LASTRAGEM E CALIBRAGEM DE TRATORES AGRÍCOLAS

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LASTRAGEM E CALIBRAGEM DE PNEUS DE TRATORES AGRÍCOLAS 
Eng. Agr. MSc. Marco Antônio Vrech
Jaboticabal/2017
Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola
Universidade Estadual Paulista
Departamento de Engenharia Rural
TRATORES AGRÍCOLAS 
“Máquina autopropelida provida de meios que, além de lhe conferirem apoio estável sobre uma superfície horizontal, capacitam-no a tracionar, transportar e fornecer potência mecânica para movimentar órgãos ativos de máquinas e implementos agrícolas.”
CONSTITUIÇÃO
Motor
Embreagem 
Caixa de Transmissão 
Diferencial 
Rodados
CLASSIFICAÇÃO DOS TRATORES
Tipo de rodado 
Potência do motor
Tração 
Roda ou Esteira
Pequeno, Médio, grande ou Extra-grande 
4x2, 4x2 TDA ou 4x4
TIPO DE RODADO
Rodas 
TIPO DE RODADO
Esteira 
POTÊNCIA DO MOTOR
Pequeno 
 15 a 49 cv 
POTÊNCIA DO MOTOR
Médio 
 50 a 99 cv 
POTÊNCIA DO MOTOR
Grande 
 100 a 200 cv 
POTÊNCIA DO MOTOR
Extra-grande 
 Acima de 200 cv 
CLASSIFICAÇÃO POR TRAÇÃO 
 Tração 4x2
CLASSIFICAÇÃO POR TRAÇÃO 
 Tração 4x2 
Tração dianteira auxiliar (TDA)
CLASSIFICAÇÃO POR TRAÇÃO 
 Tração 4x4
LASTRAGEM
Significa adequar a massa do trator, influenciando na aderência ao solo e consequentemente diminui a patinagem das rodas, pode ser realizado por massa ferrosa ou liquida.
LASTRAGEM 
 Lastragem Insuficiente: 
Excessiva patinagem das rodas
Desgaste acentuado dos pneus 
Alto consumo de combustível
Baixa produtividade 
 Lastragem Excessiva:
 • Aumento da carga sobre a transmissão 
• Rompimento das garras dos pneus 
• Compactação do solo 
• Alto consumo de combustível
FATORES QUE DETERMINAM A QUANTIDADE E A DISTRIBUIÇÃO DE LASTRO NO TRATOR
Tipo de Tração: 4x2, 4x2 TDA e 4x4 
Tipo de implemento e serviço: Leve, Médio ou Pesado 
Forma de acoplamento: Montado ou de arrasto
PESO MÁXIMO IDEAL PARA O TRATOR
Tipo de implemento e Serviço
Relação Peso/Potência (kgf/cv)
Leve
50
Médio
55
Pesado
60
DISTRIBUIÇÃO DO PESO NOS PNEUS
Tratores 4 x 2
Pneus dianteiros
Pneus traseiros
Barra de tração
25%
75%
Sistema hidráulico 3 pontos
35%
65%
Tratores 4 x 2 TDA
Pneus dianteiros
Pneus traseiros
Barra de tração
35 %
65%
Sistema hidráulico3 Pontos
40 %
60%
Tratores 4 x 4
Barra de tração
60 %
40%
Sistema hidráulico3 Pontos
51 %
49 %
EXEMPLO 
Trator 4x2 TDA, de 125 cv, em serviço pesado, com implemento montado. 
Massa total do trator: 60 x 125 = 7500 kg 
Distribuição entre os eixos: 
Dianteiro: 7500 kg x 0,4 = 3000 kg
Traseiro: 7500 x 0,6 = 4500 kg
40%
60%
EXERCÍCIO 
Tipo de serviço: Pesado 
Potência: 200 cv 
Tipo de tração: 4 x 2 TDA 
Acoplamento do implemento: de arrasto 
Peso do trator sem lastro: 9000 kg
Eixo dianteiro sem lastro: 3500 kg, Eixo Traseiro sem lastro: 5500 kg 
Quantidade de peso a ser adicionado?
Eixo dianteiro: 700 kg 
Eixo traseiro: 2300 kg
Dados: Relação peso/potência 60kg/cv
35%
65%
TIPOS DE PNEUS
Menor pressão de calibragem
Maior contato com o solo
Menor desgaste
Maior durabilidade
Mais flexível 
Mais barato
Maior pressão de calibragem Menor durabilidade
Menor contato com o solo
Não deforma quando necessário 
NOMENCLATURA DO PNEU
Diâmetro do Aro
LASTRAGEM COM LÍQUIDO 
Adicionar água no interior dos pneus, através da válvula de calibragem, de modo que aumente o peso por roda.
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LASTRAGEM COM LÍQUIDO 
A posição do bico, indica a
quantidade de água a ser inserida
75% de água
LASTRAGEM COM LÍQUIDO
50% de água
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LASTRAGEM COM LÍQUIDO
25% de água
LASTRAGEM COM LÍQUIDO 
40% de água
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LASTRAGEM COM LÍQUIDO
60% de água
LASTRAGEM COM LÍQUIDO 
A posição do bico, indica a
Quantidade de água a ser inserida
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75 %
60 %
50 %
40 %
25 %
Pneus radiais não ultrapassar 40% do volume em água
CALIBRAGEM 
DIMINUIÇÃO DE ATÉ 20 % NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
ECONOMIA DE ATÉ 7,5 % NO TEMPO GASTO
DIMINUIÇÃO DE ATÉ 80 % NA COMPACTAÇÃO DO SOLO
CALIBRAGEM 
Pressão (Psi)
Pneu
Dianteiro
Pneu
Traseiro
Consumo
(L/cvh)
660/60 - 35
850/50 - 38
Pressão (Psi)
Condição de solo com palhada
16
16
0,283
Aumento: 18 % no consumo
18
20
0,335
Pressão (Psi)
Condição de solo preparado
16
16
0,379
Aumento: 16 % no consumo
10
20
0,441
Leonardo de Almeida Monteiro
CALIBRAGEM 
CORRETA
INSUFICIENTE
EXCESSIVA
CALIBRAGEM 
33
TABELA DE CALIBRAGEM 
Dimensão
Velocidade até 40 km/h
Pressão kPa (lb/pol2)
70
85
90
105
120
140
160
180
200
220
240
280
320
(10)
(12)
(13)
(15)
(17)
(20)
(23)
(26)
(29)
(32)
(35)
(41)
(46)
Carga por Pneu – kg
600/65R28
1944
2060
2060
2231
2360
2650
2900
3075
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
420/70R28
1245
1320
1320
1430
1500
1700
1850
2060
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
520/70R30
1780
1900
1900
2060
2120
2430
2650
2900
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
520/70R34
1890
2000
2000
2170
2300
2575
2800
3150
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
710/70R38
2790
3350
3350
3630
3875
4375
4875
5300
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
650/75R32
2720
2900
2900
3160
3355
3740
4130
4485
4850
4850
4990
4990
5170
5170
5450
5450
5800
5800
6310
6310
800/65R32
3100
3450
3450
3600
4000
4375
4875
5450
5600
5600
5800
5800
6150
6150
6300
6300
-
-
-
-
CALIBRAGEM 
ALTA PRESSÃO
Quebra na base das garras
BAIXA PRESSÃO
Rachaduras radiais
PATINAGEM
É o deslizamento que ocorre na transmissão da força das rodas traseiras para o solo, aumentando a eficiência de tração.
Serviços / Implemento
Patinagem ideal
Leve
5 a 10%
Médio
10 a 15%
Pesado
15 a 20%
PATINAGEM 
Marcas no solo pouco definidas patinagem excessiva. Deve-se aumentar a quantidade de lastro no trator.
Marcas no solo bem definidas indicam patinagem reduzida. Deve-se diminuir a quantidade de lastro.
Leonardo de Almeida Monteiro
PATINAGEM
A lastragem e a patinagem estará correta quando no centro houver sinais de deslizamento e as marcas nas bordas externas estiverem bem definidas.
CALCULAR PATINAGEM 
Marcar pneu traseiro
Girar o pneu traseiro por 20 voltas
Marcar início e final com duas estacas
PATINAGEM 
Girar 20 voltas o pneu traseiro
Sem o equipamento operando
Com o equipamento operando
Exemplo:
Sem o equipamento operando (SO): 123 m
Com o equipamento operando (CO): 110 m
Patinagem = ( (SO – CO) / SO ) x 100 
Patinagem= ( (123 – 110) / 123 ) x 100 = 10,57 % 
OBRIGADO! 
 Marco Antônio Vrech
Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola 
www.lamma.com.br 
017 9 9621-5800
marcovrech@hotmail.com
lamma.unesp