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Texto exclusivo para uso na disciplina de Cardápios Regionais – Profa. Lenice F. Oliveira Página 1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DOMÉSTICA E HOTELARIA ÁREA DE ALIMENTOS E BEBIDAS GASTRONOMIA CHINESA A cozinha chinesa é famosa no mundo pela sua elevada técnica culinária e variedade dos pratos, constituindo uma parte da relíquia cultura da China. Havia já na China óleo, vinagre, vinho, compotas e especiarias há três mil anos atrás. Naquela altura, alguns métodos culinários eram já bastante complicados. Na dinastia Han do Oeste (202 a. C – 23 d. C) sintetizaram-se na China as práticas culinárias em teoria. Na dinastia Jin, do Sul e Norte, 1500 anos atrás, começou na China o estudo sistemático da culinária como uma ciência especial e redigiram-se os primeiros livros sobre culinária. Até à dinastia Qing (1644-1911), a culinária registrou grandes desenvolvimentos, com o “Grande banquete da corte Qing” como o seu representante. É uma pena que poucos registos escritos da culinária tenham chegado aos nossos dias, o que nos causa muitas dificuldades no pesquisar da história da culinária antiga. Origens Nos primórdios da civilização chinesa, há mais de quatro mil anos, o povo chinês deu inicio á seleção de seus alimentos e desenvolveu métodos de preparo e experiências culinárias que transcendeu o simples ato de comer, penetrando no mundo da arte e da saúde. As viscitudes como fome, guerra e pobreza passadas pelo povo chinês ao longo de sua história, fizeram da gastronomia chinesa uma cozinha eclética, utilizando todos os recursos alimentares disponíveis. Portanto, não é estranho o gosto por iguarias exóticas ou alimentos estranhos para o gosto dos ocidentais. Mas tendo o seu consumo justificado pelas necessidade passada, pelo valor medicinal ou pelo senso comum. Para os antigos chineses, o consumo de carne de boi, não era viável, já que estes animais eram raros e caros, sendo utilizado para trabalho no campo. Em contrapartida, a galinha, o ganso, o porco, o carneiro, dependendo da região, os frutos do mar, como os mariscos, moluscos, lagostas, camarões e peixes. Além dos vegetais como brotos de feijão, bambu e cogumelos, sendo os alimentos mais consumidos. A classe popular tinha o hábito de comer os miúdos, vísceras e órgãos dos animais, hábitos que se perduram até a atualidade. Os “ Kuàizi”, os famosos pauzinhos são utilizados junto com as colheres, por não usarem facas e garfos nas mesas, pois o ato de picar os alimentos é função do auxiliar de cozinha, a comida já deve vir cortada em pedaços prontos para serem pegados com os kuàizi. A gastronomia chinesa, em um de seus processos evolutivos, fundiu-se com os conceitos da medicina, também milenar, que se desenvolvia paralelamente, assim como a filosofia, a religião, a botânica e zoologia evoluíram compartilhando conceitos comuns, a inserção e interdependência conceitual, técnica existente não é de se estranhar. Isto justifica o uso medicinal dos alimentos utilizando conceitos e indicações terapêuticas comuns à medicina chinesa, visto como prática popular no seio de cada família chinesa. Texto exclusivo para uso na disciplina de Cardápios Regionais – Profa. Lenice F. Oliveira Página 2 Influências na gastronomia A China possui uma das mais exóticas e conhecidas culinárias de todo o mundo. Na maioria das grandes e médias cidades do planeta, é possível encontrar algum restaurante chinês, mesmo que seja um fast-food. A principal característica da culinária chinesa é o contraste das cores, aromas e sabores de cada prato, uma tradição baseada no yin e yan: os pólos contrários se complementam. É comum vermos a mistura de pratos doces e salgados, picantes e agridoces, quentes e frios, etc. Para os chineses, a cor, o aroma e o sabor dos alimentos possuem a mesma importância. Por isso são usados ingredientes específicos, como o alho-poró, o gengibre e a pimenta, que conferem um aroma bastante agradável aos pratos, que também são bastante coloridos. YIN YANG é um princípio da filosofia chinesa, onde yin e yang são duas energias opostas. Yin significa escuridão, e é representado pelo lado pintado de preto, e yang é a claridade. A luz, que é uma energia luminosa, apresenta-se de maneira muito intensa, é o yang, e a luz muito fraca, é o yin. Segundo os chineses, o mundo é composto por forças opostas, e achar o equilíbrio entre elas é essencial. Significado de Yin Ying é o princípio passivo, feminino, noturno, escuro e frio. Ele fica do lado esquerdo da esfera, na cor preta. Significado de Yang Yang é o princípio ativo, masculino, diurno, luminoso e quente. Está representado pelo lado direito da esfera. A busca do equilíbrio do Yin e do Yang é um conceito constante na culinária chinesa. Ao preparar uma receita o cozinheiro norteia-se por este princípio Taoista, sendo que um prato deve ser doce (Yin) e outro salgado (Yang), um frio (Yin) e outro quente (Yang), um macio (Yin) e outro crocante (Yang). Para se fazer um bom prato chinês, deve-se obedecer aos quatro mandamentos: ter cor, perfume, paladar e beleza. O mesmo conceito é aplicado na maneira de servir, buscando sempre o equilíbrio entre o aroma, temperatura, sabor, cor e textura e consistência dos alimentos. Os cinco elementos e os cinco sabores na culinária da China Além do conceito do yin e yang, existe o conceito dos cinco elementos. Os chineses acreditam que estejamos cercados por cinco campos de energia: fogo, madeira, terra, metal e água. Desta teoria surgiu a categoria dos cinco sabores, os quais são, picante, azedo, amargo, doce e salgado. Estes, por sua vez, também são subdivididos em yin e yang. Os alimentos considerados yin são os picantes e doces e pelo contrário, os alimentos yang são os amargos, azedos e salgados. Na culinária, esses elementos são representados pelos cinco sabores assim: Amargo - Fogo Azedo - Madeira Picante - Metal Doce - Terra Salgado - Água A medicina chinesa diz que, para tratar corretamente um paciente, deve-se saber o estado dos cinco elementos no corpo daquela pessoa. A deficiência ou o excesso de um dos elementos pode levar a doenças. Por exemplo, se um indivíduo desenvolver, de repente, um desejo por comidas Texto exclusivo para uso na disciplina de Cardápios Regionais – Profa. Lenice F. Oliveira Página 3 azedas, isso pode indicar problemas no fígado. Obviamente, o diagnóstico é muito mais complexo e profundo do que isso. Além de tudo isto, outros fatores são levados em conta, como as características dos alimentos, ou seja, o aroma, o sabor, a cor, e, principalmente, a nutrição. É conhecido que o erudito Yi Yin da dinastia Shang, relacionou os cinco órgãos principais (coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado) do corpo com os cinco sabores, já que se acredita que cada alimento tem propriedades específicas para manter a saúde e harmonia do corpo. Segundo os milenares e ancestrais costumes chineses, a comida sempre esteve ligada ao bem estar espiritual e corporal. Outro princípio é que tanto a natureza como o sabor deve estar em correspondência com as estações do ano e do clima. Isto também se deve a teoria do yin e yang. Por exemplo: no verão não se recomenda comer muita gordura e sim mais verduras, etc. Quanto às cores, os pratos chineses geralmente são constituídos de três a cinco cores, os quais são verde, amarelo, preto, vermelho e branco. Na hora de preparar um prato consideram-se todos estes elementos. Outra diferença notável é que a sobremesa não é um costume chinês, já quealguns alimentos doces, como as frutas, podem encontrar-se dentro dos pratos principais. Acreditam ainda nos ciclos de criação mútua e de controle mútuo entre os mesmos. O Ciclo de CRIAÇÃO MÚTUA dos 5 Elementos diz o seguinte: A Madeira absorve a Água através das plantas e Árvores O Fogo queima e consome a Madeira As cinzas do Fogo descem ao solo e são absorvidas pela Terra Dentro da Terra são produzidos os minérios que formam o Metal O Metal é derretido e retorna ao estado líquido ( Água ) O Ciclo de CONTROLE MÚTUO dos 5 Elementos A Água extingue o Fogo O Fogo derrete o Metal O Metal corta a Madeira A Madeira consome a Terra A Terra limita o caminho da Água Assim que uma das fases de energia se excede, tende a exercer um estímulo excessivo sobre o elemento seguinte do ciclo produtivo. Neste exato momento, o elemento que controla esta energia excessiva entra em ação para restaurar o equilíbrio. O ciclo produtivo e o de dominação mantêm uma constante relação de harmonia e equilíbrio entre as cinco fases de energia ou as cinco energias elementares. Exemplo: Se o elemento Madeira gerar demasiada energia, fornecendo ao elemento Fogo muito combustível – o Metal entra em ação, cortando o fornecimento de madeira e assim, restabelece o equilíbrio. Gastronomia chinesa por região A culinária chinesa, por exemplo, pode ser dividida em quatro grandes regiões: Beijing É a cozinha do norte, onde fica Pequim, capital da China desde o século 12. Famosa por usar e abusar dos óleos e temperos, essa região não pode contar muito com os vegetais (por causa do clima frio), mas em compensação possui ao seu dispor o trigo, o milho, o amendoim e a soja para preparar Texto exclusivo para uso na disciplina de Cardápios Regionais – Profa. Lenice F. Oliveira Página 4 diversos pratos. A carne de carneiro é a preferida entre as pessoas que vivem nesta região, um costume trazido pelos mongóis. Caracteriza-se pela importância das massas e frituras: talharim, pastéis, bolinhos de carne, soja, queijo, molho de soja, etc. Esta região apresenta o famoso Pato assado de Beijing, também conhecido como “pato à Pequim” (“Peking Duck”) ou “pato laqueado” no Brasil, é um dos pratos mais famosos da culinária da China. É uma receita muito antiga, servida nas cortes imperiais da China, feita com patos criados especialmente para esta preparação, temperados com molhos específicos, assados em fornos especiais e servidos com crepes muito finos, depois de a carne ser cuidadosamente fatiada. O consumo diário de patos assados em Beijing é, em média, de 3.000. A pele do pato assado fica com uma cor avermelhada brilhante, por causa dos molhos, em especial do mel ou maltose com que é coberta, mas também da forma de assar: tradicionalmente, os patos são pendurados num forno aquecido com o fogo de madeiras rijas aromáticas, principalmente de árvores de fruto, como tamareira-da-china, pereira ou pessegueiro, que não produzem fruto. Região central ou Fuquian É a cozinha do leste, onde ficam as cidades de Xangai e Nanquim. Peixes e frutos do mar são os ingredientes mais comuns. Os cozinheiros de Fuquian são conhecidos pela famosa sopa de ninho de andorinha e por um prato muito conhecido: o rolinho primavera. A sopa de ninhos de andorinha é uma das especialidades chinesas mais caras do mundo, uma vez que é feita com os ninhos das aves de várias espécies do gênero Aerodramus, que são feitos quase exclusivamente com a saliva dos pássaros. Os pássaros (que não são verdadeiras andorinhas) reproduzem-se em cavernas, em grandes bandos, e podem também utilizar edifícios mais ou menos fechados, pelo que a sua coleta é difícil e perigosa. O preço de um quilo de ninhos pode atingir USD $10 mil e uma tijelinha de sopa custa USD $30-60. Um dos aspectos que pode aumentar o preço desta iguaria é ser considerada uma espécie da medicina tradicional chinesa, ser um afrodisíaco. Cada ninho tem a forma e o tamanho aproximados duma orelha humana. A sopa é basicamente um caldo de galinha, a que se podem adicionar pedaços de frango e cogumelos, onde se cozem os ninhos; supostamente, à medida que os ninhos dissolvem vão engrossando o caldo, mas em algumas receitas, adiciona-se amido de milho e ovo mexido. Os ninhos podem também ser usados para preparar um doce, cozendo-os em água e açúcar. Sichuan ( interior) É a cozinha do oeste, um lugar cheio de montanhas. O frango é um ingrediente bastante comum, assim como a malagueta (um tipo de pimenta muito ardida) e a pimenta-preta, conhecida como fagara. Essa comida que dá um fogo na língua lembra até a culinária baiana. Tem também sabores doces, salgados, azedos e apimentados num único prato. A pimenta vermelha é muito utilizada, pois além de prevenir doenças ajuda a suportar o clima severo. Cantão ou região do sul do país É a cozinha do sul, uma "mistureba" de todas as outras. Essa culinária foi a que ficou mais conhecida pelo mundo, por causa de um detalhe histórico que aconteceu há muito tempo: quando a dinastia Ming foi derrubada em 1644, muita gente resolveu ir para o sul da China, inclusive os famosos cozinheiros de Pequim. Atualmente, os cozinheiros cantoneses têm o hábito de preparar pratos coloridos e bastante diversificados. São eles quem fazem a melhor sopa de barbatana de tubarão em toda a China. Nesta região da China, Cantão, onde os animais de criação como cachorro, gato, cobra e macaco vão para o prato. Como a culinária é arte sem fronteiras, há influências de outras cozinhas na China: tomate, batata, salsão, cenoura, curry, estrela-de-cheiro são ingredientes que chegaram do Ocidente. Para a Itália, a China levou o macarrão. Texto exclusivo para uso na disciplina de Cardápios Regionais – Profa. Lenice F. Oliveira Página 5 Especialidades da China Para comer, os chineses usam instrumentos parecidos com o hashi japonês, que tornam a comida mais saborosa. Geralmente, os mesmos não gostam de tomar bebidas junto com as refeições; dão preferência à sopa de soja. A sopa é comum em todas as refeições, no Sul, toma-se antes de terminar os pratos, no Norte sempre no final das refeições. A sopa, assim como o chá também são utilizados como maneira de se limpar o paladar entre os pratos, pois os chineses não possuem o habito de ingerir líquidos durante às refeições. Os chineses também não têm o habito de comer doces após a refeição, são servidas frutas para facilitar a digestão, já os pratos doces são servidos no inicio ou entre a refeição. Em resumo, as características da cozinha chinesa são: Cor, aroma, sabor e forma num prato devem complementar-se devendo dar-se também atenção à maneira de cortar. Os ingredientes são todos cortados, segundo as exigências do prato, em fatias, cubinhos, tiras, cubos, tiras finas, grãos ou picados, a fim de realçar o sabor entrar e o prato ser bonito. Usam condimentação esquisita. Os diversos condimentos, além de dissipar os maus sabores originais dalguns ingredientes, são preparados para diferentes sabores conforme os diferentes gostos das pessoas. Diversificar processo culinário: fritar, saltear, guisar, refogar, assar, cozer em água e ou ao vapor, estufar, escaldar, ferver rapidamente, defumar, entre outras. Ao lado do arroz, cultiva-se o trigo, que no norte do país vira finos macarrões, pastéis recheados, bolos e tortinhas. O grão de soja é outra maravilha. Consumido em toda parte, ganha a forma de queijo (o tofu, em japonês), leite, óleo, molho de soja (seeyau), pasta e entra como ingrediente principal de muitas receitas. Os vegetais são poucos, mas muito bem aproveitados, nunca ausentes em uma refeição: acelga, brócolis,abobrinha e repolho chinês, broto de bambu, broto de feijão, pepino e cogumelos secos. Há pouquíssima variedade de frutas, que são, além do mais, caras. As frutas nativas são: laranja kinkan e lichia, loquat, mandarina, pêssego, kiwi, tangerina, damasco e melão de inverno. Os peixes de água doce e salgada, frutos do mar e algas marinhas são consumidos em abundância e sua principal fonte de proteína animal. O peixe seco e salgado é um condimento largamente utilizado. Não há muita criação de animais de grande porte. O que prevalece são os animais de pequeno porte, em especial o porco e o frango. Carnes de vitela, cordeiro e cabra são raridades introduzidas na culinária do norte do país pelos muçulmanos mongóis. Todas as partes do animal são aproveitadas, dos miúdos aos ossos. As carnes são normalmente secas e curadas, por falta de refrigeração, e chegam à mesa cortadas em pequenos pedaços e misturadas com vegetais. Existem poucas ervas aromáticas. Mas a precisa e inventiva combinação delas resulta em temperos espetaculares, como o pó das cinco especiarias (anis-estrelado, fagara, cássia, semente de funcho e cravo-da-índia), o molho de soja, o seeyau, e o hoisin. São utilizados com moderação: sal, vinagre de arroz, gengibre, coentro, alho, alho-poró, malagueta, cravo, casca de tangerina, semente de sésamo e anis-estrelado. Uma pitada de açúcar, presente em quase todos os pratos, realça o sabor dos ingredientes. As verduras em conserva também são utilizadas com freqüência para dar sabor aos pratos, em especial às carnes. Texto exclusivo para uso na disciplina de Cardápios Regionais – Profa. Lenice F. Oliveira Página 6 Algumas preparações famosas Caranguejo cozido no vapor - o segredo do prato é o caranguejo, que é uma especialidade do Rio Azul; Song Shu Gui Yu - peixe na forma de esquilo. O peixe é frito, servido no molho da cor de ouro. A pele do peixe é crocante e a carne é fina. Tem sabor doce e azedo. A forma do peixe parece um esquilo, daí o nome do prato; Qing Tang Yu Wan - sopa de bolinhos de peixe. A sopa é clara, os bolinhos são brancos, delicados e lisos. A sopa é feita com toucinho defumado, cogumelos, brotos de bambu e ervilhas; Chun Juan - rolinho da primavera. É uma comida comum na República Popular da China e, no sul, é mais famosa. A comida é frita, feita com legumes da primavera enrolados numa capa de farinha de trigo. Tradicionalmente, serve-se a comida na primavera. Hoje em dia, em todas as estações é servido, com molho agridoce; Yang Zhou Chao Fan - arroz frito à maneira de Yang Zhou. É arroz frito junto com toucinho defumado, ovo, camarão e legumes da estação. Bolinho de arroz recheado - há 2 200 anos, quando invasores chegaram à China e o pai do poeta Qu Yuan suicidou-se, Qu Yuan se jogou no rio. Para que o dragão não o ferisse, o povo fez bolinhos de arroz e jogou no rio. Por isso, todo mês de maio, os chineses fazem esta comida em memória de Qu. Tofu recheado - Zhu Yuanzhang, o fundador da dinastia Ming (uma das mais estáveis e autocráticas dinastias chinesas), passou fome quando jovem. Bateu à porta de uma senhora para pedir comida. A senhora serviu-lhe sobras de tofu, recheou com carne e acrescentou verduras cozidas. O prato saboroso ficou na memória do jovem. Ao tornar-se imperador, ordenou que a iguaria constasse do cardápio real. Camarão-trovão - é um camarão com molho de tomate pouco apimentado. Quando jogado em cima do biscoito de arroz para ser servido, reproduz o som de trovão e chuva. É o único prato que canta. Na Segunda Guerra Mundial, a primeira-dama da China, Shong Meilin, fez um banquete para os aliados. Serviu este prato e o general estadunidense gostou muito. Ao perguntar o nome, Shong Meilin respondeu: Bomba de Tóquio. Camarão à moda de Xangai - é um camarão cinza (de oito a dez centímetros) sem casca, temperado com sal, pimenta-do-reino e amido de milho. Depois de frito e escorrido, é refogado rapidamente em fogo alto, com saquê chinês e cebolinha verde. Frango Xadrez: – ingredientes são frango, pimentão verde e vermelho, caldo de frango, shoyo e cebola. Na preparação original usa-se óleo de amendoim, substituído por amendoim no Brasil. Yakissoba: á base de legumes e carnes, onde depois de cozido, o macarrão é frito rapidamente em óleo de amendoim. Rolinho primavera: Preparações exóticas: Carnes de cachorro, gato, macaco, gafanhoto, escorpião, cobra, lacraia, rato, grilo, larva, etc. BIBLIOGRAFIA NOLETO, G. M. M., Revista Casa, Campo & Cia - Ed. 06, 2008. NDERSON, E. N. The Food of China, Yale University Press, 1988. DAVIDSON, A. The Oxford Companion to Food, 1999. firstHeading
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