos os casos em que a lei não dispor de forma diferente e também de maneira subsidiária em outros procedimentos.
O Procedimento Comum no Novo CPC é composto por 4 fases: Postulatória, Saneatória, Instrutória e Decisória.
2- A Fase Postulatória é aquela em que as partes mais agem. O autor expõe sua causa de pedir e o réu peticiona sua contestação. Também é nessa fase em que há a audiência de conciliação.
3- A Fase Saneatória tem o objetivo principal de acabar com todos os vícios e dúvidas acerca das alegações que foram feitas na fase anterior. Assim, o juiz cumpre suas providências preliminares e profere julgamento.
4- A Fase Instrutória, também conhecida como probatória, é aquela onde há a produção e complementação de provas. Quando encerrada, abre-se espaço para os debates orais dos advogados, as alegações finais.
5- A Fase Decisória, como o próprio nome já diz, é aquela onde a decisão do juiz, ou seja, a sentença, será proferida. Ocorre após a audiência de instrução e julgamento ou no prazo de 30 dias (prazo impróprio).
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Quais são os requisitos da petição inicial?
R. Indicação do juízo a que é dirigida: 
Indicação dos nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável, profissão, domicílio e residência do autor e do réu
Indicação do fato e dos fundamentos jurídicos do pedido
Indicação do pedido com as suas especificações
Valor da Causa
 Indicação das provas pelo autor
O que se entende por despacho da petição inicial.
R. Há casos, porém, em que o juiz profere, excepcionalmente, julgamento de mérito ao indeferir a inicial, isto é, decide definitivamente a própria lide. É o que ocorre quando, não se tratando de direito patrimonial, o juiz verifica, in limine litis, que já ocorreu a decadência ou a prescrição do direito que o autor pretende fazer vale através da ação.
Haverá, também, julgamento de mérito em indeferimento da petição inicial, quando o juiz do cotejo entre os fatos narrados pelo autor e o pedido, concluir que não decorre logicamente a conclusão exposta
Quais os casos de indeferimento da petição inicial. E qual o recurso a ser interposto?
Quais os tipos de pedidos?
Fale acerca de cumulação de pedidos.
O que são os pedidos implícitos? Existe a possibilidade de fazê-los?

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